insignificante
Wednesday, October 29, 2008
 
Nova Alcantara;para assinar a petição, ir:

http://www.gopetition.com/online/22835.html

as pequenas vagas fazem as grandes...
 
Tuesday, October 28, 2008
 
Hoje, enquanto preparo mais um texto sobre a Europa, no quadro de recente visita ao Parlamento Europeu, venho aqui trazer assunto que hoje esteve em agenda, e que merece muita atenção....

Questões sobre Nova Alcântara

1- Processo de decisão, insuficientemente estudado e com base em arbítrio que envolve com toda a aparência (mulher de César) negociatas, acordos estranhos, gente envolvida que deveria estar inibida de se envolver no processo , e os habituais acordos de “compensação” se o ganhócio não se concretizar.
É além disso um negócio feito nas costas de Lisboa e ao arrepio de qualquer concertação estratégica no que diz respeito ao Transportes Marítimos (o Instituto Portuário de Transportes Marítimos ainda não se pronunciou!).
Não houve qualquer tentativa de discussão e é um total absurdo esta obra sem regras claras para comemorar a Republica.

2- É tudo menos evidente, e agora com o reforço da crise financeira e estrutural das actuais economias de casino, a urgência desta decisão quando está longe de estar esgotada a capacidade de movimentação de contendores (segundo a APL, nºs contrariados pela Associação Agentes de Navegação de Portugal) em 2015 teremos uma taxa de ocupação de 67% e isto ao arrepio de um quadro global do sistema portuário e sem sequer o desenvolvimento de algumas medidas pontuais de articulação com os outros portos nacionais ou com uma possível expansão para a margem sul do Porto de Lisboa.

3- Não faz sentido numa altura em que se encontra em processo de elaboração o Plano Nacional Marítimo–Portuário (que deve ser sujeito a discussão publica) e outros planos de relevância para o sector portuário, inclusive a nível europeu (as chamadas auto-estradas marítimas e a sua incidência no Arco Atlântico, que une a Península ao Mar do Norte) avançar com esta iniciativa desenquadrada.

4- É estratégico para a cidade ter um terminal de cruzeiros, mas é de toda a conveniência que esse seja discutido por quem tem responsabilidades políticas e sociais no desenvolvimento da mesma, e uma adequada articulação deste com as valências já existentes e a sua melhoria é absolutamente compatível

5- O processo está pois todo errado, mesmo sem entrarmos no detalhe dos factos que no quadro da transparência devem ser postos a claro e discutidos. O MOPTC concretiza a política do quero, posso e mando, A cidade vê, ouve e deve reagir!

Ainda:
A questão do nó de Alcântara….
A) Difícil tecnicamente (ou seja mais custos) articular linha de cintura com Cascais devido às inclinações e ao entalamento entre a encosta dos Prazeres, Av. Ceuta e o caneiro de Alcântara,

B) Ser necessário a interrupção dos transportes nesta zona por um período longo (ou não o que significa dilatação dos prazos da obra),

C) O alargamento do terminal terá de todas as formas como consequência o aumento do tráfego pesado neste eixo da cidade, dados os comboios de contendores implicarem com factores externos (gare triagem e áreas além de horários disponíveis/ nocturnos)

D) Mais uma vez estamos a funcionar com arbitrariedade uma vez que todo este processo deveria ser articulado no quadro da Área Metropolitana de Transportes e ter o envolvimento da C.M.L.

Finalmente ao juntar estes dois projectos, que necessitam de articulação está-se a descurar problemas técnicos que poderão atrasar todo o procedimento e por isso qualquer decisão deveria de ser antes de decidida passada pelo crivo da crítica, contradição e avaliação pública.


