insignificante
Monday, June 30, 2008
 
Estamos a entrar em Julho, começa o tempo dos inquéritos idiotas, das dietas patetas, de todas as frivolidades imaginárias para tentar tapar o sol. O sol este ano é incontornável, é a crise que nos entra cada vez mais por todos os lados.
Hoje António Vitorino com o ar compungido de quem sabe que ela se vai agravar e que não tem solução previsivel no horizonte referia que os tempos vão piorar, piorar muito.
Não parece, de facto, haver quaisquer alternativas no quadro dos sistemas em que vivemos a não ser a fuga para a frente e o salto no desconhecido. Não existem mézinhas nem hipótese de arrepio para o capitalismo global, em que os mercados financeiros estão em processo de desmoranamento, a economia em colapso (e a construção civil que a sustenta a implodir) se lança em circuitos de casino. A produção deixou de existir e foi transferida para a China ou India onde o trabalho escravo e a inexistência de direitos é absoluta.
A juntar a isso vamos continuar com o petróleo a subir (vaticino os 200 dolares no 1º trimestre de 2009!) e os produtos alimentares também, e esses a começar a escassear.
Todas as conversas vão rodando o pior cenário, todos os cenários são piores que qualquer anterior. Hoje António Vitorino referiu claramente que a emergência de populismos anti-democráticos é um grave risco que espreita, nos espreita. Na Europa já temos o palhaço em Itália e vamos ver quem aparece para o lugar do Santana, que o Jardim parece que recolheu à box... isto não se anuncia bom...
O mais grave é que das conversas, aqui e ali, não aparece a mínima das alternativas. Social, económica ou política. O bloqueio a qualquer coisa de novo, racional, liberal e libertário infelizmente também é confrangedor. E nós estamos no meio do furação.
Chegamos ao mês de julho, começa o tempo dos inquéritos idiotas, das dietas patetas, de todas as frivolidades imaginárias para tentar tapar o sol. O sol este ano é incontornável, é a crise que nos entra cada vez mais por todos os lados.

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Sunday, June 29, 2008
 
Foi uma boa vitória, que tem um alto valor político, numa altura em que os absurdos nacionalismos regressam à Iberia.
Espanha é deveria ser a Iberia dos povos que fosse o Estado desses num quadro de uma Europa política, esse é o meu sonho de há muito.
Eu, europeista e iberista que me confesso, não nacionalista e defensor da culturalidade e da base dessa que é a língua, a nossa língua comum que é o latim, alterado por povos vários no galaico-português, no castelhano-leonês, no castelhano-andaluz ou extremenho, no catalão-aragonês ou maillorqui é a língua ibérica, e com a excrecência hungaro-finlandesa que é o basco que usa o latim para comunicação, também latino-americana.
Gostei de festejar, com os parentes aqui em Encinasola, a vitória de Espanha, porque essa é a vitória dos que acreditam na pluralidade cultural num espaço comum de culturas e referentes, é a vitória contra as rupturas nacionalistas que todos os provincianismos procuram.
Hoje deu-se um passo em frente por uma europa federal e de culturas deu-se um passo em frentre por uma Ibéria dos povos, federados e sem lógicas broncas de nação a atamancar o futuro.
Viva Espanha, Viva a Ibéria Unida, Viva o M.I.U. (Movimiento Iberia Unida!)!!!!!

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Friday, June 27, 2008
 
Tenho andado envolvido numa troca de emails sobre ficção cientifica, o ITER, a fusão nuclear, os aceleradores de partículas, os cenários longuinquos em que o que só existe em equação e não tem capacidade de confinamento útil puderá encontrar matéria em que as suas rupturas moleculares se possam aproveitar em termos produtivos.
Claro que fazer isso sem gastar mais energia que a induzida para todo esse cenário vai ser obra.
Mas a especulação cientica ou melhor a ficção é isso mesmo.
Tenhamos cautela ou façamos como o dito cujo, precavendo-nos para que o ceú não nos caia sobre a cabeça, pelo menos que nunca seja amanã a véspera.
Para memória futura, se entretanto o ITER não engolir a terra toda, sabendo desde já que se o fizer contraria decisão judicial americana...

A reacção de fusão nuclear dentro do reactor é:

1D2 + 1T3 -->2He4 (3.5 MeV) + 0n1 (14.1 MeV)

os dígitos em baixo são o número de protões em cada espécie.

D é deutério cujo o núcleo tem 1 protão e 1 neutrão (daí o 2 em cima), T é trítio cujo núcleo tem 1 protão e 2 neutrões (daí o 3 em cima), He é hélio cujo núcleo tem 2 protões e 2 neutrões (daí o 4 em cima) e n é um neutrão (daí o 0 em baixo e o 1 em cima). Entre parêntesis encontra-se a energia cinética dos produtos da reacção.

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Thursday, June 26, 2008
 
Air Torture,
foi sob esse titulo que a Amnistia Internacional realizou uma acção de sensibilização das pessoas que passaram pelo Largo Camões e alguns médias que o procuram para informar a população desta situação e sensibilizar cada um a agir.
Centrada nos voos "ilegais" que transportam "desconhecidos" para sítio nenhum, ou melhor para locais que não existem e onde direitos não há, esta acção procurou alertar contra a tortura do esquecimento, a tortura que é não ter existência, não ter quaisquer direitos, que é a situação de grande parte dos detidos na chamada "guerra contra o terror" que é mais um terror humanitário, a negação da cidadania e um exemplo ao mundo do que é ausência de valores e o espezinhamento de direitos, de todos os direitos.
Claro que quando falamos deste drama não esquecemos outros a passar-se no mesmo momento, e eventualmente com outra dimensão. Mas todos os casos são antes de tudo um caso, com as nossas consciências, com o direito todo, e a vida dessas e desse.
Hoje Air Torture, destino Guantanàmo. Para que o nosso silêncio se torne espesso e se ouça por todo o lado.

