insignificante
Saturday, June 30, 2012
 
A Europa continua a afundar-se, mas a tropa fandanga continua a assobiar para o ar.
O espectáculo continua... políticos incapazes, mas também há que dizé-lo dominados por médias da treta, capitais especulativos, opiniões públicas que adoram os populismos fáceis, todos eles que odeiam penar a não ser no seu.
No horizonte o iceberg que já fez o rombo derrete e contribue para alterar as condições de sobrevivência do planeta. No barco sabemos que os fundos duplos foram mal feitos e que não há balsas suficientes.
Quando eu era novo havia uma La Pallissade " ou a revolução evita a guerra ou a guerra provoca a revolução", de uma e de outra já sabemos a tristeza. Mas não sabemos é "o que fazer", a não ser tentar pensar.

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Friday, June 29, 2012
 
Nos fundos de livraria encontram-se coisas notáveis. Estou a ler um excelente livro sobre o social #Los anos del Miedo# de Juan Eslava Galan (autor do Em Busca do Unicórnio), sobre o social nos anos de chumbo após a guerra civil.
Além de outros detalhes encontro a fabuloso receita de Ovos com Batatas, sem ovos nem batatas, muito em voga naqueles anos.
"As batatas são substituidas pelas lascas da cobertura branca e esponjosa das laranjas, entre as cascas e os gomos.Arranca-se essa com cuidado e quando um prato está cheio colocam-se de molho durante umas horas. A imitação dos ovos consegue-se com umas gotas de azeite, quatro colheres de farinha, dez de água, uma de bicarbonato, um pouco de pimenta moída e de corante artificial que dá a cor da gema. Bate-se tudo até estar convertido num creme bastante líquido, parecido a ovos batidos. Acrescentam-se então as peles da laranja escorridas e secas e vai à frigideira como uma tortilha de batatas.",
da página 91/92

Pode-se confundir com essa:
3 batatas
5 ovos
1 cebola (opcional)
azeite q.b.
 
 
 
Para registo:
http://www.terraeco.net/Matieres-premieres-les-nouveaux,44667.html
nuns dias agitados, Zafra, Encinasola, Barrancos, Encinasola, Zafra tem sido um rodopio...
Entretanto tenho estado a organizar a minha biblioteca ( e mais 70 livros já foram para a Municipal) e tratar da domus.
Não se tem passado nada, a eliminação dos génios do futebol anuncia descanso de boçalidades de uma informação (um sector importante da biblioteca) cada vez menos séria, mas o futuro não se anuncia brilhante, nunca se recupera o que não se fez.
A Europa, tema de debate dia 6 na Lx Factory, agita-se novas propostas vão aparecendo, infelizmente e este Europeu foi mais uma mostra, o nacionalismo continua a ser o principal inimigo da política e da sociedade.
O nacionalismo mais morcão (como o dos tontos de Olivença) que não o cultural e histórico. O nacionalismo dabandeira, do hino e da pátria é o principal avatar que nos impede de criar futuro.
Hoje, porque tudo se transforma, e as memórias perduram enquanto nos passam pela carne, física, uma borboleta, do fundo da memória:



 
Tuesday, June 26, 2012
 

Esta ilustração ilumina dois casos:

Um tem que ver com o deputado bandido (o tal que roubou os instrumentos de trabalho de jornalistas) que agora é condenado por tal acto e por atentado à liberdade de imprensa.
Considero este fulano um vilão e não deixo de recordar que já apareceu associado a outros crimes...

Já, e essa é a segunda questão, estimo o António Mega Ferreira, e tenho por ele e o seu percurso a maior consideração, pelo que acho a todos os títulos lamentável ( e nem sequer é pela verba, ridícula, envolvida) que seja contratado pela C.M.L. para produzir um estudo sobre os museus de Lisboa!?
Tem a C.M.L. nos seus quadros competências (algumas nas prateleiras) para produzir este trabalho que aparece assim como um "amiguismo" de favor e que põe em causa os seus protagonistas ( o que dá e o que recebe), e para o António só traz "livros" na fogueira.

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Hoje foi dia de crónica na Rádio Montemuro.
A continuação do historial das conferências e convenções internacionais sobre ambiente, a saudosa Eco 92, onde, apesar de tudo, houve produção de textos enquadradores das politicas de ambiente com carácter resolutivo e quadros de implementação, e a mão cheia de nada e outra cheia de coisa nenhuma que foi este espectáculo miserável, inclusivé em termos de média e de representação, a Rio+20.
Falarei de tal no próximo programa.