 
Tuesday, October 21, 2008
 
Caminhando no “deserto” e a Europa aqui tão perto (II)

Referi anteriormente que a cidadania se irá, sem quaisquer comissariados centrais, assumir por aqui, por ali, por acolá, nas eleições autárquicas (a não haver nenhuma desvirtuação do voto na representação).
Mas no próximo ano teremos várias eleições, e se bem que já temos maturidade democrática para distinguir claramente o quadro de referencia e as competências que de cada uma delas resultam, não será possível desligá-las e não enfrentar com clareza e transparência o significado de cada uma delas.
Vou agora referir as Europeias, que não podem ser senão no inicio de Junho.
São europeias, infelizmente sem que partidos transnacionais, federalistas liberais e socialmente empenhados, libertários e usando o referente politico da não violência possam concorrer.
Voltei a inscrever-me no Partito Radicale, transnacional e transpartidico (transversal às nações e aos partidos), que representa um sentir por uma Europa politica assente nos valores da democracia, dos direitos humanos e de uma efectiva representação.
Penso que seria da maior utilidade discutir, no âmbito das eleições europeias a forma de sair do impasse constitucional e sou desde logo em favor de poderes constitucionais para o Parlamento Europeu.
Seria importante que temas como a Politica Agrícola Comum tivessem lógica europeia e assim saíssemos do proteccionismo que a domina, temas como os usos de pesticidas ou os transgénicos estivessem nas agendas e que a agricultura biológica e social fosse discutida num quadro europeu mas também da sociedade global.
Seria da maior importância que uma politica energética estruturada fosse equacionada, no quadro dos desafios que as alterações climáticas motivam e tendo em conta o estrebuchar final da tecnologia nuclear. Novos paradigmas de energia que assentem em mudanças no quadro da utilização e eficiência, novas alternativas de produção suaves, e sobretudo um reequacionar dos sistemas de transportes deviam ser discutidos também no quadro mundial dos produtos energéticos e das cleptocracias e autoritarismos que se baseiam nos produtores dessas matérias.
Seria da maior importância que na Europa se desenvolvesse uma politica clara e intransigente em relação aos direitos humanos e à sua observância e essa ser a base também das trocas com outros.
Muitos seriam, são do meu ponto de vista fundamentais.
Sei que, infelizmente, não teremos partidos europeus, embora a candidatura o possa ser, e que pior a discussão será fulanizada em torno dos partidos nacionais.
Só posso desde já dizer que os C.P.L.s não irão, certamente, intervir neste quadro eleitoral.
Somos cidadãos livres e eu desde já aqui fiz a minha declaração de interesse.
Dados estes factos, e sendo que não penso que haverá alterações deste enunciado, a não ser em eventuais pormenores, irei neste momento posso dizê-lo com toda a frontalidade voltar a apoiar a candidatura à qual dei o meu nome, voto e colaboração.
Diverte-me saber que estive muito longe dele, e em desafio a movimentos da paz soviéticos chegou ele a receber, para me proteger dos seus, mais pontapés e tabefes que eu... diverte-me saber que (até nessa altura!) sempre houve abertura da parte dele para ouvir e discutir, diverte-me que o caminho, este caminho já se tenha cruzado e que ele tenha tido um mandato interveniente e com responsabilidade politica e transparência.
Não terei qualquer hesitação, votarei no Miguel Portas e na lista do Bloco de Esquerda para o Parlamento Europeu.

A seguir:
Em Lisboa, que das outras és princesa (III)

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Monday, October 20, 2008
 
Tribuna Cívica em Nisa
Continuando texto anterior e repegando o final desse....

Ora o que teria sido importante além da parte de folclore que como vimos não envolveu senão superficialmente a população de Nisa (e não me cabe a mim, embora tenha as minhas convicções, interpretar essa situação) teria sido continuar, como previsto a Tribuna e realizar o segundo painel dessa.