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Wednesday, June 25, 2008
 
Congresso Feminista 2008,

Vai ter inicio dentro de poucas horas este importante evento, para o qual chamo desde já a atenção, pelo percurso que a ele conduziu, pelo voluntarismo e empenho com que ele foi organizado, pela altissima qualidade do programa e das sessões que estão anunciadas, pela pletora de comunicações e comentadoras que estão agendadas.
Talvez pela minha antiga participação no apoio a uma maternidade consciente e aos direitos reprodutivos, talvez pela minha antiga militância em defesa de todos os direitos, talvez pelos diversos empenhos que desde a intransigência para com a violência ao estudo e intervenção contra as mutilações genitais femininas, talvez pelo meu empenho na campanha pelo sim, talvez foi-me solicitado um apoio na promoção que com muito gosto disponibilizei.
Longe de esperar o enorme cartaz de saberes, sabores, culturas, sensiblidades, inteligências, envolvimentos e eu sei lá que durante estes três dias se irão juntar, congressar.
Afazeres vários impedir-me-ão de estar presente físicamente, mas o meu espírito, o meu acompanhamento, o meu sentimento de solidariedade estarão.
Viva o Congresso Feminista 2008.

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Lisboa,
o calor está também de volta, o trabalho vagarosa e as gentes aspectam.
De volta a telefonemas, instruções, reuniões, mais reuniões, o computador, na tentativa de arranjar outro tempo para a escrita que é outro trabalho.
Um almoço social e de trabalho, e de estórias, e os direitos humanos pela tarde.
A Choupana já é recordação e as memórias possível futuro.
Lisboa,
o calor está também de volta....
 
Tuesday, June 24, 2008
 
Ontem fez o insignificante 5 anos.
Este encontra-se no meio do oceano, rodeado de laurisilva, e jardins por todos os lados.
Amanhã voltarei ao continente e ao mundo que por aí anda.

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Friday, June 20, 2008
 
Hoje voltei à velha Espiral onde com alguma regularidade partilho uma vegetariana, que com o tempo se foi aqui também tornando saborosa, em simpática e amistosa companhatertuliana.
Comer é um ritual e cada momento tem um Karma específico.
Na Espiral, em cuja cave se passaram muitos momentos que mereceriam livro e seria de antologia (desde a decisão de formar os Verdes, quando os Amigos da Terra decidiram apoiar o Solidarnosc, até à tentativa de arranjar aqui mais um ponto de uma nebulosa em torno do execrável Gadaffi, que até envolvia verbas..., até aos golpes preparados e aqui desmantelados para um suposto encontro de ecologistas em Troia, que ainda hoje me vale más vontades de quem não sabe tudo, sendo que talvez não fosse dispiciendo investigar onde pára alguma da gente que apareceu nessa altura...).
Por aqui e nesta cave se fez alguma da estória, não secreta..., da ecologia em Portugal.
Hoje é um local onde se come regularmente, e quem se lembra dos ínicios só pode registar que o gosto e o sabor também são adquiridos que não esquecem.
Na espiral da vida é bom de vez em quando, e agora que os cinco anos dos signos passam recordar e viver, assim como navegar, figuradamente, pois claro

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Thursday, June 19, 2008
 
Nacionalismos...
Acabou o que poderia ser mais um episódio de falsos heróis e chauvinismo nacional, embora não em nome da tal raça que por ali essa não andava.
O futebol está cada vez mais rídiculo, sendo sem dúvida a lógica dos média sensasionalistas, que hoje são quase todos, um dos principais responsáveis.
Do pequeno almoço dos "heróis" às cuecas das namoradas (e as pernas e tudo!) tudo passa em primeira mão com uns imbecis a dar o palpite sobre quem irá marcar o golo e a desmaiar por cheirar o mesmo ar do artista e tudo isso dominou os nossos jornais, rádios e televisões no último mês.
O futebol é um espectáculo, que embora já tenha tido melhores dias, continua a ser belo e em alturas mesmo espectacular, mas está nas mãos de bandos de sacripandas que o convertem num elemento anestesiante global e base de venda de todas as mixordices. Da arte resta pouco, aliás este campeonato ficará para sempre marcado pelas negociatas para cá e para lá, uns para o Chelsea, outros para o Inter, outros para o Madrid, todos a tentarem melhorar o seu baganho, e pelo meio a fazerem de conta.
Portugal é a opinião deste comentador perdeu o campeonato quando desinvestiu contra a Suiça e mostrou falta de direcção e estrutura e teve azar com a Alemanha que fez um jogo de equipa certinho contra uma equipa que só em momentos o foi. Os nossos pareciam que estavam na passerelle e o treinador parecia o do Chelsea.
Os portugas, mesmo aqueles fabricados com jeitinho..., são assim, uma cambada.
Agora podemos ver a bola sossegados sem a bandeirinha a chatear e o hino, hai o hino, hai esse hino que não há quem deite às malvas... e agora até brasileiros o cantam...

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Wednesday, June 18, 2008
 
Todas as idades são complicadas, e entre os 11 e os 12, no 6º ainda não sabemos muitas coisas.
Hoje tive o privilégio de falar para um 6º na Escola de Barrancos, eram talvez uns 15 miudos/as mais uns dez assistentes entre professores e técnicos da autarquia que ouviram mais uma das charlas em que vou escorrando a vida.
Durante cerca de três quarto de hora falei dela, de como surgiu e da palavra que a organiza e de outras coisas ao sabor de perguntas, muitas que foram feitas em seguida.

Registo aquela sobre como começou o universo... dei a resposta curta...foi um espirro do senhor (conforme interpretação livre dos textos sagrados) e a longa, o big-bang e sua luminosidade radiante a transformar o vazio no que não é, demorou um pouco mais. Mas o tempo, o que é o tempo?
Foi uma tarde que recordaremos....
 
 

Um cachorro quente, ou como a linguagem pode ser fonte de mal-entendidos...

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Tuesday, June 17, 2008
 
O ambiente é o da caiação.
As terras vão branqueando ao ritmo das quadrilhas que pintam, caiam as casas.
O calor vai apertando e o sufoco que este provoca regressa. Por todo o lado se lembra outros anos e se diz que este é diferente, com a memória a remeter-nos para uma nebulosa indistinta onde os tempos se confundem no tempo atmosférico.
Preparo mais uma intervenção sobre gramática generativa e a sua prática linguística determinada pelo espaço e a cultura deste, neste.
Todas as palavras são a mesma palavra como a que Borges buscava no seu labirinto ou Eco perdeu no nome que deu à Rosa.
Inventar palavras fazé-las trabalhar para nós criar e deslindar mal-entendidos delas, com elas é o motor da realidade. E essa também a podemos significar.

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Fiz chegar, conforme aqui referi, ao Museu do Oriente uma nota crítica de alguns aspectos do mesmo, ao mesmo tempo que uma avaliação sobre a enorme qualidade dos documentos expostos.
Dado não ser vulgar venho referir que recebi uma resposta pessoal da conservadora do mesmo Dra. Natália Correa Guedes.