Referi também em notas de rodapé:
1-A demissão da Ministra do Ambiente francesa por decisão da multinacional Shell (que agora determina a composição dos governos!) por questionar a abertura de poços de alta profundidade ao largo da Guiana francesa.
 Não há palavras para este caso, infelizmente nem uma linha na nossa imprensa!
2- A legalização da MariaJuana no Uruguai, na linha das propostas de Caballero que aqui  já referi para França, que pode ser um momento de alteração dos paradigmas da politica fracassada da #guerra contra as drogas # e de direitos cívico. Também nos nossos média, nickes, batatóides!
3- O importante prémio atribuído a Nisa pela luta contra a mineração de urânio e um desenvolvimento sustentável para o concelho e as suas potencialidades. Os média também ignoraram.
4- Também, salvo uma caixinha no Publico, ignorada tem sido a situação assustadora do Tejo. 
As autoridades espanholas (que continuam a transvassar água da cabeceira do rio para os primores da Andaluzia) declararam o estado de emergência para não cumprirem a Convenção de Albufeira ( que impõe uma quantidade de débito mínima, que até costuma ser de águas residuais, até não tratadas, dado que a Convenção não se preocupa com a qualidade! das mesmas).
Pois o governo português diz... que está tudo bem.
E os jornais moita carrasco. O importante é saber o que os génios comem ao pequeno almoço na Ucrânia, os biquínis das namoradas dos génios, os arrotos dos génios, os matraquilhos dos mesmos, e etc.
Não temos médias, não temos opinião, não temos país.
Aqui:

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Monday, June 25, 2012
 
Sou membro de uma organização internacional de activistas de direitos humanos chamada AVAAZ.
Sou ou devo dizer era. No melhor pano caí a nódoa.
Não é que hoje recebo o mail de uma petição onde um bandido, indiciado por diversos crimes e óbvia loucura (reclama ser Rei de Portugal) que lhe devia valer internamento compulsivo no velho Júlio, reclama... que não o deixam ser rei.
E a AVAAZ acolhe este disparate, o que me mostra desde logo que não há qualquer investigação ou sequer verificação mínima sobre o que do que tratam as petições que esta instituição acolhe.
Pedi explicações, mas até informação em contrário desaconcelho qualquer assinatura nos textos que surjam daqui, e o meu tosto nem mais um.
É que não basta à mulher de César...

Do site da AVAAZ pico que agora esse benemérita deixa qualquer um, seja pessoa de bem seja bandido, iniciar uma petição.
Acho lamentável. Caso se confirme deixa de merecer qualquer beneplácito meu.

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Sunday, June 24, 2012
 
Já tenho este bonito ciclo de vida para publicar há muito tempo, esperando oportunidade, Hoje aqui vai. Tudo está ligado com tudo.
Hoje tem sido um dia de remanso.
Jornais, uns recortes e envios desses, respostas a um jornal sobre o importante prémio que aqui referi (Nuclear-Free Future Award für eine Zukunft ohne Atomstrom und Atomwaffen), e organização de docs e das finanças.
Livros seleccionados para esta semana, que vai ser de muito movimento, Barrancos, Nisa, Felgueiras, Caldas, reduzem-se ao #Periodic Table# de Primo Levi (que adquiri na edição inglesa mais barato que uma portuguesa, naquele português estropiado que recuso comprar e ler!), e talvez comece, também, a obra magister de Niall Ferguson #Civilization, the West and the Rest#.

Hoje dia em que a situação mundial só pode estar em vias de piorar, em todas as dimensões dos direitos humanos, com a vitória islamita nas presidenciais no Egipto. Sendo que não era certo, antes pelo contrário que ficasse melhor com a vitória dos seguidores de Mubarak.
O mundo parece estar a entrar em desvario, balançando entre os extremos e deixando pouco, muito pouco espaço para o império da lei, a democracia e os direitos que estes implicam. A situação das mulheres, pedra de toque dos direitos sociais, vai entrar numa enorme penumbra e aspectos com ela relacionados (a economia, a cultura, o bem estar social,) vão diluir-se no fanatismo sem regras de uma leitura rígida e temporalmente datada dos textos "sagrados".
Cada dia que passa parece que temos menos espaço...


