insignificante
Tuesday, May 31, 2011
 


Recebi hoje, de um dos meus filosofos e políticos de referência e li-o com "temple", este pequeno, mas "directo ao coração" qual espada na sorte suprema, livro, ensaio de Fernando Savater.
Na linha de tantos outros pensadores eméritos, com os recursos e esgrima encorpada F.S. vai aos cornos do tema.
Este é um livro que honra o filósofo e coloca mais um patamar na reflexão e pensamento da democracia liberal, do pensamento liberal/libertário.
Doa a quem doer, ele coloca a questão ao nível que esta deve ser colocada, da liberdade e do humanismo desta.E essa, como bem sabemos, resulta de termos dominado/domesticado algumas bestas para a fazer, para a continuar.

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O anti-proibicionismo é um tema que levo a peito.
Recomendo a todos:

Dear friends,

In 72 hours, a group of powerful world leaders will ask the UN to end the war on drugs and move towards regulation. But politicians say that the public will not support alternative drug policies. Let's give this unique opportunity massive public support and get urgent action. Sign below, and tell everyone:

Sign the petition!
In 72 hours, we could finally see the beginning of the end of the ‘war on drugs’. This expensive war has completely failed to curb the plague of drug addiction, while costing countless lives, devastating communities, and funneling trillions of dollars into violent organized crime networks.

Experts all agree that the most sensible policy is to regulate, but politicians are afraid to touch the issue. In days, a global commission including former heads of state and foreign policy chiefs of the UN, EU, US, Brazil, Mexico and more will break the taboo and publicly call for new approaches including decriminalization and regulation of drugs.

This could be a once-in-a-generation tipping-point moment -- if enough of us call for an end to this madness. Politicians say they understand that the war on drugs has failed, but claim the public isn't ready for an alternative. Let's show them we not only accept a sane and humane policy -- we demand it. Click below to sign the petition and share with everyone -- when we reach 1/2 million voices, it will be personally delivered to world leaders by the global commission:

http://www.avaaz.org/en/end_the_war_on_drugs/?vl

For 50 years current drug policies have failed everyone, everywhere but public debate is stuck in the mud of fear and misinformation. Everyone, even the UN Office on Drugs and Crime which is responsible for enforcing this approach agrees -- deploying militaries and police to burn drug farms, hunting down traffickers, and imprisoning dealers and addicts – is an expensive mistake. And with massive human cost -- from Afghanistan, to Mexico, to the USA the illegal drug trade is destroying countries around the world, while addiction, overdose deaths, and HIV/AIDS infections continue to rise.

Meanwhile, countries with less-harsh enforcement -- like Switzerland, Portugal, the Netherlands, and Australia -- have not seen the explosion in drug use that proponents of the drug war have darkly predicted. Instead, they have seen significant reductions in drug-related crime, addiction and deaths, and are able to focus squarely on dismantling criminal empires.

Powerful lobbies still stand in the way of change, including military, law enforcement, and prison departments whose budgets are at stake. And politicians fear that voters will throw them out of office if they support alternative approaches, as they will appear weak on law and order. But many former drugs Ministers and Heads of State have come out in favour of reform since leaving office, and polls show that citizens across the world know the current approach is a catastrophe. Momentum is gathering towards new improved policies, particularly in regions that are ravaged by the drug trade.

If we can create a worldwide outcry in the next 72 hours to support the bold calls of the Global Commission on Drug Policy, we can overpower the stale excuses for the status quo. Our voices hold the key to change -- Sign the petition and spread the word:

http://www.avaaz.org/en/end_the_war_on_drugs/?vl

We have a chance to enter the closing chapter of this brutal 'war' that has destroyed millions of lives. Global public opinion will determine if this catastrophic policy is stopped or if politicians shy away from reform. Let's rally urgently to push our hesitating leaders from doubt and fear, over the edge, and into reason.

With hope and determination,

Alice, Laura, Ricken, Maria Paz, Shibayan and the whole Avaaz team

SOURCES:

Reports that show the war on drugs has failed:
http://idpc.net/publications/failure-regime-selected-publications

Reports that show alternative approaches of decriminalisation and regulation are working:
http://idpc.net/publications/alternative-strategies-selected-publications

General report on drug law reform in practice:
http://www.tni.org/report/legislative-innovation-drug-policy

The Global Comission on Drug Policy that will call on the UN to end the war on drugs
http://www.globalcommissionondrugs.org/Documents.aspx

Drug War by the Numbers
http://www.drugpolicy.org/facts/drug-war-numbers

Final Report of the Latin American Comission on Drugs and Democracy
http://www.drogasedemocracia.org/English/Destaques.asp?IdRegistro=8

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Receita para o dia 5 de Junho.

Não penso, a não ser circunstâncias excepcionais, voltar ao assunto.
Face ao descalabro do pais, que não é só das finanças públicas e económico mas também anímico e cultural, e face à continua e persistente incapacidade de equacionar o verdadeiros problemas e falar com um mínimo, um mínimo de verdade em relação ao Estado da nação, além dos grosseiros e reiterados erros de governação, e total e absoluta possibilidade de gerar a mínima estamina social em nenhum, nenhum caso votar no P.S.
Esse é o único dado irreversível. Os que ainda pensam votar no PS manter essa intenção é condenar o país e o próprio PS ao ciclo do louva-a-deus, mas sem qualquer saída ou reprodução. Em circunstância alguma votar no PS, desta vez.

