De 1982 este folheto, livrinho, mantêm total actualidade. Nenhum dos problemas da nuclear foi resolvido, antes pelo contrário só ocorreram fracassos, incidentes e acidentes, e a economia da tecnologia foi por água abaixo, água que já vai faltando para arrefecer os reactores e com o vapor colocar as turbinas a mover-se.
um livinho de toda a actualidade, agora que se sabe que esta é uma tecnologia do passado.
Um livro estranho, como estranha é a mente humana e os seus meandros, sobre um tema muito recorrente, perdidos numa ilha. Vou a meio, voltarei a comentar.....
a ilha é uma metáfora do universo, ou melhor da humanidade no mundo, ou da desumanidade.Hermeto, bruxo, Pascoal vai estar no CCB, na próxima 6ª feira. Estou a tentar....
Labels: Hermeto Pascoal, World Music
No nosso país, por todo o mundo aliás, aldeias, povos, e terras úteis são abarbatadas por estas lógicas de produção, e esta nunca, nunca deu rendimento para regadio.....
sendo o caso de Vilarinho da Furna um caso de ditadura e de polícia, de polícia mesmo, também a Aldeia da Luz, já em democracia é uma anedota trágica. Mas tantas outras, tantas outras Bredas....Labels: Barragens, Breda, Vilarinho da Furna
Fui à Cinemateca ver 5 documentários sobre Timor. Registos de propaganda curiosos, com muita informação de construção etnográfica. Fiquei fascinado com o Cavalo Timor, aqui:
http://www.cjpav.org/pt/cerit/a-terra/fauna-e-flora/81-fauna-em-timor
e aqui em foto:
reparem na altura de perna, é uma miniatura.....Foi dia de arrumações e entre elas a leitura de dois pequenos livros, um que me envia o meu velho amigo J.C.M., de um teórico que aprecio, embora o tenha por um pouco na margem do que julgo é um pensamento progressivo (não é o mesmo que progressista!)e que reflecte (nos anos 90) sobre as contradições entre a ecologia política e o partido dessa, e as suas contradições em relação ao Poder. Um texto ainda hoje importante para meditar:
o outro é um livro delicioso, sobre a desconstrução, a alteração da linguagem e do seu seguimento em escrita. Richard Brautigan é uma figura que acompanhou o movimento beat e é, no fundo, um ecologista invulgar.este livro é de partir o coco, divertidissimo!Labels: Brautigan, Charbonneau, Livros
Foi dia de Honrar Gonçalo Ribeiro Telles!
E por em dia leituras:
experimentem trocar francófilos por ucranianos e germanófilos por russos e parece da maior actualidade.
Irei usar em próximo artigo.
Esse trecho é encontrado neste simpático, e de redacção esmerada, Caderno Cinzento:
e também para encher o tempo li esta recolha de artigos, e bonecos, de um dos maiores da nossa etnologia, Fernando Galhano, comprado em saldo.....onde descobrimos segredos antigos.
Labels: Etno-antropologia, guerra, Livros
HONRAR GONÇALO RIBEIRO TELLES
O HOMEM, A VIDA, O PENSAMENTO, A OBRA.
Num momento em que se fala de Gonçalo Ribeiro Telles, nem sempre tendo coerentemente em conta o seu pensamento, a sua obra e a sua ação, inclusive como iniciador da legislação de proteção do ambiente em Portugal, alguns que o acompanharam, e desejam continuar a pôr em prática o seu espírito, sentiram necessidade de romper um falso consenso, quando as políticas públicas se alinham em contradição com o que ele sempre defendeu, arrastando a desorganização do território, a destruição da biodiversidade, a destruição da paisagem enquanto valor cultural e identitário, e as lógicas de um desenvolvimento contra o ambiente e a sustentabilidade, apesar de embrulhadas num discurso «verde». Impulsionámos por isso um curto texto-manifesto já subscritos por 86 pessoas que com ele concordaram. Esperamos também promover proximamente diversos eventos na linha de "Olhar o Futuro e Honrar GRT".
“Honramos, em Gonçalo Ribeiro Telles, no centenário do seu nascimento, o Professor, o Arquitecto Paisagista, o homem político, o defensor do mundo rural, e da cidade entendida como o enlace da sociedade e da natureza, e não como puro artifício. Nele honramos, no quadro da legislação que criou, a resistência à destruição dos espaços naturais e da sua cultura, e a aposta na identidade humana com a Terra, que se configura na valorização da ruralidade.
