Encontrei na excelente Palavra do Viajante este poche:
que tem textos desiguais, bons e muito bons e um ou outro dispensável.
Lamento, mas é a lógica do "poche", que espero na edição original tenha sido corrigido (ou então é completamente dispensável), que as reproduções além de serem todas a branco e preto muitas não tenham qualidade.
É um livro erudito, no geral, onde encontramos uma leitura claro a imagem, de algumas, da estima do autor, que é um homem de muitos, muitos livros.
Engraçado, alguns outros o fizeram, que tenha optado por escrever em inglês o original.
Ainda a propósito da maradonamania (uma adição como tantas outras) recordei um dos meus poemas de cabeceira:
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De Allen Ginsberg
dado continuar, até de pessoas que aprecio, a ler as maiores inanidades sobre este, pobre diado, ou deus-
Hoje um artigo, em linha com o que logo escrevi:
que chama a atenção dos machos, machotes e machinhos e machões para o carácter de um violento (agressor de mulheres), além de todas as outras baixezas de carácter (muitos criminosas) do execrável personagem.
Erra ao classificar o futebolista. Era um fossão, sem ética.
É um dia de Outono típico, um frio excruciante, atenção não intenso mas de rosca, um chuvinha que de vez em quando cresce, e o cinza aparece cedo.
Um dia para, como dizia o Snoopy, estar em casa à lareira, a tomar chá e a ouvir Beethoven.
E a acabar de ler este livro, interessante, mas fora dos meus domínios, embora Darwin seja deles....
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A propósito da posta anterior tive algumas reacções de verdadeiros fanáticos, irracionais e crentes do divino.
"Fanaticism is a belief or behavior involving uncritical zeal or an
obsessive enthusiasm. Philosopher George Santayana defines fanaticism
as "redoubling your effort when you have forgotten your aim". The
fanatic displays very strict standards and little tolerance for contrary
ideas or opinions"
Um jogador, fossão (jogava sózinho) e aldradão (fingidor e manipulador), que sendo ainda por cima mau como pessoa, tudo o que está mencionado na posta anterior, e que não é passível de qualquer desmentido (hoje soube que tem mais de 10 filhos de quase outras tantas mulheres, a que devia arriar, está visto), e que terá morrido por sobreconsumo de psicotrópicos, não é um exemplo, a não ser para fanáticos. Felizmente há quem o denuncie, face à histeria mediática.
1- Maradona, também dito Deus, era um drogado, além de cocaína e de ser um bébado consumia anfetaminas várias. Era um agressor de mulheres, várias. Era um devoto de vários ditadores, responsáveis por muitas mortes, e era um mentiroso sem qualquer ética (o golo no mundial é uma das maiores vergonheiras do futebol mundial). É este personagem, e tudo o que é dito acima é pouco em relação aos excessos do personagem, que agora merece horas de televisão e devoção de massas (onde curiosamente se vêem poucas, muito poucas mulheres, sendo ele um Deus que gostava de lhes chegar a roupa ao pelo). Nunca gostei dele como jogador, não chega aos calcanhares de tantos outros, que ainda por cima tiveram uma ética acima de qualquer suspeita, Cruyff, Charlton,Yaschin,Moore,Gento,Di Stefano, Coluna, e tantos outros e sem mencionar a lenda que é Pelé ou tantos outros brasileiros (Socrates, por exemplo!ou até o também bébado Garrincha, que também batia na mulher). Lamento ser o único que escreve contra a corrente, mas é preciso ficar um testemunho de verdade. Maradona morreu, Deus morreu e eu próprio algum dia o farei.
2- O nosso governo entrou nas águas movediças, aliás desde que falhou a maioria absoluta por lá tem andado, com a mão debaixo do Presidente a aguentá-lo. O espectáculo do Orçamento é um momento da comédia em que vivemos, sem rei nem roque, com uma pantomina desagradável. Quase tão desagradável como a proposta da D.G.S. de matar os velhotes (ocultando-lhes a vacina salvívica!), mas parece que a pandemia desmiolou muita gente.
3- Nada sobrevive hoje à ditadura do minuto, da imagem que passa hoje e amanhã se esquece, do efémero, do que se diz hoje e cujo desmentido amanhã não tem qualquer valor. A realidade está disfarçada sob toneladas de lixo mediático, onde mesmo com instrumentos de precisão para a descobrir muitas vezes andamos às aranhas. Estamos cheios de especialistas de nada e coisa nenhuma cujas únicas credenciais é pofderem bolsar meia dúzia de treatas nos canais de especulação em que se transformaram as televisões, incapazes de se analisarem, ou de terem alguma lógica pública. Consideram que devem servir o pão e cirtco que o povo consume e que lhes dá, lhes paga com publicidade, essa outra grande, enorme mentira, sem regras nem escrutínio. E temos ainda as redes sociais onde a fata de cerebro se troca por um clic, dizem que um lika, que mostra a trofia neurónica dominante.
4- Hoje estou num destes dias em que o sangue, a dor, a mágoa, se vão transformando em cabeção,em sela, e penso cavalgar o que ainda tenho em espera, ou não.
