A guerra contra as "drogas" continua o seu caminho infernal.
Aqui mais um contributo para pôr-lhe fim: http://www.breakingthetaboo.info/
E na simpática revista Yerba encontrei as minhas sementes...
Hoje foi dia de gravação do programa semanal, na Rádio Montemuro, e também de uma gravação especial sobre o 1º de Maio.
Escrevi também próximo artigo para O Instalador e tratei de detalhes para o próximo SOL.
E li esta excelente revista que encontrei em Badajoz.
uma edição da ConaCulta, com notáveis recensões e artigos de grande qualidade, além da optima polémica/atocrítica liberal.
O liberalismo é uma disposição intelectual, e não uma ideologia, desconfia do poder e da ideia, da autocracia e da ideocracia.
O notável discurso de Muñoz Molina quando recebeu o prémio Jerusalén é reproduzido e uma notável critoca de livros e de textos vários conduz.me a novos conhecimentos e descobertas.
Um comentário de J.L.Borges sobre a tradução intriduz-me ao conceito, que tanto utilizo de tradutor -transcreador.
Uma curiosa nota sobre o livre arbitrio conduz-me de volta a Ortega Y Gasset
"De querer ser a crer que já se é vai a distância do trágico ao cómico", que posso dedicar a tantos putativos candidatos a coisa nenhuma.
O que conta são as ideias e o que fazemos com elas, homens molhados não temem a chuva!
da Baía tetrapolégica do Funchal. Ondeo governo inimputável do afilhado está a esbanjar o nosso dinheiro, suposto ser investido na reparação dos prejuízos das intempéries que assolaram a ilha, numa obra sem sentido ou qualquer funcionalidade, que será sempre erosionada pelas correntes marítimas e não chegará a velha. Dinheiro que vai para empresas de amigalhaços, que por sua vez financiam sabemos quem. O Tribunal de Contas bem pode zurzir o Ministério Público...
Nada melhor para o coração...
Hoje pediram-me um comentário sobre o primeiro de Maio.
Rascunhei umas linhas para o "improviso":
(...) Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!
Vladimir Maiakovski
e,
Direitos,
direitos para todos.
Direitos
sociais.
O
direito ao trabalho, com segurança e adequada remuneração.
O
direito ao lazer fruto desse e também gerador de economia e valores.
O ao
ambiente, e recordo David Henry Thoreau,
“Um
homem a passear no campo é considerado preguiçoso a esburracá-lo sem sentido é
considerado industrioso.”
Alteração
do paradigma, o trabalho para a vida e não a vida para o trabalho.
Penso que os lobos não têm culpa nenhuma, mas o título não lhes dá boa fama.
Um dos grandes trastes do século passado, um Franco ao espelho, que se houvera estado do lado dos vencedores não haveria sido melhor que o Franquito.
Também, como o outro, com uma vida de videirinho, trafulha, de ditardorzeco em potência.
As estórias do seu papel na destruição de tantas vidas ( e não estou a falar de Paracuelos!), a destruição sistemática da vida do PCE e dos seus melhores e finalmente a sua aniquilação na transição são traços de um personagem patológico e doentio, que seria um, mais um emúlo de Staline, ou de um Cunhal, se tivesse tido o poder...
O livro de Paul Preston exaustivo e detalhado deixa-nos o verdadeiro Santiago.
Nada que não soubessemos.
Alguns insectos, como as abelhas e as borboletas entre muitos, são indicadores da saúde ambiental, da capacidade dos sistemas se continuarem, e nesses estes tem um papel fundamental.
Ainda recordo o tempo em que rebanhos de ovelhas chegavam ao Saldanha, burros traziam leite à Alexandre Herculano, e havia borboletas em todos os jardins de Lisboa.
Muitas e muitas.
OA cidade entroncava com o campo e nesse tempo por aqui e ali havia horticolas.
Hoje venho lembrar esses tempos, e lavrar o meu maior protesto por o Governo português, talvez em mais um momento de desnorte ( ou andariam às pegas quando o assunto foi discutido?), ter votado contra a proibição de pesticidas matadores de abelhas e da fertilidade biologica de humanos: http://www.commondreams.org/headline/2013/04/29-3
Mas sobre este cartaz, do orgulhosamente sós, estamos a precisar de falar.
Comunismo, Pátria e Autoridade (do Partido, claro).
Será que não lembra nada?
Quem é que pretenderão enganar com esta demagogia barata?
