É um livro curioso, bem escrito, com muita investigação e com sentido histórico e crítico.
Envolvente, sem ser maçador. Lembra-me #Los Europeos#, de Orlando Figes que li há cerca de um ano e aqui comentei.
A estória da Europa é feita também destas misturas culturais ....
este, que leio em françês, depois do excelente livro sobre shostakovich do mesmo autor é uma paragem, um respiro.....É já na 6ª que se vai realizar o, que dado a qualidade da maioria dos intervenientes, colóquio aqui referenciado, que me faria muito gosto frequentar:
por falta de oportunidade, entre outras razões, não poderei estar presente.
Labels: Barrancos
Um filme curioso, bem feito e históricamente correcto, rico nos personagens de uma iraniana famosa também nos quadradinhos: Marjane Satrapi.
Labels: Filme, nuclear, Radioactive
Se há nazão ou nação, se há nazionalismo, sou contra, completamente. E sobretudo contra os ridículos exacerbados e fanáticos que proliferam com todos os nacionalismos, ou nazionalismos. Bacocos, intolerantes, cheios de pesporrência e orgulhos fátuos e baseados em mentiras grosseiras.
O ridículo das bandeiras, que só servem para panos ou maior este:
então não é que um paisano pintou com as cores de uma qualquer bandeira o prédio onde vive. Não há palavras para descrever a tontatada, que deveria ser sujeita a multa!
Isto é inadmissível!
Labels: Bandeiras, Futebóis, nazionalismo
400 páginas de leitura difícil ou melhor árdua. Uma tese magistral sobre as origens do capitalismo, do mercado, das transacções comerciais, internacionais e locais, e também do sistema bancário.
Um livro erudito, e para todos os que pensam que a economia é tudo recomendo a leitura. Esta é algo em permanente mudança. E hoje quando os mercados pela diatribes do capitalismo financeiro e tentacular vão desaparecendo talvez um reequacionar da lógica do capitalismo seja mais do que nunca necessária.
Inventar línguas onde só há estruturas de linguagem que resultam de miscigenação com base numa língua estabelecida (o português) a que são incorporados outros vocábulos e sonoridades de zonas em redor e do isolamento, e sobretudo quando estas são essencialmente oralidade, podendo sobretudo no caso da poesia ter alguns cultores da, na escrita, mas para esses crioulos dar-lhes outro sentido é um erro que poderá ter graves consequências.
Embora o exemplo sirva para outros casos esta da língua “cabo-verdiana” que de facto é o crioulo, que cresceu, como outras na oralidade e no analfabetismo (só o português é escrito!) e que tem que ser inventada, com que lógica, com que estrutura, com que regras, sem sonoridade desde logo, e ainda por cima desvirtuando, como é o caso, não por má tradução, mas por ausência de muitas, muitas palavras e adulteração de muitas leituras do texto original.
A escrita e a obrigação da sua aprendizagem a partir dessa invenção de linguistas
(titulados por quem para tal fazer?) é um erro e nos tempos que vivemos poderá ser, com discurso desse contraditório, o fim da pujança dessa expressão ou fala.
Esta Ode Marítima, de fácil absorção, em qualquer das duas versões, é um exemplo do que acima refiro, mas levou-me a reler Pessoa e a desenvolver um pouco o pensamento sobre línguas e o seu passado e futuro.
Toca a crioular! A sério.
Nota:
Não lia esta grande poesia do nosso vate há muito e fiquei surpreendido com uma página de puro sado-masoquismo, deliciosa!
Labels: crioulo, línguas, Ode Marítima
É ritual, todos os anos cá estão, cá estamos os dragoeiros....
este eA nuclear é o pior que o capitalismo, financeiro ou de Estado ou os dois juntos e ao vivo, no seu prolongado estertor criou. A mentira, a manipulação, a hipocrisia mais descarada, a censura, todos os elementos que tornam o sistema asqueroso são-no ainda mais quando se toca aqui. A contaminação é total. Este livro é um muro no estômago e um alerta.
Informações sobre os milhares, muitos milhares de mortos desta "tecnologia" e acidentes escondidos, assim como barcos de pesca escamoteados de existência, locais secretos contaminados para sempre e gente que vive e luta.
Desde a origem até ao infinito o átomo tem uma triste sina que é espalhar a radioactividade e a morte.
Este é um livro luminoso.