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Saturday, June 23, 2012
 

Hoje é dia de leitura dos jornais e de descanso, de sabbath que nós conservamos na lógica semanal que continua a orientar-se pela hebraica (as feiras...amanhã é a primeira, convertida em Domingo, reminiscência do Império!).
Acabo de ler este documento, crónica jornalista que não tem nada de novo, mas reforça o argumentário.
Uma ida ao petisco que hoje junta numa curiosa sinergia os restaurantes do centro de Paço D'Arcos e o dia a escorrer tranquilo.
Até amanhã...
 
Friday, June 22, 2012
 

Já aqui tenho comentado, não o futebol em si (que tem sido mediano, sem grandes jogos e com um ou outro apontamento de excelência) que aprecio, embora cada vez menos dadas as aldrabices que nele abundam (o rugby por exemplo resolveu os problemas das arbitragens com recurso a todos os meios!) e sobretudo a boçalidade dos seus "artistas" e sobretudo dos seus comentadores e jornalistas do frete.
Também já aqui falei do veneno do nacionalismo que é uma doença (uma peste) que volta, neste período de crise a sair dos seus túgurios e a encher de mitos e de fachas ou faixas/bandeiras os nossos horizontes.


Mas de vez em quando rompe nesta alarvidade e facciosismo um espírito.
Que até pode estar nas meias...

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Tenho estado atento ao que não se está a passar nesta fracassada cimeira.
Irei em breve colocar aqui uma análise.
Mas desde já, picado do Cometa Itabirano, onde publiquei durante tempos vários prosas, aqui vai um comentário.
Sem mais!

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Hoje passei um bom bocado a escrever um texto para European Liberal Forum and Projekt: Polska Foundation  „The Anthology of Freedom“, a convite do Miguel Duarte.
Irei escrever, ou melhor já está em curso de redacção, texto sobre anti-proibicionismo e o quadro global das políticas sobre as drogas, literatura sobre essa, história pessoal e política e o que se passa em Portugal como exemplo de caminho, embora limitado mas, desde já com resultados interessantes.
Se me lembrar aqui também farei a publicação.
E também hoje aqui trago:


Reconhecimento internacional para a cidadania e defesa da sustentabilidade, em Portugal, no ano da Rio+ 20:

MUNN e Presidente da Câmara de Nisa galardoados



Foi anunciado o 2012 Nuclear-Free Future Award!, prémio internacional para os activistas, personalidades ou instituições que se tenham distinguido na luta por um mundo sem o desenvolvimento da energia nuclear, em qualquer das suas componentes, e que em alternativa se tenham empenhado pela cidadadnia e sustentabilidade.
veja:

Este importante prémio (ver também http://www.nuclear-free.com/) reconhece o empenho cívico do M.U.N.N. (http://movimento-uranio-nao.blogspot.pt/ ) na oposição ao desenvolvimento da mineração de uranio em Nisa e também (tendo sido por nós organizada e apresentada uma candidatura única) da actual Presidente de Câmara, Eng. Gabriela Tsukamoto, na sustentabilidade do concelho e na criação de condições que impossibilitem o desastre social e ambiental que seria o desenvolvimento desta actividade industrial, contra a terra e os que a ocupamos.

O historial desta luta tem passado (a solicitação enviaremos o dossier da candidatura que patrocinámos) continua no presente da população de Nisa e a partir de agora tem mais uma referência (que já está documentada também em registo audio-visual, o filme “Uranio em Nisa, Não” de Norbert Suchanek) que é esta consagração de uma luta, que agora, também graças a este prémio rebodrará os empenhos e o activismo.

Enquanto co-promotor desta iniciativa, com Márcia Gomes e Norbert Suchanek do Uranium Film Festival  (http://www.uraniofestival.org/index.php/pt/ ) é com o maior prazer e felicidade que vimos anunciar este merecido prémio para esta terra, Nisa, que também amamos e os seus defensores.