Aí seria feita a ligação ao desenvolvimento sustentável e a um quadro de articulação entre os vários sectores que para esse devem ser considerados, e que tenho que referi-lo foram muito bem diagnosticados pela Presidente da Câmara a Dra. Gabriela Tsukamoto, e deveria ter sido discutido, com o enquadramento que os elementos presentes da Associação Ambiental das Terras afectadas, os qualificados representantes da ADENEX, membros da Quercus e outros envolvidos nesta luta, entre os quais me incluo (e só pude referir em particular à Dra. Gabriela Tsukamoto dados que penso ela terá em conta no desenvolvimento da actividade do município e da sua própria posição pessoal).
Teria sido importante contar com o Presidente do GEOTA, para alargar o âmbito do empenho, assim como, em vez da marcha e das cruzes para a fotografia, acção que se esgotou em si mesma, concretizar lógicas de intervenção e articulação para o melhor empenho e dinamização do concelho.
E esse passa por uma pedagogia continua de acções e intervenções locais, nas freguesias e sede do concelho, que produzam pensamento e respondam às questões que insidiosas aves agoirentas vão espalhando.
No dia 20 estive 3 horas na escola a falar para todas as turmas de dois anos lectivos, e verifiquei o interesse da malta, mesmo nos anos difíceis que leccionei em obter informação e poder contar com empenhos substantivamente concretos para dar conteúdo à intervenção cívica.
Tenho que dizer que apesar de tudo, desta minha observação a jornada foi um sucesso, mas também permitiu verificar que em Nisa, tudo, tudo está por fazer no que respeita uma lógica bem estruturada de intervenção, pequenas poeiras que parecem existir não trazem nenhum beneficio a uma intervenção global e estruturada para levar o vento até aos nossos moinhos, e acreditem que sei do que estou a falar.
Além do empenho que mais uma vez manifestei ao Município e aos dinamizadores do MUNN (apesar das observações...) volto a referir, como também re-afirmei na escola que Nisa pode contar comigo, e com aqueles que me acompanham no activismo ambiental e cívico.

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Saturday, October 18, 2008
 
Tribuna Cívica, em Nisa
Vai-se realizar em Nisa uma importante sessão cívica, e política de chamada de atenção, esclarecimento e alicerçamento de uma consciência cívica, política e social local, para que a acção e o empenho na construção de uma lógica de sustentabilidade para o concelho seja desenvolvida e continuada.
Esta Tribuna Cívica tem vários nódulos de ligação.
Antes de mais referir a condição dos ex-trabalhadores, nem todos abrangidos pela legislação que concede a alguns direitos e compensações, nem todos e também não as suas famílias.
Levantar esta questão é também levantar a questão da cumplicidade do Estado numa actividade, que desde há muito se sabia provocava sérios, muito sérios problemas de saude, incomparáveis a qualquer outra actividade mineira.
Se hoje o Estado já monitoriza a saude de todos os ex-trabalhadores (nem sempre bem há que dizé-lo) e das populações devia corrigir a situação acima referida.
O Estado foi corresponsável por um crime contra a saúde dos trabalhadores por negligência na informação, negligência nos recursos utilizados para minorar o efeito dos materiais radioactivos na vida e continuidade dos trabalhadores.
O Estado, como pessoa de bem deve, agora com toda a informação (que já tinha e isso é o mais grave há muitos anos, eu próprio em 1978 estive em Nelas e Viseu a dar testemunho dessa situação em concorridissimos colóquios!) compensar os ex-trabalhadores TODOS e as suas famílias.
A segunda questão tem a ver com as terras devastadas, os poços de materiais acidos e tóxicos espalhados, as escombreiras por aqui e por ali.
Tudo deve ser objecto de requalificação e confinamento dos materiais perigosos, todas as terras devem ser recuperadas e os poços inertizados e as escombreiras devidamente seladas.
Sei, por informação qualificada, que os custos de uma recuperação adequada são superiores aos ganhos históricos de toda, toda, a venda do minério.
Para bom entendedor...
Ligado a este existe o problema das casas construídas com materiais radioactivos, que devem, com apoio do Estado ser recuperadas e o mapeamento das zonas onde estão os filões, assim com o fecho de fontes onde as populações continuam a fornecer-se da água leve...e radioactiva.
Essas são as questões que devem ser discutidas e trazidas a público por esta importante Tribuna Cívica.
A seguir abordarei erros de estratégia e falhas de comunicação nesse belo concelho alentejano, cheio de história e culturas.

