Partilhei lutas com a Mila ( Simões de Abreu) que agora conseguiu concretizar um excelente projecto (seria uma ideia em muitos locais do nosso país dar uma, esta volta, a antigas escolas abandonadas...)
um local para contar estórias, partilhar saberes, promover ou acarinhar usos e costumes. E criar, continuar vida.
Hoje fiz mais de 800 kms, duas reuniões e algumas conferências telefónicas...e preparei para amanhã. para os que estão articulados com o Observatório Ibérico de Energia....
e ainda, de um dos nossos mais notáveis, com
quem não é fácil ter divergências ( por exemplo sobre petróleo...) e ficar por
cima....é um dos maiores sabedores desta área!
Nem sempre a leitura e a sua interpretação se articulam com o que está escrita. Essa a origem das fakenews, do boato, das inverdades.
Aqui, uma baleia, ou não será uma baleia, ou será um chapéu, ou...
em todas as terras, mas mais nas que vivem o isolamento, a construção de estórias e mitos, alimentados por falsas leituras se desenvolve. O conhecimento e a realidade são todavia mais fortes que as baleias e as balelas.
E num mundo cada mais unfiformizado, também.
Uma capa de alto gabarito, sementes que inche allah, e uns artigos engraçados, as páginas das fake news de excelência e além do costume uma entrevista de grande valia a Giorgio Samirini.
Vivemos cercados de mau, muito mau jornalismo, sabe-se lá pago ou a mando de quem...
Numa vista rápida...
qual o interesse de continuar a trazer o Napoleão para as páginas do jornais como se ainda fosse vivo? quando devia estar internado.
qual a lógica informativa de num artigo interessante colocar num àparte final que fulano não irá assistir à homenagem a beltrano?
qual o sentido de referir que uma situação qualquer motivou muitos comentários críticos nas redes sociais?
qual a necessidade de encher os jornais de não noticias, já desmentidas à hora da sua publicação e ás vezes até encherem meia hora de televisão com uma estória de corrupção que é um monte de areia à beira mar?
Qual a lógica de puxar para título bombástico, de 1ª página, declarações de um irrelevante?
Ou de colocar falsidades em títulos da mesma, sem contraditório e sem que o desmentido tenha o mesmo ou mínimo relevo?
E deixarem as verdadeiras notícias (mas quem as edita e selecciona? e depois queixam-se que as tiragens e vendas do papel vão por água abaixo, com os empregos dos jornalistas, pois se qualquer estagiário pode fazer melhor???) por publicar e fazem títulos soezes e manipuladores (e depois queixam-se do trumpa, do puto, do xixi e do facecú)
Haja fruta
Os carros são uma despesa desmesurada no orçamento....
e hoje enquanto esperava por essa... li um livro, que é uma reportagem jornalística, com algum interesse, mas... sem génio nem novidade.
Sobre turismo, em em lógica de análise sociológica, além de registos estatísticos o aprofundamento e a investigação tem que passar das trivialidades.
A FFSM deveria ter mais critério em muitas das suas publicações, sendo que esta fica com um suficiente.
Valia a pena uma continuação,,,que este é pequeno....
Há algumas autarquias, entre as quais a de Barrancos, que nunca, nunca manifestaram qualquer interesse, seja em termos de dotação do concelho de locais para proceder a tal, seja em termos de um mínimo, um mínimo mesmo de pedagogia e sensibilização, para a recolha separada e seriada de resíduos.
Ouvi todos os argumentos para que tal não fora feito e todos rebati. Sem informação e sensibilização, que tem que ser constante e sem locais adequados, em muitas autarquias e em Barrancos, os poucos locais existentes tem vindo a ser suprimidos, desincentivando os poucos que fazem separação de o fazer.
Mudam as cores políticas na gestão mas o cenário lamentável continua.
Julgo que só com coimas e um sistema de cotas para os resíduos que esteja ligado a essas é que as autarquias, e a de Barrancos, irão reagir e transformarem-se de facto em terras únicas.
Em Barrancos, há muitos anos que defendo campanhas de sensibilização para a reciclagem e uma alteração do sistema de recolha de lixos.
Mas, tal como no que se refere ao sistema de águas, de abastecimento e residuais, e à sua errada articulação com o sistema de recolha de resíduos não há infelizmente nem ideias nem capacidades.
Ainda hoje tenho orgulho por ter sido no âmbito da minha acção, enquanto deputado municipal da oposição e cidadão empenhado que temos uma estação de tratamento (ETAR) biológica. A outra, infelizmente, por razões inexplicáveis nunca foi "actualizada".
Quem acha o cartoon racista padece de esteriótipos de pureza e de politicamente correcto (é mulher e preta não se pode criticar!) e continua a pensar em termos de raça.
Foi uma manifestação deplorável de uma grande atleta, com um acesso de mau perder e uma reacção fora das estribeiras.
Os cartoons devem enfatizar e pôr-nos a pensar sobre isso. Devo dizer que não é dos meus favoritos, mas acho que as reacções que o acusam de racismo vêm de pessoas que têm raça na cabeça e querem branquear o comportamento da artista.
Em Badajoz, no sábado, a partir das 9.30 (8.30 portuguesas), o local de concentração é na ponte da Autonomia, ao lado da Glorieta dos Três Poetas.