O nacionalismo do Partido Comunista, a pátria sempre na ponta da língua (deles e da Frente Nacional), os slogans pífios do mínimo de conteúdo (ao lado os da UDP/BE não são melhores) e a ditadura do proletariada a continuar a alimentar os sonhos dos seus membros, sonham porem-nos todos a comer relva como os seus camaradas da democrática terra dos imperadores Kims.
Tenho pavor, verdadeiro pavor aos nacionalistas, fascistas e comunistas, todos eles no fundo uns ditadorzecos.
Já nos chegou. Basta.
Ontem estive em Badajoz, nuna sessão sobre energia onde apresentámos este filme:
e onde falei sobre energias "solares", a sua história e desenvolvimento em Portugal.
Foi uma sessão simpática que terminou com um prolongado petisco onde se falou muito, de comunicação, de línguas e signos.
De amigos.
Ontem andei pela antiga Faculdade de Ciências, ou melhor pelo espaço onde ainda frequentei algumas aulas e reuniões gerais, na Escola Politécnica, e onde hoje além do usufruto do excepcional jardim Botânico, existe uma pletora de exposições, notáveis e de grande potencial didáctico e vocacionadas para as escolas e o público em geral.
Fui também visitar uma exposição, onde o meu colaborador e amigo, notável desenhista/biologo, mas também produtor de recursos Nuno Farinha tem uma parte.
A história de plantas, centrada no hipericão é um momento de calma e de zen no agitar febril da urbe.
Do passado para o presente, como nos ensinou François Jacob, a quem ontem fiz menção e tributo na Rádio Montemuro.
Hoje estamos muito religiosos, pelo que aqui trago a bula,
A 'Taxa Camarae'
é um tarifário promulgado em 1517 pelo papa Leão X
destinado a vender indulgências. Como se pode ver, não havia crime, por mais
horrível que fosse, que não pudesse ser perdoado a troco de dinheiro. Aqui vão
os seus 35 artigos:
"1. O eclesiástico
que cometa o pecado da carne, seja com freiras, seja com primas, sobrinhas ou
afilhadas suas, seja com qualquer outra mulher, será absolvido, mediante o
pagamento de 67 libras e 12 soldos.
2. Se o eclesiástico, além do
pecado da fornicação, quiser ser absolvido do pecado contra a natureza ou de
bestialidade, deve pagar 219 libras e 15 soldos. Mas se tiver apenas cometido
pecado contra a natureza com crianças ou com animais e não com
mulheres, pagará unicamente 131 libras e 15 soldos.
3. O sacerdote
que desflorar uma virgem, pagará 2 libras e 8 soldos.
4. A religiosa
que quiser alcançar a dignidade de abadessa depois de se ter entregue a um ou
mais homens, simultânea ou sucessivamente, quer dentro quer fora do seu
convento, pagará 131 libras e 15 soldos.
5. Os sacerdotes que
quiserem viver maritalmente com parentes pagarão 76 libras e 1
soldo.
6. Para todos os pecados de luxúria cometidos por um leigo, a
absolvição custará 27 libras e 1 soldo; no caso de incesto, acrescentar-se-ão em
consciência 4 libras.
7. A mulher adúltera que queira ser absolvida para
se ver livre de todo e qualquer processo e obter uma ampla dispensa para
prosseguir as suas relações ilícitas, pagará ao Papa 87 libras e 3 soldos. Em
idêntica situação, o marido pagará a mesma soma; se tiverem cometido incesto com
os seus filhos, acrescentarão em consciência 6 libras.
8. A
absolvição e a certeza de não serem perseguidos por crimes de rapina, roubo ou
incêndio, custará aos culpados 131 libras e 7 soldos.
9. A absolvição de
um simples assassínio cometido na pessoa de um leigo é fixada em 15 libras, 4
soldos e 3 dinheiros.
10. Se o assassino tiver morto um ou mais homens no
mesmo dia, pagará como se tivesse apenas assassinado um.
11. O marido
que tiver dado maus tratos à sua mulher, pagará aos cofres da chancelaria
3 libras e 4 soldos; se a tiver morto, pagará 17 libras e 15 soldos; se o tiver
feito com a intenção de casar com outra, pagará um suplemento de 32 libras e 9
soldos. Se o marido tiver tido ajuda para cometer o crime, cada um dos seus
ajudantes será absolvido, mediante o pagamento de 2 libras.
12. Quem
afogar o seu próprio filho pagará 17 libras e 15 soldos; caso matem o próprio
filho por mútuo consentimento, o pai e a mãe pagarão 27 libras e 1 soldo pela
absolvição.