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Tuesday, October 14, 2008
 
Hoje tivemos o momento chavez, nos três canais da televisão portuguesa. Sem edição e em directo, em todas ao mesmo tempo e durante cerca de 10 (dez) minutos ou mais o ministro da economia aquele bestunto do Teixeira e Santos esteve a dizer umas completas inanidades, com o objectivo de salvar o tal sistema financeiro, que pouco antes o Barroso dissera que só a economia real ( o trabalho, claro o trabalho e as mais valias reais deste) é que o poderia salvar da sua própria ficção.
Isto é inconcebível. Não sei como é que não cai o carmo e a trindade face a esta desfaçatez. E como é possível isto, isto invadir os nossos ecrans e qualquer aluno do 1º ano de economia, ou melhor qualquer cidadão que viva do seu trabalho perceba que aquilo foram só bujardas, sem qualquer lógica e nenhum sentido. Aqueles números parairavam no totalmente etéreo. Mas alguém acredita naquilo? Alguém acredita naquele gajo?
Isto está a ficar cada vez mais grave. No outro dia dei por mim a tentar (mas porquê?) convencer uma mesa de tetulia que não estavamos à beira da...guerra civil... que convictamente pessoas com um Q.I. claramente superior a este Santos me diziam estar iminente.
Não temos alternativa nenhuma, e tirem-nos esse tal Borges deste pesadelo, que faz lembrar os caminhos de mau a piau.
Infelizmente continuamos a seguir por caminhos sem direcção nem calçado apropriado. Precisamos cada vez mais de diagnósticos sóbrios, metodologias claras, transparência de procedimentos, envolvimento dos diversos actores sociais e regras e linhas de acção objectivas.
Vivemos uma crise sem precedentes e a capacidade e linhas de pensamento para alterar tudo isto continuam a desenvolver-se inorgânicamente por aqui, por aqui e por ali.
Se se articularem, só falta uma faísca, para pegar fogo à pradaria, é preciso é que aqueles que tem capacidade para usar o "fogo" o usem apropriadamente... eu comecei a juntar a minha gente...

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Sunday, October 12, 2008
 
Tenho ido pouco ao cinema, porque cada vez há menos filmes que inspirem algum pensamento e as xaropadas americanas invadem o nosso espaço de exibição e condicionam o pensamento e a sua liberdade.
Lembro-me dos anos em que fiz crítica e desmontagem ideológica de filmes com saudade, na altura todas as semanas havia dois ou três para ver, a ver, ....agora nada ou quase nada, um ou dois por mês...felizmente que vem aí o DOC/Lisboa.
No meio desta pobreza e porque já são consagrados e vão contra a corrente fui ver o "Destruir depois de ler" dos irmãos Cohen. É um filme completamente ao arrepio das lógicas convencionais de organização, a confusão irrompe espectacular, o nonsense surge em quase todos os dialogos, a paranóia que domina a América está toda lá.
O final é espectacular ...de realismo negro.
Claro que o tema do post anterior me veiu ao espírito, a falta de lógica, a ausencia de planeamento e estratégia, o amadorismo, a incapacidade de comunicação, as confusões.
Talvez tudo acabe como no filme, com uma grande barrigada de riso...amargo, no caso.
 
 
Enquanto preparo uns andares por aí, é tempo de reflectir, o que farei em proximas ocasiões com mais requinte e quem der atenção a este #insignificante# blog ficará a antever alguns desenlaces que se irão concretizar para o ano.
Não porque o escriba seja especialista de alguma coisa, antes o é de coisa nenhuma, mas porque os sinais dos tempos estão a amadurecer rápidamente e a fruta estará disponível para os recolectores....

Desde já tenho que constatar que falta estratégia e as metodologias tácticas para os movimentos que por aqui e ali se esboçam podem todas espalhar-se na primeira curva por falta desta.
Há que andar devagar, dar os passos mais seguros e não ouvir as pitonisas que nos prometem prazer sem dor pepétuo...

Tudo tem vindo a mudar a uma velocidade espantosa e com a crise a galopar(-nos) arriscamo-nos a não ter saída se nos precipitarmos por caminhos esconsos.