Dado que não acho curial referir os termos da mesma transmito aqui a minha satisfação por essa e parte de resposta que lhe fiz chegar no seguimento da referida comunicação:

(...)

Venho agradecer-lhe a resposta assim como o acolhimento para as questões que com sentido de melhoria do vosso espaço lhe fiz chegar.
Como referi penso que a elevadissima qualidade dos documentos em exibição, tanto os permanentes como temporários, e a simpatia e correcção dos funcionários fará, assim que esses factores negativos sejam corrigidos, um Museu de absoluta referência.

(...)

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Monday, June 16, 2008
 
Futebóis...
sou adepto de muitos desportos, os que pratiquei e antes de todos o rugby federado numa curiosa equipa "Os Cangurus" e outros onde exerci alguma arte, como o basquetebol que me fascinou durante uns tempos e vê-lo na NBA, ou os patins embora aí só de brincadeira (na televisão o hoquei só é batido no horror pelo ciclismo).
No futebol tirando que corria muito e uma ou outra finta de arte não era dos craques...mas durante uns anos, e aí descobri a minha miopia, fui espectador de estádio, de onde me fica uma afficion pelo Sporting, mas já suave, tão suave que há mais de vinte anos que não entro num estádio.
Penso que há desportos que são de sofá e o futebol é certamente um deles. Com um wiskhy e amendoins ou um tinto e uma chouriça, com umas bejecas e uns caraçóis, em companhia não fanática ou pelo menos com humor o futebol é um jogo de sala ou bar.
Neste momento todavia joga-se o europeu e aí fia mais fino... tenho que dizer que gosto de bola e que se tem visto bons jogos e nem se tem assistido a muito nacionalismo.
E acho execrável o monopólio que este desporto merece nos média e na sociedade.
Vejo, sem emoção, mais estes eventos...
 
 
Entrámos na semana dos 5 anos e estamos a caminho do 1.400ºs post... e enquanto penso na palavra que irei cortejar na apresentação, na terra, do Letra a Letra vou também pensando na lógica deste insignificante, que já caminha para a maturidade e este ano ou talvez para o próximo vai ganhar papel.
Este insignificante existe para memória futura, tudo o que fiz, ou quase tudo porque existe uma vida pessoal por detraz do que se faz em público, está aqui, pensamentos acções e negligências, vidas e mortes passam por aqui, mas este blog existe antes de mais para o autor, que por ele desenvolve e articula, muitas vezes com o dedo a marotar as gralhas, o que sente o que pensa sobre o sentimento o como com esse e a acção desse transforma a realidade e a inventa.
Há uns tempos pediram-me para transformar o signos noutra coisa divagar sobre desconhecido, improvisar sobre especulações, discorrer sobre ilusões.
As palavras esbarram sempre que alguém as quer forçar a percorrer caminhos que não os da consciência e da sua praxis.
Este blog continua a ser um caminho, com escolhos, com percursos obscuros e outros solares, por ele continua a passar muito vento mesmo que seja só a brisa levante. Nele continua o real e o imaginário a ser o mesmo, a mesma palavra dita.
Estamos a chegar aos 5 anos e no caminho das 1.400ªs entradas.
Vamos continuar o futuro.
 
Saturday, June 14, 2008
 
III Capítulo,
Realizou-se hoje em Coruche o referido da Confraria Gastronómica do Toiro Bravo.
Hoje não vou referir a ligação deste animal aos deuses totémicos que percorrem ainda nos nossos dias de diferentes formas as nossas sociedades, nem referir os rituais taurinos e a sua lógica socio-cultural ou o seu valor como estética e cultura de vida, contra o higienismo e a morte social que plumitivos ignorantes, do saber milenar e das lógicas socio-culturais que a partir da ruralidade marcam também os territórios urbanos onde Apis se manteve cultado (na Iberia e suas extensões e nas terras cátaras do sul de França), procuram que modelem as nossas sociedades.
Hoje não vou referir a riqueza que é o apuramento dos fenótipos taurinos através de processos de selecção que incluiem tentas, garraiadas e corridas, nem a riqueza sápia da carne deste bovino que se ergue com nobreza da sua estirpe de origem e sucede ao #bos primigenus# que é glossado em prosas de alguns dos maiores da filosofia ibérica e é tema de imortais obras de arte de escrita, pintura ou música.
Hoje não vou referir códigos de ética que tem origem no mundo taurino e no que o rodeia, assim como valores de nobreza de carácter e identidade que a partir destes elementos são marcas de água da nossa existência, e se poderiam desenvolver.
E tão pouco vou falar da confecção sábia que hoje nos ministrou soberdos prazeres palatais, a origem das receitas que remontam às nossas avós e seguem no fio do tempo os tempos sem fio que nos conduzem até hoje de ontem para amanhã.
Não vou falar de nada disso porque de tudo isso e de muito mais se falou num dia excelente que se iniciou a sobrever Coruche da Ermita até à vitela brava no espeto com que encerrou a garraida foi um momento, mais um momento inolvidável de convívio e de cultura.
Obrigado a todos que vão tornando a vida possível.

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Friday, June 13, 2008
 
Hoje, em italiano, porque os meus sentimentos contraditórios em relação ao desenlace na Irlanda, ficaram apaziguados com esta declaração da minha apreciada e já longinqua no tempo amiga Emma Bonino.
Aqui deixo para quem se afoitar à mais cantada das línguas latinas:

• Dichiarazione di Emma Bonino, vice presidente del Senato

Errare humanum est, perseverare est diabolicum", dice un antico detto mai tanto vero come in questa occasione. Una delle ragioni principali del fallimento della Costituzione europea, affondata nel 2005 dagli elettori francesi ed olandesi, furono le 380 pagine di burocratese stretto presentate al voto popolare. Con "Trattato di Lisbona" che del testo originale voleva essere una sorta di edizione minore, si sono sfoltiti i paragrafi, ma è rimasta l'impossibilità di spiegare in parole semplici cosa vi era contenuto e perché.



Da ministro per le politiche europee del governo Prodi, e da radicale, come si ricorderà non feci salti di gioia per il compromesso raggiunto nel giugno scorso dai capi di stato e di governo europei per annacquare il testo originale e giungere ad un Trattato "light". Molto, troppo per noi radicali, era stato sacrificato sull'altare della realpolitik finendo per trasformare il "progetto europeo" in un guazzabuglio di pesi e contrappesi per loro natura lontani mille miglia dal scaldare le folle ed appassionarle ad una visione ed un progetto condiviso.



