Que saudades. De quando havia jornais que não estavam debaixo da pata da hegemonia, dos hiper e supermercados, de empresários, patifes, sem escrúpulos nem dignidade.
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Tenho que confessar que não recordo o último livro que tenha lido de Ferreira de Castro, escritor robusto, com uma escrita que bebe no realismo, em linha com Aquilino, com textos gordos e suculentos. Este é a estória de um povo, da zona de Montalegre, do Barroso, das suas gentes e modos. Retive uma espectacular chega de bois, e a trama do emigrante, presente por todo o lado, bem com as descrições de grande qualidade do espaço.
esta Terra Fria já não existe, mas continua o espaço, ora ameaçado por vampiros que lhe querem comer a vida e esvaziar a terra da sua produtividade e ocupação.
O anarquista Ferreira de Castro deixa-nos páginas, que mesmo em memória perdida, não podemos deixar morrer.
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Conclui hoje a leitura possível deste número de A Ideia, posta anterior. Além das observações expressas tenho, e não é tema de somenos, que lamentavelmente muitos dos textos, suculentos na generalidade, notas, bibliografia e apontamentos não estão assinados. Serão todos do director? A ser assim é porque não dorme, tal a produção...
Retenho também, embora falte edição, o notável artigo com que inicia a revista, sobre alterações climáticas e política, que não é breve! O artigo de Graeber ( que julgo já tinha lido!) é de grande nível, o seu livro que menciono no meu é uma obra prima, claro sobre antrolologia anarquista. Os três seguintes, de Freire, Adamo e sobretudo o de Lou Marin, assim como o que recupera muitos personagens maiores que a vida, por Sommermayer, são delícia.
Não são do meu gosto os 3 que seguem sobre religião (onde incluo rituais) e as suas (des-)ligações ao pensamento anarquista. Penso que estão fora.
Já mais uma biografia de um grande Manuel Francisco Rodrigues, me merece! Assim como os 2 ou 3 artigos picados (já os conhecia!) do jornal La Décroissance.
Também aprendi no artigo de Gayraud e menos no de Lowy ( personagem oscilante!), assim com na conversa com Ben Morea e na biografia de Diane di Prima.
Ainda um artigo interessante sobre F. Pessoa e a partir da página 235 até à 317, são as tais notas e livros de grande valor, a que falta a tal.
Os outros que não refiro não consegui ou optei por não ler.
Falta todavia mencionar um que só consegui ler em diagonal são 27 páginas de João Freire, que conheço há muitos anos e estimo, e dada a densidão e a mancha transforma a leitura em enorme dificuldade, ainda li alguns bocados e é uma excelente base para futuras discussões.
Assim também, esse o li todo (8 páginas duras), o do meu querido companheiro A.C.F. sobre o dito anarquismo de direita. Pois, não. Todos, todos se podem reclamar anarquistas, de direita, de esquerda, socialistas, conservadores, comunistas, fascistas e até nazistas ou liberais. Não há uma Bíblia para ser anarquista, em artigo meu publicado em número anterior entro na polémica.
De facto é bem difícil apurar as águas em que se move o movimento que oscila em torno a princípios muito ecléticos, como aliás é timbre do espaço de A IDEIA, onde as fronteiras do anarquismo com outros movimentos se confundem e bem.
Como se percebe discordo, todavia, embora não me passe pela cabeça dizer o que vai ou pode ir pela de outros, da ligação da anarquia, da cultura libertária a fixismos ideológicos onde estão todos os mencionados na reclamação acima.
O movimento anarquista mergulha nas classes trabalhadoras, no ludismo antes do mais, e na luta contra as opressões, quaisquer que elas sejam. Há temas incontornáveis para quem se assume neste movimento, que logo afastam os pensamentos únicos. A liberdade individual, a liberdade colectiva, os direitos que emanam dessas. E grande parte dos que A.C.F. menciona, os seus anarquistas de direita, foram uns facínoras do piorio que não respeitaram nenhum desses princípios básicos do nosso movimento. Podem até ser grandes artistas.... mas essa é outra conversa.