O Jacinto de água é um dos maiores problemas dos rios, com o aumento de fertilizantes que escorrem para os esses, as alterações climáticas que alteram a temperatura e o caudal, as alterações das lógicas de produção agrícola e de gestão ganadeira, vão reduzindo a capacidade de oxigenação dos rios paralelas ao aumento exponencial desta praga.
É díficil sua remoção, até porque a sua reprodução faz-se a partir de uma só semente, mas se não o fizermos os nossos rios terão fim.
É, também de referir que o facto de se ter deixado de recolher esta planta para abudo ou produção de energia também levou ao aumento da sua proliferação.
A grande barragem de Alqueva é neste momento uma enorme incubadora....de Jacintos, o que poderia prejudicar a produção eléctrica se a houvera....
A convite (*) do partido Equo ( Espanha) e dos Verdes Europeus estive
no inicio de Setembro, em Madrid, numa “ tempestade cerebral” (curiosa
tradução, ainda não muito usada entre nós!) sobre construção de capacidades e
alterações necessárias, com “operadores de mudança” (outra tradução genial) de
França, Espanha e dos Verdes Europeus.
Os temas eram: alterações climáticas, alimentação, outra
economia e género.
Sobre todos esses temas
tenho publicado livros, produzido pensamento e intervenções há mais de quarenta
anos anos, mas cada nova reunião, cada tempo que passa pelo tempo novas ideias,
novos projectos e novas formas de organizarmos e intervir se desenvolvem.
Por exemplo o velho
conceito taoista que tudo está articulado com tudo é hoje em dia no quadro das
alterações climáticas, que se articulam com a política energética e também a
questão nuclear, que estão relacionadas com as políticas florestais (como se
pode passar por cima do modelo de monoculturas que delapidam o património
natural, seja aqui seja em Sumatra, seja com eucalipto aos molhos seja com óleo
de palma a matar os orangutangs!) e os incêndios com estas articulados, seja
com as pastagens e as políticas agro-pastoris, que desde logo se devem também
relacionar com os erros que são regimes alimentares inventados e em contradição
com o enquadramento sócio-ambiental, conversa que nos levaria longe... (Casa
Grande e Senzala do mestre Gilberto Freyre, leitura de sempre para quem queira
saber mais sobre os alimentos e a sua história!)
Mas deve ser também com o
enfoque nas alterações climáticas que se têm que abordar as políticas de género
e contextualiza-las. Inverter os dados do machismo dominante tem que se
articular com uma nova filosofia, que como já Simone de Beauvoir estabelecia em
linhas clássicas, que isso não é só uma questão de sexo. Estive em muitas lutas
contra mulheres que defendiam menos direitos ... para elas...
Articular dados e juntar
estes “operadores” depara com o desafio fundamental que é o de romper com o
pensamento único e as lógicas designadas por correctas politicamente. Nem
sempre o que parece é...
Foi também em torno da
questão da nova economia, de outra economia que se dirimiram ideias e
perspectivas que serão de relevância, e que tem que ver com tudo o resto.
O nacionalismo, o
populismo, o proteccionismo que lhes está associado, assim como a luta contra a globalização (inevitável de
qualquer forma!), são os principais inimigos dos movimentos que lutam
fracturadamente por uma ou outras destas causas, e deve a oposição a esses ser
central, assim como a defesa deuma nova
organização dos Estados em lógica de interacção e porque não de federalismo em
linha com os objectivos de solidariedade
global e sustentabilidadeambiental e
social que com eles devem ser tema e desiderato.
A velha ideia da
contradição das relações de produção com a propriedade e relaçãodas forças produtivas faz tanto sentido como
dar resposta às alterações climáticas sem ser num quadro que integre a economia
real (mercados, capitais, mais valias, direitos) e rompa com as fronteiras em
que a querem envolver. E contra os
espartilhos de pensamento.
Não se pode falar de outra
economia sem ter em conta a entropia dos sistemas, sem ter em conta os vasos
comunicantes da natureza, sem ter em conta os movimentos das populações
dependente desses, não se pode falar de transição energética sem perceber que a
energia flui e que são necessários novos paradigmas, também culturais, ou seja
na lógica dos humanos, para não corrermos o risco de o antropoceno, real ou
virtual, continuar, com uma espécie a menos. Talvez desnecessária, mas a única
capaz que lhe pode dar esse significado.
*na qualidade de responsável
para Energia e Nuclear do FAPAS, e histórico das lutas ambientais
5 dias em Madrid e tenho muito para contar.
Desde logo li no avião a "Desaparição de Josef Mengele" e venho referir que é a não perder!
Um murro no estomago!
e de hoje no El Pais, na linha da crítica radical ou falso jornalismo que temos... https://elpais.com/elpais/2018/08/31/eps/1535722473_666520.html
não há mais paciência para os moços de recados e para os vendilhões do templo!
e
É sabida a desconsideração em que tenho as televisões e os telejornais das mesmas.
Mas, de vez em quando, uma ou outra reportagem, feita por verdadeiros jornalistas, normalmente marginalizados pelos directores e fazedores de notícias que por essas pululam, além de serem umas cambadas de incompetentes, pois de vez em quando há serviço público.
Hoje na TVI, por mero acaso desde logo, assisti a uma verdadeira reportagem, feita por uma verdadeira jornalista, onde tive o prazer de rever Vítor Reis, que comigo partilhou a vereação em Lisboa e outros especialistas a dar-nos conta do roubo, do roubo feito pela canalha de fundos públicos e da generosidade dos portugueses.
Não há quem ponha cobro a isto?