Anche il metodo del negoziato al chiuso di ovattate stanze diplomatiche fa si che magari si raggiungono raffinatissimi equilibri che non scontentano nessuno dei 27 stati membri, ma che poi hanno il difetto di non essere digeribili per l'opinione pubblica, semplicemente perché incomprensibili all'uomo comune.

C'è evidentemente insofferenza di un Europa delle istituzioni senza una vera Europa politica. Occorre ad esempio che i partiti politici "europei" lo diventino veramente, europei e transnazionali, e non siano come oggi mere giustapposizioni di realtà nazionali; occorre che alle prossime elezioni europee ci si candidi in nome di un progetto per l'Europa, di qualsiasi segno, e non per contare le proprie forze a livello nazionale.



Il voto dei cittadini va sempre rispettato. Ma adesso non ci serve una nuova "pausa di riflessione". L'Europa è rimasta l'unica a riflettere in cui tutti fanno i fatti e, in definitiva, decidono anche per noi.



Oggi riavviare il percorso europeo è più difficile. Esso resta il più valido intrapreso dal dopoguerra. Occorre coraggio e visione, quelli che avevano Spinelli e gli altri autori del Manifesto di Ventotene. Occorre cambiare metodo di negoziato e modalità di ratifica.

Il progetto europeo, gli Stati Uniti d'Europa si possono e si devono fare con chi ci sta. Non puntarci, chiuderci in noi stessi, quella sarebbe davvero una follia.


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Thursday, June 12, 2008
 

Amanhã estarei na estrada, por isso desde já aqui deixo, plagiado, sobre Sto António:

"
Valha-nos S.to António!

A religião é uma manifestação cultural dos povos.
Embora com um lugar específico, por ter a ver com a transcendência que é a morte e a sua continuidade, a religião, qualquer religião insere-se num quadro de disponibilidade para a fé, a crença, que é determinado por enquadramentos: a natureza, a produtividade dos solos, as lógicas sociais, estrutura e hierarquia, e a continuidade e sequência das estações.

O elemento que vamos abordar aqui, por ser um dos mais determinantes e imutáveis no ciclo e organização da sequencialidade religiosa, é a passagem do tempo. As religiões que se inspiram no Livro, o judaísmo, cristianismo e islamismo, com as todas suas diversas variantes, adaptam-se ao ciclo das estações, ao ciclo da agricultura, base dos eventos festivos que marcam os seus momentos litúrgicos.
Obviamente por sobreposição aos rituais mágico /religiosos que as precederam. Ligados a esses rituais e integrando-os numa lógica de aproveitamento da religiosidade pagã /popular e também de sincretismo.

Vivemos tempos de escuridão e ignorância. Hoje quando referimos que o Vaticano está construído no local onde se organizavam os rituais mitraicos e que sumo pontífice era a designação do oficiante desses cultos, quando contamos que os primeiros padres eram ao mesmo tempo oficiantes de cultos pagãos, quando referimos como o culto de nossa senhora não é senão a continuação dos cultos da Deusa-Mãe ou Deusa-Terra (Magna Mater), que o cristianismo integrou com vista a poder penetrar na cultura popular, quando damos voz a estudos e leituras etno-históricos que explicam a religiosidade popular, e quando procuramos apontar aspectos da continuidade do "mágico", sem entrar em conflito ou sequer pôr em causa as crenças de cada um (pois essas são íntimas e pessoais e sem necessidade de mediação com o transcendente), sabemos que estamos a entrar num terreno de dificuldade.
Num terreno pasto para intolerâncias.

Para aqueles que querem saber mais sobre estas questões da nossa cultura recomendo o livro do Prof. Moisés Espírito Santo " Origens do Cristianismo Português", Edição da Universidade Nova de Lisboa.
Não é assunto que aqui, possa senão abordar pela rama, pese embora a sua ligação ao ambiente e à cultura que é a forma como organizamos a natureza e nesta construímos referentes e identidade.

Mas não resisto a falar-vos do S.to António.
Não é certo que tenha existido!
E certamente não existiu sob a forma que o cultuamos.
Santo namoradeiro e folião, ligado a momentos mais ou menos orgiáticos que o festejam. Comemorado num dia (e quase todas as comemorações cristãs o são do 25 de Dezembro, nascimento de Mitra, à Páscoa ritual das colheitas, e ao 13 de Junho!!!) em que se iniciavam os festejos e fogueiras nocturnas de comemoração do Deus-Sol (Baal). "Salta a fogueira ó meu santinho"…
O franciscano, se é que existiu, ficaria chocado com os "serviços" que a sua imagem presta, as promessas que lhe são feitas, os empenhos que lhe procuram.
O manjerico, planta efémera, como efémeros são os momentos da criação e recriação, associada ao Santo é outra confirmação do carácter licencioso destes tempos de folia, "abensonhados", como nos diz o Mia Couto, pelo dito.
António, nome com origem no fenício "antou ôniu" a planta do pranto, o manjerico?
Bons cheiros para os que podem aproveitar estes tempos para eles/elas.
Desejos deles para os outros.
"
in #Barrancos, Resiste# , Ed. Colibri

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Hoje, também a pedido de flores e borboletas neste, para este blog, trago aqui um poema delicado.
Com intenção.

L'Aurore s'allume

L'aurore s'allume,
L'ombre épaisse fuit;
Le rêve et la brume
Vont où va la nuit;
Paupières et roses
S'ouvrent demi-closes;
Du réveil des choses
On entend le bruit.

Tout chante et murmure,
Tout parle à la fois,
Fumée et verdure,
Les nids et les toits;
Le vent parle aux chênes,
L'eau parle aux fontaines;
Toutes le haleines
Deviennent des voix.

Tout reprend son âme,
L'enfant son hochet,
Le foyer sa flamme,
Le luth son archet,
Folie ou démence,
Dans le monde immense,
Chacun recommence
Ce qu'il ébauchait.

Qu'on pense ou qu'on aime,
Sans cesse agité,
Vers un but suprême,
Tout vole emporté;
L'esquif cherche un môle,
L'abeille un vieux saule,
La boussole un pôle,
Moi la vérité.

Victor HUGO, Les Chants du crépuscule(1835)

 
 
Pela 1ª vez, aqui ao vivo, para quem tiver os plugs in ou seja lá isso o que seja.

http://www.e2.ipl.pt/e2online/fullscreen135.php#3

e tenho que referir que nada do que se passou é verdade, seja lá isso o que seja.
 
