Não posso dizer que o astral, seja isso o que seja, esteja minimamente em condições.
Os dias seguem, e os mortos enterram os seus mortos, como dizem as escrituras, com interpretações para todos os gostos, mas de facto só quer dizer que esse é o nosso fim biológico e nada mais.
Continuo a ler o livro de Hannah Arendt referido em posta anterior, sobre a Condição Humana, livro denso e de difícil assimilação, mas rico em formulações e análises de toda a actualidade:
são 500 e tal páginas em escrita de poche, que tem requerido outras leituras intercalares, de que tenho aqui dado conta, agora comecei outro livro, sobre um tema que tenho a peito e de um escritor, na minha linha libertária e ecologista.
Também irá ser leitura cheia.....
o colapso não é a brincar e o momento, a véspera, sempre a véspera da guerra, que pode acabar com todas as guerras, toca-nos a rebate.
Claro que voltarei a estas leituras.....
Labels: Colapso, Colapsologia, Hannah Arendt, Livros
Um levantamento meticuloso e muito importante:
uma opção cada vez, mais importante e com mais rentabilidade, e não é só nestes locais, o aproveitamento geotérmico pode ser generalizado!Interrompi a leitura do livro, notável, de F.P.M., para ler este curioso de Alberto Moravia:
onde o pretexto da viagem é base para uma história completamente freudiana.....e absolutamente moralista....
e fui, pela primeira vez este ano a uma magnifica almoçarada de lampreia, no Atlântico, ao Junqueiro, onde a simpatia do serviço se junta à alta qualidade do menú!
e a guerra continua.....Labels: Gastronomia, lampreia, Livros, Moravia
Conheço o João Freire há mais de 40 anos, era ele o dinamizador da revista de cultura anarquista a Ideia, em cujo blog hoje coloca este ensaio notável, para compreender o que se passa com a Rússia!
https://aideiablog.wordpress.com/2022/02/24/ensaio-2/
só posso dizer do meu maior acordo com o escrito!
não se pode ignorar a realidade. Somos, também, todos ucranianos, contra todas as ditaduras.Labels: História, pensamento libertário, Rússia, Ucrânia
Ontem estive a almoçar em Aroche com dois velhos amigos, António Chamizo, um conhecedor de arquivos e memórias que partilhamos, com a elaboração e o estudo que destas se devem extrair, e António Quaresma, que não via há anos e com quem o reatar de conversa e identidade foi imediato. O conheci quando era alcalde de Aroche e logo estabelecemos empatia que continua.
Deu-me uma dica deste site, estupendo:https://rutassierra.com/, onde pontificam os seus dois filhos que espero conhecer em breve.
Regressado a casa mergulho noutro livro de excelência, do meu querido amigo Fernando, que me está a deliciar, exaustivo, e com uma análise adequada. A ele voltarei:
Labels: Aroche, Chamizo, Livros, Pereira Marques
Um livro fantástico, uma novela gráfica que é jornalismo e investigação puras.
Excelente desenho e protagonistas de 1ª água.
https://www.futuropolis.fr/9782754829212/le-droit-du-sol.html
e aqui uma das 10 pranchas com o nosso amigo Bernard Laponche:
Labels: Bure, Davodeau, Laponche, Novela Gráfica, nuclear
É difícil comentar um livro de quem tem a
nossa estima e que tem produzido um trabalho, este e outros, notáveis sobre a sócio-antropologia
do nosso povo, com incursões pela memória histórica de grande relevo, Dulce Simões.
Pois atrevo-me a dizer que este é mais um marco indelével na construção da identidade de Barrancos, e também um pouco de outros povos da raia.
Mas não quero deixar de mencionar algumas perplexidades e falhas, nomeadamente na estória confusa e pouco compreensível, das “guerras” entre os grupos de cante de Barrancos, onde a lógica de agradar a Herodes e a Pilates nos deixa na maior perplexidade. Tudo teve a ver com dissensões políticas, travestidas de lutas pessoais, que requeriam outro enfoque, que a autora deixa como a raposa as uvas.
Tenho que o livro beneficiaria de alguns cortes, por andar entre o académico e a necessidade de agradar aos clientes, amigos é certo que a ele deram voz, mas sem adiantarem muito, nalguns casos.
Não me agradou e esse é tema também do posfácio, e tenho que essa é uma das causas da morte do cante ou do seu declínio , a mistura desse no livro com a religião, que dele nunca fez parte, o cante é uma canção de colectivo em luta, não é uma canção de igreja em que por lógicas unesquianas o têm vindo a transformar. Não é o mesmo.
Comentei também que é um livro que balança entre o erudito académico e o popularucho o que é uma opção, respeitável, mas que torna a leitura transpirada.
Mas com essas notas críticas é um livro essencial para a cultura da raia, e de Barrancos.
está a autora muito bem na classificação da fala barranquenha, ou dialecto, como só, só oralidade, a que por graça se pode dar uma escrita.