Parabéns Gabriela
Parabéns M.U.N.N.
Parabéns povo de Nisa



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Amanhã este blog faz 9, nove anos. E a chegar a 2500 postagens, com 25.000 leituras nos últimos 2 anos, sendo que o registo não é uniforme e tem sido com aumento constante (neste momento borda as 100 leituras diárias).
Do ínicio timorato, à maior elaboração e colocação de imagens, a processos judiciais (que motivaram picos de audiência!) de que saímos obviamente sem qualquer mácula e com toda a razão, ao actual estado #insignificante# com mais elaboração.
Para os 10 anos estou a preparar a edição, em papel ou digital, organizada por temas sequenciais, as eleições autárquicas são um engodo...
Alguns amigos velhos e com a fidelidade do tempo, que saúdo têm referido que gostariam de colocar comentários.
É matéria que tenho pensado. Não tenho alma de censor, por tal teria dificuldade em moderar os ditos, e quem acompanha esses, seja nos jornais (onde se vê a tristeza e boçalidade, além da presporrência que abunda neste país cada vez mais bestial) ou mesmo nalguns blogs sabe que mesmo com moderação (como "é" suposto serem os desses) se lêem textos absolutamente imprórios.
Ora, infelizmente, não seriam só os amigos e outras pessoas de bem (sendo que o conceito é certo relativo) a comentar, e como os que me conhecem pelo-me por saudáveis polémicas e discussão ardorosas, mas não estimo sacanagem, reisinhos,ou outros labrostadas.
E, aproveito para referir que também, tenho conta aberta, sem amigos, no facebook só para acessar uma ou outra, que também não estimo essa devassa incontinente e esse espírito sem espírito que por estes dias percorre a humanidade.
Ainda sonho com tempos de discussão presencial e tempos a escorrerem só tempo.
Mas,  nunca deixei de responder seja pessoalmente seja com menção aqui (na linha do Abrupto de Pacheco Pereira, com quem tive em momento de maior desvario dele, polémicas cruzadas) a comentários e críticas.
Vivemos, conforme tenho sublinhado nos órgãos onde tenho opinião, tempos de silêncio, de pensamento único, de trivialidades e nojices ( e cada vez mais personagens de ficção enchem jornais e revistas de cú com coisas do mesmo). Temos uma comunicação social amordaçada, nas mãos de regimes ditaturiais ou de esquemas mafiosos e sem conteúdo, salvo raras excepções (as TVs são cada vez mais um mete nojo que ainda entra no olho, o papel já deixei de comprar nacional) e a comunicação digital ainda dá os primeiros passos...
Nós continuamos a escrever o que sentimos, e também o que temos para dizer.

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Thursday, June 21, 2012
 
Acabo de ler o livro acima. Escrito por um conceituado jurista que desenvolve a questão da legalização da Maria, num quadro nacional, desenvolvendo os diversos aspectos dessa legalização, abordando todas as ligações ao direito internacional e inclusivamente apresentando uma proposta de lei sobre a "legalização controlada da MariaJuana, ou melhor, da Cannnabis".
É um livro focado em França e na situação francesa, mas que nos remete desde logo para a situação internacional, e os novos paradigmas emergentes, que em Portugal também já têm sido referidos por Procuradores da Republica em textos de opinião.
A regulamentação da Cannabis, de todas as drogas que neste livro são por razões de melindre político, do meu ponto de vista, completamente ignoradas embora o seu quadro de funcionamento seja idêntico ao da Cannnabis, é exaustivamente abordada no âmbito deste livro muito completo.
Porquê legalizar? e Como legalizar? são os tópicos desenvolvidos com profusa argumentação jurídico-social, neste livro que nos mostra um país, infelizmente muito atrás de Portugal, na discussão, nas políticas e nas soluções.

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Wednesday, June 20, 2012
 
Hoje passei o dia a organizar agenda, materiais, contactos, preparar textos e intervenções.
O acordar da "Pensão do Amor" foi sonoro, pelo menos na cabeça...
Leituras e mails, preparação de documentos, mails e tempo para preparar as próximas leituras que chegaram da Amazon.fr, dois livros sobre a problemática da legalização das drogas.
O último, romance, de Savater espera próximo tempo, assim como um Castoriadis.
Entretanto conversas sobre a polis vão-se desenvolvendo depois de uma interessante carta (dirigida a António José Seguro) que Eurico Figueredo teve a simpatia de me enviar e que me merece apreço, nas propostas e análise, embora sejam uma base para discussão, mas não tanto na fé no destinatário, que estará longe de lhe dar ouvidos, dado o sentido radical da proposta, que transforma todo o quadro político, hoje completamente abastardado, e lógica de representação deste.
Discussão a proseguir.
Haja jazz...

