insignificante
Thursday, February 29, 2024
 

 Este outrora um jornal é hoje um orgão dos nuclearistas e industrialistas (e claro donos de cadeias de hipermercados), sem a mínima deontologia, nem o mínimo de príncipios. 

O director recebeu, esta em baixo, há uma semana, e sei algumas mais de organizações referentes. Nada, nada, nada foi a resposta. Má educação, sobranceria e ignorância abundam neste, outrora, jornal. Hoje nem para a função que tinha lá em casa quando eu era criança.

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Sr. Director do jornal Público

O jornal que V. dirige tem vindo a publicar, pelo menos desde a edição de 17 de Outubro de 2022, quando entrevistou uma pseudo-ecologista finlandesa que defende a energia nuclear, uma série de artigos apologistas desta forma de energia, sem dar lugar ao contraditório, apesar dos alertas que foram manifestados ao Provedor do Leitor.

Na sua edição de 9 de Fevereiro último, o jornal publicou um texto inenarrável de um biólogo dito divulgador de ciência, o qual demonstra nada perceber do assunto – um biólogo pronuncia-se sobre energia nuclear, sem mencionar o efeito das radiações no corpo humano?

E ignora o longo historial de revezes tecnológicos, económicos e financeiros, os numerosos acidentes, desastres e paragens, os graves problemas do chamado ciclo do combustível  (nomeadamente as mortes por cancro em minas – vide caso das minas portuguesas - e instalações de reprocessamento e de enriquecimento), opinando com ligeireza sobre o grave problema ainda não resolvido do armazenamento definitivo do combustível utilizado. Apresenta números falsos de mortos com o acidente de Fukushima e não aborda o número de vítimas no caso de Chernobyl, ainda com uma alargada zona de exclusão da população; e também o caso de Three Mile Island (1979), nos EUA, em que a fusão de parte do núcleo só há pouco foi conhecida, pois este sector também se caracteriza pela sonegação de informação.

Depois, apresenta números que pretendem absolver a energia nuclear civil das suas nefastas consequências, citando argumentos que eram defendidos pelos nuclearistas nos anos 70 do Século XX.

Acusa ainda os ambientalistas de confundirem a energia nuclear civil com a militar, o que é falso na generalidade dos casos, sendo embora o processo tecnológico o mesmo.

Mas, pior ainda, resolve atribuir culpas aos defensores das energias renováveis pelas mortes decorrentes da exploração de carvão. Além de todas as actividades industriais poderem ser acusadas de mortes, os ecologistas e os defensores de energias renováveis sempre condenaram a utilização de carvão nas centrais térmicas. Trata-se de uma ignomínia intolerável.

Nem sequer mencionamos o título que deveria ser ao contrário, “O activismo anti-nuclear salvou milhares de vidas”, sendo que como é óbvio o publicado é do pior populismo e demagogia.

Esta carta, pessoal, é só para o alertar da total falha deontológica do jornal que V.Exa dirige.

Lisboa, de 22 Fevereiro de 2024

                        António Eloy, Ex-Professor Universitário, escritor

António Cândido Franco, Professor Universitário

António Mota Redol,Engenheiro, ex-quadro da Junta de Energia Nuclear, membro aposentado do Planeamento de Novos Centros Produtores da EDP e da REN

 Carlos Pimenta, Engenheiro, Ex-Secretário de Estado do Ambiente

 Fernando Santos Pessoa,Arquitecto Paisagista, ex-Director do SNPRCN (actual ICNF)

 Henri Baguenier,Professor Universitário de Economia da Energia em Portugal e França

 José Carlos Costa Marques, Editor, pioneiro da Ecologia em Portugal

 Manuel Collares Pereira, Engenheiro, estágio de licenciatura em Energia Nuclear na Alemanha, Professor Universitário, Investigador em Energias Renováveis, membro da Academia das Ciências

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 Poderá ser uma obsessão....

Mas a Islândia é uma constante nas minhas leituras e pensamento....



teria preferido ler esta trilogia, muito mergulhada nos contos tradicionais e estórias que já li, teria preferido ler no original françês, mas... a minha encomenda chegou na tradução em inglês. 