É inútil e não faz qualquer sentido votar nos micro-partidos, inexistentes a não ser na sua ficção narrativa, a viverem na feira de egos dos seus chefes e nas putativas pretensões da família e amigos que não lhes dá uma palavra amiga. – Fechem a barraca e dediquem-se à pastorícia, pelo menos recuperam o mundo rural e não gastam o dinheirinho dos contribuintes. E faço esta crítica sem deixar de ter amizade e estima por alguns dos epígonos desses grupos (um dos quais até da minha criação!)

Sendo tão inútil (aparentemente), embora sem os custos para o erário público do voto nos micróbios, o voto em branco (e também alguns nulos e parte, grande parte da abstenção, embora estes possam ser remetidos para a indiferenciação) é um voto registado de censura a esta classe politica que temos e à sua incapacidade de produzir ideias para sairmos desta situação, a sua incapacidade de renovação cívica e também os interesses pantanosos em que muita dela vegeta. Tenho simpatia e tradição neste. Noutras circunstâncias, específicas, seria, tem sido, o meu voto, militante!

Nos círculos onde o voto nos partidos dos extremos, da direita e da esquerda (CDS e BE/CDU) tiver alguma utilidade electiva, e onde apesar das ideologias os candidatos forem pessoas de bem (e há em todos os esses partidos a Teresa Caeiro, o José Manuel Pureza e o António Filipe, entre outros), ponderado o efeito da manutenção desse voto simbólico e de protesto, a sua manutenção é um mal menor. Mas verifiquem, meticulosamente e com cuidado, a sua utilidade...Todos esses partidos são marginais ao sistema político liberal e democrático (apesar do CDS dele se reclamar...).
(E tenho que dizer que tive, em tempos, expectativas que o BE podesse evoluir para fora do extremismo troglodita e comunista a que voltou...é a vida.)

Defendo um sistema eleitoral com círculos uninominais e um corrector nacional. O círculo em que voto, Beja, é quase um círculo uninominal, elege 3 deputados. Neste círculo um aumento de votos no PSD e uma diminuição no PS pode fazer eleger um deputado do PSD (Carlos Moedas que me dizem, tal como o pai que conheci, ser pessoa de bem) em detrimento de um do PS (um 2ª linha qualquer, depois do eterno borra botas), sendo que o eleito da CDU está garantido e sem possibilidades de aumento (e o eleito já foi pessoa de bem o Rodeia Machado ou mesmo o José Soeiro, sendo agora um homem do aparelho comunista).
Irei votar no PSD (conheço e estimo o Pedro Passos Coelho e só lhe temo o entorno, cada dia que passa a revelar-se piorio, mas é a vida!!!) e recomendo que este quadro de referência seja tido em conta por quem achar que apesar de tudo (e da irrelevância da campanha de sons e fúrias que tem percorrido o pais nestas semanas) vale a pena votar e pelo menos tentar, dar uma última oportunidade aos protagonistas deste triste paradigma, pelo menos alternando as personagens.
Que é preciso alterá-lo não há dúvidas nem hesitação. E para tal, neste momento, deitar fora esta tralha, esta tralha que é do piorio, e cangalhada que temos a desgovernar-nos é uma medida de higiene pública.
Cada um faça o que achar melhor, essa a democracia, esse o conhecimento.

Nota,
Tenho(aliás sou eleito vereador em alternância em Lisboa como independente na lista do PS) como nos outros todos, bons amigos no PS, um ou outro até futuro deputado do mesmo. Lamento que não se tenham pronunciado sobre o descalabro político, ideológico e de gestão que um autocrata, um tartufo, sem qualidade e quase só rodeado de yesmen, conduziu o país e o PS, e agido em consonância.

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Monday, May 30, 2011
 
Não resisto a aconselhar este vídeo, onde revejo um dos homens de mais brilhante cultura, da agro e de toda a outra, o meu estimado Pedro Castro Henriques, a apresentar o livro delícia # O Gosto de Sicó # de que já falei neste blog.
Que esta intervenção do Pedro desperte a vontade de descobrir o país real, o país de Sicó, dos sicós de que é feito este país, é o meu desejo neste tempo de insensatez e de falta de energias para a transformar.
Oxalá, queira deus/Deus que este tempo passe, e que a memória e sua transformação evoluam por estes caminhos e leituras desses.
A ver:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bJsL4R2si-k

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Hoje temos boas notícias, ou pelo menos boas expectativas, que podem do meu ponto de vista ser ainda aceleradas:
http://euobserver.com/9/32418/?rk=1
e devem porque também temos más, muito más:
http://www.youtube.com/watch?v=VWlDtqTU-tE
A nuclear continua a dar os piores, mesmo os piores, amargos e problemas, que estão longe, neste caso de Fukushima de ter chegado ao fim e que ainda, e muito, se podem agravar, agora que entramos no período de tempestades no Pacífico.
Uma tecnologia inapropriada e sem condições e garantias de segurança, que não tem perspectiva do que fazer do seu resíduo de produção, seja a montante seja a jusante, que tem custos incomportáveis e que somos todos a pagar pelo sistema de impostos (com a segurança externa e os riscos, entre outros) e que não contribui em nada para reduzir o outro grande problema do excessivo e inadequado consumo energético que são as alterações climáticas, antes as incrementa, conforme estudos já aqui referidos (Amory Lowins) mostram.
Hoje as boas notícias não chegam para nos fazer olhar com menos preocupação para as nuvens nos céus, do Pacífico, e a água que neste cria vida... e hoje morte.