Caso exemplar é a Tribuna Cívica que envolvendo os ex-mineiros da zona uranifera da Beira e as entidades que propôe um desenvolvimento adequado para a zona de Nisa irão realizar.
Os atropelos à lógica de boa organização, fulanização sem sentido e questiculuncas locais, errada estruturação dos eventos, e falta de noção do que é a lógica política nacional e as interligações que se estabelecem a nível local podem conduzir todo este trabalho a um vazio de resultados eficazes e transformar esta iniciativa numa marcha sem sentido em direcção a montes nenhums.

Vou continuar por aqui vigilante, sendo que já passei o tempo da ansiedade e sei que o futuro é uma invenção passageira.

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Friday, October 10, 2008
 
PENA DE MORTE


Hoje é o dia, de acção, Internacional contra a Pena de Morte.


Tive ocasião de, na minha qualidade directiva da Amnista Internacional, falar para o RCP.

Nos 4 minutos em que no etéreo se disponibiliza a voz é impossível passar e reflectir alguma mensagem.

Está a ser uma interessante reportagem, a que está a ser feita pelo RCP, e desde logo o local onde debitei esses 4 minutos, o Pátio do Carrasco, local onde emergem muitas estórias e onde é certo ter habitado o último dos ditos que até à 1ª metade do século XIX em Lisboa exerceu, mas a partir desses 4 é dificil desenvolver o pensamento.

E queria, quis introduzir o tema da inexistência de punição que representa a pena de morte, além de ter referido a deshumanidade da mesma e da lógica do dente por dente, e o facto desta estar associada à inexistência de garantias, formais e processuais, com um mínimo de eficácia, e de respeito pelo direito e o garantismo que deste deve resultar.

Só no quadro da vida a expiação, o pensamento sobre o delito e a sua valoração pode ser feita, e assim a reparação e paz que resulta dessa. Claro que só os doentes é que poderão ficar excluídos desse processo, mas para esses também os atenuantes ou sentido de humanidade deve ser valor absoluto.


No seguimento destes minutos estivemos na conversa e referi, refiro com impaciência tenho que dizé-lo, o que continuo a pensar ser uma execução extra-judicial que se realizou em Portugal em frente de todos os que viam televisão, mesmo que houvesse uma caução do magistrado essa não podia ser a PENA DE MORTE, e não se encontravam esgotados os processos negociais, e não se sabia sequer a natureza das armas e munição, ou não, dessas nas mãos dos assaltantes (o facto de apesar da lamentável acção policial não ter havido disparos desses devia deixar-nos a pensar...e pelo menos avaliar a sua perigosidade).

A inexistência de inquérito sobre esse nefando acontecimento, ou no caso da sua existência o seu secretismo, são elementos que reforçam a convicção que foi uma encenação bárbara, que deve merecer a maior repulsa de todos os que defendem os direitos e a humanidade desses.


Hoje é o dia contra a Pena de Morte, e em que também nos dá pena, em Portugal termos deputados submissos e amordaçados, deputados que não tem verticalidade nem pudonor.

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Wednesday, October 08, 2008
 
Realizou-se ontem um jantar comemorativo do 80º aniversário do António Borges Coelho, querido amigo e homem bom da cidade, do país e deste mundo em que vivemos.
Mais de 300 amigos partilharam o momento com gratidão por esta vida, este percurso, esta partilha.
Não houve hipotese de apresentar a nenhuma reunião dos orgãos municipais ( por não ter havido em nenhum deles período de antes da ordem do dia) um pequeno texto que também lhe referia a cidadania.
Outros momentos haverá. Aqui fica o resgisto, que estou certo é também o de Lisboa de todas as cores, num fundo de arco íris.
Para o António toda a gratidão do mundo e um pEscar de olho no fundo da alma.
(...)
(...)
Há pessoas que têm percursos de vida exemplares. E que nessa produzem obra de referência para a colectividade, a cidade e o conhecimento dessa e do mundo.
Por vezes faltam os elogios, porque os homens definem-nos só como “homens bons”.
O eram os dos concelho e do concelho de Lisboa que deram conteúdo a uma ideia para o povo que os mereceu.
O eram, o são aqueles que pelo seu mérito, esforço, estudo e divulgação à cidade deram mais conhecimento.
Não é necessário muitas palavras, nem grandes elogios para que a cidade de Lisboa se associe à homenagem ao cidadão emérito, ao estudioso exemplar, ao, Professor de muitas gerações e formador de muitas almas, ao olisiponense de muitas andanças, no seu 80 aniversário.
Parabéns Professor António Borges Coelho.
(...)
 