A estória é fantasmática mas tem um fio. os desenhos são excelentes e as paisagens ficam. Umas horas de leitura envolvente. A Islândia, ah a Islândia.


 
Wednesday, February 28, 2024
 

 Um livro que nos convoca com muita informação (até sobre a mina do Barroso!) e que nos deixa ainda, ainda mais documentados sobre os malefícios da chamada transição energética, que não, não existe mesmo. Da Ucrânia à Amazónia, Indónésia ao Chile, viajamos por muitas minas todas iguais, todas uma desgraça. E sabemos que só alteração do paradigma dominante nos pode salvar.

e dá-nos um contacto que aqui deixo e que pode ser, vir a ser muito útil:

contact@systext.org

www.systext.org

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 Cruzei-me, não no sentido bíblico, com esta linda borboleta, farfalla, mariposa....


 



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Tuesday, February 27, 2024
 

 Uma exposição de fotos da grande Maria Lamas, num local menos digno da Fundação Gulbenkian....

que se vai degradando com o tempo e erráticas administrações.


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 Lá estaremos!!!



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 Mais uma ida a Ferrel, ver @s amig@s e a ilha do Baleal. No caminho a ver, também, o mar leio este livrinho (60 e tal páginas) de uma densidade e beleza assombrosa:

a Islândia que continua no meu pensamento....


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Monday, February 26, 2024
 

 2 viagens de comboio e outro livrinho, um delicioso Satori, onde Kerouac parece estar a escrever no rolo de papel higiénico (em que escreveu o "On the Road"!) sempre, sempre bêbado, aqui sobretudo com cognac.

uma eswcrita imediata, textos curos e articulados, os satoris  aparecem por aqui, ali e acolá. Matem o Buda, como dizia o velho monge budista. Algo continuará.


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Sunday, February 25, 2024
 

 Sobre o Holocausto em curso:


não, não nos podemos calar. Como nos diz Naomi Klein a vítima tornou-se o genocida.

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Friday, February 23, 2024
 

 Mais um livro de referência, espesso (400 pag.) e só lamento que esta Naomi (Klein), se perca muito na contestação a outra Naomi, sem valor, só demagogia essa, " o disseminar de mentiras e conspirações online é crescente e isso ameaça a saúde pública e mesmo, possivelmente, a sobrevivência da democracia representativa" e "quando um ser humano se transforma num conjunto de data num website, como o facebook, é reduzido. Tudo encolhe. O carácter, as amizades, a fala, a sensibilidade. De uma forma transcendente perdemos os nossos corpos, os nossos sentimentos, os nossos desejos e os nossos medos".

Notável também o capítulo sobre a Solução Final dos Zionistas em Gaza, sobre o povo palestino e a denúncia do (anterior) Holocausto em Gaza, que não foi nada comparado ao em curso. Para este nem há palavras, que o livro foi escrito antes. "Israel um país judeu sem alma judia" diz citando Roth

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Thursday, February 22, 2024
 

 Formas de ditadura.

Hoje saí de uma lista onde já estava em contradição com os objectivos nulos, que se estavam a desenvolver. Mas saí porque me atrevi a contestar uma menina que colocou um artigo a defender o voto na esquerda, seja isso o que seja, desde logo não o P.S.

Contestei-a com veemência e atrevi-me a referir que o marxismo era um produtivismo. O que eu fui dizer. Em rolo recebi uma série de impropérios, na velha lógica marchista-leninista de calar qualquer voz que conteste o discurso do poder. Claro que nem uma palavra sobre o fundo, e tenho que referir que fui veemente mas correctissimo.

Pois passem bem, que tenho mais que fazer que alimentar ilusões, sem nada, nada contra essas e quem as alimenta. É que o maior problema do sectarismo é não saber ouvir, não saber ler e interpretar tudo ao viés.

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 Um livrinho interessante:

muito revisão de matéria sabida, com algumas informações, como o uso enorme de água pela I.A. e a origem dos camelos da América para África.