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Sunday, May 29, 2011
 


O valor das coisas é o valor que lhes damos. Á vista, ao gosto, ao sentimento.
Recordo as discussões sobre o valor de uso e o valor de troca, neste momento em que me apodero desta Leica, como se fosse minha, sendo a imagem pirateada de um leilão.
O valor desta e das imagens que tirou, e ainda tirará?, tem que ver com multi critéria e com o que cada um pensa sobre o objecto e a sua realidade.
Todos temos momentos dessa, seja na imaginação onde também a construímos.
O tempo passa pelas imagens, pelas letras que também o são e vive nas suas articulações.
Imagens são memórias de outro tempo da alma, e seguem. Sobre a fotografia, imagem retida, captada num outro tempo, que é o mesmo, dado estar o tempo parado, fica a alma, dessa. Por isso povos recusam a imagem por essa ser um momento símbolico desse tempo, quando só existe o mundo e agora.
Esta Leica foi também um sonho, realidade do momento que existiu.

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Saturday, May 28, 2011
 


A comida como espelho

Ler #O Gosto do Sicó# de Henrique Pereira dos Santos, com ilustrações culinárias de António Alexandre é ver a comida, o que comemos ou podemos/temos para comer, em reflexo do território, a humanização, o trabalho ou energia que investimos nas paisagens, neste caso nas paisagens rudes das zona do Sicó.
Já nos dizia Orlando Ribeiro que a terra é o que fazemos com ela, a forma como a tratamos, a podemos tratar, o engenho e o intercâmbio que este também potencia, a história das plantas e das suas viagens, a evolução dos tempos e a alteração da cultura, da agro-cultura que estes trazem, com o clima claro e o espírito do,dos lugares.
Tudo isso nos é trazido ao conhecimento, alimenta a nossa fome de cultura, neste delicioso, e suculento, cada receita e a sua confecção é água a correr na salivação, neste primoroso (de primor!) livro do Henrique, que saúdo como um dos mais versáteis alimentadores do pensamento ou da vontade dele na polis da sustentabilidade nacional.
Num momento em que parece que nada (ainda ontem nas Caldas e na Foz do Arelho, com velhos amigos, como com todos constatámos o nível miserável dos discursos na nossa “coisa pública”, a incapacidade de falar claro, propor realidade dos que ambicionam a gestão) faz sentido, este livro, o dialogo com ele (e menciono que com outro enfoque espero este ano editar um livro sobre “comidas em cada mundo”) é, como tantos momentos por aqui, por ali e acolá, com gente que sabe, porque investiga, pensa e elabora sobre o pais e as suas gentes e possibilidades um oásis de vegetação e de como esta se faz e usa...

Nota:
Não resisto a comentar que acho um caso de policia e que deveria acabar nos tribunais, mas e também sobretudo de urbanidade, com o que isso implica de protecção do sítio, do ambiente e património, assim como do respeito que faz a sociedade a ocupação por alguns vândalos (e não são os povos germânicos que davam por esse genérico) de espaços, de praças, públicos, num quadro de democracia liberal e liberdades públicas.

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Wednesday, May 25, 2011
 
Organizei, com a colaboração do Sandro Araujo, um tempo de excelência, de conversas num local também de culto.
5ª, amanhã é a última sessão, outras haverão...

DOCS EM PASSAGEM

o país que fica

Ciclo Cinema / Debate

Depois de termos discutido energias, eficiência energética, novos desenvolvimentos e politicas de sustentabilidade com #Portugal, Energias Sem Fim#, de Rui Cunha,
Presente esteve o Rui Cunha.
e politicas urbanas de proximidade e reabilitação com #Paredes Meias# de Pedro Mesquita.
Neste a participação foi de Helena Roseta.
prosseguimos as conversas com a economia, a micro-economia e as pessoas reais com # A Casa do Barqueiro# de Jorge Murteira
A animar a conversa o Paulo Trigo e o Oliveira Baptista, além do Jorge Murteira.
e mergulhámos no desprezo pelo património que arruína o nosso pais e os caminhos para a sua conservação com #Ruínas# de Manuel Mozos
A contribuir com ideias o Paulo Ferrero e o Manuel Mozos
e finalmente este nosso ciclo de documentários debates chega ao fim dia:
26 Maio | 21.horas
“Páre, Escute e Olhe”, de Jorge Pelicano
Debate: Sustenbilidade e comboios, com:
Nelson Oliveira, presidente da Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos de Ferro e Henrique Pereira dos Santos arquitecto paisagista
sendo este pretexto para uma conversa sobre a biodiversidade, o património construído, os transportes e as valências energéticas e a construção de cidadania num quadro global.
Concluímos juntando os temas que se cruzaram ao longo destes documentários e debates e agradecemos a todos os que participaram e intervieram, nestes momentos de pensamento em movimento, que foram muito agradáveis, com agradecimento á nossa “Fábrica” a ao Nuno Nabais e toda a equipa que a mantêm viva.
Para que o pais que fica não seja só memoria...

Co-Produção
Fábrica do Braço de Prata | Cooperativa POST
www.postcoop.org | info@postcoop.org

Para registo, vimos aqui:
28 de Abril |
“PORTUGAL, ENERGIAS SEM FIM”

Produção: RCL Imagem e Comunicação (2010, 52') | Realização: Rui Cunha

Portugal Energias Sem Fim é um documentário sobre a situação das energias alternativas em Portugal, a tradição lado a lado com as mais recentes tecnologias. Neste documentário mostramos: A situação privilegiada de Portugal para a produção de energias renováveis e para a diminuição da dependência energética face ao exterior. Como as características do nosso território e o desenvolvimento de tecnologia de ponta a nível nacional, colocam Portugal numa posição de destaque no panorama das energias renováveis na Europa.