Tuesday, October 07, 2008
 
Cidadãos Participação Local, por aqui, por ali, por acolá... (I)

O tempo passa.... e à medida que passa e nós nele vamos percebendo que nem tudo é o que parece e que vivemos efémeros sucessivos.
Vivemos tempos em diluição.
A vida politica é um desses, feita essa cada vez mais de espuma, todos os dias a encolher a essencialidade das coisas... e a enfrentar a realidade cada vez maior dessas.

Em 2009 teremos eleições sucessivas...
vamos começar por aquelas nas quais as opções partidárias são menos fundamentais, porque a gestão de proximidade não se integra em modelos globais, porque a politica local não se orienta por opções ideológicas generalistas, e por tal nessas o “clubismo” partidário é menos exercido.
E só não é menor ainda esse “clubismo” porque a sua manutenção é imposta por todas as formas e ela é condicionante e mesmo determinante para a existência desses (partidos) dado ser a partir destas e dos poderes que a nível autárquico se geram que casos que poderiam compaginar-se como “mãos limpas”, mas a tal não chegarão, nascem e crescem.
O financiamento dos partidos, a perversão da ideia de serviço público, adulterada por lógicas de urbanismo “à pato bravo” e conluios de interesses com máfias do futebol e outras não só não é despiciendo como inclusive domina muita da vida local dos partidos.

Sair desse ciclo vicioso e viciado que adultera o funcionamento democrático da “res publica” não é fácil. Todos querem um bocadinho de poder e, ou condicionar outro.
Desde sempre que defendo colectivos independentes de cidadãos a retirarem o poder ou parte dele aos partidos e julgo mesmo que só separando claramente o modo e a forma de participação dos partidos na vida autárquica poderá dar sentido a essa gestão.
Defendo listas de cidadãos que se organizem, e essa sim é uma ruptura ideológica contra as lógicas de poder autárquico e o domínio das autarquias por conluios de lógicas feudalizantes, em torno do princípio da transparência e da informação pilares de uma gestão sadia e que para essa tenham por base os princípios da participação (Agendas 21, orçamentos participativos, gestão de proximidade e desenvolvimento de instrumentos de gestão partilhada) e claro, e desde logo é para mim fundamental o RESPEITO À PALAVRA DADA.
Esse implica clareza de propósitos, objectivos realistas baseados na realidade e na sensatez que a partir desta se pode gerar. Não há promessas, mas acção sobre a realidade na estrita observância da lei e respeito pelo direito. E empenho na sua modificação quando necessário e no alargamento dos direitos cidadãos, esse fundamental.

Por isso, para isso, porque entendemos que dar corpo à ideia de Cidadania Participada Localmente e em nome da coerência e dos princípios irei, iremos dinamizar, incentivar e apoiar grupos de Cidadãos Pela Participação Local, por aqui, por ali, por acolá....

Para o ano, se se mantiverem os actuais quadros legislativos para a disputa autárquica listas de cidadãos organizar-se-ão e estruturadamente, ou não, far-se-ão ouvir.
O exemplo de cidadania que os Cidadãos Por Lisboa, constituídos em torno de Helena Roseta, com princípios claros, uma filosofia de participação e acção cívica, e orientados por uma ideia de “uma cidade para as pessoas onde tenhamos o poder de viver e decidir sobre” esse serão eixo para outras rotações.
Do cereal faremos pão e construiremos os fornos com a dimensão apropriada para nos saciarmos. A nossa satisfação por metermos a mão nessa massa já é participação cidadã.