 
China e ambiente

Um amigo perguntou-me se não haveria contradição no tema quando lhe referi a conversa agendada para a Fábrica.
Claro que o tema China, abordado sempre com elementos novos que nos fazem pensar que não há limites para a maldade por membros do Co-Grupo China da Amnistia Internacional, é sempre possível de complementar... e ontem o Presidente do GEOTA fê-lo de forma veemente.

Os problemas ambientais das grandes barragens, conhecidos, são amplifacados num quadro de inexistência de quaisquer liberdades políticas e de feroz repressão sobre tudo o que vá contra os interesses da "nomenklatura" imperial também organizada em estrutura comunista.
Não só as grandes barragens, mas a extracção de minério feita sem um mínimo de respeito social ou ambiental, o nível elevasissimo de poluição nas cidades, a destruição dos campos por químicos, muitas vezes proibidos pelos organismos internacionais, o desmatamento que articulado com a retenção de sedimentos nas barragens (além de as inutilizar!) provoca graves problemas na foz dos rios, seja em termos de equilibrio geo-sedimentar seja em termos das pescas.

Ontem a dúzia de pessoas que teve ocasião de discutir, e até com um "advogado do diabo" a animar e bem a sessão, os diversos temas do interface China e Ambiente, no quadro do processo que conduz aos Jogos Olimpicos deram o seu tempo por bem empregue.
Muitos elementos foram trazidos à discussão desde Africa à troca desigual e aos problemas da internacionalização e da Amazónia.
O trabalho escravo e a ausência de direitos não podem merecer silêncio, nenhum silêncio.
E se for em silêncio o nosso protesto ele, mesmo assim, ouvir-se-à longe.
Muito longe.

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Wednesday, June 11, 2008
 
De várias fontes chegam-me hoje notícias sobre psicopatias e assuntos afins.

E nomeadamente o livro:
"Psicopatas Criminosos e Não Criminosos: Uma Abordagem Neuropsicológica", que refere como traço desta doença a "deficiente capacidade empática, pobreza de afectos, egocentrismo, impulsividade e tendência para um comportamento anti-social".
Sendo que "A tendência para um comportamento anti-social pode ser distinto do comportamento criminal, uma vez que o primeiro abrange desde a simples mentira até crimes graves punidos pelo processo penal".

No post anterior identifico, em termos genéricos, uma situação de psicopatia.
Felizmente que os estudos permitem-nos uma vez identificados os casos providenciar tratamento adequado. Exclui-se claro a lobotomia e o internamento, seja o psiquiátrico seja outro, a não ser que haja crimes graves punidos pelo processo penal.
Direitos humanos tem coordenadas sociais.
 
Tuesday, June 10, 2008
 
Hoje recordei-me de velhas histórias. De cisões e rupturas, de clivagens e afastamentos, de confuências e divergências.
De gente honesta e de vigaristas. De intrigas e de jogos de bastidores e de clareza e de divergências cara a cara.
Já passei por muitas estórias, em muitos grupos por onde andei, algumas ainda antes do 25 de Abril, havia os revisas, os neo-revisas, os mendes e os vilares, os mrrs, e todos rupturas uns dos outros, e muito mais e muito menos.
Já passei por muitos congressos, muitas convenções, muitas assembleias, já ganhei e já perdi, já assisti a coisas tristes, muito tristes e outras lindas muito lindas. Já ganhei quando perdi e perdi quando ganhei.
Sempre me norteie pelos mesmos valores e nunca nenhuma posição minha colidiu com o que defendo que é a não violência política, uma lógica social liberal-libertária e uma posição favorável a uma economia na linha do "small is beautifull" e da sustentabilidade articulada em torno da participação, transparência e responsabilidade.
Não tenho ideia e já desafiei outros a dizer-mo se o tem de algum dia ter infringido por palavras ou actos qualquer regra cívica na linha do que defendo, e que me compagina a ter estado na fundação da secção portuguesa da Aministia Internacional, embora o meu registo de antiguidade (o dinheirinho...) só me indique membro no 2º ano.
Em todas as organizações mais cedo ou mais tarde aparecem, vindas sabemos de onde infelizmente, maçãs pobres, gente sem carácter nem moralidade, gente na linha da pior bufaria, e que não tem qualquer espírito de fraternidade e solidariedade, capaz de agir como Judas e que espera pelas trinta moedas de recompensa. Velhacos
Esquece essa gentinha que hoje tudo se sabe, e que segredos não há.
Está quase a fazer 5 anos que todos ou quase todos os meus dias estão aqui publicados. Antes produzi e editei 6 livros mais 4 em colaboração, depois tenho mais 5 e escrevo desde 1976 em inumeros jornais e revistas. Tenho relações de amizade com pessoas a quem me opuz ferozmente em debates e sessões várias, e algumas folgo dizé-lo hoje defende posições que já eu defendia à muito.
Mas tenho que referir que nunca suportei velhacos nem velhacaria.


 
 
Hoje, no novamente proclamado dia da "raça", apresento aqui para os que não conhecem Ganesh o pai e mãe de todos os seres humanos (embora controvérsia exista com uma tal Lucy, não creio que a dos Beatles no céu cheia de LSD , embora como sabemos os psicotrópicos influenciaram a tomada de consciência da dita! original, sob forma de cogumelos alucinógeneos).
É verdade somos todos desta curiosa raça só que alguns perderam o fusível e pensam que são de outra superior. Penso que devem é ser o rato, que sempre acompanha o Ganesh e que se observa aos pés dele, a ser montado.
Os ratos também tem a sua utilidade, têm é que ser controlados, sobretudo quando se tomam por elefantes.
 
Monday, June 09, 2008
 
Por momentos pensei-me de volta à discussão sobre fenotipos bovinos e estirpes e raças de gado.
Mas não era o Presidente Cavaco Silva, talvez no seu melhor, a fazer-nos regressar, com um eventual lapsus linguae ao dia da raça!
Os tontos nacionalistas de seja lá que grupo de bastardos for devem ter exultado. Raça?
Mas então se o Presidente fala nisso é porque deve haver.
Pois desiludam-se o o Prof. Cavaco Silva que tenha mais cuidado quando se enerva. Não, não há raças.
Somos todos o mesmo, com a mesma origem, os mesmos caracteres, a mesma espécie, e entre nós não há raças. Brancos, pretos, amarelos, ciganos, indios, escarlates somos todos iguais, não existe um único elemento de ADN que nos diferencie na constituição biologica.
Claro que há uns trogloditas que pensam que são de uma raça superior.
Tenho que lhes dizer que descendem de um antropoide e que um dos seus antepassados era preto e chamava-se Lucy.
Mas há broncos que nunca mudam.
 