Um número, mais um número desta IDEIA que dever ser apoiada e pela qual temos, independentemente das críticas abertas e frontais, como o A.C.F. me sabe, é um esforço titânico para dar vida ao fundo dos temas e da consciência desse. OBRIGADO António!
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Andei por aís, desde logo no Porto, no Gato Vadio, excelente espaço de convívio e livros.
e passeei essa cabeçorra pelo país. Acabei (quase) a leitura da revista A IDEIA, em formato de lista telefónica, e com um grafismo que já comentei ao editor, mau, muito, a dificultar as leituras, de artigos espessos, alguns mesmo ilegíveis ( não só por culpa da mancha e da letra).
Mais de metade da revista tem muita qualidade, e há outros artigos com interesse. Tenho que referir que talvez 100 das 300 e tal páginas nem sequer me esforcei, tinha que dar o litro, para ler.
Mas o meu velho amigo e camarada António Cândido Franco está de parabéns, continua a levar as cartas a Garcia e a manter o espírito libertário na 1ª linha, mesmo quando discordo de algumas apreciações e abrangências.... anarquistas de direita.....
uma boa ideia as ilustrações!
Voltarei aqui para comentar alguns escritos.
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Quando me falam em desenvolvimento das forças produtivas saco da caneta, que sou não violento. E quando no Ecosocialista publicaram, contra o meu conselho, um artigo produtivista e com críticas balofas a um dos movimentos mais importantes do nosso movimento, o ludismo, sobretudo pelo quadro geral que forneceu, cancelei a minha assinatura.
E neste livrinho de um dos nossos maiores Gunther Anders temos uma crítica "avant la lettre" da Inteligência Artificial # nenhum ser vivo pode ser descrito de forma completa pela soma dos elementos isolados mesmo que esses possam ser provocados ou registados pelas máquinas#, # as máquinas não são mais uma peça isolada (...) mas qualquer coisa dentro da qual vivemos e da qual nos tornamos simples mecanismo#
e isto no âmbito de uma crítica radical da tecno/ciência #o totalitarismo tem as suas raízes na técnica#, no interesse do aumento da produção e desde logo do consumo num círculo vicioso. Mas #nós os homens não somos o objectivo da produção#, embora enfrentemos a conversão da totalidade da nossa existência em consumo, dado que há essa pulsão totalitária na técnica. Nós não somos técnica.
Estamos a mencionar um dos, do, criadores do conceito de Obsolescência!, e crítico do consumo, sempre predatório do ambiente.
e não resisto a trazer aqui uma página deste militante contra bomba e o cientificismo a ela associado no quadro do desenvolvimento das forças produtivas e da sua técnica,
e também poucos o sabem, um dos criadores, com a sua ex-mulher Hannah Arendt do conceito e sia elaboração da "banalidade do mal".
# Os criminosos são a maioria das vezes homens que interiorizaram os princípios do nosso ser no trabalho como princípios desse#
O ecosocialismo....pode ser útil, se....
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Fiquei pelas primeiras iniciativas sobre Almaraz em capítulo anterior.
Mas pelos anos 80 tivemos que lutar contra o nosso nuclear, e contra as minas e os trabalhadores dessas, ainda alienados pelo seu trabalho.
Não irei aqui desenvolver esse tema, muito presente em diversos escritos meus e livros, nomeadamente na minha “auto-biografia” aqui: https://www.wook.pt/livro/um-grao-de-areia-em-40-anos-de-cidadania-e-ambientes-antonio-eloy/16080148, embora esgotado tenho fundos de colecção!