13. A mulher que destruir o filho que traz nas entranhas,
assim como o pai que tiver contribuido para a perpetração do crime, pagarão cada
um 17 libras e 15 soldos. Quem facilitar o aborto de uma criatura que não seja
seu filho pagará menos 1 libra.
14. Pelo assassinato de um irmão, de
uma irmã, de uma mãe ou de um pai, pagar-se-á 17 libras e 5
soldos.
15. Quem matar um bispo ou um prelado de hierarquia superior
terá de pagar 131 libras, 14 soldos e 6 dinheiros.
16. O assassino
que tiver morto mais de um sacerdote, sem ser de uma só vez, pagará 137 libras e
6 soldos pelo primeiro e metade pelos restantes.
17. O bispo ou abade
que cometa homicídio por emboscada, por acidente ou por necessidade, terá de
pagar, para obter a absolvição, 179 libras e 14 soldos.
18. Quem
quiser comprar antecipadamente a absolvição por todo e qualquer homicídio
acidental que venha a cometer no futuro, terá de pagar 168 libras e 15
soldos.
19. O herege que se converta pagará pela sua absolvição 269
libras. O filho de um herege queimado, enforcado ou de qualquer outro modo
justiçado, só poderá reabilitar-se mediante o pagamento de 218 libras, 16 soldos
e 9 dinheiros.
20. O eclesiástico que, não podendo saldar as suas
dívidas, não quiser ver-se processado pelos seus credores, entregará ao
Pontífice 17 libras, 8 soldos e 6 dinheiros, e a dívida ser-lhe-á
perdoada.
21. A licença para instalar pontos de venda de vários
géneros, sob o pórtico das igrejas, será concedida mediante o pagamento de 45
libras, 19 soldos e 3 dinheiros.
22. O delito de contrabando e as
fraudes relativas aos direitos do príncipe custarão 87 libras e 3
dinheiros.
23. A cidade que quiser obter para os seus habitantes ou
para os seus sacerdotes, frades ou monjas, autorização para comer carne e
lacticínios nas épocas em que está vedado fazê-lo, pagará 781 libras e 10
soldos.
24. O convento que quiser variar de regra e viver com menos
abstinência do que a que estava prescrita, pagará 146 libras e 5
soldos.
25. O frade que para sua maior conveniência, ou gosto, quiser
passar a vida numa ermida com uma mulher, entregará ao tesouro pontifício 45
libras e 19 soldos.
26. O apóstata vagabundo que quiser viver sem travas
pagará o mesmo montante pela absolvição.
27. O mesmo montante terá de
pagar o religioso, regular ou secular, que pretenda viajar vestido de
leigo.
28. O filho bastardo de um prior que queira herdar a cura de seu
pai, terá de pagar 27 libras e 1 soldo.
29. O bastardo que pretenda
receber ordens sacras e usufruir de benefícios pagará 15 libras, 18 soldos e 6
dinheiros.
30. O filho de pais incógnitos que pretenda entrar nas ordens
pagará ao tesouro pontifício 27 libras e 1 soldo.
31. Os leigos com
defeitos físicos ou disformes que pretendam receber ordens sacras e usufruir de
benefícios pagarão à chancelaria apostólica 58 libras e 2 soldos.
32.
Igual soma pagará o cego da vista direita, mas o cego da vista esquerda pagará
ao Papa 10 libras e 7 soldos. Os vesgos pagarão 45 libras e 3 soldos.
33.
Os eunucos que quiserem entrar nas ordens pagarão a quantia de 310 libras e 15
soldos.
34. Quem por simonia quiser adquirir um ou mais benefícios deve
dirigir-se aos tesoureiros do Papa que lhos venderão por um preço
moderado.
35. Quem por ter quebrado um juramento quiser evitar qualquer
perseguição e ver-se livre de qualquer marca de infâmia, pagará ao Papa 131
libras e 15 soldos. Pagará ainda por cada um dos seus fiadores a quantia de 3
libras."
Nem vale a pena qualquer comentário. E, aqui, de onde se obtem o sangue do drago...
a ideia é engraçada. E pouco mais. Dados históricos compilados "organizativamente", dados económico-financeiros também, misturados com alguma "leitura" ideológica sobre esses e apartes inverificáveis.
Inútil a discursata mao/trocha sobre a crise, que não cola senão para os "parvenus", ou os que se tentam por esta nova apresentação e simplismo da mesma.
O livro perde-se acabando por não ser um instrumento educatico/pedagógico para explicar a crise, o grafismo é francamente mau, o que o torna de díficil leitura, os textos quando são bons não são novidade e vice-versa.
A ideia era engraçada. O resultado final é nulo.