 

Clicando na imagem já sabe tem um dos novos paineis que produzimos para as empresas da "nossa" nebulosa eólica.
Que os ventos continuem a soprar e a sustentar a economia no respeito pelas condições ambientais, e promovendo a melhoria das condições das populações locais.

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Sunday, June 08, 2008
 
Há mais marés que marinheiros...(1)

Publica a Esther Muznik, no Publico da semana passada, uma reflexão onde ataca o último relatório da Amnistia Internacional (AI).
E refiro desde já que não sendo uma fagulha que pode incendiar a pradaria, como em tempos ela sonhava, o artigo merece reflexão e contestação.
Sou dos que não teme meter as mãos na politica, que entendo no melhor sentido de assumir a cidadania e a distingo claramente do que são as correntes ideológicas que nesta assumem parte ou seja são partidos.
Sou dos que defende um arco de centralidade de valores onde penso que existe transversalidade e não língua de pau.
Se falo da violação dos direitos sociais e culturais no Tibete não me convence, aliás penso que não convence ninguém, que se justifique o esmagamento desses porque antigamente os tibetanos beijavam a sandália ao Dalai Lama ou que se vivia no Tibete um feudalismo de serventes e hoje a violência revolucionária conduziu a um imperialo-comunismo de escravos.
Sou radical e não violento mas e por isso mesmo dou valor à vida do direito e nunca ninguém me ouviu qualquer contemplação contra qualquer violência ou lógicas da sua defesa por palavras ou actos de terror.
A Esther foi evoluindo da fagulha para dona da pradaria e atribui-se, talvez porque nenhuma violação deixa a A.I. indiferente, o direito, quiçá divino, de julgar o peso de cada condena. Talvez que lhe esteja atravessado o Mordechai Vanunu *, talvez.
Pois tenho que lhe dizer que na AI temos, como sabe, diferenças de pensamento politico e ideológico, e fomos atacados como sendo agentes comunistas nos Estados Unidos e agentes da CIA na extinta U.R.S.S. ou hoje a China e os seus amigos acham que somos perigosos bonzos. Em Israel somos suspeitos de ser aliados do terrorismo e nos países árabes de ser sionistas infiltrados.
Somos agentes décuplos e não somos nada senão uma vela na escuridão. Saiba a Esther que para nós cada vida, cada processo ilegal, cada condenação à morte seja onde for, seja em que circunstâncias seja é um. Um caso e uma preocupação.
E saiba a Esther, que distinguimos claramente, sabemos distinguir clara e objectivamente as liberdades públicas, mesma quando mitigadas pelos monopólios de comunicação, pelos limites que a “luta contra o terrorismo” impõe aos direitos de cidadania, das tenebrosas ditaduras, sabemos distinguir os estados de direito democráticos dos estados teocráticos ou a caminho de o ser como o Irão ou Israel.
Para nós os direitos humanos não são um ismo, mesmo quando em nome do terror da guerra contra o terror, na linha do maoismo convertido em neoconservadorismo de pensamento a Esther procura lançar a confusão. Os direitos humanos são ou não são exercidos. Todos.
Escusava a Esther Muznik, certamente por falta de assunto, ou por qualquer outro motivo igualmente ponderoso juntar-se aos que procuram denegrir os que defendem o direito, todo o direito, e tresler o relatório anual da Amnistia, ou procurar em entrelinhas o que não está em parte nenhuma e interpretar essas como se fossem a verdade.

• Foi raptado, preso, abusivamente, julgado sem garantias, condenado sem culpa, mantido em residência fixa sem motivo, pelas autoridades do Estado de Israel. Continua com residência fixa e sem liberdade. A razão foi ter denunciado o programa nuclear israelita. O castigo é um exemplo do secretismo de um Estado a caminho da infame teocracia. Mordechai Vanunu foi adoptado pela Amnistia Internacional. Talvez a Esther ache mal por causa do terrorismo islâmico...

(1) Enviei esta prosa ao director do Público, penso que na 5ª feira, para eventual publicação caso encontrasse utilidade. Até agora não encontrou ou oportunidade/utilidade ou espaço para o texto. Conheço o JMF à muitos anos...

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Museu do Oriente.
Há lá coisas muito, muito mal.
Antes de tudo a iluminação das exposições. Até parece impossível que com objectos de tanta qualidade ninguém tenha tido o mínimo de cuidado em fazer enquadramentos de luz adequados, alguns estejam literalmente às escuras e das legendas nem é bom falar, desde algumas já a perderem letras a outras completamente às escuras é um fartar vilanagem. Mau, muito muito mau.
Assim como é mau que não haja um único local, nos três andares das exposições onde o visitante possa parar para descansar ou meditar um pouco.
E a loja, bom a loja nem merece comentários. Péssima.
Mas nota alta para a simpatia dos funcionários e altissima, embora desvalorizada pelo anteriormente referido, para a enorme qualidade dos objectos expostos, tanto as mascaras como as exposições permanentes verdadeiramente excepcionais.
É pena como continuamos a degradar o que temos de melhor por "erros" infantis e inépcias gongórricas.

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Saturday, June 07, 2008
 
Hoje preparámos a organização de um guião para um livro sobre a àgua, isto depois de ontem ter encontado já organizado em capítulos o meu próximo que é exactamente, com outra abordagem mais política e ambiental precisamente sobre água.
Soubemos da aventuras e desventuras do vereador Sá Fernandes e tive uma interessante discussão sobre o porquê desta anestesia chauvinista e nacionalista de bola prá frente, sobre como os futebóis atiram para debaixo do tapete todos os graves problemas cívicos e sociais além da abismal (de abismo!) situação económica que nos começa a rondar. Como este discurso nacionalista de identificação transforma em mais importante o pequeno almoço de um ronaldo qualquer da bola que dois milhões que não tem pequeno almoço. Como este empolgar do hino e das bandeiras faz esquecer a miséria que se expande como azeite em água pela nossa sociedade e como qualquer resultado irá ser glorificado e promover novas ondas de esquecimento do real.
Gosto de futebol, hoje moderamente pois encontro que os bastidores dominam o jogo, mas isto, esta onda de bandeiras e hinos, de idolos e da sua campangagem, clubes, anúncios, mulheres, escandalos, revistas de caras e rabos, não. Isto é o dominio do mais rasteiro marketing e controle de consciências dos últimos tempos, e é ainda mais perigoso que o fanatismo religioso; aliás pelo que lemos hoje as igrejas estão às moscas.
Os novos ídolos destronaram os antigos deuses...
 