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Tuesday, February 20, 2024
  Edgar Morin ( Edgar Nahoum), antropólogo, sociólogo e filósofo francês c...

Embora com algumas imprecisões uma declaração de alto gabarito. Grande Edgar Morin!

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Monday, February 19, 2024
 

 Mais um livro excepcional. Que se lê de um trago e se respira. Pequenos elementos que reforçam a nossa consciência, histórias do capitalismo, que é colonialismo e racismo, articulado com genocídios vários, que se vão continuando, nos nossos dias:

começa com as ilhas de Banda e a noz-moscada e vai por aí adiante, com muita informação e uma análise adequada.

E relevo o capítulo 17 sobre o ecofascismo e congéneres, crítica implacável ao cientificismo e ao industrialismo (e lembrei-me de ecosocialistas que atacam o ludismo!).

Um livro em linha com o que penso.


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Saturday, February 17, 2024
 

Enquanto a cadaverocracia dos Estados Unidos da América se alastra e entre nós a merdocracia, vamos passando o tempo.

Hoje e ontem foi dia das revistas, das referências, das arrumações. O tempo continua a passar, as amendoeiras continuam a florir, ora em tempos mais incertos, e as rosas a serem enxertadas e germinarem de diversas cores.

Além das revistas plasmadas nas postas anteriores hoje folheei e li este curioso livro, pesado e caro.

que é uma ilusão, uma distorção, um choque imaginado com as palavras que ilustram o pensamento do personagem que é só um traço.

Todos somos o fundo da nossa solidão. Nada.


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 Já este número não é dos mais interessantes:

desde logo antipatizo com o boneco da capa... e tirando as notícias, 20 páginas, onde temos todas as últimas e 6 sobre o processo de legalização na Alemanha,  e  uma ou outra notícia  avulsa com alguma novidade, a entrevista a Pellisa e o artigo sobre o livro " Excelentíssimos borrachos", este é um número do Cáñamo que roça o suficiente.



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 Se a espátula da capa não pre-anunciava boas notícias, desde logo o passamento do meu estimado Jesús Garzón, este é um número de grande valia, os textos dos cronistas habituais roçam a excelência, alguns li e reli.

um número também com enfoque em Doñana e cheio de referências da maior importância.

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 Foi maior que a vida, ele que era também um homem grande de tamanho e postura. Me cruzei diversas vezes com ele, e não posso dizer que tenha sido amizade à primeira vista. Conflitámos, e concordámos e nos amistámos. Há muito que não o via, mas está sempre presente quando falamos de abutres ou lobos ou de quando falamos das cañadas reais e da transumância que ele capitaneava através de Madrid do norte ao sul da Ibéria.

era um grande homem, que deixou marcas que continuarão.


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Friday, February 16, 2024
 

Orquideas azuis

Amendoeiras em flor

Música no tempo



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Thursday, February 15, 2024
 

 Florival Baiôa, conhecia-o mal, estive uma vez a almoçar com ele e a esposa Mariana, foi um almoço prazenteiro, no seguimento do qual partilhámos um artigo sobre aeroportos no então Público, obviamente sobre o de Beja e as ligações ferroviárias necessárias. Era um homem de empenhos e um grande defensor do Alentejo e de Beja. Falámos de Alqueva e tenho ideia que não estava contrariado com as minhas posições sobre o monstro.

É mais um que vai fazer muita falta.



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 Enquanto prosseguem as discussões sobre se fazer alguma coisa em relação à vergonha em que se transformou o que já foi um jornal, falo do Público, recebo diversas informações de cancelamento de assinaturas, pelo carácter propagandístico do actual. Eu, nunca, nunca mais o irei comprar, nem à sexta, onde apreciava o Ipsilon.

Como escrevi em próximo artigo* para a nova revista Gazeta da Beira, a hegemonia, os donos da obsolescência, as cadeias de hiper-mercados, ligados, claro, aos capitais industrialistas intensivistas e produtivistas e parasitas tomaram conta do espaço público e do com esse nome, e também dos partidos políticos.

Só a resistência activa, aqui, ali e acolá, as pequenas /grandes lutas, locais, específicas podem dar alguma ilusão de futuro. 