Miguelanxo Prado é um desenhador/poeta galego que neste livro fabuloso nos leva pelas memórias, a sua construção, o tempo e a sua imaginação.
O tempo é um dos meus temas recorrentes e neste livro de sonhos e de recordações faz parte da sua estrutura.
Somos quem recordamos que somos....
Na linha da posta anterior, voltamos à comunicação. Agora umas linhas sobre a transparência.
Voltarei ao tema.
Fiz parte de vários grupos políticos, formais ou informais. Em todos prezei as regras e os procedimentos. Quando me afastei fiz saber as razões e considerações e mantive amigos entre os que compreenderam, ou entre outros que haveriam de compreender. Também fiz parte de associações, onde tive o mesmo procedimento. Mas nestes casos as razões para o afastamento não existiram, ou se existissem o seu quadro de discussão era, deveria ser diferente.
2 casos.
Fiz parte da direcção da A.Z.U., e demiti-me dessa por abuso de poder do presidente, e meu amigo António Minhoto. Talvez devido a lógicas de intervenção sindical, ou por raízes no pensamento totalitário teve um comportamento menos correcto e... expulsou-me, sem qualquer processo, sem direito a qualquer argumentário, sem que podesse contrastar os factos.
Infelizmente a A.Z.U. morreu, devido a essas lógicas, e a defesa da recuperação das zonas uraníferas está hoje nas mãos de algum rompante que o meu amigo António, e os seus fiéis, possam imaginar.
Zero.
Um problema de comunicação, um problema de consciências.
Fiz parte, também, dos C.P.L. Exerci no âmbito do grupo cívico que se candidatou ao Executivo Municipal o cargo de Vereador. E dei o meu parecer favorável a que o espírito dos CPL se alia-se a António Costa contra o que havia sido a pior desgraça que já tinha estado no Executivo municipal (Pedro Santana lopes), já não eram os CPL, embora se tivesse mantido a ficção, por questões políticas.
O grupo foi-se desmembrando, pessoas foram-se afastando, questões pessoais foram-se sobrepondo por vezes ao debate político, deixou de fazer qualquer sentido continuar a referir os CPL.
O grupo que agora existe é a notável Helena Roseta e os seus assessores, e eventualmente o Fernando Nunes da Silva, e o seu empenhado voluntarismo. Nada mais.
Quando agora se fala, e eu próprio desde que se anunciou a re-candidatura de António Costa teorizei que H.R. seria do grupo novamente, quando se fala em conversas com o futuro presidente essas são pessoais, embora possam certamente incluir os assessores referidos.
Não há nenhuma, nenhuma lógica de colectiva no envolvimento dos eleitos, ainda com um perfume de CPL, na lista do P.S.
Se fora necessário mais explicações... desde que denunciei o que me parecia um claro problema de corrupção nos serviços de H.R., nunca mais recebi qualquer mail ou telefonema do gabinete (que todas as semanas me enviavam imensa informaççao) e... mais surpreendemente (aliás vim a confimar depois moscambilha) nunca, nunca recebi qualquer, nem um sopro, resposta.
Mas e essa é outra situação intolerável (outra é a confusão entre eleitos políticos e assessores) fui excluido de qualquer reunião para informação dos trabalhos ou dos supostos processos para a sua continuação.
Neste caso julgo que H.R. não sabe nada disto, que lhe terá sido escamoteado, por sabe-se lá quem, no gabinete. Mas os factos são mais fortes que a vida imaginada (está tudo documentado, o aqui escrito!)
Parto para o Sul amanhã. Há sempre um sul à nossa espera.
muitas vezes tenho abordado os jovens por este ângulo. O da verdadeira vida. Este artigo exemplar traz-nos de volta ao mundo. Ao verdadeiro, com pessoas e tudo.
Fui ver a interessante exposição na Gulbenkian 360º Ciência da Descoberta.
Excelente o catálogo.
Lamentável que a visita guiada, com um nível decibélico inacreditável, que estava a decorrer quando a visitei fosse dirigida por um membro da Frente Nacional, sem conhecimento e com grande balofismo e obstruso nacionalismo.
E um momento, que durou duas horas, de zen com o Ensemble Al-Kindî.
E, tema recorrente neste blog, a linguagem e as suas formas de grafia. http://www.thekamasutra.co/a-z
um muito divertido alfabeto.
De fazer inveja aos tratos de polé porque passa actualmente (e não atualmente!) a nossa língua, com a imbecil supressão de tantas letras, úteis, muito úteis...