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Gosto mais desta capa que da do livro que acabo de ler, nos transportes, no bolso, por aqui e por ali.
Tinha pouco Camus, embora o "L'Étranger" faça parte dos meus cultos, tinha pouco Camus no meu registo.
Mas esta 'peste' não desmerece, é uma vacina. É um livro sobre a solidão, a solidão do ser humano na humanidade, e sobre a solidariedade e o finito desta, sobre o cerco, o espaço claustrofóbicamente fechado, com acento e tudo.
Onde também passa a pena de morte e o seu infinito e uma forte alegoria aos totalitarismos e os seus muros, os seus campos, a sua totalidade, bem expressa no discurso redentor destes, quaisquer que eles sejam.
Um livro de finura literária, e que se lê no bolso, e aqui e ali, mas que nos enche a alma, hoje tão necessitada de bálsamo, hoje tão necessitada de palavras que resistam, mas que resistam mesmo ao desvario de uma economia sem nexo, de um sociedade sem rumo, de um poder de viver que se vai escoando qual areia na mão, fechada ou aberta.
Dizei o que sentis e não o que tendes a dizer, porque a peste, essa e os outros cavaleiros do apocalipse, está, estão aí, a vigiar a cidade, à espera que baixem as bandeiras da cidadania...

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Monday, June 18, 2012
 
Já está em processo a Rio + 20.
Sou um céptico em relação aos seus resultados e também com toda a tramitação e organização destas conferências. Lembro sempre da velha máxima "quando não fizemos nada entregamos um relatório, quando não queremos fazer nada organizamos uma conferência". De conferência em conferência a coma em que o mundo real está vai-se agravando.
Os factores que contribuiem para a saúde ambiental vão-se degradando, sem que a técnica ou o palavreado vão permitindo  horizonte de melhoras. A biodiversidade vai-se extinguindo espécie a espécie, sem que se tenha sequer conservado, com a biotecnologia ou recolhas, a sua base genética. O clima, queiram ou não os cépticos climáticos, vai-se alterando a uma velocidade inalterável essa. Os efeitos dos químicos na vida do planeta é proporcional às novas doenças que vão também proliferando.
E tudo isso e ainda mais, distracções, mentiras (hoje enviaram-me uma sobre uma mudança de posição do Friends Of the Earth International sobre a nuclear, que só contada para você!) e cortinas de fumo, para fazer esquecer, a destruição ambiental do Tibete, a chacina da biodiversidade na centro de Africa, a continuação da desmatação da Amazónia, a incapacidade da Europa, o papel criminal dos Estados Unidos, etc, etc, etc.
Amanhã será o meu tema na conversa na Rádio Montemuro...

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Sunday, June 17, 2012
 

A magnífica Bíblia de Souvigny (séc. XII) é uma obra de arte, que nos dá uma dimensão de reflexão sobre os sonhos e o espírito que os habita única e ancestral, no moderno discursos dos "quadrinhos",


e também nos remete para o domínio da palavra e a forma desta fazer realidade:

# Yahvé chamou à luz "dia" e à trevas "noite". Chamou "céu" ao firmamento... E designou o continente "terra" e a massa de águas "mar"#

, os quatro elementos que fazem a vida foram assim nomeados.
Hoje sabemos que o nome que damos às coisas não lhes dá realidade.

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É já no proximo sábado que se vai realizar a
num momento em que temos um quadro de direitos garantidos mas outros, tantos, ainda por assegurar.
Um deles é o direito à adopção. Tenho nas mãos uma curiosa edição francesa de um livro sobre 'desejos de família, homosexualidade e parentalidade' em que se denuncia a hipocrisia, a enorme hipocrisia de quem não regulamenta estas situações.
Em França, é referido no livro, 200.000 a 300.000 crianças vivem com parentes homosexuais.
Só quem não respeita os direitos da criança e quem tem fantasmas ou falsas religiosidades na cabeça é que pode ignorar esta situação.
Direitos, todos os direitos, que são da humanidade, para todos, independentemente de...