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Hoje fui ver um filme notável:
https://en.wikipedia.org/wiki/Dear_Comrades!
mais um dos muitos massacres da classe operária e do povo realizados pelo poder soviético, embora no filme fique em aberto a responsabilidade do KGB (contra o exército). Vários milhares de operários manifestavam-se pelos seus direitos e foram fuzilados barbaramente. como em Kronstat, em Budapeste, em Praga, em Gdansk, por tantos, tantos sítios.
O filme merece um reflexão sobre a lógica do poder e como esta penetra no âmago das instituições, e claro sobre o totalitarismo e a ficção de poder dos trabalhadores.
Também tenho, para escapulir-me de novas ideologias que parece que nos perseguem e se impõem com a cobertura dos locutores (os que lêem as notícias ou debitam o que um aparelho lhes sopra ao ouvido) dos telejornais. Já tínhamos instalado o pandemismo, absoluto, total, com dezenas, dezenas de especialistas descobertos debaixo das pedras e agora temos , notável que nem um único refere o que toda a gente sabe - não há, não há mesmo vacinas contra os vírus! (estes mudam e adaptam-se a velocidades incríveis), mas agora o vacinismo instala-se e só o temos nos ecráns pelos mesmo locutores e os mesmos inventados debaixo das pedras, pois tenho andado a ler um livro notável, espesso e de leitura a mastigar:
e atenção o vírus existe e devemos tomar precauções e não sou anti-vacinas. Mas nada, nada do que nos estão a vender é senão na lógica do bio-poder. E controle social.Labels: Coronavírus, Filmes, Livros, vacinas
Saíu hoje no Público:
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Continuamos contigo, Gonçalo
Estamos com os que sempre te acompanharam, alguns mais de perto, outros mais de longe e vamos continuar a dar corpo às ideias que contigo partilhamos. Vamos continuar a resistir com os valores e os conceitos com que inovaste o discurso e a prática social e política.
Alguns vimos da resistência democrática, que nos grupos monárquicos ou no Centro Nacional de Cultura, com Francisco Sousa Tavares e tantos mais dinamizaste, outros encontrámos-te na denuncia do desordenamento do território, a propósito das cheias de 1967, outros, depois, quando produzes a primeira lei do mundo de protecção do sobreiro, em 1975, e a partir daí no percurso de estabelecimento dos elementos fundamentais do nosso espaço e do ordenamento, a legislação das Reservas Nacionais Ecológica e Agrícola, e também os Planos Regionais de Ordenamento do Território e os Planos Directores Municipais.
Entretanto muitos já tínhamos contigo criticado o projecto de Alqueva e proposto alternativas que hoje dariam outra vida ao Alentejo e à sua perenidade, e outros também dado força à oposição à energia nuclear que espreitou primeiro em Ferrel e depois um pouco por todo o país contra a qual, como tu, sempre fomos, assim como pelas alternativas energéticas suaves.
Não esquecemos a epopeia que foi o combate alfacinha em Lisboa quando defendemos contigo dar a liderança às hortas sociais na urbe, e um outro desenvolvimento urbano que integrasse o agro, o que na altura era considerado lunático, mas hoje vemos por todo o mundo a querer alterar as relações cidade/campo.
Defendemos contigo outro desenvolvimento e outra organização do território e hoje continuamos a lutar contra a monotonia produtiva e por outras lógicas económicas e sociais.
Partilhámos e continuaremos a partilhar com o teu espírito e inspiração tantas, tantas lutas, e vamos continuar , com toda a transparência e integridade, e sem necessidade de dizer o que não sentimos nem de usar palavras a que não damos significado.
Vamos encontrar maneiras de corporizar uma grande homenagem nacional que Portugal te deve promover mas, mais importante ainda, havemos de combater para que alguém surja na governação deste país com capacidade e vontade para implementar no terreno, e não apenas nos discursos, as ideias por que lutaste toda a tua vida. Bem hajas, Gonçalo Ribeiro Telles!!
António Eloy
Carlos Pimenta
Fernando Santos Pessoa
João Reis Gomes
Jorge Paiva
José Carlos Costa Marques
Luis Coimbra
Paulo Trancoso
Rui Cunha
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Labels: Gonçalo Ribeiro Telles
Não é das minhas revistas favoritas, mas comprei para dar uma força e solidariedade ao protagonista:
uma dos heróis do Charlie Hebdo. Alah Akbar e o Mafoma que vá pentear macacos.Labels: Charlie Hebdo
um filme que mostra os riscos de viver ao ar livre, sem pensar nas consequências do poder dos GAFAs
que me dizem esteve previsto para exibição comercial.... a não perder.
Só a entrevista do meu amigo Claúdio enche as medidas:
numa revista que é certamente das melhorzinhas sobre o tópico que temos mas assaz mediocre em geral.
Popularucha, q.b., mas assim não chega longe....
Labels: Revistas História
Leio este número da Claves, uma revista cultural simpática, nalguns números muito boa, noutros meramente e neste a confirmar o resvalar para a direita do cenário político.