Amanhã, 22 de Abril é o Dia Internacional da Mãe Terra, para o qual o contributo de Mark Dubois foi da maior relevância.
Estive com ele duas vezes, em conferências internacionais durante algum tempo e tenho que referir a jovialidade e elevada consciência que dele emana.
Aqui: http://theforcesofnature.com/movies/mark-dubois/
para que a vida continua a correr...
# Under African Skies# de Joe Berlinger é um documentário excelente, especialmente útil para a história das ideologias, e da sua relação com a liberdade artística.
Mostra a língua de pau do pior stalinismo, mesmo quando aliada a lutas exemplares, como contra o apartheid, mas com os mesmos valores no fundo.
O discurso que não muda, porque não pode haver excepções. O jdanovismo com que se lida com a cultura e os artistas e a sobranceria com que se os trata...
Até quando a realidade se altera, como quando a grande Miriam Makeda se junta aos outros músicos/resistentes, tudo permanece imutável.
Só, só com a libertação de Mandela, que é de outra cepa, se altera a situação, mas não o discurso de/do punho fechado.
Graceland é um momento sublime, em que os acordes aspiram liberdade.
Contra todos os pensamentos fechados. Contra todas as falsidade.
O Cláudio estava feliz, muitos amigos e o reitor da Universidade de Lisboa a homenageá-lo, na Faculdade que tão mal o tratou.
Santiago Macias fez uma "oração de sapiência" sobre os tempos do Cláudio Torres, os tempos que partilhamos, que vivemos, que sonhamos, com a ajuda que ele nos deu, nos dá.
Vamos continuando, amigo.
Mértola em fundo, mas podia ser qualquer cantinho,
Amanhã será aqui:
MESA REDONDA – O MEDITERRÂNEO ISLÂMICO E MEDIEVAL BALANÇO E NOVAS PERSPECTIVAS HOMENAGEM AO CLÁUDIO TORRES Sexta-feira 19 de Abril de 2013 Anfiteatro 1 Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,
lá estarei para lhe dar um abraço, com toda a amizade e o tempo.
O jornalismo, os jornalistas, os comissionistas dos jornais estão pelas ruas da amargura.
E os comentaristas, os opinadores, os espertos arrastam-se "peniblement", com eles, fazendo lembrar outras situações, outros tempos, os mortos arrastam os seus mortos...
Ao ver o histerismo que tomou conta dos média com o atentado de Boston até seriamos tentados a pensar que foram eles próprios que para "entreter" estiveram por trás deste.
Infelizmente este ocorreu e temos esses idiotas a perseguirem a fumaça. A fumaça mesmo.
Hoje no Libération
temos dos poucos artigos sérios e reportagens justas sobre o acontecimento.
Lendo o Libé, também já muito longe da referência que foi, ao menos fica-se a saber que a probabilidade de ter sido um fundamentalista cristão, como em Atlanta 1996, é grande. As bombas tinham as mesmas características e estrutura. E percebe-se em que país se está.
e esta piscadela para a foto da Marylin, não serve de exemplo.
Hoje já imagino as ditas, e por vezes, as pratico, ou pelo menos penso.
A Primavera trouxe-me hoje à memória um dos poemas que decorávamos quando éramos pequeninos.
Julgo que só a primeira parte, tanto quanto a minha recordação alcança...
I
L'aurore s'allume ;
L'ombre épaisse fuit ;
Le rêve et la brume
Vont où va la nuit ;
Paupières et roses
S'ouvrent demi-closes ;
Du réveil des choses
On entend le bruit.
Tout chante et murmure,
Tout parle à la fois,
Fumée et verdure,
Les nids et les toits ;
Le vent parle aux chênes,
L'eau parle aux fontaines ;
Toutes les haleines
Deviennent des voix !
Tout reprend son âme,
L'enfant son hochet,
Le foyer sa flamme,
Le luth son archet ;
Folie ou démence,
Dans le monde immense,
Chacun. recommence
Ce qu'il ébauchait.
Qu'on pense ou qu'on aime,
Sans cesse agité,
Vers un but suprême,
Tout vole emporté ;
L'esquif cherche un môle,
L'abeille un vieux saule,
La boussole un pôle,
Moi la vérité !
Hoje estivemos num
almoço de amigos, que como de costume foi um momento de controvérsias,
encontros e desencontros.
Soube do passamento
do Rui Machado, que não via à séculos, desde uns copos no que é hoje o Entrecopos já eramos grandes, do qual guardo amistosas memórias.
Discutimos a polis,
a água, e o costume.
E na véspera de
mais uma corrida, agora ao Algarve, leio no Ionline:
teria gostado de
saber doutra forma, o que de qualquer forma era uma evidência desde à muito.