A partir do momento (quem? como? os linguistas? o "povo"? algum académico contratado lhe começarem a impôr uma escrita e um ensino....) a partir desse momento, em que a converterem numa estrutura "museulógica" seguirá o caminho do latim......e perderemos esta sonoridade....
Tem sido tempos de pouco tempo, e menos escrita, salvo o O.I.E. que se vai mantendo. Leituras também menos que tenho estado encalhado na #Condition de l'Homme Moderne# de Hannah Arendt, livro difícil e muito actual, sobre o poder, os poderes que temos que enfrentar. Reuniões, muitas, seja com amigos, sejam políticas ou organizativas, um ou outro tempo para passar o olho pela televisão, cada vez mais His Master's Voice, e algumas vistas por aí.
Tempo para concordar com o dito generalizado "isto está tudo louco" que, de facto, é dominante, por todo o lado, desde o jornalismo de sarjeta que temos, salvam-se poucos jornais e jornalistas, televisivos, locutores então..., nem um, à política, onde, aí não temos senão uma ou outra alma, porque a maioria nem alma tem, no espectáculo agora é só caras e cús, que parece que nada de outro é valorizado. E o povo? os trabalhadores e o povo, esses então são o espelho onde se reflecte, nos dois sentidos a escumalha com que vamos continuando.
Não é razão para desespero, algo acabará por ocorrer que poderá dar uma volta, claro efémera, a isto.
Vamos tentar seguir, em frente, ou não.
Labels: bio-política, Eloy, tempo
Um filme notável sobre uma revista de, total, referência:
https://www.youtube.com/watch?v=KQqwxJVaa30
Labels: Filmes, Scorsese, The New York Review of Books
Estive numa excelente conferência para apresentação do relatório mundial sobre a nuclear:
estas as conclusões de um documento sumarento, com mais de 400 páginas (disponível no Observatório!) e de uma conferência com cerca de 2 horas.Labels: nuclear, O.I.E., Pensamento
Ontem em colóquio na Moita, além de muitas observações genéricas julgo que contribui para o pensamento ligado à tauromaquia de forma a integrá-lo na ruralidade, ambiente, cultura e política.
Defender as corridas de per si não é um elemento catalogável ou sequer estimável, antes pelo contrário referi que a cooptação do ambiente taurino em Espanha pelo VOX está a dar um golpe mortal, uma estocada mortal, ás corridas em Praça, independente de discussões interessantes que se desenvolvem sobre o papel dos picadores.
Agregar a tauromaquia à extrema direita é um passo firme, uma estocada certeira para o fim das corridas, sejam mais ou menos populares.
E claro, em Portugal a Pró-Toiro não tem noção clara dessa situação, apesar do trabalho notável que tem feito no sentido de dar conteúdo ao momento de bandeira da ruralidade que são as corridas. É lamentável o questionário que foi feito, ou melhor o levantamento das posições dos partidos sobre a festa, independentemente desse estar, como referi correcto.
Só que a bandeira tem que ser enquadrada, não se defende sem defender o território, a sua construção e nessa o trabalho do homem a construir cultura, nos seus diferentes aspectos, da pastorícia, aos cavalos, do artesanal ao sofisticado, das diversas vertentes interligadas com rituais religiosos ou não ao social que é resultante de todos esses aspectos.
Não se defende a corrida em abstracto, por isso há quem adore os animalistas que permitem não elaborar pensamento nenhum e defender boçalidade contra boçalidade.
O pensamento taurino tem que se revestir, mudar as vestes mesmo, e dar sentido ao território, onde o apuramento do toiro, fundamental para marcar a charneca e o montado deve ser integrado com a biodiversidade e a paisagem que molda e deve ser explicado, porque os urbanitas o ignoram o processo de selecção e a rentabilização do animal, assim como a sua continuidade.
Mas temos uns conceptualistas dos dois lados, de um uns que inventaram a alma do toiro, sem saberem que este resulta da tenta, do outro os que levantam o braço, ignorando que a cultura taurina é intrinsecamente democrática, de Lorca a Picasso, de Hemingway, a Vargas Llosa e tantos outros.
O discurso tem que fazer caminho, nunca esquecerei que quando o Dalai Lama foi interrogado sobre a tauromaquia respondeu "cada local tem os seus rituais que devem ser respeitados no quadro da sua espiritualidade", os toiros são, também, um momento zen.
Esse o aspecto final, que não foquei, que é o que a bandeira representa, que é a continuidade, a religação das comunidades, do território, da cultura e da sociedade num ambiente adequado, para o qual o toiro, criação de muitas gerações, muito contribuiu.
Que continue, afastando os fantasmas que o parasitam.