Friday, June 06, 2008
 
Hoje o dia começou com uma reunião sobre diversos fenótipos de esperma de boi/toiro, e questões de selecção bovina, e continuou por vacarias e processos de construção destas e associações de pequenos agro-pastores.
Depois uma agradável conversa em torno de um projecto-livro sobre água, uma ida ao Centro Jean Monet ouvir a Ana Gomes e o Francesc Vendrell falar sobre o Afeganistão.
Impressionantes os nºs da droga. 96% da heroina produzida no mundo e 90% da consumida na Europa tem aqui origem, numa economia dominada pelos senhores da guerra e os taliban.
Em vez de se reprimir os camponeses produtores da papoila dormideira há que quebrar com as estruturas de transformação (nas mãos dos senhores da guerra com altas conivências a nível do "estado") e equacionar outra lógica para o combate às drogas.
A legalização e quadros adequados para o seu uso e fiscalização quebrava mais que qualquer outra medida a espinha a todo este negócio, a todo o terrorismo de que ele é financiador, aqui e na Colombia (onde o trafego está nas mãos dos FARC, grupo comunista-terrorista-narco traficante... com a mesma lógica de poder).
Também tive tempo para finalizar uma resposta à Esther Muznik que ontem escreveu um dislate neo-conservador na linha do seu pior residual de pensamento maoismo sobre a Amnistia Internacional, que caso o Publico não publique aqui divulgarei em breve.
 
Thursday, June 05, 2008
 
Uma decisão de um juiz, certamente com falhas cognitivas e sem dúvida nenhuma cultura geral, assim como desconhecimento dos processos a partir dos quais a gramática generativa se estrutura em identificação e reconhecimento da realidade, que proibe a transmissão de corridas de toiros em horário não nocturno (e não se pronuncia sobre os telejornais???) e a continuação de disparates por parte de um grupo totalitário de pensamento e alheado da realidade leva-me a indicar um excelente artigo num site fundamental para quem quer saber de cultura popular e realidades socio-culturais sustentáveis no ambiente e território:
http://www.tauromania.pt/noticias_detail.php?typ=opiniao&aID=2361
A defesa dos direitos humanos passa, também, por lutar contra alguns demónios...que querem acabar com eles e substitui-los por animais, irracionais.

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Wednesday, June 04, 2008
 
Para porem na agenda:
(...)
Direitos Humanos e Ambiente na contagem decrescente para os Jogos Olímpicos

A Amnistia Internacional Portugal e o Geota - Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente vão organizar um debate sobre os direitos humanos e o meio ambiente na contagem decrescente para os jogos olímpicos.

O programa e temas:
- Incumprimento dos compromissos assumidos pela China aquando da candidatura aos Jogos Olímpicos (por Maria Teresa Nogueira, Maria Fernanda Gomes, AI Portugal)
- Problemas sócio-ambientais decorrentes da construção da Barragem das Três Gargantas (vídeo "Living with the Three Gorges")
- Comentário ambiental (Carlos Costa, Presidente do GEOTA)
- Debate

Fábrica do Braço de Prata - sala Visconti
Dia: 11 de Junho de 2008, às 21h30
Local: Rua da Fábrica do Material de Guerra, nº 1 (ao Poço do Bispo)

(...)

A China,, o seu sistema político "imperialo.comunista" é o problema mais grave que se coloca às liberdades públicas, à democracia política e à sustentabilidade económica, social.
É um gravissimo problema ambiental, e de desrepeito de todos os direitos.

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Tuesday, June 03, 2008
 
Dois filmes na net. Recomendo.
Um é sobre "Pedofilia clerical" e está disponível em:
http://www.radicali.it/view.php?id=123432
mostra os constrangimento psicológicos e o inferno social em que pode mergulhar uma vítima, mostra a devassidão que tem a ver com a estrutura dos seminários e as cumplicidades que nestes se estabelecem, que chegam aos mais altos níveis, mostra casos concretos da igreja católica nos Estados Unidos e os encobrimentos e favorecimentos que toda a estrutua faz, protege, aos seus.
Rigoroso e excomungado.
O outro é de outra dimensão, a ver e rever, para pensar. Vão ao google e introduzam: Zeitgeist.
O filme começa com um estudo sobre religião e o cristianismo, muito interessante, académico e denso, continua com a melhor desmontagem que já vi (fora de delírios de mossad e aviões a trocar de passageiros e outros disparates do género!!!) do 11 de Setembro, com muito material para reflexão, e muitas ligações para pensar, segue uma terceira parte relevante sobre a lógica do Fed (Banco que orienta a economia mundial) e sobre o processo de formação e acumulação de capital, a inflacção e deflacção, e a sua articulação com a história do século XX.
O discurso, a análise do discurso dos média está presente transversal.
Um filme luminoso que recomendo com as dúvidas a ferverem, no intelecto.

 
Monday, June 02, 2008
 
Hoje, no Público, tenho que referir que a foto deve ter uma década pelo menos e nunca gostei do substantivo ambientalista... mas quer dizer alguma coisa...

O caminho da Cidadania.


- Porque é que falas sempre por enigmas, perguntou o Principezinho à Raposa.
- Porque os resolvo todos, respondeu-lhe a Raposa.


Já há muitos anos que escrevo que a tripeça partidos, clubes de futebol, construção civil é a fonte de grande parte dos problemas locais, nacionais. Felgueiras, Braga, Matosinhos, Gondomar, Celorico da Beira, Albufeira, Oeiras, e podíamos ir por aí fora, sendo que essas terras estão aí por mero acaso.
Sou, desde à muito, favorável a ter os partidos fora das Câmaras, a modificações da lógica eleitoral para os órgãos locais e por um outro modelo de gestão de proximidade.
Sou também favorável à personalização da titularidade autárquica e a limites de cargos para esses.
Infelizmente em vez de discutirem estas questões perderam-se os senhores parlamentares em reforçar as suas quintas e limitar os poderes democráticos de participação cívica e a nova legislação autárquica borregou na sua revisão.