Ora irei começar por mais uma, mais uma tentativa de estruturação de coordenação anti-nuclear ibérica. Realizou-se uma assembleia em Madrid, fui o único português presente, e tendo protagonizado grande parte das lutas e activismos fui agregado ao executivo, foi o começo da luta contra o prolongamento da vida das nucleares. A luta contra o A.T.I., então desnecessário, dado ser, nessa altura, só a cobertura para o prolongamento da vida dessas foi crucial, mas também a afirmação do movimento, que apareceu nos média em Espanha e Portugal, se afirmou em Paris no Forum Social Anti-nuclear (onde levaria uma machadada pelas costas!) e em Lisboa onde, sozinhos e com algumas colaborações avulsas, organizámos uma reunião com mais de 400 presentes, que correu de 1ª, no dia 4 de Fevereiro. As machadadas, todavia, já doiam, de gente com afã de protagonismo, ou com obscuros interesses pessoais e/ou políticos.
Além de termos tido um papel relevante (uma delegação de 6 ou 7 membros, posteriormente todos afastados, por uma Stalin) em Paris e termos levado a reunião seguinte para Madrid (que foi um fiasco total, nem 50 pessoas teve! E nula repercussão) e ainda termos conseguido levar/propor e fazer eleger (certo que com a qualidade e seriedade desse!) um dos nossos membros do executivo (Paco Castejon) para o conselho do C.S.N., mas antes estivemos no Parlamento português por diversas vezes, seja sobre Almaraz e o Tejo por 2 vezes, seja sobre Retortillo (aí nos deslocámos) e a mineração de urânio e também com o grupo de Zahinos que se opôs à mineração desse.
Julgo e aqui o disse que a pedra de toque que levou à desagregação completa do movimento, já em farrapos (por implosão) é certo foi o comunicado, elaborado por mim e pelo Paco em que o MIA se congratulava com a nomeação de Teresa Ribera como ministra do Ambiente. Ainda hoje me regozijo, não sem ter algumas críticas ao seu desempenho.
Posteriormente Paco foi proposto, e assistimos a um fantástico e duro questionamento dele pelas Cortes espanholas, esteve muito bem e foi nomeado!
Cada paragrafo daria, dará para muito desenvolvimento, mas por aqui se vê se como em todos os grupos sociais há invejas, dores de cotovelo, presunção e água benta, e mudanças de casaca.
Hoje não existe movimento, a não ser nalgumas cabeças. Eu organizava consultas, reuniões regulares, a última, presencial teve 12 colectivos e quem ficou de fazer a acta, um caloteiro descoberto depois, foi comprado e não a fez, porque nessa dizia-se das boas sobre ao menosprezo pelos portugueses, o ridículo que era a dita cota de género (eramos um e uma no ex. e passaram a ser três uns, e as “feministas” da esquerda podemita nem disseram nada!) e a captação por uma ideologia radical e extremista do movimento (a tal esquerda do podemos, hoje ex). E ainda organizei diversas reuniões gerais além de ser tudo transparente na nossa prática.
Hoje não há nada. Criei e deixei muitos movimentos, recordo os Amigos da Terra, o M.P.T., a secção “portuguesa” do Partito Radicale e a da Amnistia Internacional, que essa continua, e outros mais de que fui dirigente como o FAPAS, o CIDN, ou tantos outros. Infelizmente alguns desses ainda são sigla, sem conteúdo ou prática social ou/e ainda meras organizações de boys e de tachos.
O M.I.A. é hoje uma ficção. Mas algo surgirá, se for necessário. Hoje, felizmente as datas de encerramento das nucleares ibéricas estão firmes e temos gente que acompanha os incidentes nas existentes e a política energética neste espaço.
Continuamos! Com o Observatório Ibérico de Energia, e algumas dezenas de colaboradores.
E tenho/terei todo o gosto em discutir estes factos que aqui conto, só a verdade flutua.