Tenho que os grupos
de cidadãos se extinguem no momento do acto eleitoral para que se constituem e
que a sua manutenção, mais ou menos ficcionada, só tem como objectivo a
manutenção de cargos e prebendas.
Depois do acto a
que concorremos, dadas as circunstâncias manteve-se durante os dois anos uma
espécie de orgânica, que se recuperou no quadro da integração de pessoas dessa
nebulosa na lista de António Costa, num quadro que era de emergência dado o
risco de PSL voltar a ganhar Lisboa e continuar a destruí-la.
A integração na
vereação com pelouros, e as exigências daí decorrentes, conduziram ao total
apagamento e dissolução do que restava de espírito CPL e de autonomia.
Sem que com esse
facto o trabalho de Helena Roseta e Nunes da Silva tenha tido qualquer
demérito, que não alguns que já aqui apontámos e outros mais globais que
atingem toda, todas as vereações (compadrios, envelopes, manigâncias, pequenos
poderes, intrigas, falhas de carácter, ideias ancoradas em terrenos movediços,
etc.).
Seria útil que
António Costa que; até porque não tem adversário, o P.S.D. está enredado em questões
judiciais; que será obviamente reeleito, seria útil e importante para a urbe e
a sua melhor gestão que perdesse a
maioria absoluta.
Mas os candidatos à
esquerda um é uma cópia do Ruben, para muito, muito pior (o do PCP) e o outro
nem tem fazenda para chegar a vereador (o do BE).
Portanto Lisboa vai
continuar nas mãos absolutas de António Costa, que pelo que se vê nem sequer
terá opositor.
Não estou com ela há muitos anos, mas tenho seguido o seu percurso e conheço a sua capacidade.
Itália precisa de alguém como ela, hoje uma das preferidas dos eleitores sem voto para o caso.
O P.S.D. continua, sem que no Parlamento se
tenha clarificado uma situação que para qualquer cidadão é obvia, que é a que
três mandatos e nada mais, em lugar nenhum, porque o lugar é a figura e o
cargo, pois o P.S.D. (e parece que também o P.C.P. e até o P.S., em Beja!) em
vez de ter percebido que vai ter candidatos em banho-maria até, até talvez
passadas as eleições, ou seja poderá eleger (contrariando os tribunais o que
desde logo dá uma indicação clara do respeito dos srs pelos mesmos) candidatos
(obviamente não ganharão que o povo os mandará passear...)vereadores que...deixarão de o ser
quando o Tribunal Constitucional (haverá a mínima dúvida sobre o que este decidirá?)
os mandar ...para casa.
Mas temos um partido em estado de sítio e o
que é pior em muitos casos a insistência em contrariar a lei, ou fazer como o
famigerado tio do taxista, ir de recurso em recurso, até à derrota final irá
impedir, impedir mesmo, que se discutam programas, se apresentem candidatos a
sério ( e não como estes de farsa!) e se discutam ideias e projectos para os
concelhos, onde esta infecção quer alastrar os seus gangs.
Em Lisboa, no Porto , e ainda nem abriu o
processo eleitoral... porque depois a impugnação continuará, com o risco de nem
serem aceites estas listas, já foram chumbadas duas, agora três vezes.
Ninguém tenha dúvida, não há volta a dar, e no
final, mas será que ninguém nesse partido tem bom senso para acabar com esta
vergonheira... três ou quatro meses no Constitucional,,,,
Quando o país precisa de inovação, capacidades
novas, rupturas com a canalhice da partidarite e dos seus baronatos e kim il
sumgismos; quando a renovação dos discursos deve ter que ver com novas gentes,
novas caras e formas de equacionar a gestão e alterar os seus condicionantes,
Pois, o P.S.D. atira borda fora a
possibilidade de romper com os seus caciques e os compadrios que os rodeiam e
abandona também as campanhas para os maiores municípios (Lisboa, Porto, Oeiras,
Loures, etc, etc. etc.).
Muito tempo falta até às vindimas,
continuam-me a chegar daqui, dali e dacolá, vontades e desafios. Atrás dos
tempos outros tempos hão-de vir ou não.
Robert Redford é um "velho liberal", que aqui faz um bocadinho de história, num filme doce e integrado no sistema.
É preciso conhecer a estória, e no filme são-nos dadas pistas, para perceber o discurso dominante e a sua paranóia, securitária e vingativa (um caso também com um polo, recente, em Portugal diz-nos mais!). Mas também perceber a génese dos valores e da convicção.