Honrar Gonçalo Ribeiro Telles é defender o municipalismo como forma de organização cívica e de respeito pela história, em vez da artificialização e centralização administrativa constantes. É pugnar pela centralidade do solo, da sua proteção, conservação, regeneração. É agir sempre com base no respeito consequente pelas áreas protegidas, valores naturais, ecossistemas e biodiversidade.
É defender o ar, a água e o solo como fontes primaciais da vida. É defender políticas agro-pastoris-florestais coerentes. É defender as características sociais, culturais e locais dos territórios e das paisagens, se necessário transformando-as, inspirando-nos no seu passado para, recorrendo ao seu carácter e dinâmica genuína, construir aquelas que o presente e o futuro reclamam, na perspetiva de uma nova interpretação da modernidade.
É entender e actuar na paisagem enquanto sistema vivo, resultante da união íntima entre ecologia e cultura, respeitando a memória biofísica e antropológica que a configura. É pensá-la como espaço de vida e valor identitário e concebê-la muito para além de simples cenário. É acreditar que a paisagem é uma realidade fundadora da qualidade de vida das comunidades.
É combater os desperdícios, a entropia dos sistemas energéticos e produtivos, defendendo a escala adequada dos sistemas alternativos, sempre num quadro da maior participação das populações e das comunidades, concretizando de forma definitiva a rejeição que foi a sua da energia nuclear e tornando obrigatório o desinvestimento nas energias fósseis.
Honrar Gonçalo Ribeiro Telles é dar continuidade ao seu pensamento e à sua obra.
António Eloy, Aurora Carapinha, Fernando Pessoa, João Reis Gomes, José Carlos Costa Marques, Margarida Cancela de Abreu, Manuela Raposo Magalhães e Paulo Trancoso.”
LISTA DOS 86 SUBSCRITORES QUE SE JUNTARAM AOS 8 DA COMISSÃO AD-HOC
Alexandra Azevedo
Alexandre Cancela de Abreu
António Arruda
António Braga
António Cândido Franco
António Covas
António Gonzalez
António Lampreia
António Luís Crespi
António Serzedelo
Arminda Deusdado
Armindo Rodrigues Silveira
Bento Morais Sarmento
Carlos Marques
Carlos Martins
Carlos Pessoa
Carlos Pimenta
Elísio Summavielle
Eugénio Sequeira
Fernando Nunes da Silva
Filipe Jorge
Francisco Ferreira
Helena Freitas
Helena G. Pinto
Helena Roseta
Isabel do Carmo
Isabel Elias
Jacinto Rodrigues
João Bau
João Carlos Caninas
João Cerejeiro
João Gabriel Silva
João Gouveia
Jorge Leandro Rosa
Jorge Marques da Silva
Jorge Paiva
José Carlos Morais
José Luís Almeida e Silva
José Marques Moreira
José Sá Fernandes
Luís Carloto Marques
Luís Coimbra
Luís Silva
Luís Vicente
Luísa Schmidt
Manuel Costa Alves
Macário Correia
Manuel Antunes
Manuel Carlos Silva
Manuel Colares Pereira
Manuel Ferreira dos Santos
Manuela Araújo
Manuela Correia
Margarida Correia Marques
Margarida Silva
Maria João Cunha
Maria Calado
Maria José Varandas
Mário Benjamim
Mário Tomé
Mendo Castro Henriques
Miguel Bastos Araújo
Miguel Oliveira e Silva
Miguel Sousa Tavares
Mila Simões de Abreu
Nicole Januário
Nuno Farinha
Nuno Nabais
Paula Marques
Paulo Constantino
Paulo Ferrero
Paulo Soares
Paulo Talhadas dos Santos
Pedro Alexandre Triguinho
Pedro Soares
Pedro Quartin Graça
Raimundo Quintal
Rui Cortes
Rui Cunha
Sérgio Infante
Silvia Carreira
Suzana Fonseca
Teófilo Braga
Tomaz Albuquerque
Valter Vinagre
Viriato Soromenho Marques
Labels: Gonçalo Ribeiro Telles, Honremos GRT
Honrar Gonçalo Ribeiro Telles é, também, mais do que estas cerimónias que tem todo o mérito e grande importância, dar vida ao seu pensamento e acção, e desmascarar aqueles que passam a vida a invocá-lo, e defender o seu legado em palavras, mas fazem tudo o contrário do que o mestre defendia e pensava, tudo ao contrário da lógica de sustentabilidade do território e equilíbrio na construção das paisagens referenciando-lhe a biodiversidade e a sua perenidade, no quadro de uma construção cultural muito vasta e abrangente. Gonçalo era muito mais que um arquitecto paisagista, era um filosofo do fundo do tempo e um político conhecedor do social e da polis que este estrutura.