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É já na 5ª feira:
https://www.campoaberto.pt/2023/12/31/ideias-debates-e-tertulias-2024/
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Aqui: https://heros-limite.com/livres/le-bestiaire/ encontramos outro Giono, vagamente surrealista, vagamente animalista no bom sentido.
além das estórias, invenções de animais este livro recolhe uma largas dezenas de citações, onde é difícil discernir a lógica, típico de um pensamento à temperatura da sua destruição.
Algumas são de relevo. Esta de Tolstoi, refere ele,J.G., que variante de Anna Karenine
"Difundir conscientemente a mentira e escamotear a verdade era considerado como sendo tacto político, tão útil para a exaltação geral" . Parecia-me que estava a ouvir hoje Paulo Portas, mentiras descaradas de um demagogo inveterado.
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Foi há 153 anos, mas continua a assombrar-nos, não ensombrar-nos, que foi um momento de épica e de luz.
que hoje Tardi nos traz aqui com desenhos do/no Père-Lachaise, onde estão os restos dos fuzilados no muro e o seu fuzilador, monumental.
Um espaço único onde me recordo perdido, e de ver coisas de outro mundo, que Tardi aqui nos recorda, com a memória que lhe está associada. Delicioso.
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Se há "esquerda" é certamente aqui que estão os verdadeiros valores dessa:
um jornal suculento com bonecos de outro mundo e textos acertivos!
Este sobre Jazz, do grande Siné!
este sobre algo parecido (a etimologia de jazz é sexo!), ou melhor uma operação desnecessária, a circuncisão:
e este contra o islamismo e o judaísmo:
mas a favor da palavra, paz.
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Um debate muito rico entre três octogenários das plantas.
Questões que não são abordadas....
Na Tasca do Gordo:
hoje, e quase sempre:
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Uma revista com contributos de qualidade e excelentes fotografias, recomendo:
Anti-sionismo!
https://www.monde-diplomatique.fr/2024/01/DAYAN_HERZBRUN/66493
um livro que parece ser fundamental.
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Hoje no El Emigrante, em Encinasola, no âmbito da preparação de jornadas de acá, e de uma intervenção em linha com a Slow-Food, comi esta magnífica sopa de col (repolho!):
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Um personagem, Escohotado é um dos melhores teorizadores das políticas proibicionistas e um empenhado activista, com uma obra da maior referência que aqui nos deixa um caderno de notas, muito pessoais, sobre um consumidor de opio, que faz lembrar outra obra de cabeceira de Thomas De Quincey, Confessions of an English Opium-Eater.
De relevância também pela "fluidez" da escrita (e o livro publica os diários escritos à mão!) e por observações sobre a cultura política dos nossos tempos, para discussão....
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Para a história anti-nuclear I
Várias vezes me têm desafiado para escrever a história do movimento de ecologia política por acá e allá. Recordo M.Scoullos que me tinha por parceiro sobre a história do movimento europeu, ou mais.
E tenho, por aqui e por ali muito escrito, sobre estórias, factos muitas vezes sonegados outros ignorados senão dos protagonistas e até alguns que tive que manter confidenciais por razões várias. Tenho que alguns também mantive de lado por razões de estratégia política, ou porque a sua divulgação roubaria argumentos aos “nossos” em lutas fundamentais.
Vou destapando, por diversos locais alguns elementos que ajudam a fazer estória ou mesmo História.
Como exemplo, desde os anos 70 que se procurou constituir na península (nesta, claro) um movimento contra as minas de urânio, que foi aliás paralelo aos primeiros momentos de coordenação anti-nuclear ibérica.
Para esse movimento foi contactado o sindicato dos mineiros (dada a ligação óbvia às minas da Urgeiriça) e obviamente não eram escamoteados os severos impactos ambientais e na saúde dos trabalhadores dessa actividade. O objectivo, claramente assumido, era o do encerramento da actividade mineira. Como imaginam a reacção foi a mesma que me levou a sair, sofrendo nos ossos, quando nos inícios dos anos 80 fui fazer uma conferência a Viseu e tiver que enfrentar uma turba de “operários” que protestavam contra a tentativa de acabar com os seus postos de trabalho e ignoravam, totalmente, totalmente as desgraçadas consequências desse para a sua saúde e dos seus familiares.