Labels: ambiente, Tauromaquia, Toiros e zen
Têm que introduzir o site à mão, mas garanto que não é tempo perdido. É um filme fantástico, muito mais que o Hiroxima, Meu Amor, de Resnais! https://www.youtube.com/watch?v=Kp-91vmLhYA
Hoje vou fazer mais uma converseta, num género em que não exerço, normalmente, mas em que já corri riscos....
e logo no início do dia enviei um haiku a um velho amigo que continua:
Labels: Haikus
Podíamos ter evitado esta desgraça, que só serve para a ganância do regadio intensivo. Não produz (muito pouca) electricidade que compense, não distribui água a quem precisa e destrói a biodiversidade, o território, e os solos.
ainda recordo quando com o M.I.M. (Movimento Implosão do Muro) andámos a percorrer estes espaços, ora soterrados, o Mosteiro do Alcance, o Castelo da Lousa, a Aldeia da Luz, e os montes da zona, e os megalitos e outras estruturas religiosas. Algum dia, algum dia os recuperaremos e o muro implodirá!
Labels: Alqueva
Estive na A 25 na apresentação de mais um livro do meu velho amigo Fernando Pereira Marques.
com ele participei em muitos momentos que recordo com prazer. Tivemos muitos entendimentos e também divergências mas a minha estima e amizade manteve-se no tempo.
Irei ler atentamente este livro:
estimulado pelas duas intervenções desta apresentação a dele e a de Pacheco Pereira.
Aqui voltarei sobre o documento.
Labels: fascismo, Livros, Pereira Marques
Irei deliciar-me nos próximos dias, e desde já volto a recomendar a excelente exposição ILLUSTRARE, na antiga Faculdade de Ciências, à Escola Politécnica: https://www.ulisboa.pt/patrimonio/museu-nacional-de-historia-natural-e-da-ciencia:
esta a capa deste 2º volume, tão espectacular quanto o 1º!
e aqui um desenho fabuloso da "Flora Brasiliensis"Labels: ILLUSTRARE, Museu Ciência, Nuno Farinha
Aqui, continuamos com ecologia política!
Labels: A Moral e a Política, Ecologia política, Gazeta da Beira
Aqui um livro que estimo, dada a qualidade do autor, sem a mínima dúvida de grande interesse:
Labels: Arquitectura paisagista, Ilídio de Araújo, Livros
Li o livro aqui mencionado de Shlomo Sand, uma estorieta com alguns dados novos, mesmo para quem a conhece de ginjeira, e li também o interessante texto aqui mencionado sobre baleias....
Meditação, e terapias, dietas, e calma, e também este livrinho notável, que menciono no próximo O.I.E.
a transcrição exautiva do longo interrogatório feito a Yoshida, um verdadeiro herói, o homem que salvou, com a sua equipa o Japão, do triplo acidente de Fukushima.
Notável.
Este O.I.E. que sairá amanhã :https://obseribericoenergia.pt/index.php/arquivo/ultimo-envio
fez-me reflectir sobre o dito, que menciono de memória do notável Mark Twain, conhecido pelo dito sobre notícias, exageradas, da sua morte, que levaria algumas semanas a preparar um improviso de dez minutos.
Não sei se é verdade, mas sei que não há, à muito que não há, improvisos. Todos são preparados e agora até à uns "spin doctors"que fabricam frases assassinas para esses, doutores da agulheta (de fiar!) para matar o interlocutor.
Mas o fundamental é o conhecimento e a sua organização.
Hoje outro grande Bonzo Fernando Rosas, responde ao Bonzo Sousa Santos, com alguma razão, sobretudo ao mostrar a conhecida leviandade desse e a falta de memória (...). Mas na linha (o Bonzo Rosas) da cassete habitual, a culpa é sempre, sempre do povo. Dos trabalhadores e do povo, claro. Nunca reconhecer os próprios erros é um dos princípios sagrados do maxismo-leninismo-trosquismo, por essa ordem ou a inversa. Nunca, nunca.
Assim não levam a carta a Garcia, claro que eles não estão interessados nisso, nem sabem quem é o Garcia, nem a quem tem que entregar. Só sabem de si.
Vou passar uns dias a este e sem comunicação. Levo uma história de baleias # On Mistaking Whales# e um livro denso de um historiador que aprecio, desde que "inventou a história do povo judeu", notável e profundo livro sobre uma das maiores mitologias e embustes em que continuamos a viver. E este, que embora seja breve tem mais de 400 páginas que será lido num piscar de olho. Aqui voltarei....
Labels: Baleias, Livros, Shlomo Sand
Mas sem mudar o discurso e as palavras (por exemplo a cassete Jeronimo no discurso de humilhação repetiu 7, sete vezes a expressão "os trabalhadores e o povo", mas não somos todos povo e todos, ou quase todos trabalhadores (e até trabalhadoras!) mas o discurso da Catarina e aquelas palmas e aquele riso são a marca de água que não presta, pois sem mudar o discurso o caminho do CDS está traçado para, também, esses resíduos do PREC, que não percebem que o tempo passa.
Mas claro temos antigos slogans ou palavras de ordem que tem novos sentidos. O título do Bonso S. Santos não é útil, mas se fora "Assaltemos o quartel general" esse sim faria, faz todo o sentido
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