Caminhamos, de facto, para o abismo, há quem diga que já mergulhámos nele e ainda não demos conta.

Continuamos, com o tempo, ainda, do nosso lado.

*Onde recordo esta luta:


O Castelo da Lousa, com o seu montado de entorno, ora debaixo das inúteis águas do embalse de Alqueva

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Tuesday, February 13, 2024
 

 A apresentação foi no Sábado na Casa do Alentejo e foi abrilhantada pelo Cante das Pias, Serpa festeja o mês do queijo:

vozes fantásticas a abrilhantar uma sessão onde o meu velho camarada Fernando Alves cerziu com mestria a apresentação, de pôr água na boca.

é um livro erudito, a que tenho que dizer faltou alguma edição (os arranjos capitulares e algum desbaste!). Neste magnum, que só pude ler em diagonal, aprendi muito, muitas coisas que não conhecia ou articulava, e outras num registo mais intimista que dá consolo ao levantar do chão desta obra.

Além de duas queridas referências ao nosso sempre presente, mestre e amigo Gonçalo Ribeiro Telles, encontrei esta página deliciosa:


 


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Fechar Almaraz e começar a gestão dos seus resíduos mortais

Para pôr em marcha uma central nuclear temos que dar início a um ciclo complexo (extracção, conversão, enriquecimento, fabrico do combustível). Tem que se minerar o urânio, transportá-lo e prepará-lo para ser útil na central e renová-lo assiduamente, e, em todos os momentos geram-se resíduos, alguns altamente radioactivos.

Sendo altamente perigosos e mesmo mortais devem ser armazenados de acordo com o seu grau de contaminação. Os resíduos radioactivos devem ficar num lugar seguro (seja o significado que esse adjectivo tenha) pelo menos 1.000.000 anos, uma temporalidade fora da nossa dimensão para albergar os resíduos de alta actividade (radiação).

E quando ninguém sabe o que fazer com esse legado, agora que se aproxima o fecho das centrais, pactado, acordado entre o governo e as empresas proprietárias, há quem fale, outra vez, de prolongar a vida destas. Mas sabemos dos graves problemas e defeitos técnicos que aumentam com o tempo. Almaraz tem mais de 2.700, dois mil e setecentos incidentes registados numa recolha da ADENEX, nos últimos 40 anos.

Por isso a responsabilidade política de actual ministério de Transição Energética, e da sua ministra Teresa Ribera é chave, essencial! O fecho das centrais nucleares já está escalonado e começa agora um novo ciclo, tão prolongado como o anterior de desmantelamento, gestão e adequação geológica dos resíduos.

Ao encerrar as nucleares não acaba o ciclo destas, começa outro processo que as indústrias procuram negar e remeter para a conta do Estado. E ninguém em seu perfeito juízo pode comparar os resíduos das nucleares com os de solares ou eólicas.

Por isso o actual governo de Pedro Sánchez, aprovou o 7º plano geral de resíduos radioactivos que estabelece prazos, financiamentos e prospectivas futuras para uma indústria que mesmo quando encerre a sua exploração comercial não o faz definitivamente, mas tem mais um século para tratar desses.

O Ex-presidente  Felipe Gonzalez (1982-1996) agiu bem quando encerrou os projectos para mais 5 centrais, mas hoje o mesmo Sr. Gonzalez, que sabe bem que estes resíduos não se reciclam (e quando o fazem é para armamento nuclear) está errado quando se junta aos que pretendem prolongar as vidas das nucleares. E quem tem razão é a ministra Ribera, coerente em não prolongar a ameaça e o legado eterno das nucleares. Fukushima continua a constituir um marco, que se prolonga e que não esquecemos.

Chema Mazon, Coordenador do Grupo de Energia da Adenex,

António Eloy, Coordenador do Observatório Ibérico de Energia


 

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Monday, February 12, 2024
 

 Estes dias de defeso são momentos para conversas, leituras e cinema.