Desde os anos 70, os operários mineiros de urânio estavam informados dos impactos dessa actividade, dos problemas de saúde daí derivados e também, há que dizé-lo das alternativas.
Durante anos, por razões estratégicas tive que fazer de conta e alinhar com o discurso dos ex-trabalhadores das minas de que desconheciam o problema, de que ninguém os tinha informado, de que o Estado, o governo os tinha mantido na ignorância. E se este último ponto tem algo de verdade, como qualquer cidadão sabe....
Tenho muitas testemunhas. Mas não deixo de manifestar, e teve o meu total empenho, o maior regozijo por hoje, o ressarcimento das maldades desta mineração, seja as indemnizações, seja os cuidados sanitários, seja o processo de recuperação das casas (muitas altamente contaminadas) e a intervenção, lenta e com erros que temos apontado, seja feita....
Esta divagação a propósito de inverdades e mitos que se geram no âmbito destas lutas. Desde os anos 70 (penso de 79) que ninguém podia ignorar a realidade, eu próprio nas reuniões do Plano Energético Nacional (certo já em 83!) por várias vezes denunciei o urânio e tenho uma 1ª página do Diário de Lisboa com título significativo sobre essa questão, no início dos anos 80.
Desde essa altura que se começou a formatar um movimento ibérico contra a nuclear e outro, ou o mesmo, contra o urânio.
Com os meus camaradas da Federação dos Amigos da Terra, de que éramos membros e depois autónomos e com o luso-espanhol e querido amigo Humberto da Cruz cruzámos os primeiros entendimentos, que como todos os posteriores, por uma ou outra razão foram por água abaixo.
A nossa luta contra os nossos nucleares a partir de Ferrel, onde ainda houve solidariedade ibérica, foi a partir daí, quase (com notáveis colaborações internacionais que tenho por aí em amizades) exclusivamente feita com a prata da casa, se bem com com muitas relações e empenhos. Cada um por por si, tirando os casos em que do lado de lá (Sayago, Aldeavila) era quase do lado de cá (e pouca gente saberá que o P.P.M., ignoro se com o assentimento de G.R.T., chegou a propor a participação financeira nacional na central de Sayago a troco de... não fazermos nenhuma nossa,,,, as coisas que estão por aí debaixo do tapete....).
Embora sempre tenhamos estado alerta sobre Almaraz (pouco depois da central entrar em base, em 1985, fiz aprovar na Câmara Municipal de Lisboa, onde substituía G.R.T. uma moção em que a C.M.L. exigia do governo português uma posição firme para o encerramento dessa!), e não têm conta os comunicados que fizemos...,nunca mais se concretizou um entendimento ibérico sobre este tema, e tenho que dizer fiz parte de várias direcções de grupos ibéricos sobre ambiente.
Cont.
Labels: Ecologia política, História, nuclear
A legalização das drogas, das assim chamadas, avança aqui e recua ali. Estas são as notícias, que dão corpo a parte substancial deste número:
para mim menos suculento que o habitual, claro conhecer a evolução positiva na Colômbia é um must e conhecer Juan Carlos Usó e sobretudo a Robert Anton Wilson é uma valência maior.
Vou fumar uma broca para absorver.
Labels: Cañamo, conhecimento
Entre ontem e hoje leio este, número de referência desta:
Além de muitas informações e notícias várias de registo, os artigos de opinião sobre a Ecologia da Paisagem, e sobre a heráldica exótica, além do da Fauna que integra o sagrado são de 1ª. Rãs e borboletas merecem artigos, além da garça que tem capa.