Labels: Ecologia política, Gonçalo Ribeiro Telles, Honremos GRT
Um livro recolha de artigos vários, muitos já lidos, mas que faz um bom ponto do estado da arte e da angústia da Terra viva.
400 páginas de letra miúda, que se pesam.
E vi hoje este, delicioso: Au Hasard Balthazar, de Robert Bresson que se pode ver aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=z1VGY4FnHx8
e um documentário Cordão Verde de Rossana Torres e &sobre o ambiente na zona de Mértola
Mértola é um local fora deste mundo.
tudo parece ter sido feito por obra de homens que se continuam na história como o curso do rio, o castelo e a vila, a mesquita e a igreja, que se sobrepõem no tempo e no espaço.
Nos 4 dias do Festival Islâmico recuperado da pandemia, com um figurino diferente do Souk ( muito melhor!) onde um grupo berbere animava as ruas:
a animação foi constante.Os espectaculos
em cima Eduardo Paniagua e &
e em baixo, o notável, pela qualidade dos músicos e bailarinas Vahdat Ensemble
mas um Festival, que se bem que tenham sido mais convivial que anteriores, com menos multidões e a habitual bonomia, que o espírito islâmico faz transbordar tem que corrigir elementos centrais que se não o fizer seguirá o caminho que vinha a percorrer, ou seja perder a valência socio-cultural e as tradições que dessa resultam. A massificação e o domínio do cifrão levam estes festivais à perdição, como tem acontecido com as inúmeras imitações que vão pululando por aí e de que fenómeno do espelho revertido este festival se vinha transformando.
Desde logo há que restringir a participação a entidades comerciais que não tem nada a ver com a lógica socio-cultural na base do festival, ver vendedores de banha da cobra, misturados com genuínos islamitas, de diversas proveniências, sobretudo quando vendem produtos que só remotamente tem algo a ver com as tradições sociais e produtivas desse passado que é recuperado em espírito e bens.
( Ex: os Tubarões vendiam kebab de picanha!!! e via-se quinquilharia sem sentido)
Assim como ter um, número muito reduzido de eventos de carácter cultural e assim também as músicas e os músicos, salvo talvez os dois grupos acima, não tem nada, mas mesmo nada a ver com as musicalidades que nos vem do Sul (género abanar o capacete).
O convívio foi excelente, mas também faz falta maior apoio à gastronomia que aparece como enfeite, salvo um ou outro caso.
e não posso deixar sem registo a degradação imensa a que está votado o centro histórico, com dezenas de casas abandonadas e muitas a cair, sejam antigos solares, sejam casas populares que deveriam ser objecto de uma intervenção global, que também incentivasse lógicas de regeneração urbana e novas energias.Labels: Festival Islâmico, Mertola
Escreverei sobre o Festival Islámico de Mértola, em breve.
Aqui um livrinho que li nas horas da sesta, um livro premonitório, antecipando os tempos e em linha com o pessimismo
informado que destes resulta. A peste escarlate são as alterações
climáticas que podem acelerar a tômbola sem fim em que vivemos e acabar
connosco. Claro que deixaremos de ler o D.Quixote ou as Bienviellantes ou, ou.
Labels: alterações climáticas, Jack London, Livros
Estamos de partida para:
https://www.festivalislamicodemertola.com/
onde se renova este Festival que é um momento de continuidade, de revelação, de confrontos de ideias e de artes que destas são oriundas, no tempo e no espaço.
Iremos mergulhar nos sons e cheiros, recriados de outros momentos, de outras vivências, e com o cheiro do futuro iremos renovar as amizades.
Labels: Festival Islâmico, Mertola
Pelo rótulo morre o peixe:
temos rótulos fabulosos nas nossas garrafas de vinho, esta, claro que foi comprada pela minha afficion, também, pelos mochos. Um excelente boneco, e tenho que dizer que é um excelente vinho, de Arraiolos.Vilarinho da Furna, uma história em movimento, em livros e registos, infelizmente, mal afundada, por lógicas facho-especulativas e sem sentido no quadro da produção de electricidade.
Re-descubro-a ora neste magnífico opus, culto e muito bem escrito de André Gago, que estimo e saudo.
que parece escrito hoje, e adaptado aos tempos que correm.
Um livro delicioso, sobre o passado mas dirigido ao futuro. Rio Homem!
Labels: Livros, Resistentes à Guerra, Rio Homem, Vilarinho da Furna
Rompendo o silêncio:
https://setemargens.com/a-nao-violencia-resposta-politica-e-social-a-guerra-as-guerras/
contra esta guerra, contra todas as guerras.