Mas para o próximo ano temos outros desafios, temos que estar prontos para outras produções. Individualmente ou enquanto colectivo, articulando o pensamento e a acção ou só compaginando o nosso pensamento com outros e outras ideias para o social existiremos.
Se a cidadania local se transversaliza em torno de uma ideia politica, essa não existe isolada do espaço social global.
Vamos ter eleições, outras no próximo ano.
Diz-nos um principio da sistémica que tudo está relacionado com tudo. Dando atenção aos pormenores os outros momentos cívicos não esqueceremos.
Os enigmas são criações de quem tem a chave para os resolver.

Nota:
Pelo país, por aqui e ali, existem excelentes autarcas, que do partido a, b ou c, colocam uma ideia de serviço público acima do interesse pessoal ou partidário e dão sentido a lógicas de sustentabilidade local. É claro que nesses locais, independentemente do partido a que pertence esse ou essa não estarei presente, a não ser para o ou a apoiar. As autarquias devem ser libertas da gangrena que lhes corrói a alma!

Próximo:
Caminhando no “deserto” e a Europa aqui tão perto (II)

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Mais inquietante que a total derriva do P.S.D. ( será que ninguem disse à senhora ou ela anda distraída quem é o Santana?), mais inquietante que o nonsense do P.C.P., mais inquietante que o desvario propagandistico do Governo ( o P.S. deixou de contar), mais inquietante que o C.D.S. ter-se extinto ( e ainda ninguém ter dito ao Paulo), mais inquietante que o Bloco se sentar em torno de uma mesa romba (não lembra o diabo esperar pelo congresso dos outros), mais inquietante até que a nossa inquietude, que compartilho com outros cidadãos, e que resulta antes do mais da falência, não do sistema financeiro global e do seu crédito ao investimente (do tal preto sem abrigo e emprego do Alabama que se endividou para comprar uma mansão), mas de um sistema que perdeu todos os referentes de sensatez e sustenbilidade, mais inquietante do que isso, tudo isso, é que vamos ficar, estamos a ficar cada vez mais sózinhos.
(o paragrafo acima é para ler sem respirar três vezes seguidas, para o esconjuro!)
Talvez haja alguém que ache que o que é inquietante é estarmos vivos e não darmos por isso, anestesiados em frente da televisão, e dominados pelo conformismo, incapazes de reagir.
Também.
E para a solidão conta isto:
http://www.iucn.org/about/work/programmes/species/red_list/index.cfm
Claro que o sistema falindo tudo é castelo de cartas...
 
Monday, October 06, 2008
 
Embora deva reconhecer que não pressionei muito, porque a realidade nos ultrapassa todos os dias na sua própria insanidade e porque o reflexo desta que se lê nos jornais é precisamente o reflexo desta e até muitas vezes puxado para baixo, para que 5 artigos, que reputo importantes e que reflectem uma importante área política, que ainda por cima já se verificou que com o subjectivismo que resultou de condições objectivas (apreciem o estilo!) já arrancou mais de 10% em eleições autarquicas na capital, e representa interligada com correntes deste pensamento uma fatia certamente substancial do eleitorado, encontrassem publicação, outra, nacional
dizia que esses 5 artigos que reputo pessoalmente estabelecem uma linha de desenvolvimento político que se concretizará na sociedade portuguesa no médio prazo, e já para o ano irá dar sinais, não encontraram possibilidade de publicação em jornais nacionais.
Irei trazé-los aqui em breve.
O primeiro será sobre as eleições autarquicas, no país, onde cada caso é um caso, mas onde o pensamento e as linhas de acção cívica podem espelhar uma lógica de intervenção e de participação que rompam com os actuais quadros de referência.
O segundo será sobre as eleições europeias, onde desenvolvo o carácter transnacional dessas, coloco as questões de referêrencia que a nível europeu são relevantes (e agora o Kosovo), no quadro da minha (renovada) adesão ao Partito Radicale e na linha do pensamento federalista menciono os desafios e combates que nos enfrentam.
Abordo o quadro em que a participação nacional se vai concretar e desde já também revelo o meu empenho nesse combate, que é coerente com o passado.
Embora todos os dias, como dizia o Bakunine, notícias inesperadas, acontecimentos imprevistos nos saiam à rua, irei falar sobre Lisboa, e as eleições na capital. É artigo que já refiz duas ou três vezes e que neste momento no fio da navalha está a ser novamente refeito. Sou de convicções e de principios claros, que feliz ou infelizmente não mudam. E penso que o respeito da palavra dada é fundamental na vida como na política. Para bom entendedor... daqui a um mês de meio, dois, certamente muito em breve os caminhos ou se espraiam sobre a tal planície ou o acelarador continua a tentar passar para uma velocidade que não existe....
Dependendo desse, mas não só, porque o país é mais que Lisboa e por aqui e ali vão despontando cogumelos mágicos, agora que o LSD já passou, irei escrever, talvez até mais que duas prosas sobre as eleições nacionais, os desafios que se vão disputar, as inquietações e as dificuldades, o quadro político que aspiraria e o que vamos encontrar (e não deixarei de falar do que considero ridículas especulações e propostas, assim como ineptas hesitações sobre nebulosas). Não vou escamotear problemas concretos, com os quais estou envolvido tanto que não durmo e pouco sonho, nem que temos pesadas heranças por todo o lado para superar.
Talvez a série de artigos se continue...