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Saturday, June 16, 2012
 
Foto do Público

Incrivel o que se está hoje a passar, com o apoio da C.M.L. e o incentivo do vereador ex-Zé.
O Terreiro do Paço convertido num piquenicão, sem qualquer dignidade, pervertendo o uso do espaço e da memória, degradando o presente e a sua sensibilidade futura, tudo na linha do que tem sido o mediocre mandato que este senhor tem desenvolvido, de costas para a cidadania, o bom senso, e também contra uma adequada gestão do espaço público, por ele totalmente mercantilizado.
Já exerci funções na vereação, o que é improvável que  volte a fazer neste mandato (por razões que já aqui aflorei mas que detalharei quando for oportuno), e só tenho pena que por razões de oportunidade e mandato político não tenha sido ainda mais crítico da incapacidade que este senhor tem demonstrado e da sua submissão a outros interesses que os de uma correcta e integrada planificação e utilização do espaço verde e público.
Além da ignorância que revelou em assuntos da sua tutela (o caso da recolha de oleos alimentares usados tenho-o em reserva para usar, que é antológico) e falta de estofo político para desenvolver instrumentos hoje fundamentais para uma cidade sustentada e participada.
Tenho que dizer, embora não lamente o meu empenho na eleição de António Costa, que esta, agora que já cumpriu 3/4 é indiferente para Lisboa e no caso dos espaços públicos e no que toca a este  cavalheiro má, muito má.
E continuam as moscambilhas e os nepotismos (*) pelos serviços...
Julgo que a re-organização administrativa da cidade e um novo quadro político e eleitoral alterando as lógicas de organização dos processos de gestão poderá propiciar novidades.
Cá estarei para ver, ouvir e também ler, ou seja intervir no que possa contribuir para outra cidadania.

(*)
Chamam-me a atenção para o uso errado formalmente (nepote era o sobrinho do papa) que tenho nesta e noutras posta dado ao termo nepotismo.
De facto estou a aplicá-lo, admito erradamente, mas no sentido lato, a "negligência" grosseira dos serviços, atitudes de lessivas dos direitos dos cidadãos e indução (directa ou indirecta) da propinagem. Ou seja deveria antes usar o termo "sacanice" sem vergonha.

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Diz-nos Cervantes que a história é "testemunha do passado, exemplo no presente e advertência para o futuro", e recordo essa "verdade" ao findar a leitura do magnifico livro de Manuel Penella (post abaixo).
Todos somos responsáveis pelo grito do Ipiranga, todos somos responsáveis do que fazemos e do que não fazemos.
Não vale a pena "Resgatar Portugal" se não fizermos a catarse do passado, olharmos para nós no presente e inventarmos um futuro diferente. Não vale a pena se reproduzirmos, desde logo no processo, lógicas do pior passado e se nos orientarmos por esse estribilho anti-liberal e cripto-nacionalista.
Não há resgate nenhum de Portugal fora de um quadro Europeu e que rompa com atavismos que ainda dominante esta esquerda dinossaúrrica e troglodita.
Não há nenhum resgate se não inventarmos novas formas de organização e novos procedimentos e práticas.
Continuamos a apanhar as canas.
E nem sequer temos, ao contrário de Don Quixote, um sonho que possamos compartir.

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Tirando-me as palavras da boca e explicando o que Rajoy não diz:

The 100 billion Euro ($125 billion) Spanish bailout will fail for the average Spaniard, as bailouts have already failed the Irish, Portuguese and Greeks, and it will lock Spain into generations of debt. Italy is next (not counting the small fry like Cyprus and several Eastern European countries that may fall before Rome is finally sacked). The Euro Zone’s economies are predicted to contract 0.1 percent for all of 2012, and the jobless rate for the 17-country bloc is 11 percent, higher than at any time since the Euro was established in 1999.

Spain’s right-wing prime minister, Mariano Rajoy, has tried to argue that the bailout was not as onerous as those imposed on Ireland, Portugal and Greece, but the Germans soon set him straight: “There will be a troika [the European Union, European Central Bank, and International Monetary Fund] and it will make sure the program is being implemented,” German Finance Minister Wolfgang Schaube told the Financial Times.




Continuamos a atirar ao lado e a ser incapazes (Europa) de tomar as medidas que urgem. Amanhã pode ser tarde, muito tarde.