Projectos concretos que se estão a desenvolver no nosso país com a energia eólica, a energia geotérmica, a energia solar, a energia hídrica, as energias da biomassa e a eficiência energética. O que se perspectiva para o futuro das energias renováveis e da eficiência energética. Fazemos uma viagem por Portugal Continental, Madeira e Açores para mostrar o que de melhor se faz no nosso país no campo das energias renováveis. Este é o caminho, na direcção de um desenvolvimento que se quer sustentável, fundamental à construção de um novo paradigma, alternativo à era das dispendiosas, poluentes e já escassas energias fósseis.

www.rclimagemecomunicacao.blogspot.com

5 de Maio |
“PAREDES MEIAS”

Produção: CINEMACTIV (2009, 53') | Realização: Pedro Mesquita

O Bairro da Bouça é um projecto de habitação económica situado no Porto, da autoria de Álvaro Siza Vieira, cuja construção iniciou-se em meados dos anos 70 e que apenas recentemente foi concluído.
Destinada a famílias vivendo em condições degradadas – nas chamadas “ilhas” - esta obra nasceu da reivindicação de uma comunidade pelo direito a viver condignamente no seu lugar, e do traço genial de um dos mais conceituados arquitectos contemporâneos. Um bairro “inacabado”, cuja génese remonta à Revolução dos Cravos, e onde os moradores participaram activamente na concepção e implementação do projecto.
Três décadas depois, as 60 famílias que resistiram à falta de infra-estruturas e aos estaleiros das obras em curso, preparam-se agora para acolher seus novos vizinhos: jovens atraídos pela possibilidade de morar no centro da cidade em casas simples e acessíveis.

www.cinemactiv.com/paredesmeias

12 de Maio |
“A CASA DO BARQUEIRO”

Produção: Magoo Audiovisuais (2007, 63') | Realização: Jorge Murteira

“Paulino faz da barraca sobre o rio a sua casa improvisada. Ali guarda de tudo um pouco, cozinha, faz a barba e prepara o bigode, recolhe quando a chuva, o frio ou o vento apertam. Pede e resmunga uma nova casa em condições. Entre as margens do Tejo é ele quem assegura a ligação. O filme acompanha o último barqueiro da Amieira do Tejo durante quatro estações. No Inverno e no Outono, perto da fogueira sobre o vale do rio, num compasso de espera alterado pela passagem dos comboios que raramente trazem fregueses. Na Primavera e no Verão, na mesa de sulipas, solitário, na partilha de um copo ou petisco com quem por ali se cruze. Até que um passageiro desça do comboio ou se apresente na margem para o apanhar. Agora já não há barqueiro e a nova casa continua por estrear. Não há mais barcagens para ninguém.”

19 de Maio |
“RUÍNAS”, de Manuel Mozos

Produção: O Som e a Fúria (2009, 60') | Realização: Manuel Mozos

Fragmentos de espaços e tempos, restos de épocas e locais onde apenas habitam memórias e fantasmas. Vestígios de coisas sobre as quais o tempo, os elementos, a natureza, e a própria acção humana modificaram e modificam. Com o tempo tudo deixa de ser, transformando-se eventualmente numa outra coisa.
Lugares que deixaram de fazer sentido, de serem necessários, de estar na moda. Lugares esquecidos, obsoletos, inóspitos, vazios.
Não interessa aqui explicar porque foram criados e existiram, nem as razões porque se abandonaram ou foram transformados. Apenas se promove uma ideia, talvez poética, sobre algo que foi e é parte da(s) história(s) deste País.

www.osomeafuria.com

26 de Maio |
“PÁRE, ESCUTE E OLHE”

Produção: Costa do Castelo Filmes (2009, 80') | Realização: Jorge Pelicano

Dezembro de 91. Uma decisão política encerra metade da centenária linha ferroviária do Tua, entre Bragança e Mirandela. Quinze anos depois, o apito do comboio apenas ecoa na memória dos transmontanos. A sentença amputou o rumo de desenvolvimento e acentuou as assimetrias entre o litoral e o interior de Portugal, tornando-o no país mais centralista da Europa Ocidental.
Os velhos resistem nas aldeias quase desertificadas, sem crianças. A falta de emprego e vida na terra leva os jovens que restam a procurar oportunidades noutras fronteiras. Agora, o comboio que ainda serpenteia por entre fragas do idílico vale do Tua é ameaçado por uma barragem que inundará aquela que é considerada uma das três mais belas linhas ferroviárias da Europa.
PARE, ESCUTE, OLHE é uma viagem por um Portugal profundo e esquecido, conduzida pela voz soberana de um povo inconformado, maior vítima de promessas incumpridas dos que juraram defender a terra. Esses partiram com o comboio, impunes. O povo ficou, isolado, no único distrito do país sem um único quilómetro de auto-estrada.

www.pareescuteolhe.com/
 
Tuesday, May 24, 2011
 
Chego ao post 2000.
Muito haveria a dizer, muito haveria a contar, a teorizar.
Hoje o tempo amadurece sobre a vida, ou será o contrário?.
Assinem e divulguem:
http://www.avaaz.org/en/end_the_war_on_drugs_a/?cl=1080258609&v=9201
é um dos temas que me envolve, é um dos temas que pode mudar a política e a nossa sociedade.

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Sunday, May 22, 2011
 

Cuida que as tuas palavras sejam melhores que o silêncio.

