Hoje repeti o restaurante Casa do Caçador, na Recta do dito. Ontem tinha comido Mão de vaca com grão e hoje Dobrada com feijão branco, popular, refeições generosas e serviço de jovens de grande simpatia.
Preços também populares. Fica registado. Vale mais que brazões...
E acabei pela tarde este erro:
Entre os muitos disparates o de transformar os predadores/mamíferos em vegetarianos para não fazer "sofrer" as presas em nome de uma qualquer ética, mostra o nível de ignorância a que o pedantismo leva.
Passou tempo.
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Um livro que definiria como pitoresco, uma estória das peruanas, bordejada com realidades actuais e discursos contracorrente.
não sou grande amante de narrativas mas esta de leitura ágil agradou-me.
" Despejar algo radioactivo sobre a argila e ver aparecer letras ardentes no Tempo como um baile de máscaras"
Seria um bom resumo deste livro.
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Um livro de grandes descobertas, mas nenhuma ao nível do que soube, já adivinhava ou sabia, sobre o papel do Partido Comunista na derrota da revolução espanhola e da república na guerra civil, estórias escalofriantes.
Verdadeiros canalhas, toda a cúpula do partido comunista (PCE ou PSUC, na Catalunha) assassinos e agentes de Staline, inimigos da revolução social e da democracia e dos direitos.
Chomsky em linha com Orwell e outros estudiosos apresenta-nos dados irrefutáveis dessas tramóias e conspirações, mas também nos dá informações sobre as lógicas tansparentes do anarquismo, sonegadas por toda a imprensa dita liberal ou comunista.
Um livro indispensável.
Mas, tenho que criticar a ausência de referência sobre a autoria das notas, que algumas não são certamente de Chomsky, e também da introdução do último capítulo sobre a linguagem, demasiado datado e fora do enquadramento.
Um livro sobre livros:
E sem ordem refiro que encontrei, reencontrei-me com Moby Dick, de Melville, com uma análise de alta qualidade e um mergulho no âmago desse, e também o Quixote, de Cervantes que está num dos 1º das minhas opções, S.Zweig e o seu mundo que desapareceu é outra das obras maiores neste trabalhado, e claro o livro do Desassossego do nosso Pessoa/Soares.
Um dos contos de J.L.Borges é tema de um capítulo, o da cartografia, misturado com um que desconheço de Lewis Carroll. Outros autores que li mas não nas obras citadas nesta história da vertigem, são C.Magris e W.G.Sebald e também R. Rolland.
Tenho que dizer que todos os livros são trabalhados sobre um fundo ecologista e humanista.
Um livro essencial para os tempos que correm
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Este surgiu-me a meio da leitura de Noam Chomsky, post abaixo:
https://sinpermiso.info/textos/brasil-el-partido-revolucionario-imaginario
de um velho colega e estimado.
O livro de Chomsky, no seu melhor, apresenta vários exemplos de alta sobre as mentiras do poder, utilizá-lo-ei em próximo artigo, já o "de la mineria al turismo" é sobre como se organiza a informação de um processo mineiro ganancioso versus um projecto de turismo deliquescente, num quadro de construção de hegemonia, entre forças contraditórias.
Também li um livro engraçado para adolescentes:
uma estadia de recordações, conforme próximo documento.esta escultura remete-me para bobines fílmicas e está no hotel onde Manuel Oliveira passava com a Isabel muitos tempos de férias e trabalho. Onde há uma sala com o seu nome e nem os empregados (alguns) sabem que foi....
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E estes irão acompanhar-me nos próximos dias de ausência:
é o último de Chomsky em colaboração. Tenho expectativa...E este é uma descoberta e tem menos de metade do acima, em espessura, mas já o folhei com prazer:
o conceito de hegemonia, tão caro a Noam é aqui, também, muito operacional.Labels: Livros, Porto Santo
No próximo post irei referir uma livraria excelente em Reykavic que émula a Casa Comum ou a Ler Devagar.