Acima mais um gostoso livro que instrói não sabia que se podiam utilizar ovelhas como animal de carga ou lavrar ”num estrado oval puxado por ovelhas” e “o arado é puxado por ovelhas e o solo é particularmente rico”, julgo que esta prática caiu em desuso. 

Já sabia que nas Flores “em pequenas ribeiras rápidas que muitas vezes, no seu curso, fazem girar a mó de um agradável e pequeno moinho”, o que hoje continua noutra dimensão....

E também sabia e lamento que hoje, talvez só no reduto das Graciosa, os haja “e burros, também muito bons, tão numerosos que dizem que há um por habitante na ilha” (de S. Miguel).

Retenho por corresponder à minha opinião: “os portugueses. Considero-os pessoas no geral sem energia ou iniciativa, satisfeitos por levar uma vida perfeitamente sem valor e em degradante indolência e (...) dispostas a agachar-se perante qualquer tirano que tenha hipótese de usurpar a supremacia sobre eles”. Embora o diagnóstico seja feito sobre os açorianos penso que se generaliza bem aos portugueses em geral. Só assim se percebe que o Chega possa chegar a 25% dos votos, no Continente e globalmente.

Neste livro, como no outro que em posta anterior referi sobre o Faial o autor além de uma descrição notável sobre uma viagem marítima e naufrágio entra em pormenores etno-sociológicos notáveis sobre as Flores e o Faial e apresenta-nos textos de outros autores, nomeadamente Purdy,John, que incisivamente nos dá testemunhos de grande valia.


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Andei em todas as ilhas de Cabo Verde em busca dos cemitérios judeus, e também de registos destes. Este é um livro, onde recordo 2 ou 3 desses que encontrei (muito degradados na altura) e também outros locais de registo cultural de ligações judaicas.

um livro muito interessante, tentarei ir à apresentação dia 28 do corrente na Casa de Cabo Verde. Dado que fiquei com a impressão que falta neste registo qualquer coisinha. Mas talvez sejam os estudos, os registos que ainda não estão completos. E também falta um enquadramento sociológico de maior envergadura, quem eram, quais as origens destes judeus de torna viagem, que profissões e funçoes exerciam antes de voltarem, e que relações tinham com os judeus que tinham sido expulsos, pergintas quye não são feitas, que não são respondidas.

Os meus tetra-avôs (pais dos avôs do meu avô) retornaram a Lisboa de Marrocos (final do século XVIII, ou início do século XIX) e imagino as dificuldades, traziam a chave.....


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Sunday, February 11, 2024
 

 Vulcões e ilhas são a minha maior delícia... ou quase.

Recebo este delicioso livrinho que muito prazer me deu. Estive 3 vezes no Faial e este livro é uma viagem no tempo, um soberbo escrito etno-social sobre o Faial a meio do século XIX, com as suas características num registo de grande qualidade. Outros textos do livro, o sobre os naufrágios, o sobre a escalada ao Pico, e o pequeno conto inspirado em Poe, são, também, momentos de prazer. Deveria o autor ter evitado entrar em minudências inventadas, mal, muito mal, da estória de Portugal, como faz no último capítulo, desnecessário que nada tem que ver com as ilhas.

um livro que me encheu a manhã, como se passeasse na marginal da Horta e fosse a Porto Pim.


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Saturday, February 10, 2024
 

 Tenho que referir que o texto da posta anterior foi escrito em improviso, e com grande constrangimento. Talvez, se houvera tido mais paciência e tempo, o houvera melhorado e esclarecido melhor alguns pormenores. É mesmo verdade que  "especialistas" nucleares achavam que os resíduos nucleares se iriam afundando, até onde resta por saber, talvez assim atingissem só os 20 metros de altura que o iluminado referia, outras questões que esse, leiam os meus lábios, que esse perfeito idiota refere também poderiam ter sido melhor esclarecidas. Quem quiser que lhe envie o texto do mesmo do tal "iluminado" é só pedir, mas é só gasto no numérico.

Acabei, finalmente o excelente "Sans Transition" de Fressoz e sem falsa modéstia tenho que dizer que o encontrei muito em linha com o meu


quem quiser continuo a ter em armazém e estão previstas várias sessões pelo país. Não há, não há mesmo transição "a transição é a ideologia do capital do século XXI", mas já vem de trás.... Temos é que mudar o chip, o paradigma. Sair da hegemonia.