Artigos sobre paleontologia w sobre escritos antigos dão também vida a este número, que também refere a transumância (mais uma vez Portugal ficou de fora! da Unesco), e as alterações climáticas, as cerejas e os ursos!
Lembrei-me das cagarras e do efeito das luzes no Faial e a campanha para a sua protecção a propósito da luminescência na Canárias, e tive algumas dúvidas sobre a reflorestação na Islândia e sobre a re-introdução do pigargo (águia- rabalva) mesmo nas Astúrias, dado...
Um número que daria para vários cursos de formação.
e
são sites de interesse que são indicados.
Labels: ambiente, revista Quercus, sustentabilidade
6 ou 7 dias de leitura e acabo hoje, esta obra magister, da qual tinha lido excertos in il tempora.
como tenho dito de um dos nossos maiores filósofos e protagonistas conceptuais da linguagem, que nos introduziu a um nova dimensão cxom o conceito da Obsolescência, e que menciono como um dos três grandes nas conferências # A Energia da Pachamama#.
" A televisão torna o homem passivo e indutria-o a confundir o ser e a aparência". "A publicação de uma critica da técnica é uma manifestação de coragem cívica". " Nada descredibiliza tanto o hiomen como serr suspeito de criticar as máquinas" . " A produção vive da morte dos produtos (que é sempre necessário voltar a comprar) é portanto para assegurar a #eternidade# da vida da produção que cada exemplar dever ser mortal"
O fantasma do mundo em que vivemos, reflexo do efémero das imagens.
"As emissões de rádio e de televisão engendram uma esquizofrenia artificial"
Um pensador de grande profundidade.
Labels: Bomba, Günther Anders, Obsolescência
Assunto: 25 janeiro: Antropoceno, a Hidra de Sete Cabeças? Um debate sobre o apocalipse, o colapso e as saídas
Labels: Apocalipse (in)certo, Conferência
Tenho ideia que existiu, em Caldas da Rainha, uma Confraria do Falo....
https://www.phallus.is/ mas um museu que reune um falo de todos os mamíferos da ilha é único:
A Islândia é a terra no mundo com mais museus per capita e neste livro são apresentados diversos e no final listados 30....
esse dos falos, o das pedras, o das aves (embalsamadas), o das coisas "inúteis" ou contra a obsolescência, o do arenque, um conjunto monumental sobre a extinção deste, faz lembrar a extinção da Ilha da Páscoa, e outro sobre feitiçaria, onde mergulhamos no pior da humanidade. E terminamos com um sobre monstros marinhos, embora pelo meio leiamos sobre muitos outros.
Andei 6 Kms (ida e volta) para ir, também à simpática livraria:https://gatafunho.com/ , nome certamente dado pelo dono um simpático gato residente. Combinei um projecto e encontrei a minha velha amiga Zézinha, com o Cramol, que ainda fui assistir na Igreja matriz a cantarolar umas músicas religiosas, que não são o meu prato. Excelentes vozes mas para outras coisas...
Também espero por mais iniciativas.
Aproveitei a proximidade e fui visitar esta:
Labels: Cramol, Ephemera, Gatafunho, Palácio Egipto
Todos os símbolos devem ser adequados à sua dimensão, todos eles representam e significam-se ou dão sentido a sentimentos.
Hoje estive a ler alguns textos sobre a suástica e a estrela de David. Qualquer delas têm significados sob os seus sentidos reais.
este boneco de Siné é muito divertido porque mostra a perversão do misticismo e as leituras da idolatria. Os islâmicos não têm símbolos....nas mesquitas.Mas põem-se de gatas.
Tema para grandes conversas, sabido que existem áreas onde qualquer é parada pela intolerância, recordo uma com pessoa que pensava de mente disponível. Quando lhe referi que não havia nenhumas evidências históricas da existência de J.C. e da sua aventurosa vida a não ser nos Evangelhos escritos 60 a 80 anos após a sua hipotética morte e fantásmica ressurreição (e depois subiu aos céus) fui insultado e excomungado, sem nenhum dado que me contradissesse. Mas como se a religião é só espiritualidade?