Nem sempre é assim, muitas vezes dizemos o que não pensamos, em vez do silêncio das pedras e do mundo.
Ontem traduzi e editei aqui alguns dos haikus que me sensibilizaram mais de uma recolha avulsa.
O haiku é uma seta de pensamento, uma pérola trabalhada, muito trabalhada, é o momento do trote em que não há cavalo nem cavaleiro.
O Zen, o tiro ao arco, a palavra, a articulação, a equitação, o pensamento abstracto, tudo isso e tantas outras elaborações são o mesmo acto de unidade do, com o cosmos.
É díficil nestes tempos em que o tempo não tem tempo para parar, fazer sentido, com as palavras, mesmo com o sentir destas.
E estas dizerem aquilo que queremos que elas digam.
Volto, quanto tempo tem o tempo?, a pensar na Alice, agora, sempre associada ao tal Coelho Mágico e perdida do outro lado, também espelho, em busca da vaza que a descarte desse, deste sonho.
Dizei o que sentis e não o que tendes a dizer, poderá ser sempre o silêncio.

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Saturday, May 21, 2011
 
Face ao relâmpago
Magnifico é aquele
Que não sabe nada

Matsuo Bashô

Hoje na minha “cabana”
Absolutamente nada
Absolutamente tudo

Yamaguchi Sodô

No caminho da montanha
O sol aparece
Com o perfume das ameixas

Matsuo Bashô

Nada me pertence
Senão a paz do coração
E o ar puro

Kobayashi Issa

A água transforma-se em cristal
Os gambozinos extinguem-se
Nada existe

Chiyo-ni

O som das cigarras
Reflecte-se na rocha-
Que silêncio!

Matsuo Bashô

Eclipse da lua-
Lamento
O haiku que escapa

Kimura Toshio

Uma noite no templo-
A lua
Na claridade da minha cara

Matsuo Bashô

Depois de contemplar a lua
A minha sombra
Volta a acompanhar-me

Yamaguchi Sodô

A roseira branca-
Nunca esquece
O gosto da solidão

Matsuo Bashô

Numa pedra
A libélula
Sonha em pleno dia

Taneda Santôka

As minhas lágrimas gemem
Ao apagar
As brasas

Matsuo Bashô

As folhas caiem
Sobre as folhas
A chuva caí sobre a chuva

Katô Gyôdai

O tempo passa
Só Buda
Fica nesse com a borboleta

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Thursday, May 19, 2011
 



Não vemos bem senão com o coração....

1-
Hoje utilizo a frase que se segue do #Principezinho# para título da crónica mensal.
Na altura em que escrevo, fim de Abril, só posso imaginar o pior, o piorio para uma campanha eleitoral, que quando este nº do Instalador vir o dia estará a terminar.
Somos responsáveis, pelo menos em parte, pela desgraça, pela miséria dos políticos que temos. Nesta altura penso que os níveis da chicana, do insulto serão grandes, as propostas serão poucas, muito poucas e quase nenhumas terão relação com o que é necessário fazer para aproveitar esta crise, a receita que nos é imposta para a sua solução, e a já visível ruptura no tecido social que esta articulação vai provocar para desenvolver novas lógicas de organização da sociedade e da sua representação. E todavia estas são o fermento fundamental para que possamos voltar a níveis de bem estar socioeconómico e ambiental.
Desde logo era importante que soubéssemos quais são os projectos de reorganização do território:
A) quais são as propostas para os sistema de transportes: mais aeroportos, mais TGVs, mais auto-estradas e essas scuts ou não scuts?, quais as opções para a tarificação dos combustíveis, quais as limitações ao transporte privado, tipo portageamentos das cidades, qual a opção para a ferrovia, encerramento, alteração dos sistemas, aumento, qual a proposta?,
e estas são algumas das questões que devem, porque são essas as coisas concretas, ter resposta, e duvido que até agora tenham sequer sido formuladas, e continuo:
B) quais as opções para o sistema energético: estímulos à descentralização, micro e mini geração, à conservação de energia e à reabilitação urbana tendo em conta essa, alterações do sistema de rede?, investimentos em novos centros produtores e quais e onde?, uma opção pelas renováveis diversas ou um equacionar da nuclear (como já referi , em texto anterior, só para pagar comissões), uma aposta global e articulada num mercado ibérico ou a continuação da desarticulação desse, quais os projectos?,
C) quais são as políticas para a reorganização administrativa, alterar e como o sistema de poder local, seja o anquilosado, ineficaz e dispendioso das Assembleias Municipais (há Assembleias Municipais que rondam os 200 eleitos!); reorganizar e como as estruturas das Câmaras municipais, alterar o sistema das freguesias, integrá-las ou proceder à sua agregação, iniciar aí um sistema de proximidade e participação das populações, desenvolver obrigatoriamente instrumentos como as Agendas 21 e os sistemas participativos municipais, no quadro dessa reorganização, existem ideias?,
D) quais são as propostas para a revisão constitucional e quais as que vão alterar o sistema de partidocracia e mediocracia em que vivemos, quais as propostas para transformar os partidos em estruturas responsáveis e democráticas e dar mais capacidade à cidadania, quais as propostas de alteração dos processos eleitorais, e quais as ideias de aproximação dos eleitos dos eleitores , quais as propostas de agilização da coisa pública e diminuição do “burocratês”, quais as ideias para agilizar o sistema de justiça e alterar o sistema de casta que vigora na judicatura nacional, qual a poupança que indiciam no número de membros do Parlamento, governo e sobretudo empresas públicas e assessorias?, tem propostas além da feira de vaidades?,
E) E depois claro que acho que seria interessante saber o estado das contas públicas, quais as opções para superar o atavismo económico nacional num quadro de uma economia europeia integrada onde se valorize o património, os valores naturais, a micro economia local, o espaço e o tempo, convertidos em mais valias socioculturais.