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 Abjecto!

Já sabíamos de uma cadeia de televisão propriedade da empresa no mundo que tem mais centrais nucleares já sabíamos que os hipermercados, a obsolescência programada, são os proprietários das outras e da generalidade dos jornais, isso lhes rende, mas estávamos convencidos que as regras deontológicas, a independência dos mesmos ainda resistia.

Mas já tínhamos muitas suspeitas que estas eram só brincadeira e estes já nem servem para a função que ainda na minha meninice lhes dávamos, depois de cortados.

Hoje são a dita.

O Público, onde tive muitos bons amigos, e alguns ainda por lá andam e estão aqui no O.I.E. e onde desde 1998 regularmente tive artigos, já tinha censurado dois artigos meus, e um, imaginem o censor disse que não o publicava por: questões de estilo, claro o estilo era contra a guerra e a nuclear. Um outro um jornalista disse-me que o iria enviar para o editor/censor, onde ainda está a aboborar.

O Público, na linha da CNN que até inventou os ecologistas pela nuclear, está descaradamente a defender (atenção não há defesa possível) a nuclear e hoje, qual não é o meu espanto (ainda o compro à 6ª, ou melhor comprava) vejo um “funcionário” da nuclear, titulado “divulgador da ciência” que vai ter uma página cada 2 semanas, para promover a mesma.

Abjecto! Abjecto.

Mas vamos desmontar um pouco o que esse divulgador da nuclear diz:

Primeiro menciona os mortos resultantes da mineração de carvão, mas é pena, muita pena que não tenha uma, uma palavra para os números, muito superiores de mortos e incapacitados pela mineração de urânio, e as consequências da contaminação radioactiva das terras e rios e das consequências para a saúde das populações. Ignora a produção de CO2 da mineração deste e também os elevados custos da construção dos parques nucleares, atenção estou a falar de custos de emissões, que os custos mesmo um director da Comissão de Energia Atômica nos diz “em termos económicos não necessitamos a nuclear”!!!

Segundo, um exemplo flagrante da manipulação deste “funcionário” é a escolha de Fukushima, como exemplo de mortes radioactivas, talvez só, só 2.000, mas a contagem segue. É que podia ter escolhido Chernobyl, onde as estimativas são entre 100.000 e um milhão, um milhão de mortos (claro a Agência Nuclear diz que foram uns escassos milhares), fora os contaminados ainda a descobrir, e os custos, ai, ai os custos.

E claro que é uma óbvia manipulação a ideia de uma pilha de 20 metros de resíduos radioactivos num campo de futebol, talvez se como inicialmente previam inicialmente os nucleocratas esses se pudessem ir enterrando. Não, não só em Espanha onde há 5% das centrais americanos o espaço é 5 a dez vezes maior, mas estes “funcionários” andam a brincar aos cowboys, pensam que somos todos da sua laia e estamos na sua folha de pagamentos?

Já não fala dos supergeneradores, que já foram, da fusão que também deu o berro ou dos SMRs que nem chegaram a nascer em produção.

Aliás os outros de fissão que estão em construção já custam o triplo do inicialmente previsto e os atrasos já são iguais ao tempo originalmente previsto. Nunca chegarão a tempo de inverter as emissões climáticas. Mas há sempre quem ganhe dinheiro e pague estes disparates.

Em 1970 para comemorar os 25 anos da explosão nuclear o então patrão da Agência de Energia Atómica dizia “em 1995 teremos supergeneradores aos milhares (nem 1!), os primeiros passos da fusão (nem hoje!), satélites nucleares formarão uma rede de comunicação (onde? Em Marte?) e claro não pagaríamos a electricidade, nem seriam precisos contadores” (como diz? a 120€ o TW/h).

É com delírios destes que continuam a tentar enganar-nos só para benefício do capital intensivo que está por detrás destas malfeitorias, da degradação da saúde e do ambiente, e dos riscos que nos fazem enfrentar.