A variante asturu-leonês que se fala por Terras de Miranda (e Vimioso e Mogadouro, também) é uma língua com origens seculares, como o galaico-português com a qual partilha sonoridades e estrutura gramatical. Disponível há muito e desde logo em textos e memórias para criptografação, com Amadeu Ferreira que conheci e com o qual tive argumentos, ganhou uma relevância e base para cidadania.
https://www.dn.pt/opiniao/do-solsticio-e-da-lingua-mirandesa-13856086.html
https://studosmirandeses.blogs.sapo.pt/tag/lh%C3%A9ngua+mirandesa
encontrei hoje no D.N. o simpático artigo do primeiro link e trago o outro para desmontar certas mitologias ligadas ao estabelecimento e defesa de línguas e sonoridades, que são imprescindíveis manter. E irei começar a leitura do:
tradução do português para crioulo, ora inventado ou designado (mas não o é) como língua cabo-verdiana, em mais uma falsificação e oportunismo politiqueiro. Inventar o que não existe de facto e, mas sempre existiu como língua de oralidade e fusão de línguas africanas com o português, tendo é certo versão escrita que deve ser cuidada e expurgada de doutrina, sabendo-se que em cada ilha há um cantar diferente.... língua de St. Antão, da Brava, do Maio, de S. Niclau, da Boavista, do Sal, do Fogo, de Santiago, de S.Vicente... pois então....
O crioulo é uma língua de comunicação que passado algum tempo nas ilhas se afeiçoa ao ouvido, como outras línguas que vivem na oralidade. Sendo que temos textos em crioulo com centenas de anos e é possível dar-lhe uma escrita, e continuar a deixar a maternidade induzir os Caboverdeanos ao bilinguismo.
Inventar uma escrita sem desnaturar o sentido da oralidade nem o hebraico, língua inventada no século XX foi capaz.....teve que ir beber também ao ladino... ao árabe, ao iídiche, ao.....
Labels: Barranquenho, crioulo, línguas, Livros, mirandês
Domingo chuvoso rima com biqueirão à Bulhão pato e raia de alhada.... e com uma tarde a ler jornais, a meditar e a folhear e ler este excelente especial da National Geographic
Labels: Baleias, Gastronomia, Livros, National Geographic
Passeios, calma, mar, leituras e prazeres gastronómicos estão no horizonte.
Acabei este livro de tese, sobre a reciclagem e os seus engulhos, o seu papel no reforço do hiper-consumismo, no quadro da estratégia do hiper-capitalismo, sem mercado que o confronte.A situação em Portugal é muito pior que a dramática aqui descrita em França. A recuperação da reciclagem pelo marketing e a sua diminuição em termos reais, além da descrição das dificuldades de reciclar plásticos e produtos compostos como as latas.
Mudar o paradigma só não é suficiente, temos que mudar tudo, e reutilizar, reutilizar, reutilizar.
Labels: Livros, reciclagem, recuperar, reutilizar
" O vinho é geografia líquida" esta uma das referências de mais um livro culto de Erik Orsenna que acabo de ler antes de retiro, antecipado por decisão absurda do "nosso" Concelho de Ministros, sobre a vida, alguma, de Beethoven.
onde além de alguns pormenores dispensáveis temos a lógica da produção de muitas das suas obras e da 9ª, sublime!Labels: Beethoven, Erik Orsenna, Livros
Foi um enorme prazer ler este, sobre livros, bibliotecas, livrarias, feitura de livros e a sua conservação, assim como a estória que os faz, assim como uma viagem literária, culta e sensível.
400 páginas de deleite, de leite será?
E esta leitura foi-me nesse/desse junco suscitada, e encontrada, por mero acaso, na livraria francesa:
um livro engraçado, pelo tempo e pelo tema, os dois se articulam, nem sempre da melhor forma. A amizade é também o tempo, como diz uma raposa ou a serpente? no Petit Prince.
Cícero conseguiu que até aos nossos dias este seu discurso, na lógica de outros jantares de cardeais, nos fosse presente.
Doutos conselhos, sábias palavras, nada dura para sempre, pese o paradoxo dessa expressão. A vilania pode aparecer e afastar quem já foi unido, como bem sabemos, e essa pode ter as origens mais exdrúxulas.
E graças a um junco hoje o leio!
Labels: Biblioteca, Livrarias, Livros, papiro
Gosto de comboios, escrevi sobre eles e sobre aventuras neles, aprecio diversos aspectos destes e também as notáveis estações ou apeadeiros, e o seu azulejar, que se vai perdendo....
Este em Vale de Pêso está dependente de um levantamento rigoroso!
este é outro local, mas o mesmo tema....já este são as pedrinhas das cerâmicas de Nisa:
Um livro que é um murro no estômago, que deita abaixo todas as certezas e nos deixa cheios de dúvidas, sobre as renováveis, sobre a eficiência, sobre tudo, mesmo tudo.
e não é de um ecologista céptico, mas sim de um verdadeiro radical. Infelizmente sem apontar soluções factíveis, ainda nos deixa mais exasperados.....Labels: Energias Sem-fim, Petrocalipsis
Azeite biológico, com um catrefa de certificações.....