Podia continuar pela educação, pelo ambiente, pela saúde, pela defesa “nacional”, mas nada disso, nem nenhum dos 5 pontos anteriores vai ser, ou tem sido, discutido nesta feira de escárnio e maldizer, que vaticino tem sido a campanha eleitoral e as suas primícias, nestes meados de Abril.
Tenho que dizer que tive empenho em que houvesse quem defendesse opções claras, nestas eleições, em relação a esses pontos.
Sou um liberal/social radical e reformista, defendo intransigentemente os direitos, todos os direitos cívicos, para todos, ocasionalmente tenho desempenhado cargos de eleição política sempre como independente e mesmo eleito em listas autárquicas independentes (em Lisboa com os CPL) e defendo uma economia com regras claras e transparência de mercado, e estabeleci contactos para que, apesar da escassez de tempo, se pudesse organizar uma lista e uma campanha de “homens bons”. Embora eles possam estar por aí julgo que não teremos em quem votar.
Dia 5, dia mundial do ambiente, veremos como o país ficou...veremos!

2-
Há associações, e pessoas nessas, que nos fazem ver lilás pelo meio do cinzento em que a vida se parece ir enredando.
Conheci a Madeira de tenra idade, nos inícios dos anos 60, recordo uma ilha de dificuldades, de gente desconfiada mas generosa, de caminhos difíceis, e de muita, muita maravilha.
Hoje já nada, nada é assim. Há alguns anos, talvez 20 e tal, tive ocasião de numa conferência no Funchal fazer de velho do Restelo e advertir a sala cheia para os riscos do ambiente global e dar alguns palpites sobre o ambiente local, o estrago das ribeiras e a sua canalização, a erosão dos solos e a sua ocupação desregrada, a introdução de espécies exóticas, a falta de estratégia para proteger a então ainda Pérola do Atlântico.
A ilha, como sabemos, estava já nas mãos de Alberto João. Infelizmente, prebendas, comissões, esquemas, batotas, e negociatas, muitas negociatas continuaram e ele também continuou à frente do executivo regional, eleito é certo...
Nessa conferência recordo-me de ter identificado o que considero, sem qualquer hesitação, a pessoa mais qualificada para defender e desenvolver uma estratégia curativa e de valorização socio-ambiental do arquipélago.
Raimundo Quintal, é um geógrafo, com obra de mérito cívico e cientifico publicada, filmada e realizada ao serviço de um espaço, o da Laurissilva e da melhor gestão e qualificação da terra e da vida dessa, nestas ilhas outrora maravilhosas.
Ele, também não desperdiça energias a lutar para que o esplendor regresse, é um dos animadores da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal:
http://bisbis.blogspot.com/,
ao mesmo tempo que com pedagogia vai lutando contra atentados e prepotências com que o património natural desta terra, também, única vai sendo destruido.
Conheci a ilha de pequenino, hoje se ainda a reconheço nalguns bocados, se consigo imaginá-la viva e florescente é porque o Raimundo Quintal e os seus amigos contra túneis, aterros, construções inadequadas em locais que deviam ser preservados, projectos megalomanos e lógicas de colonia “jardinesca”, têm com trabalho e engenho e arte mostrado que a cidadania resiste.
Na foto, gentilmente cedida pela Associação, vemos Gerânios (Geranium maderense) , cujas sementes são recolhidas pelos voluntários da Associação e vendidas para custear acções de florestação, adequada!

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DOCS EM PASSAGEM

o país que fica

Chegamos ao 4º momento deste ciclo de documentários e debates.
Depois das energias, também renováveis, da re-habilitação e processos de participação urbana e da economia global e a micro economia , todos eles com uma assistência muito participativa e acertivas intervenções dos convidados, vamos discutir os cacos, os cacos em que as autoridades e também o desleixo e desinteresse dos cidadãos vão convertendo o nosso país.
Nada podia ser mais apropriado no/ao momento…
O filme será, como os anteriores uma introdução para, certamente, mais um excelente momento de criação de espírito e discussão de ideias, numa altura em que a sociedade portuguesa, os partidos e os media enveredam pela maior trivialidade.

Por aqui, pela Fábrica as ideias tem voado.

Ciclo Cinema / Debate
Com António Eloy (moderador), realizadores e convidados

Fábrica do Braço de Prata | Lisboa
às QUINTAS – 21.horas
28 Abril | 5 Maio | 12 Maio | 19 Maio | 26 Maio

19 Maio | 21.30
“Ruínas”, de Manuel Mozos
Debate: O património, passado e futuro
Com Paulo Ferrero, activista de diversos movimentos de cidadania e defesa do património
(Jorge Custodio uma referência nesta área do património, por motivos profissionais não poderá estar presente, como havia sido inicialmente anunciado)

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Tuesday, May 17, 2011
 
Estive hoje no SGPL para ouvir uma sábia intervenção do meu querido mestre António Borges Coelho sobre a desmontagem da ideia que a arte e o seu conceito estão dependentes de uma qualquer formatação que não o tempo, a sociedade e a dinâmica de quem a produz. Passou-me pelo pensamento o “jdanovismo” quando ele verberou a lógica impositiva do neo-realismo e a limitação deste ( ou de qualquer outra ideologia da arte) do génio e capacidade artística e de construção, que é sempre modificação e reconstrução do real.
Numa intervenção que foi uma pérola no seu carácter incisivo, e com a graça e o desprendimento de um maior até disse "chamem-me reaccionário se quiserem", em 15 minutos valeu por horas de discursos mal articulados e ideias com dificuldade em fazer qualquer sentido, que muitas vezes temos que gramar, e que nesta conferencia não foi excepção.
Vida e saúde para o mestre, que sabe tem uma tribo de amigos e admiradores, também do seu sentido para a vida superando os pronunciamentos e as ideias moldadas por ideologias que gostariam de formatar, de ter novilínguado, o tempo, a cultura e a arte.
Viva o pensamento livre e a sua divergência.

