Ilustrado com um quadro poderoso "O bailarico" que acompanhou a minha juventude, do meu tio Mário Eloy, que queria pintar com os cabelos para os seus impulsos irem logo para a tela e desprezou a sociedade da obsolescência. Gostava de bailaricos.
Terá saído hoje na Gazeta da Beira:
O que não se diz....
“Qualquer sociedade é um edifício de regras, e independentemente da qualidade dessas regras, da sua razoabilidade, da sua justeza, da sensatez com que são pensadas para nossa segurança e bem-estar, de vez em quando temos de fugir a elas. A humanidade tem uma compulsão para criar regras e depois infringi-las.”
Mark Forsyth
“O Estado é um aparelho ortopédico que a colectividade se coloca a si mesmo para subsistir”
Ortega y Gasset
Eleições autárquicas à porta é o momento certo para as desmontar. Sou autor, em colaboração com um velho amigo e querido camarada Tomáz Albuquerque de um livro, difícil de encontrar pois foi editado por uma entidade que não faz distribuição, sobre a história, os processos de organização do território desde a fundação do nosso Estado e com críticas ao actual procedimento eleitoral autárquico #Clientelismo: doença infantil da democracia# (civetta.buho@gmail.com, aceita encomendas), nesse desenvolvemos ideias para reformar o processo eleitoral, simplificar lógicas de gestão e poupar muito dinheiro ao erário assim como limitar as fontes de corrupção.
Desde logo suprimir as eleições de duas Assembleias, inúteis: A Assembleia de Freguesia e a Assembleia Municipal, logo aí seriam milhares, muitos milhares de eleitos e suas mordomias que se poupava. Mas perguntam e então?
As juntas de freguesia são praticamente órgãos administrativos mas, reconhecendo que hoje têm envolventes importantes essas passariam a ser eleitas como hoje o são as Câmaras municipais, por voto directo, as freguesias com até 5.000 eleitores elegeriam 3 fregueses, um dos quais presidente, as de 5.000 a 15.000 elegeriam 5 fregueses e se as houver com mais elegeriam 7. E esses, eleitos por mandatos de 5 anos, só repetíveis uma vez seriam os gestores sem o atramanco da Assembleia de Freguesia, criando lógicas de maior transparência, como reuniões abertas à população.
E sobre a outra autarquia, que ficaria sem Assembleia? Pois proponho um modelo similar ao espanhol. Só se elegeria um órgão, e esse órgão escolheria por processo de maiorias nesse o presidente e os vereadores e esse órgão funcionando em lógica de Assembleia (como actualmente as de freguesia) fiscalizaria o executivo, também eleitos por 5 anos e só podendo repetir.
Tão simples, menos gente, mais controle democrático e menos lógicas clientelares.
Mas ninguém quer diminuir os seus poderzitos.
Já fui vereador, em substituição durante 10 anos e deputado municipal durante 4 e acompanhei diversos presidentes de freguesia, sei bem do disfuncionamento destes órgãos.
É necessário inovar, reformar, alterar o sistema, dar maior abertura a candidaturas de grupos de cidadãos e incrementar lógicas tipo Agendas 21 para um melhor exercício de transparência. Criar sistemas de auscultação cidadã e usar os novos sistemas digitais para um exercício adequado da participação.
Isto é um mero esboço, no livro mencionado desenvolvemos e denunciamos as manigâncias que existem em volta do poder local.
Este, claro é um tema que deveria ser discutido desde já. Mas vamos ficar pelo que não se diz...
Mas citando-me: “A sociedade para viver melhor cria como utensílio a representação. Logo esses (os representantes) se sobrepõem e a sociedade começa a viver para eles”
Labels: Autarquias, Clientelismo, Mário Eloy
Estava uma sala cheia, 60/70 pessoas para a apresentação deste livro do meu querido amigo Fernando:
Labels: Auto-biografia, LUAR, Pereira Marques
Mais um EXCELENTE número:
e aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=IZwnlQRCVXU&list=PLUkduHmox5ohMrgpmxC9OGENzFbnVKhlk&index=8
e
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Conheço a Martine desde os anos 70 e temos construído amizade, aqui com as Alfacinhas e o nounours Pitou:
o tempo passa/ o tempo fica/ a Lua move-seÉ um filme notável, pouco/mal divulgado, estava só com mais um na sala....sobre um fotografo de excepção.
https://www.magnumphotos.com/photographer/ernest-cole/
e um manifesto sobre, contra o racismo:
Labels: Cole, fotografia, racismo
Foi um dia de descanso e leituras, acabei os lobos do Aquilino, sobre uns que se devem proteger e sobre outras feras que gamam tudo. E não se pode fazer a estória dos baldios sem o ler!!!
E li esta, outra vez excelente, cheia de menções e indicações de grande relevo:
além de fotos de primeira e sobretudo as dos mochos.Muitos dados sobre borboletas, tubarões, lobos e raposas e muito mais.
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Não deixamos o passado esquecido porque queremos um futuro en sério!
Enquanto o tempo passa:
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Já não há, quase não há jornalismo. Aqui e ali algum ainda faz investigação, aqui e ali algum ainda mantêm as regras deontológicas, aqui e ali, salvo nos poucos orgãos independentes, ou alguns que arrastam passado ou são incontornáveis como El Roto, o jornalismo virou comentadorismo e opinião.
Hoje vi num debate numa televisão que desconhecia, sobre Oeiras, um dos jornalista em vez de moderar tomar partido descaradamente por um dos intervenientes que falou tanto como os outros 5 candidatos, além do tempo de antena que lhe foi dado pelos 2 supostos moderadores, um dos quais um conhecido comilão ... vergonhoso.
https://elpais.com/opinion/2025-09-22/el-roto-conservacion-de-la-opinion.html
e é assim que vamos com estes capatazes do discurso único
Amanhã, amanhã, amanhã vamos amanhecer sem Almaraz....
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Só há pouco terminei o livro negro antes mencionado, sobre Segovia... e a sociedade dessa.
Bem escrito com enredo desarmante e só peca pela escassez de comidas, embora o protagonista beba muito, Juan Carlos Galindo é uma referência do novo romance negro. Já está pedido o seu livro anterior a este.
Entretanto vou começar esta leitura, esquecida no báu das memórias e que hoje encontrei na Palavra do Viajante, por 8 €, para consulta e leitura, ou melhor releitura dispersa...
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