Hoje aqui refiro dois dos livrinhos que adquiri sobre dois elementos estruturantes da Islândia.
Os vulcões:
e sobre esta lava caminhámos!E sobre as mitologias, os contos destas, as tradições que fazem o povo:
os li no avião na volta! E chegado mergulhei nesta notável música folk/popular:Entretenho-me a passar o tempo e leio este livro curioso, análise social e escrita gostosa:
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No retiro em Alter releio para memória futura:
E
um romance, sobre um dos nossos maiores pensadores.Labels: Baruch Spinoza, Livros, nuclear
Um livro socio-etno-antropológico sobre os diversos alucinógeneos e as suas origens e mitos.
Curioso como todos os mitos, de lugares diferentes e impossíveis de contacto, têm a mesma matriz de fundação do mundo e sobretudo da vida, em linha com o "Pão dos Deuses" de Terence McKenna, já aqui referido, interligando-se ou não com as religiões dogma que tentaram aniquilar-los. E todos têm enorme importância social e organizativa do poder.
E já tinha macroscópio na minha lista, neste aprendo macropsia, que é a capacidade de ampliar os detalhes, do que se vê, desde logo. Com a Amanita Muscaria.
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Tenho algumas discordâncias mas é um livro fundamental, a partir dele irei construir o meu próximo artigo "Oclocracia II", sobre alguns temas que nos escondem, com que nos manipulam, que os noticiaristas da hegemonia nem referem, e os jornalistas sejam os vendidos, sejam os plagiadores, sejam os meramente dentro da lógica do sistema nem querem ouvir falar.
temas como o aeroporto, as barragens e a Dana, o crescimento, são tabús, entre tantos outros... A oclocracia é um sistema rolo compressor, mas as canas vão aparecendo, e as fissuras por lá andam.Labels: AntónioTuriel, decrescimento, Livros, Oclocracia
Li com agrado este livro do meu amigo Mário sobre o seu parente:
na página 84 com prazer vi a referência ao meu tio, irmão de minha mãe, António Eloy de Jesus Garcia Pereira, grafado neste como Peres.
Ao livro simpático, sobre uma "pedra" da vida local, como dizia M. Torga, faltou alguma revisão, assim como uma grelha/árvore com a genealogia, e alguma informação adicional. O capítulo sobre a Tomina, que me interessa muito, em articulação com o convento da Alcance, hoje debaixo das águas do Guadiana não aborda a questão da heresia... mas fica para outras lides....
Labels: João Mário Caldeira, Livros, Sto. Aleixo
Um livro leve, bem escrito e bem humorado, esta picola biografia do picolo Buarque à Roma:
um livro num brasileiro delicioso....
Antes do retiro, para onde levo só 5 livros... mas o tempo todo vai comigo.
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Croissant com manteiga, meia de leite e uma bica acompanharam a leitura deste simpático e interessante livrinho, em linha com o grande Ibn Batuta ou Marco Paulo ou outros grandes viajeiros que nos dão conta do mundo. Neste conhecemos inúmeros povos, alguns já extintos, outrros como os ucranianos inventados depois, no século XIII Kiev dito neste era a maior cidade russa e até meados do século XX a maioria dos habitantes deste território identificava-se como camponês e a seguir como...russos.
Pois este é um livro delicioso, sócio e antropologicamente, descrições detalhadas, claro que influenciadas pelo cristianismo do autor, mas nem por isso menos significativas:
um livro para sonhar, também!"nada vale o perfume esvanescente da rosa selvagem"
"o sentido histórico não é senão teologia mascarada (...) essa forma de pensamento vem do cristianismo" o fim da história ou o paraíso na Terra, ou o comunismo
" é mais a utilização da técnica que a técnica em si mesma que pode ser desastrosa para a humanidade"
E mais estas, quase todas do próprio Camus:
(Ceux qui ) pensent que la technologie parviendra à sauver l'humanité des effets du changement climatique sans recours à une véritable sobriété, des effondristes collapsologues qui prédisent une destruction générale et inévitable de l'humanité, ou encore des réactionnaires qui relisent l'histoire nationale sous le prisme du déclin, une même orientation de l'histoire messianique
« La civilisation industrielle, en supprimant la beauté naturelle, en la couvrant sur de longs espaces par le déchet industriel crée et suscite les besoins artificiels »
“Ces raisons sont menacées aujourd'hui, par beaucoup de monstrueuses idoles, mais surtout par les techniques totalitaires. Les préjugés d'une raison aveugle, servis par des techniques devenues démentes, ont mené tout droit à de cruelles idéologies de domination, religions qui prétendent asservir la totalité de l'esprit humain, tiennent la neutralité même pour un crime et, par les moyens techniques et psychologiques de la répression, mettent l'individu à la merci de l'État.”