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Ontem li parte substancial deste.
Tenho que dizer que é do melhor que já li, mais explicativo e imparcial livro sobre as ditaduras.
Muito curioso, e tenho que dizer a merecer o meu maior apreço, a análise, que julgo nestes termos li pela 1ª vez, do fascismo como resultante, continuidor do leninismo, no quadro dos seus referentes, anti-liberalismo e desumanidade, amesma e enorme desumanidade, para além de todos os inúmeros pontos de contacto que estabelece entre totalitarismos.
Também não mostra simpatia, ou melhor enquadra objectivamente na História, pelas violências da esquerda no período prévio à Guerra Civil. Li 3/4 e só agora chego à vésperas da dita.
Um livro de referência, cuidadoso, isento e bem elaborado em termos de leitura.
E notável como contributo para o pensamento demo-liberal.

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Friday, June 15, 2012
 
Dois gostos. Italo Calvino e biografias, auto-biografia no caso.
Ou pelo menos estórias da vida e da sua observação por este mestre da ideia de futuro no imaginário das coisas passadas e imaginadas.
Notas de viagem, sem lógica de tempo dessa, momentos e reflexões sobre o seu passado, percorrem este livro rápido de letra gorda (a minha capa é da edição anterior, comprada a um euro em fundos de livraria).
Por aqui passam os tempos de anteriores cidades, de anteriores relações, de anteriores posições perante a vida e a política.
O tempo passa manter a coerência neste é o desafio.

E passei no aniversário da Fabrica. Estava cheia de vidas.

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Wednesday, June 13, 2012
 
Livrinho de contos estranhos cheios de engramas, memórias virtuais projectadas e anunciando uma espécie de TGV, além de outras curiosidades ferroviárias.
As estórias de comboios alimentam e muito os nossos engramas, pessoais....

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Um conto Maia remete-nos para as origens, também lunares, do planeta em que vivemos. Estória de deuses e mortais, que também são esses membros da família lagomorfa.
Todas as lendas, todos os mitos tem que buscar realidade num momento. Aqui:
E para quem não sente que tudo é possível pode fazer-se um desenho:

Há sempre mais realidade sob a realidade, ainda que essa possa ser só sonho.

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Hoje temos duas colaborações. Acima, picada do El Pais, de Eva Vázquez, porque a Fábrica é também um sonho e um projecto, em construção e imaginação, permanentes.
Abaixo, do nosso amigo, filosofo polifacetado, fabricante experimental, trovador de muitas ideias, responsável de muitas famílias, cultor de muitas vidas, Nuno Nabais, sobre outra, a mesma Fábrica onde agora se dá mais vida à vida, onde já se geriu a vida da morte.
(...)

Lançamento da Primeira “Pedra” do Museu Fábrica Braço de Prata
No dia 14 de Junho vamos começar o museu da Fábrica! Será uma obra em regime de colagem infinita de imagens (fotos, desenhos, textos) que cada um quiser trazer. Utilizaremos a parede de entrada das 3 salas da Caverna Platão para ir deixando crescer essa memória colectiva. Depois, nos próximos meses, e como eco dessas imagens do nosso passado recente, serão trazidas para aquele lugar as centenas de documentos que já recolhemos sobre os mais de 100 anos da Fábrica de Braço de Prata.