Labels: Desobediência civil e Não violência, Resistentes à Guerra
Recordo Gonçalo Ribeiro Telles, neste excelente documento do nosso velho amigo António Marujo:
no momento em que a recolha de assinaturas para o texto Honremos G.R.T. segue em popa.
A ilustração é de Pieter Bruegel, o Jovem, de uma cena, uma matança, fundamental para a ruralidade que era um tema central, com as suas lógicas, costumes e tradições, para Gonçalo.
Labels: António Marujo, Gonçalo Ribeiro Telles, Honremos GRT
Como habitual tenho em mãos o ultimo número, ora de Maio, da Quercus, que está apetitosa e traz um suplemento muito importante sobre uma espécie invasora e muito prejudicial, que vemos abundantemente por todo o lado, a Cortaderia selloane ou erva-das-pampas, deixo-vos a curiosidade.
Aqui:
Labels: erva-das-pampas, revista Quercus
Mato Seco em Chamas, Adirley Queirós + Joana Pimenta
é um filme curioso, falado numa língua incompreensível, felizmente tinha legendas em inglês, que o brasileiro e aquele som não se percebia nada.
Um misto de documentário e ficção, com um misto de actores e populares, com um misto de estória e improvisos, deixou-me desiludido.
Mas ganhou o INDIE, onde não houve, de facto, filmes que impressionassem.
No momento em que demos inicio à recolha de assinaturas dos que se revêem na orientação política e no empenho cívico e ambiental de Gonçalo Ribeiro Telles, e que contestam o falso unanimismo que o rodeia, feito por gente que o adula e faz todo o contrário que ele indicava e defendia estruturadamente, no quadro de um adequado ordenamento do território e defesa das paisagens vivas, publiquei na Gazeta da Beira o seguinte artigo:
#
A moral e a política
Honremos Gonçalo Ribeiro Telles*
“ Antes de a engolir/ a água fresca da fonte/ murmurou nos meus dentes”
Matsuo Bashô
Gonçalo Ribeiro Telles foi um arquitecto paisagista e homem político, opositor ao Estado Novo, e participante em muitas lutas pela democracia. Foi um ecologista e homem de cultura e, a seguir ao 25 de Abril, sub-Secretário de Estado do Ambiente e responsável pelos 1º textos legislativos de protecção do ambiente (um maravilhoso decreto lei de protecção do sobreiro!)e depois enquanto ministro da Qualidade de Vida responsável pela maior parte da nossa legislação de ordenamento do território (REN e RAN, assim como, em parte, os PDMs) que têm sido por todos os poderes ignorada e desvirtuada, em favor de crescimento e de artificialização urbana e destruição de espaços rurais e da cultura a partir destes produzida (pelos P.I.N.s, nomeadamente). Para Gonçalo Ribeiro Telles a ruralidade que não é um simples chavão, mas uma opção política para recuperar a identidade humana e a terra com ela.
Defensor do municipalismo, como forma de organização cívica e respeito pela história e sua continuidade, contra a artificialização e centralização, opôs-se à às regiões administrativas, que ora regressam, propondo sim um sistema de agregação de municípios numa lógica comarcal, sem novas estruturas e burocracias.
Gonçalo Ribeiro Telles entendia a paisagem enquanto sistema vivo dinâmico, resultante da união intima entre ecologia e cultura e foi um empenhado defensor da biodiversidade e opositor da eucaliptação do país assim como um dos principais críticos de mega-projectos insensatos, ligados ao intensivismo agro-industrial como Alqueva ou Cova da Beira, propondo alternativas sustentáveis para o território. Hoje seria opositor do projecto Tejo Foi também um grande impulsionador de uma estrutura articulada de áreas protegidas, integradas num quadro global de políticas agro-pastoris-florestais.
Gonçalo Ribeiro Telles esteve connosco em Ferrel e acompanhou toda a luta contra a nuclear e por novas energias integradas e respeitando o ambiente.
Não chegam as palavras, nem estas são vazias, têm que ter poder.
Honrar Gonçalo Ribeiro Telles é dar vida e continuidade ao seu pensamento.
· esse o título de um documento colectivo, de Paulo Trancoso, José Carlos Marques, Manuela Raposo de Magalhães, Aurora Carapinha, Fernando Pessoa, Margarida Cancela de Abreu, João Reis Gomes e meu, sendo possível que seja subscrito por muitos outros. Algumas linhas aqui são desse tiradas. Constituímos uma Comissão para honrar a passagem do 100º aniversário do seu nascimento, contra a hipocrisia dominante que usa o seu nome para fazer o contrário da sua obra e do que dispunha com a sua acção. Talvez concretizemos alguma coisa.