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Thursday, October 02, 2008
 
Tenho que reconhecer que dieta (no seu significado efectivo que é: escolha adequada de alimentos) nem sempre é cumprida, mas os anos trazem tanbém prazeres e saberes ou bores que se compaginam (ou não) com essa...
sendo que da asae não se tem ouvido falar... vamos tentar perceber porque razão o nosso governo se excluiu da defesa desta,,,
uma #boca# do Bloco da Esquerda, com a dieta na língua:

Requerimento:
Assunto: Candidatura da Dieta Mediterrânea a Património Cultural Imaterial da Humanidade
Autora: Alda Macedo
Dirigido a: Ministros da Saúde, Cultura e Educação
Data: 30 de Setembro de 2008

A dieta mediterrânea é considerada a mais saudável do mundo. Constitui um dos mais valiosos e identitários elementos do rico património cultural dos povos da bacia mediterrânea, com pelo menos três mil anos de história.
Hoje em dia é comummente aceite pelos especialistas que o consumo regular da dieta mediterrânea contribui para a prevenção ou tratamento das doenças resultantes de uma alimentação excessiva ou desequilibrada. Inúmeros estudos apontam para que uma alimentação baseada na dieta mediterrânea gera uma menor probabilidade de ocorrência de síndrome metabólico, doença cardíaca ou cancro.
Por outro lado, a conhecida obra do geógrafo Orlando Ribeiro - “Portugal, o Mediterrâneo e o Atantico”, torna evidente que Portugal, apesar de não se encontrar fisicamente nas margens do Mar Mediterrâneo, possui todas as características que na essência marcam aqueles territórios. As regiões do Continente são “blocos... vastos, reunidos por uma tonalidade comum... dada pelo contraste entre as influências mediterrânicas e atlânticas”.
Na verdade, em Portugal produzem-se todos os ingredientes que compõem a dieta mediterrânea, sendo certo que a tradição do seu consumo é ancestral e marca económica, cultural e gastronomicamente a generalidade das famílias e das comunidades locais portuguesas.
Ora, a Comunicação Social noticiou hoje que, sem a presença de Portugal, a Espanha, Itália, Grécia e Marrocos apresentaram à UNESCO o documento final de candidatura da Dieta Mediterrânea a Património Cultural Imaterial da Humanidade, com base num texto elaborado pela Fundação Dieta Mediterrânea, sedeada em Espanha.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, requeiro ao Ministério presidido por V. Ex.ª as seguintes informações:
1 – O Governo reconhece a importância cultural, social, histórico, gastronómico, alimentar, ambiental, paisagístico e de costumes, bem como para a saúde e bem-estar dos portugueses, da dieta mediterrânea?
2 – Porque razão ou razões não respondeu o Governo ao apelo para a participação dos países europeus no processo de candidatura da Dieta Mediterrânea a Património Cultural Imaterial da Humanidade?
3 – O Governo vai tomar alguma medida para apoiar e participar na apresentação à UNESCO da candidatura da Dieta Mediterrânea a Património Cultural Imaterial da Humanidade?




 
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