Oleomaimona, de Santos de Maimona! Acompanharam uma tarde de simpático convívio em Zafra.E. no dia seguinte, Domingo treze, recebi, talvez seja o 1º ano que os integrei, alguns Santos:
Labels: Azeite, Santos, Sto António
2- Tenho andado em missão, por isso algo ausente, aqui sobretudo. Estive em Alpalhão de que trago fotos magnificas:
O dedo, sem comentários....:
e um espectacular cação de coentrada, na Regata do nosso estimado João Junqueiro:
e finalmente uma das muitas magnificas chaminés que povoam a vila, cheia de casas em venda.....
a chaminé é maior que a casa....
Labels: Alpalhão, Chaminés, Livros, Pena de morte, Regata
Hoje está muito apetitoso:
https://obseribericoenergia.pt/index.php/arquivo/ultimo-envio
é claro, toca a assinar, e não o perdem todos os dias!
Pois como diz o ditado, não há bela sem senão.....
tudo é relativo.....noutro dia encontraram um elogio de Pessoa a Salazar (verdade que se arrependeu, rapidamente!)Labels: Camões, Fernando Pessoa
Li e muito apreciei, recomendo a todos os amigos dos comboios e de história dos transportes, que é tudo, basta ver o desenvolvimento do "beef" e dos frigos....
artigos interessantes (falta um sobre a articulação dos comboios com as diligências e a sua articulação com as estações fora dos centros citadinos!) e que se lêem com prazer, como se fossemos de....Labels: comboios, Revistas, Revistas História
E estive ontem numa, que desde já posso recomendar, magnífica exposição, infelizmente como referi à técnica da C.M.L. presente, longe, muito, muito longe de ter a divulgação adequada:
uma deliciosa viagem, #Viagens da Ilustração Científica em Portugal#, que é um poderosíssimo instrumento para, de educação desde logo, e ambiental, pois claro.
A Ilustração é muito coisa, queiram ou não pseudo técnicos do Ministério da Educação....
Recebio de prenda, e lamento a tiragem microscópica, este magnífico catalogo, livro de sonho:
Labels: C.M.L., Educação Ambiental, Exposições, Livros, Viagens
Estive hoje numa reunião no ministério da agricultura, com dois substitutos da ministra.
Manifestamente nunca cultivaram nada, ou trabalharam nos campos. Não sabiam, nem com a cábula, o que é a agroecologia, que baralharam com agricultura biológica, e atiraram para cima uma série de directivas e dinheiro.
Acharam que era regadio "sustentável"...mas continuam com os pesticidas e os químicos de síntese, e claro, claro o aumento, aumento da produção (diferente, óbvio, de produtividade). Nada que ver com outro sistema agrícola que respeite o homem e o ambiente e dê vida ao solo!
Disseram ainda uns tantos disparates, mas registaram. Fomos (Pró-Tejo) informados que haveria uma avaliação ambiental estratégica dos planos de regadio, mais açudes e barragens, e canalizações no Tejo, depois de Abrantes....
mas o problema é que fizeram 4, 4 adjudicações para os projectos e nenhuma, nenhuma mesmo é para um desenvolvimento alternativo e a não construção destes alquevas....
Esta é uma opinião pessoal é claro. O Paulo Constantino fez uma boa apresentação, da crítica que temos a este projecto e a Ana insistiu na pergunta certa (sobre a agroecologia!) e não comento nada mais.
E acabei esta leitura, de outro mundo, onde se sabe o que é a agroecologia e uma alimentação racional. que deve estar na base de tudo e que os ministérios da agricultura ou educação ou da saúde ignoram.....
Labels: Agricultura, agroecologia, Junk, Livros excepcionais, Pro-Tejo
Ontem estive num simpático espaço em Lisboa o Centro Cultural Cabo Verdiano para o lançamento deste:
que assim leia, em português já há muito o li, mas em crioulo, agora enredado numa coisa chamada língua de Cabo Verde, quando o que há são crioulos por todo o mundo, coisa que também comentarei....Lamento não ter podido ouvir o tradutor, poeta e o músico presente porque um pesporrente e gongórico personagem cujo nome nem retive, leu umas trezentas folhas, saí ainda lhe faltavam umas 50 e já falava há 50 minutos, sendo que os primeiros 40 só falou dele e de inutilidades, e só depois um pouco do poeta.
Parabéns à Abysmo, por mais esta divulgação de um livro precioso, onde o crioulo será certamente uma base para a melhor oralidade, que é essa a base e estrutura desse.