Um filme agradável com muitos canastrões conhecidos a fazerem perninhas, para uma tarde de Domingo e a sua conversa.
Ainda recordo as correrias pela zona de Atocha, já Franco era morto mas o regime ainda estrebuchava.
"España, mañana será republicana" ecoava com outros estribilhos,,,
a democracia instalou-se e fica registado o papel de Juan Carlos "el pelele" (idiota útil), mas hoje com os escandalos da monarquia, as viagens ao Botswana, os dinheiros embolsados pela Infanta, o descrédito da função a Republica volta a ser tema, e com futuro.
Bandeira já há:
julgo que só uma España federal, uma Ibéria federal pode ser base para uma nova alternativa política que conquiste a Europa e possa conduzir a um mundo mais equilibrado.
"España, mañana será republicana" ainda me ecoa nos ouvidos, com os disparos e as vozes de mando e as correrias, na zona de Atocha.
A fotografia é da Claudia Costa da AEPGA, e ilustra uma tomada de posição sobre a recolha de leite da Burra desapoiada no quadro industrial intensivo e sustentada se num quadro artesanal e integrado no desenvolvimento do animal.
Duas opções, duas filosofias, duas lógicas económicas.
Aqui o melhor uso do leite da Burra de Miranda:
Em 1989, julgo que antes de ter que responder em tribunal por segundo o presidente da câmara local ter dito coisas que lhe desagradaram, e que conforme as testemunhas e opinião da douta juiza eram todas certas, correctas e acertivas, foi Gonçalo Ribeiro Telles (que testemunhou, como aqui já referi), a nosso convite, visitar Caldas e fazer uma leitura dos crimes urbanísticos, ambientais e patrimoniais que eram, e continuaram, levados a cabo.
Nunca foi possível construir uma alternativa cidadã ou uma opção política ( os partidos locais são absolutamente miseráveis) para desenvolver uma lógica de sustentabilidade estruturada que ganha-se o munícipio, que continuou nas mesmas mãos, limpas do crime lesa ordenamento e cultura certamente que não.
Hoje trago aqui, por diligência do meu amigo José Luís, director da Gazeta a entrevista que na altura lhe foi feita.
Actual, como o pensamento e a acção do arq. paisagista ( agora nobelizado pelos seus pares) nos continua a inspirar.
Estive hoje a ler e a ouvir, num magnifico CD, que se articula excelentemente com o livro (o único lamento a sofrível tradução para português, que achei dispensável, a não ser para dar volume), esta recolha de contos mirandeses de/para todo o mundo.
Ainda um cachico comovido com a llengua, que julgo, talvez em linha com o galego, é a nossa fala antiga, da qual derriva tanto o português e como o castelhano.
O isolamento reforça a oralidade e com a escrita desta a luta pela sua perservação.
Por terras de Miranda tem havido cultores e activistas que potenciaram esta para 2ª língua nacional.
Esta história para ninos de todas as idades é um excelente instrumento para reforçar a vida e continuidade da sua expressão.
Faz falta um vingador...
Embora as questões quando confiamos na virgem sejam sempre as mesmas.
E depois?
Hoje, nova sondagem dá-nos o país em desagregação, total.
Se houvesse eleições ficávamos ingovernáveis. E com os mesmos, a mesma incapacidade e balofismo que nos domina, enche os média e aparenta fazer a realidade.
Mas,,, por aqui, por ali, por acolá, as conversas, o discurso, o poder da gente, da gente que está farta, vai erosionando o outro poder.
Falta o Django, ou não.
Em Lisboa retiraram os ecopontos, quase todos. Alguma ideia da luminária responsável pelo pelouro da gestão dos resíduos, ou sómente a incompetência já habitual, ou um problema, mais um, de comunicação.
Dizem-me que os ecopontos estavam transformados em lixeiras.
Duas são as razões.
O nosso povo está documentado nesse filme acima, bruto e sem cultura, aliás só assim se percebe que tenhamos estes governantes e esta oposição, estão ao nível.
E falta de acção do governo da cidade, de acção fiscalizadora e punitiva, que aliás se vê na continuação do milho aos pombos, dos cagalhotos dos canídeos e na parqueamento selvagem. Fiscalização que não é exercida a par com a continuação da envelopagem, sem que haja coragem de lhe pôr cobro.
E pelo país, como tenho aqui referido, não vamos melhor.
É um dos nossos homens grandes.
Grande em todos os sentidos, no saber, na cultura, na humanidade.