Penso que pese o facto de continuarem a existirem entorses inconstitucionais para as listas de cidadãos ( o facto de não poderem utilizar o seu símbolo, o facto de não poderem exercer cidadania plena como o direito de coligação eleitoral, entre outras discriminações, as discriminações em termos das contas) será nesse campo que se poderá começar a mudar o jogo.
Claro que como denunciei em tempos numa reunião de grupos de cidadãos que se queriam organizar para concorrer a autarquias, entre essas listas há do piorio, desde os piores patifes destruidores do território, a prevaricadores indiciados como arguidos e até havia um tal Xufre responsável pela delapidação de Albufeira. Mas se não existe virgindade política e social nas listas cidadãs pelo menos nestas pode fugir-se ao controle inicialmente referido e aos financiamentos azuis para sacos e saquinhos.

Penso que em 2009, no seguimento e na lógica da candidatura intercalar de 2007 em Lisboa, com Helena Roseta e os Cidadãos Por Lisboa, por muitos sítios no pais se poderão vir a constituir listas de rotura cívica para a gestão municipal.
E essas poderão ter uma possibilidade acrescida no quadro global dos processos eleitorais que se irão realizar para o ano de 2009.
E também, desde logo, haverá que prestar atenção ao descalabro das forças politicas partidárias, neste momento em curso.

Em Junho do próximo ano serão as europeias, e essa é a única eleição com data desde já marcada, e nessas haverá que ter em conta a transversalidade inter-europeia, os compromissos por uma Europa dos cidadãos e as questões da integração e as transnacionalidades também politicas.
E também se sabe com relativa proximidade temporal qual a data para as autárquicas (fim de Setembro/ inicio de Outubro).
As legislativas poderão ser mais ou menos em cima das autárquicas ou como seria de bom senso na mesma altura das europeias (e para tal bastaria o PS, com ou sem entendimento com o Presidente da Republica, desencadear esse processo).
Esse facto também deve motivar reflexão cidadã, porque não é indiferente um cenário de afastamento temporal ou a sua proximidade com as promiscuidades de voto que ela motiva..

Não penso que seja possível qualquer alheamento em relação a nenhum dos actos cívicos que se realizam no próximo ano. Já esperamos à demasiado tempo!

Uma reflexão, em grupos dispersos, sobre a eventual criação, também por via dos bloqueios constitucionais acima mencionados, de uma força cívica com base nalguns pontos mínimos e máximos que pudesse dar expressão nesses actos eleitorais ao sentir daqueles que se reconhecem numa posição de transparência, participação, respeito pela palavra dada, defesa intransigente dos princípios da democracia e do Estado de direito, e nesse dos direitos, todos os direitos cidadãos, não é algo impensável, tremam as anquilosadas estruturas partidários.

Desde há muito que defendo um partido/assembleia, anual e renovável, que defenda causas que assente em valores.

Também no Principezinho nos ensinam a distinguir a China do Arizona e a sua utilidade. Quando estamos perdidos no deserto. E é noite.


Membro do Partito Radicale Transnacional, e colaborador dos Cidadãos Por Lisboa
 
 
É um dos meus poetas favoritos, e são muito poucos porque sou pouco de poesias...
Hoje encontrei num anónimo etéreo, do C.D.A.:

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o ouvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão

que aqui fica sem pretensões abruptas para esta semana...
com bjs e abs

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Sunday, June 01, 2008
 

E se for a: http://www.quintohache.com/blog/la-mosca-que-molesta/, pode ainda ver outros facínoras mundiais, que não consegui picar.
Carregue em cima das fotos para ampliar, o símbolo da Amnistia Internacional, mosca a incomodar os poderes em nome de valores e pelos direitos.
Excelente publicidade da agência Contrapunto para a Secção Espanhola.

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Aumento dos preços dos combustíveis...
Há por aí e chega-me ao computador em circulares, normalmente arrastando dezenas de vírus, umas propostas de boicotes à aquisição de gasolina.
Penso que na linha da greve dos proprietários dos barcos de pesca (antigamente chamar-se-ia logout, mas não quero deixar de referir o impacto positivo para uma melhor regeneração dos ecossitemas marinhos tão degradados pela pesaca de arrasto intensiva) e os protestos dos donos das gasolineiras são manfestações que deviam ser criticadas e severamente ostracizadas num caso e punidas no outro (a legislação proibe o logout!) ou ignorada.
A subida do preço das gasolinas é inevtável e só deve levar a sociedade enquanto todo a re-pensar a poltíca energética e de transportes e conduzir a uma maior vigilância sobre os lucros das empresas petrolíferas e os impostos respectivos irem para projectos de sustentabilidade e melhoria da rede pública.
Os donos das gasolineiras, conheço alguns, não vou fazer sequer comentário...é deixá-los carpirem-se.
No blog do Miguel Portas coloquei um post sobre um texto à deriva que ele publicou ontem no Sol, que aqui parcialmente transcrevo:

(...)
isto é uma cedencia ao populismo de curto prazo, seja o “boicote” seja a proteccionista intervenção nos preços, que só corresponde a imediatismo sem sentido estrutural. Não é possivel uma mexida senão cosmética.
O que se devia fazer, e o Bloco estará ao embarcar neste populismo do “pobrezinho” a contribuir para o "nonsense", é criticar a continuação das políticas insensatas de continuar a adjudicar auto-estradas que nunca serão utilizadas, aeroportos projectados sem que se tenha introduzido a equação do custo e rarefacção do petróleo, continuação de um sistema assente numa coisa que se evapora, em vez de preparar a emergência de novos paradigmas.
Lamento que não encontre consistência neste teu texto, que é uma cedência a esses males.
Devia o Bloco apoiar uma política de preços que continuasse a aumentá-los e defender que a taxação sobre os lucros fosse para novos investimentos em lógicas de alternativa estrutural e em apoio ao desenvolvimento de sistemas públicos de transportes.
Devia o Bloco (mas qual dos Blocos?) sair da lógica de curto prazo e ver longe, e reposicionar-se para novas posições que saissem desta lamechice.
Devia quem?
Bom talvez (esta) seja (só) uma posição menos pensada, puxada por algumas ideias erradas de intervencionismo estatista, e menos senso de sustentabilidade.
E renacionalizar a GALP?
Talvez não haja peixe ao jantar, mas sabes que o que não faltará é a frontalidade e o olhar.
(...)

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civetta.buho@gmail.com

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