Labels: espírito, Intolerância, religião
Um livro sobre uma parte da vida, da curta vida, de Boris Vian e do seu alter ego:
que talvez tenha escrito esta canção.....
Labels: Boris Vian, Vernon Sullivan
não sei se trouxe aqui o I, mas aqui vai o II:
Labels: A Moral e a Política, Exgese, Gazeta da Beira, Judeus
Este número não é dos que me deixe muito entusiasmado, entrar em tecnicidades sejam elas bem "épluchadas" não é um dos meus temas.... e embora ache que o tema de capa é essencial gostaria de o ter mais em linha com Ivan Ilitch.....
Labels: Ivan Ilitch, La Décroissance, medicinas
Enviam-me hoje este boneco, sub-titulado Ecologia Política!
Labels: Boneco, Ecologia política
Esta é parte de uma das notícias de amanha do O.I.E.
https://obseribericoenergia.pt
vale a pena e ainda é de borla inscreverem-se.
(...)
As guerras continuam, o sistema entretêm-se a reproduzir-se, também através dessas, e o país parou no meio da maior "javardice" que são os nossos políticos a não discutirem nada, mesmo nada, mas meramente entretidos em ataques ad hominem que pensam que é o que interessa ao povo. Ninguém discute, nem sequer sabem, de um outra medicina, em linha com os ensinamentos entre outros de Ivan Illitch 1), ninguém fala de outro tipo de escola 2), e há tantos métodos inovadores, mas estamos mergulhados num sistema que não permite sair do ensino de Estado ...., ninguém fala de lógicas comunalistas 3) para resolver,também, o problema da habitação, mas lá vai tudo a caminho do abismo, cantando e rindo, levados pelo som tremendo....como referia o hino da bufa.
1)
https://www.rcpe.ac.uk/college/journal/medical-nemesis-40-years-enduring-legacy-ivan-illich
2)
https://www.usnews.com/education/k12/articles/what-is-a-waldorf-school
3)
https://www.theguardian.com/uk-news/2024/jan/01/community-buyout-projects-scotland
Labels: O.I.E., Observatório Ibérico Energia
Hoje estive a ler vários documentos sobre a relação entre a alimentação, o ambiente e a sociedade. E encontrei este livro, que me foi regalado (palavra curiosa, cheia de sentidos e claro comidas) pelo meu amigo Fernando.
um livro que é um gosto de lamber os lábios e o pensamento. è um livro de três notáveis com brilhante prefácio e útil pósfacio. E com receitas muito bem apresentadas e ilustradas.
Fiquei estarrecido com algumas receitas como Cobra frita, Cágado guisado com batatas, Ouriço-cacheiro de molho (atenção às fêmeas menstruadas!) ou à Raposa estufada. Mas tenho que dizer que da comidas destes extremos é o Texugo que assado no forno ou guisado com batatas mais me impressionou.
Um livro com receitas extraordinárias onde se sente o pulsar destas gentes, do ambiente onde se fizeram e que comem.
Labels: Comendo Ambientes, Gastronomias, Marvão
Começo o ano com um livro revelação:
uma espécie de tudo o que queria saber sobre o lítio e não sabia a quem perguntar. Claro que o enfoque deste não é sobre o uso final, mas sobre os processos de delapidação das terras e sobretudo, sobretudo das águas e de destruição dos salares*. Muito documentado, rigoroso e nada panfletário.
O Convénio 169 da OIT pode vir a ser muito útil.....
* mas está tudo ligado. E encontrei, curioso, talvez pela primeira vez encontrei a articulação, certo en passsant, entre a queda tendencial da taxa de lucro, criação de Adam Smith desenvolvida por Marx, e a transição energética, que há muito venho denunciando.