Aqui tem sido falado e é uma das minhas principais referências, na vida e na política.
o tio Gonçalo, Gonçalo Ribeiro Telles é agora agraciado com mais uma distinção. (...) O
arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi esta quarta-feira
distinguido com o mais importante prémio da disciplina, o Prémio Sir
Geoffrey Jellicoe, atribuído em Auckland, na Nova Zelândia, pela
federação internacional do sector, revelou à agência Lusa fonte ligada à
organização.
(...)
Com emoção e gratidão também venho aqui deixar este sinal,
e um abraço amigo e fraterno.
Apresentei queixa às autoridades responsáveis pela conservação do património.
O nosso Noto (cidade siciliana, onde ao arrepio de todas as regras urbanísticas, pelas razões que sabemos se construíu um mono, 2ª foto), a linda aldeia de Castelo Rodrigo onde, além de águas furtadas em total ilegalidade e com a convência do edil local, temos isto:
pois o senhor ou é ignorante e insensível ou está no "saco" onde estava o edil de Noto.
Hoje estive a pôr em ordem os afazeres acumulados. E quase chorei por ter, mais uma vez, perdido duas horas de trabalho e um texto que estava excelente para uma revista.
Refiz, mas a qualidade esfumou-se em grande parte.
Nem o menino me inspirou,
a 2º capa nunca é a melhor.
Ainda fora a de honras...
Foi um dia passado na Faia Brava e com as gentes da ATN. Disso falarei, com fotos, brevemente.
Também com fotos ilustrarei, para que toda a gente possa ver, o desastre urbano que com a autorização do animal que preside ao municipio se está a levar a cabo em Castelo Rodrigo, vila abandonada também pela cultura e o mínimo de bom senso.
Não haverá ninguém no país que possa deter o mono que está a surgir no meio da ex-aldeia histórica?
Bom, nem consigo dormir, e acabo este livrinho simpático, recolha da matéria dada e agradável de leitura:
encontrado em saldo e um bom investimento. Aconselhável a ministros da picareta.
Daqui a bocado vou para o campo, hoje será passeata, se o terreno o permitir. Ontem, quero deixar também aqui, tive um momento zen. Aproximei-me, a levitar, da manada de garranos, falei com eles e uma das fémeas, com o macho a controlar, deixou-se afagar e olhou-me. Valeu a viagem. Há momentos lindos. Bem sei que são garranos muito habituados ao homem, mas...
O touro, a curta distância também me olhou. Ficámos assim.
Hoje esta curiosa vila Figueira de Castelo Rodrigo, e o Castelo Rodrigo a recordar outras mudanças concelhias do liberalismo, sobre as quais tenho escrito deram-me tempo, ao almoço (um excelente naco em Pinhel) ou jantar e pela tarde para ler este
livro, que nos romanceia um caso real. Um caso de desumanidade, perdido no meio de tanta.
Um livro que nos prende, com os pássaros, mas que tem sempre presente os homens e mulheres que viveram e morreram num tempo ignóbil.
Excelente leitura.
levo a a mala com três ou quatro livros, o "Future" do Al Gore, os "Oiseaux de Auschwitz", e um de Economia de Henrique Schwarz, encontrado a preço reduzido, e duas ou três revistas, sobre a vida, a séria.
Talvez não tenha ocasião de postar, ou talvez sim.
Vai-se realizar mais uma Feira do Presunto (dos melhores do mundo) e dos enchidos (também de excelência) em Barrancos.
A ExpoBarrancos já ganhou cidadania, mas ainda tem muitos problemas.
Desde logo a Pascoa, com a sua irritante mobilidade que é um dos factores que impede que seja numa data fixa e assim ganhe costume e regra. O facto de andar a fugir à Pascoa que nunca se sabe quando é diminui-lhe a atractividade.
Outras questões não me atraiem na expo.
A pimbalhada que a "abrilhanta". Julgo que não a dignifica nada, já assisti a espectáculos degradantes nessa e não estou interessado na "chupa-me no dedo" ou seja o que for, com acordes repetidos, banhada à mostra, e ordinarices na ponta da língua.
Também não sou adepto das corridas nesta. As razões são conhecidas. A nossa fêra é o momento tauromáquico e estas desenquadram as da mesma e levam-na a perder argumentário...
E é necessário outra articulação com o sector dos embutidos e um upgrade dos stands presentes, embora neste tempo de crise seja difícil.
Este ano, por razões de trabalho, estarei em Figueira de Castelo Rodrigo em visita já há muito programada à Faia Brava e em Sendim numa também prevista aos burros mirandeses, mas estarei com o coração a comer o "pata negra" e a beber uma copa em Barrancos.