Falar das verdadeiras alternativas sociais, económicas e ambientais moita carrasco, quem manda gosta que lhe obedeçam e a obsolescência programada que está por detrás da nossa comunicação social sabe quem há-de mandar.

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Friday, February 09, 2024
 

 Amanhã:


há, sempre, memórias, mesmo quando escondidas

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Thursday, February 08, 2024
 

 

Updated 8 February at 7:50

At 5:30 this morning an intense seismic activity started north-east of mt. Sýlingarfell. Around 30 minutes later, a volcanic eruption started at the site.

The eruptive fissure lengthened both towards north and south during the first minutes.

The first images from the Icelandic Coast Guard's surveillance flight  suggest that the eruption takes place at a similar location as the eruption on the 18th of December 2023. The eruptive fissure is approximately 3 km long, from mt. Sundhnúkur in the south and stretches towards the eastern part of mt. Stóra-Skógfell. Lava flows mostly towards west at the moment and the flow seems to be slightly less than at the start of the 18th of December eruption.

The lava fountains reach about 50-80 m height and the volcanic plume rises about 3 km above the eruptive fissure.  


 

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Wednesday, February 07, 2024
 

 Em plena e produtiva leitura deste:

de que tenho, desde já, ainda sem o ter concluído, que referir a excepcionalidade, mergulho, também em mais um número da:

como de costume com alguns artigos de 1ª, vários!



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Tuesday, February 06, 2024
 

Continuo a esfregar duas pedras pensando assim iluminar a cada vez maior escuridão que nos cerca. Certo que quando a noite é mais escura é que a aurora está próxima, mas infelizmente as leis da vida cada vez, aliás nunca se aplicam ao social.

O social está em franca desagregação e degradação. Já chega, já chega de maldades, mas creioo que o pior ainda está para vir....

Recebi, vá lá saber-se porquê, de um velho companheiro da primária e querido amigo este haiku, de sua lavra que aqui coloco com muito gosto. Sou um amante destes de do seu processo de culto, e cultivo:


Fevereiro frio

Amendoeiras em flor

Sol no coração

 

de Pedro Aragão (Seia)

 

Retribui-lhe com um, também de criação espontânea, mas certamente inspirado no dele: 


A Terra gira

Em torno do Sol

O tempo passa

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Monday, February 05, 2024
 

 Há 26 anos que não ia a Arraiolos, onde na altura almocei no restaurante "A Moagem", que continua de qualidade, mas ficou em 3º na minha classificação gastronómica. Venceu, sem sombra de dúvida " O Pelourinho", de alta qualidade. Também não desgostei (2º) do "República do Petisco", e salvo a simpatia, transversal a todos e o local de grande qualidade, foi com desilusão que " O Alpendre" só fica em último lugar, foi mesmo medíocre.

Podem procurar no Dr. Google que lá estão todos.

E no Museu, na Praça este:

ou um troço ainda preservado!

Também de excelência, este local:

aqui uma das laterais:

e aqui onde me confessei, a Deus pai, todo poderoso:

que o espírito é o que conta.




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 Dois dias passados em meditação, leituras e gastronomias hedonistas.

Li, além de ter acabado com o de Arendt referido em posta anterior, este:

livro simpático, o autor, judeu, tem uma tirada de antologia para os dias que correm:

“ Os judeus encarnam tudo o que o discurso oficial sobre o Holocausto abomina. Virá o dia em que aparecerão como os últimos nazis na Terra. O círculo será então fechado. O dever de memória estará cumprido.”

Nem é preciso comentar.


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Friday, February 02, 2024
 

 Recupero Rosa Luxemburgo e também Walter Benjamim, entre outros que não aprecio tanto, neste simpático livro de Hannah Arendt:

que me vai acompanhar no retiro conventual deste fim-de-semana. E recordei a banalidade do mal, escrito por ela (dizem que com alguma colaboração de Gunther Anders) ao ver o filme "A Zona de Interesse", brutal, na sua banalidade. A vida, a humanidade não existem. O continuamos a ver, ouvir e ler.


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