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Monday, May 16, 2011
 


Para os meus amigos brasileiros Convite para um festival cheio de temas de debate e informação, que esperamos venha a ter uma extensão a Portugal.
E, embora volte em breve ao tema, hoje refiro que na Azambuja, com mui digna recepção da Câmara municipal e simpatia realizou-se no sábado a V reunião da rede Tejo/Tajo, num ambiente amistoso e de boa colaboração e com intervenções muito interessantes (de relevar a apresentação de fundo de Paula Chainho) e com conclusões de alegria adequadas... a continuar, como o rio, na próxima na linda cidade de todos os espíritos, Toledo.

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Friday, May 13, 2011
 
# Quem vai à Guerra# de Marta Pessoa é sem sombra de dúvida um documento obrigatório, que deveria ser mostrado massivamente pelo país, escolas, colectidades e cinemas.
É o grande filme, o filme que regista para todas as memórias, para que estas não se perdam a guerra colonial em toda a sua ausência, em toda a sua crueza.
Faz um registo impressionante e de altissima qualidade das vozes, dos olhares e gestos das muitas, muitas mulheres que nos contam, nos contam a sua outra guerra, o seu sentir e emoção.
Neste filme vemos o que fomos, o quão miserável era o regime que nos atordoava e mantinha limitados numa couraça. E vemos o tamanho das gentes, das mulheres, destas, e de outras e também outros.
Fabuloso, um muro no estomago que vai até ao céu da boca.

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Wednesday, May 11, 2011
 
É já amanhã na Fábrica do Braço de Prata:

DOCS EM PASSAGEM

o país que fica

Chegamos ao 3º momento deste ciclo de documentários e debates.
Depois das energias, também renováveis, e da re-habilitação e processos de participação urbana vamos com a introdução da
Casa do Barqueiro, de Jorge Murteira
ter um debate sobre : a economia global e a micro economia com o economista e professor do ISEG Paulo Trigo e o sociologo Oliveira Baptista.

O filme será, como os anteriores uma introdução para, certamente, mais um excelente momento de criação de espírito e discussão de ideias, numa altura em que a sociedade portuguesa, os partidos e os media enveredam pela maior trivialidade.

Por aqui, pela Fábrica as ideias tem voado.

Ciclo Cinema / Debate
com os realizadores e convidados

Fábrica do Braço de Prata | Lisboa
às QUINTAS – 21.horas
28 Abril | 5 Maio | 12 Maio | 19 Maio | 26 Maio

Quinta 12 Maio
Casa do Barqueiro, de Jorge Murteira
Debate com
Paulo Trigo e Oliveira Baptista


Co-Produção
Fábrica do Braço de Prata | Cooperativa POST
www.postcoop.org | info@postcoop.org
 
Sunday, May 08, 2011
 
Hoje vi a quase totalidade (3/4) dos programas ora editados em dvd de Luísa Schmidt #Portugal um retrato ambiental#. Excelentes imagens de arquivo, e uma narrativa com algumas questões menos claras, numa obra de todas as formas notável que é sem dúvida, até por essas questões algo controversas, uma referência incontornável para o estudo do nosso ambiente e das suas políticas.
E visionei também o excelente #Do Fazer ao Contar, memórias das tradições e ofícios# que é um notável registo socio-antropológico de Almodovar, Barrancos e Mértola, que deveria ser obrigatório nestas terras, para as escolas mas também para o povo se reconhecer, e nos departamentos de humanidades das Universidades portuguesas.

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Saturday, May 07, 2011
 
Hoje foi dia da Maria.
Da Marcha da MariaJuana.
Bem disposta, divertida, com mais gente que nos anos anteriores que o tempo ajudava e mais diversificada, os do costume e outros vindos de outras áreas, que percebem o valor do direito, do direito ao prazer, à passeata e ao fumo do/de que gostamos.
Exemplar a postura da polícia que foi acarinhada pelos marchantes sem qualquer conflito, embora os olhares para os ares por vezes tivessem peso...
A legalização da Maria, a legalização de todas as drogas, o anti.proibicionismo é um elemento fulcral para respeitar as liberdades individuais, os direitos cívicos e promover uma economia sã, que obtenha impostos do produto, crie entidades de controle e fiscalização deste, combata eficazmente o narco-trafico e os dinheiros deste branqueados em negócios e negociatas, desde armas a imobiliário, de offshores em offshores, e integre na economia o beneficio ambiental que estas plantações também têm por esse lado agrícola.
Infelizmente em vez de se discutir o fundamental continuamos a olhar para o acessório, o faitdivers, o sensacionalismo, nos média e na politica que temos.
Apesar das minhas repetidas queixas continuam a ser publicadas opiniões de cronistas sem suporte que defendem pelos motivos mais serodios e em total contradição com os principios que noutras áreas defendem, de liberdade do mercado e de direitos para todos, pois os cronistas sem apoio social senão os do narco e da beatada pululam pelos média, publicados sem contraditório!.
Hoje esta Marcha, cheia de gente nova, cheia de gente bonita deixou um novo rasto de esperança, que não se esvairá em fumos...
Ver:
http://www.mgmlisboa.org/

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#América# de João Nuno Pinto

Podemos dizer que o cinema português de ficção (que o documentário já dá cartas) começa a sair do trauma Oliveira e a parecer sério e entusiasmante.
Este filme coloca-nos no Portugal de hoje, dos seus esquemas e trapaças, do seu melhor e sobretudo do seu pior, do seu piorio, que é o que faz Portugal.
Uma história com os pés e cabeça que deve ter, as suas lacunas e falhas e a sua continuidade e justificação.
Este é onde estamos e desejamos a tal, uma América!