Nota:
Infelizmente só pode ver de raspão o espaço, mas desde logo chamo a atenção para a necessária correcção dos textos ilustrativos dos poetas, erros mesmo, além daqueles que resultam do aviltar do português, são muitos nos textos, repetições e até omissões estão neles presentes. E falta algum crioulo, mesmo.
Labels: Cabo Verde, crioulo, línguas
Amanhã:
Labels: Agricultura, regadio, Tejo
Um filme curioso, para quem segue esta história, a do foquismo e desta lógica "irredentista" e "missionária" da luta armada revolucionária:
como o Che Guevarra o foi, Marighella seria um assassino dos seus próprios (o exemplo do Exército Vermelho japonês, é histórico!), sendo que nada, mesmo nada se compara com o carácter hediondo do regime dos militares, das torturas e desaparecimentos.
Um filme bem contado, embora o verdadeiro Marighella fosse quase branco.....o que desvirtua desde logo o enredo....
este aqui!
Acabei o dia a assistir à declamação ou melhor leitura de textos do Hélder Costa, nos Encontros Imaginários, da/na Barraca.
Falta um pouco mais de teatro e mais polémica nos textos, mas é sempre um bom momento que passa.
André Silva* não era mau tipo, embora fosse pessoa de muito pouca, muito pouca cultura, mesmo.
Há animais com mais cultura que ele tinha.....
Países há em que o acordeon é instrumento fundamental para os funerais....
como outros onde a ruralidade se preserva, e luta para manter o ambiente com pastoreio extensivo, com os toiros e a sua cultura e, claro, a tauromaquia.Far-nos-à falta, tinha graça, na sua lógica urbanita e animalista e os tantos, tantos disparates.....
* Disse ele "as toiradas têm tanto a ver com cultura como acordeões com enterros", ignorância, pois claro!
Labels: Acordeon, Tauromaquia
Ontem no Expresso três gerações da família, o meu tio, o meu padrinho e o meu primo:
Labels: Eloy, Mário Eloy, Sérgio Eloy
Hoje vi este excelente documentário:
Inesquecível som!Labels: B.B.King, Blues, documentários, jazz
Há 32 anos estava em Roma numa conferência sobre ambiente na Parlamento. Hospedaram-me num hotel em frente ao mesmo e estava a deitar-me quando ligo a televisão e penso que estou a ver uma ficção. Um blindado jogava com um simples cidadão ao esmaga, esmaga.
#WeRemember64
Milhares foram mortos ou presos ou desaparecidos nesse dia, que não esquecerei.
A China, o poder imperial, que é sempre o mesmo, continua o mesmo de sempre, é responsável por milhões de mortos, de fome, por várias, inúmeras repressões, assassinatos, e torturas. Hoje o poder imperial China, por todo o mundo é responsável pelas maiores atrocidades ambientais, sociais e cívicas. Na China o sistema é um autêntico Big Brother que constrói a verdade e para o qual Guerra é Paz.
Não deixaremos esquecer, não apagaremos a memória.
Labels: #WeRemember64, China, direitos humanos
Vivemos numa embriaguez energética permanente, sem, muitas vezes, sequer dar conta, do adquirido.
Este livrinho é uma espécie de Guronsan, para começar a recuperar.
desde logo uma boa síntese, com por aqui e ali alguns dados novos ou novidades. Leitura agradável, mesmo para quem já está seco de leituras no ramo, e conclusões divertidas e prospectivas.
Engraçadas as referências a filmes e outros elementos culturais, sendo que obviamente eu teria muitos, muitos outros para integrar.
Labels: energia, Livros, Sobriedade
Um livro fantástico, seja pelo processo narrativo, 70 páginas e uma, uma única, frase, do principio ao fim.
A solidão, a incomunicabilidade, a Extremadura, os lobos. E a tradução de tudo isso.
https://www.cambourakis.com/tout/litterature/irodalom/le-dernier-loup/
Volto às leituras, continuando o magnífico #Animal, Vegetable, Junk# antes referido.
Ontem encontrei num alfarrabista, ao preço destes:
um livrinho (60 pag.) de 1976 que faz um levantamento rigorosa das casas em Santiago, parecidas noutras ilhas (Fogo e Maio) e nos traz nos dois instrumentos musicais, o berimbau felizmente ainda continua,o cimbó julgo que está extinto, numa descrição rigorosa.
Vale o dinheiro!
Já este ficou na livraria. Talvez se houver guito venha a honrar o leitor.....
Labels: Cabo Verde, Crumb, Livros
No velho charco/Uma rã mergulha/Som na água
Matsuo Bashô
Os Haikus são concentrados de retórica de grande dimensão espiritual.
De:
Labels: Haikus