“Contre ses menaces, qui ont la dimension du monde lui-même, et de l'homme tout entier, qui par leur démesure même jettent des individus dans le découragement, qui se répercutent à travers des propagandes meurtrières ou avilissantes, à l'aide des mystifications les plus scandaleuses, et qui s'amplifient au gré des souffrances et des destructions qui couvrent aujourd'hui un monde épuisé, il nous a semblé que nous ne pouvions pas faire plus que de constituer, par-dessus les frontières, des ilots de résistance, où nous tenterons de maintenir, à la disposition de ceux qui viendront, les raleurs qui rendent un sens à la vie.”
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Tenho que referir que é um filosofo notável, muito falado e muito desconhecido. Eu mesmo não tenho nenhum livro seu e só o li em partes, aqui e ali.
Este livro dá-nos uma visão de primeira da sua vida e da sua obra, do seu pensamento. Parece que o estamos a ler e lhe descobrimos muita, uma enorme actualidade, seja na crítica do religioso, seja na formulação do político e social.
Baruch Spinoza, aqui fica.
A superstição é a forma mais eficaz de dominar a massa*
Ce passage de l'état de nature à l'état de société implique que les individus transfèrent leur propre pouvoir à la puissance collective à laquelle ils s'agrègent. Ainsi, « le droit dont chaque individu jouissait naturellemen sur tout ce qui l'entoure, est devenu collectif. Il n'a plus été déterminé par la force e par la convoitise de chacun, mais par la puissance et la volonté conjuguée de tous'».
Spinoza ne cesse de s'interroger sur les raisons qui font que le peuple préfère souvent être asservi à un pouvoir fort, voire tyrannique, plutôt que de s'émanciper au sein d'une république tolerante et libérale.
*e ainda, traduções todas minhas:
O desejo é a essência do homem
A razão necessita sentimento para nos conduzir à sabedoria
Somos tanto mais livres (...) quando compreendemos as leis da natureza que nos determinam
A eternidade é um instante fora do tempo, que não tem começo nem fim
Deus (para ele pode ser Shiva ou nada) não tem começo nem fim
Labels: Baruch Spinoza, filosofia, Livros
Só hoje acabei o Tras do Ceo, de Manuel Rivas, em galego uma estória fascinante, que mergulha no profundo pobo, mas que infelizmente me deixou abrumado com a dificuldade da escrita da língua.
Mas gostei muito, mas recomendo a versão castelhana traduzida pelo mesmo Rivas.
E agarrei mais este Olrik, embora não seja cultor desta nova versão dos personagens clássicos de E,P. Jacobs:
e posso garantir que é o meu último Olrik, este é um livro com bonecos em linha e uma história da carochinha.Labels: BD, Edgar Pierre Jacobs, Livros, Manuel Rivas
Em vésperas de começar obras em casa, da ditadura do proletariado como diz Luísa Costa Gomes, arrumo e tapo tudo. Fico com tempo para ler ...
um livro curioso sobre livros, sobre literatura, sobre o conhecimento destas. Sobre como a tradução do mundo se transforma na escrita deste. Como somos Deus quando criamos mundo na escrita.
Como nos diz Camus citado no livro " Se a verdade é una e universal,,, a liberdade não tem razão de existir"