Quero dar aqui também testemunho da enorme humanidade de Gonçalo que aqui também ficou registada. Tínhamos muitas divergências, desde logo duas que constituem capítulos de um livro meu #Planetas Vivos são Difíceis de Encontrar# , que ele prefaciou. Sou um europeísta radical e um defensor da legalização de todas as drogas. Pois não se incomodou nada e escreveu um documento magnífico, que me convidou para ler em sua casa. E algum tempo depois dividiríamos uma página do D.N. ele com um artigo contra a legalização do aborto eu a favor. Com civilidade e muita amizade, e compreensão. Sempre nos entendemos e como disse num artigo póstumo que lhe dediquei : ” O teu pensamento querido “tio” e amigo Gonçalo vinha de traz, vinha do fundo do conhecimento da natureza e do tempo desta e do que o homem com eles faz. A memória são os momentos em que o pensamento se continua. Vamos continuar.”
Vamos continuar a resistir. E a Olhar o Futuro.
#
Labels: G.R.T., Gazeta da Beira, Gonçalo Ribeiro Telles
A não violência resposta política e social à guerra, às guerras.
Não há guerras justas!
A não violência carece ser explicada e urge ser compreendida, como recurso que se articula em torno da palavra e dos nossos corpos e que é intransigente na defesa do direito e da autonomia e das liberdades públicas.
Os resistentes à guerra, também portugueses tem muita história, que se articula também com a resistência à guerra colonial, que passa pelas lutas contra o SMO e claro antes pela objecção de consciência. Que passa pela oposição à cultura de guerra que entre nós sempre foi patrocinada por quem só se opunha às armas de um dos lados e que hoje continua a procurar álibis para tomar o partido errado, o da continuação da guerra e que nos tinha atravessados*.
A nossa resistência à guerra sempre foi articulada com conceitos de defesa da vida e do ambiente, com lógicas de conservação da natureza e recursos, que são destruídos pelas máquinas militares e as indústrias que lhe estão por traz, em qualquer das suas formas. Recordemos que os piores pesticidas, os mais tenebrosos químicos foram testados em guerras e de igual forma a nuclear civil é um fruto, contaminado da nuclear militar, hoje infelizmente disseminada por todo o mundo que sofre as consequências das emissões radioactivas.
Infelizmente os média, na sua lógica de venda de um produto, e pensando que a opinião publicada ou difundida é a que interessa ao público, que numa lógica de pescadinha de rabo na boca segue essa lógica e a continua, não encontra espaço para discursos alternativos que geram humanidade.
Continuamos a desenvolver informação do mais, mais armas, mais combates, mais mortes, mais carnificinas, mais feridos, mais armas. Um ciclo vicioso que tem que ser rompido com novos recursos, a não violência é o caminho para acabar com a guerra, a não violência e a resistência civil nesse âmbito é fundamental para alterar os paradigmas dominantes. Se começarmos a falar disso, de exemplos históricos, mas também de tantos, tantos outros de actualidade, que todos os dias estão a ocorrer.
Na Rússia, na Ucrânia, em todo o mundo somos muitos, que de formas diversas dizemos não à guerra e propomos outra coisa. E iremos romper o silêncio.
* Os resistentes à guerra também têm sido os principais resistentes ao discurso do contra “esta” guerra, em nome de outra coisa, patrocinado por um dos lados da mesma.
Labels: Desobediência civil e Não violência, guerra, Não Violência
Um livro de referência:
Um livro de eco-espiritualidade e bio-regionalismo, em que nos fala da àgua e da sua circularidade, do consumo e as suas armadilhas, das línguas sua origem e formatação, da guerra e nenhuma é justa, bibliotecas e tudo o que se relaciona com o conhecimento, ecologismo contra a natureza das grandes ONGAs
E conceitos novos como:
Protecção contra a produção, estabilidade contra o crescimento e qualidade contra a quantidade, num quadro de ecologismo político
E é muito, muito divertido, estes haikus e dito perdidos pelo livro, com muitos outros contra o fanatismo e o pensamento único aqui ficam para o ilustrar:
----
Um tigre bebé, assim nasce e no solo
Tem o espírito de comedor de boi
------
Voo ascendente
Carrilhão de sinos no silêncio
Uma borboleta
---
Um mestre zen deve ser capaz de comer merda de cão e beber querosene
Labels: Ecologia política, Gary Snyder, Livro