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Thursday, May 05, 2011
 


Passei duas horas a ler o memo da troika. Depois de o ler e estar de acordo em geral, e ter críticas em pormenores, independentemente do prejuizo pessoal ainda fico mais estarrecido com os que recusaram, pelas razões mais bestuntas reunir e influenciar esta equipa técnica que apresenta linhas de acção políticas da maior importância para o futuro do país e a continuidade da Europa.
Desde logo esses estão fora de qualquer consideração de voto. Não votar na CDU e no BE (notável a derriva esquerdóide em que singra para o ocaso) é um dever de cidadania face aos que fogem às responsabilidades que lhes são delegadas.
Infelizmente e dado o nojo que tem sido a manipulação constante (e o discurso no intervalo da bola, com o mudo ao lado, foi o mais deplorável exercicio de demagogia que já vi) do PS esse também está excluido. E obviamente os moribundos do costume, partidos sem eira nem beira, e que deveriam ser dissolvidos, também não contem com o meu óbolo.
E embora tenha gostado de ver o Pedro Passos em clara resistência aos funcionários do PS que o entrevistaram ontem para a RTP acho que tem os pés em muito mau estado, tanto têm sido os tiros que tem dado...para caminhar.
Vamos ver... as alternativas irão surgir, durante estes 3 anos em que o FMI ou a bem-aventurada troika nos vão governar...

Nota: Criei/fundei diversos partidos políticos. Sou favorável a que se em três eleições legislativas seguidas não obtiverem prova de vida de per si (digamos 2% dos votos) devem ser obrigatóriamente dissolvidos (e se nunca o tiverem feito enquanto tal, por exemplo, se tenham sempre disfarçado em pseudo.coligações, idem).
O Estado poupa!

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Wednesday, May 04, 2011
 
É já mais logo...

DOCS EM PASSAGEM

o país que fica


Num momento fulcral para o nosso futuro colectivo vão-se realizar, enquadrados por documentários importantes, debates sobre os temas que infelizmente irão estar arredados da discussão politica, e que são essenciais para determinar as linhas de rumo nacionais.
Este ciclo começou com um debate sobre energia,
e prossegue com uma sessão que será animada pela Arquitecta Helena Roseta, referência fundamental da cidadania e dos processos de participação, e também da intervenção politica para resolver os problemas da habitação, em quadros de qualificação do edificado e re-habilitação das vivências sociais.
Anunciado estava o Arquitecto Alexandre Alves Costa, que por motivos de saúde não poderá estar presente.


Este é um tema central da nossa sociedade e deveria ter um papel de relevo na discussão politica e não ser atirado para debaixo do tapete...

Ciclo Cinema / Debate
Com António Eloy (moderador), realizadores e convidados

Fábrica do Braço de Prata | Lisboa
às QUINTAS – 21.horas
28 Abril | 5 Maio | 12 Maio | 19 Maio | 26 Maio


5 Maio | 21 horas
“Paredes Meias”, de Pedro Mesquita
“Poder Viver e Habitar em Segurança”, de Carlos Braga
Debate: Habitação e bairros sociais
Helena Roseta

A anteceder os restantes filmes/documentários (programa anexo)
emitiremos referências dos mesmos, temas e participantes.

Co-Produção
Fábrica do Braço de Prata | Cooperativa POST
www.postcoop.org | info@postcoop.org

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Monday, May 02, 2011
 

É já no proximo sábado, que a marcha da Maria vai romper pelas ruas do mundo.
Ao som do Peter Tosh:
http://www.youtube.com/watch?v=8HcXcYlF3_0
num momento em que muita gente ainda não percebe que a crise global do sistema financeiro tem na base as economias paralelas e as lavagens de capital, associadas ao comércio de todo o tipo de pafernália para continuar a guerra ao individuo e aos seus direitos e liberdades.
A liberdade individual, o direito a consumir o que quero, e não só a MariJuana, é a base para uma sociedade de direitos e deveres.
Será, em principio, este o tema que irei desenvolver, num encontro de liberais ibéricos, no mês de Junho.
A estratégia e a sua prática também.
Pena que os protagonistas políticos em vez de continuarem a fumar a Maria, como faziam quando eu os conheci..., agora se dediquem aos insultos mutuos, sem ideias nem projectos.

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Sunday, May 01, 2011
 
Realizámos na sexta dia 29 de Abril dois eventos de sucesso em Nisa.
De manhã com duas turmas da escola local após a passagem do filme #Portugal, Energias Sem Fim# durante mais de 30 minutos tivemos um produtivo debate centrado sobretudo nas questões da nuclear e do urânio e desenvolvimento local.
Á noite, pelas 21 horas, no cineteatro, perante uma muito razoavel assistência (60/70 pessoas) mostrámos o mesmo filme e com os companheiros da direcção da A.Z.U., da Quercus, da Adenex, do Forum Anti-nuclear Extremenho, do movimento Refineria No, e a participação da Presidência da Câmara de Nisa, fizemos breves apresentações e debatemos os temas também acima referenciados, encerrando o debate já o dia seguinte.
Foi mais uma jornada em que Nisa esteve de parabéns e os activistas sociais que a esta terra vão dedicando empenho só podem registar o seu comprazimento.

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civetta.buho@gmail.com

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