Artigos de protagonistas claramente de direita e um, do meu ponto de vista, sem contraditório, a defender a monarquia, que não tem pés nem cabeça num quadro de Estado democrático de Direito, a não ser com um entorse na lógica de representação (familiar, divina, vigarista).
Estava a lê-lo quando sou surpreendido com a notícia, confirmada, da morte do meu querido amigo Gonçalo Ribeiro Telles, que era (conflito meu com ele, nunca assumido) um monárquico republicano.
Em breve aqui trarei um ou dois artigos, de comemoração da sua vida e continuidade.
Hoje, com os olhos vermelhos e húmidos volto à leitura:
uma revista que já teve um Pradera e outro Savater a dirigi-la.Labels: CLAVES, Gonçalo Ribeiro Telles
A imagem é, pode ser das barbas do profeta, ou a origem do mundo:
um bom dossier nesta revista que há algum tempo não comprava, nesta está também o quadro das barbas de Courbet, e onde somos levados a diversos momentos históricos e até à actualidade, e ao derrube de estátuas, recordo na ilha do Fogo ver os colonialistas todos agrupados num jardim de pedras, isso me parece exemplar, ou o Carmona ao fundo do jardim do Museu da Cidade.
São momentos que passam e que devem ter o seu enquadramento, e por vezes a sua remoção apropriada. Também me lembrei dos islamitas (aqui mencionados) que destruíram os budas....
toda a censura é intolerável, toda a verdade é provisória, toda a realidade se move.
Labels: El Arte, iliberalismo, Islamofascismo, Revistas
Enquanto busco activamente, conforme instruções da Segurança Social, emprego continuo a minha formação, agora lendo mais este simpático livro sobre biologia e evolução....
escrito com humor e com dados novos e outros para pensar....Para memória e degustação futura, aqui:
https://viajandodiferente.com/por-que-todos-quieren-probar-el-volcan-iberico-de-el-repilado/
e aqui:
Labels: Gastronomia, restaurantes
Só no livro "Os Europeus" descobri Tourgueniev, escritor com o nível de Tolstoi ou Gogol ou até Dostoievsky.
De facto um escritor com uma vida agitada, uma relação atormentada e uma vida aventurosa.
É um primeiro livrinho que leio dele, um pequeno conto:
registei a qualidade literária e riqueza. Talvez venha a ler outro.Labels: Livros
É possível, até provável que o facínora ganhe as eleições nos E,U.A. mas provou, novamente, que é um verdadeiro palhaço, ou melhor palhaço não que esses embora assustadores têm dignidade, uma escória do piorio.
A esta hora, quando Biden tem uma vantagem de mais de 2 milhões de votos, e mais votos no colégio eleitoral quando ainda faltam mihões de votos por contar e 5 dos maiores Estados, pois esse personagem já... declarou.... vitória. E se perder vai fazer queixinhas.
Mas já aqui o tinha dito e redito estas eleições são a prova definitiva que uma esmagadora quantidade e toda a maioria da classe operária americana não presta, não presta mesmo para nada. Ignorantes, boçais, incultos, racistas, alienados, crentes no céu e no inferno e no QAnon, umas bestas em resumo.
E assim vai o mundo nas mãos desta gentalha.
E não me digam que não argumento. Pois como se pode argumentar quando tantos americanos acreditam e difundem que Merkel é canibal e o Eliseu é um local de culto de pedófilos? Discutir com estes factos?
Labels: política
É difícil de explicar depois de ver o que se passou com os carrinhos....
embora se compreenda. Mas continuamos a ter um governo em roda livre, de manhã proíbe as feiras de levante e pela tarde as autoriza, de manhã diz uma coisa e pela tarde outra, e tem a ampará-lo o senhor todo o mundo e ninguém, que se vai transformando numa alma penada.Vivemos mergulhados, mergulhados mesmo, num pântano. Que tristeza.
Natal, Natal, Natal, faltam quase dois meses.... antes de pensar nesse não haveria tantas, tantas coisas para pensar, para fazer, não haverá nenhum bom senso na nossa sem classe política para dar um muro na mesa e dizer basta, não haverá ninguém que resista aos profetas de mau auguro que inundam os telejornais , os locutores e os seus convidados que quando não lhes dão a missa que eles querem ouvir desaparecem-nos?
Não haverá ninguém com um mínimo de senso no meio dos papagaios que abundam, agora, por todo o lado?
O vírus existe, o vírus vai continuar a existir, o vírus não irá desaparecer. Será que não há uma alma que pense estratégicamente? Será que não há ninguém que pense? Será que só temos aprendizes de feiticeiros a brincar com o fogo e a alimentar os QAnon e os seus sequazes?
Racionalizar, não continuar com os discursos trogloditas, pôr calma nisto tudo, e deixar de andar aos ziguezagues, e, embora seja difícil, deixar de dar mais lenha aos locutores que nos inundam de terror e de ficção, e antena a qualquer sapo que saí debaixo de alguma pedra.
Nada disto está fora da vida e da política com que a temos que enfrentar. Infelizmente temos que tapar os ouvidos, fechar os olhos e trancar a boca.
Labels: bio-política, pandemia