Este projecto de museu começou com uma pequena proposta de postais apresentada pelo Atelier Time Capsule.  A ideia inicial era editar pela Fábrica de Braço de Prata uma colecção sobre pensadores anarquistas do sec.XIX.  Depois,  os próprios designers descobriram uma série de fotografias  do quotidiano da Fábrica na década de 30 e 40, do Estúdio Mário Novais, que pertencem ao Arquivo da Biblioteca de Arte da Gulbenkian.  Decidimos editar também essas imagens como uma nova série de postais.  Mas a sua beleza, ou a sua estranha familiaridade, perturbou-nos. Estávamos a habitar, com uma livraria, concertos e exposições,  aqueles mesmos lugares onde durante anos tinham existido centenas de máquinas  a produzir armas e milhares de homens e mulheres anónimos a serem devorados por rotinas de fogo e ferro. Tornou-se urgente escavar mais as memórias da Fábrica. Precisávamos de recuperar as marcas de vida (e de morte) de quase um século passado entre aquelas paredes.  E, em poucas semanas, o Atelier Time Capsule tinha conseguido encher um baú com imagens, histórias, documentos oficiais e menos oficiais, e muitas pistas para mais pesquisas. Percebemos que a recuperação dessas memórias já não podia ficar circunscrita às nossas colecções de postais. Um novo dever desceu sobre nós: criar um pequeno museu da Fábrica de Braço de Prata, onde todas as vozes que por ali passaram possam ainda ser tocadas.
Queremos iniciar esse museu no dia do quinto aniversário da Fábrica. No entanto, antes mesmo de colocarmos em exposição as centenas de documentos sobre a versão fábrica de material de guerra, acreditamos que será mais forte convocar as memórias dos cinco anos de vida da versão livraria/concertos/exposições/bar. É que estes cinco anos contêm quase tanto passado como os 90 anos em que aqui se fabricaram armas. De facto, os últimos cinco anos foram dos mais vertiginosos e decisivos de toda a história deste nosso pequeno país. Em 2007, quando inaugurámos a Fábrica, Portugal era avaliado com AAA pelas agências de rating. Os funcionários públicos recebiam por inteiro o seu salário, para além de terem direito a subsídio de férias e 13º mês. O desemprego estava nos 6% e havia um Ministério da Cultura. Pouco depois rebentou a bolha financeira de Wall Street. E, desde então, as catástrofes sucedem-se. Tornámo-nos lixo. Depois de nos cortarem o salário, a água, a luz e de nos rebocarem o carro, querem ainda que acreditemos que desta falência global a culpa é nossa.
Durante estes cinco anos, a Fábrica foi atravessada por toda esta imensa guerra civil contra os “mercados”. Foi um combate muito duro. Todos os meses continuámos a organizar uma média de 60 concertos, a inaugurar entre 7 a 10 exposições de artes plásticas, a garantir a existência da melhor livraria de ciências humanas em língua portuguesa, a acolher performances, ciclos de cinema, lançamentos de livros. Durante os 90 anos em que aqui existiu uma fábrica de armamento, trabalharam em Braço de Prata cerca de 80.000 operários (a Fábrica chegou a ter em simultâneo 12.000 operários). Nos 5 anos de existência da nova Fábrica, vieram assistir aos nossos concertos, visitar as nossas exposições, comprar livros e beber alguns cafés e cervejas mais de 300.000 pessoas. Apesar da asfixia que se abateu sobre elas, foram essas 300.000 pessoas que, ao pagarem as entradas para os concertos, permitiram que transferíssemos para os bolsos dos músicos mais de 400 mil euros ao longo destes cinco anos. Foi porque essa imensa comunidade efémera gostou de se demorar pelas nossas salas que pudemos respeitar os salários de uma equipe regular e de ampliar a nossa parceria com as principais editoras de ciências humanas. E tudo isto sem receber um único cêntimo de subsídio, seja da Câmara, da Gulbenkian ou da Secretaria de Estado da Cultura (antigo Ministério).
Compreende-se que nestes cinco anos a Fábrica de Braço de Prata se tenha transformado num caso de estudo em sociologia das indústrias culturais. E já existem teses em ciência política que descobrem na Fábrica  características semelhantes aos novos movimentos sociais, como o dos indignados ou o dos precários. E esses estudos não têm origem apenas em Portugal. De Espanha, da Alemanha, da Suíça, somos visitados por investigadores que querem perceber como é possível sustentar uma tão grande actividade no domínio das artes e do pensamento sem que sejamos afectados pela miséria que se abateu sobre todos nós, nem pelos cortes drásticos dos orçamentos para a cultura impostos pelos “mercados”. É muito surpreendente para esses investigadores que nos visitam o total silêncio que reina nos nossos meios de comunicação sobre a realidade da Fábrica de Braço de Prata. Apesar de sermos o lugar de Lisboa com mais actividade em concertos de jazz e pop/rock, apesar de sermos a galeria com mais exposições de arte contemporânea (com uma dimensão cada vez mais internacional),  nenhum jornal (diário ou semanário), nenhum canal de televisão, nenhuma revista de actividades culturais (nem mesmo a Agenda Cultural de Lisboa) dá qualquer informação regular  relevante sobre a nossa programação. Por esse facto, os investigadores que querem descrever o nosso caso confrontam-se com uma enorme carência de documentos. É que os nossos registos têm uma condição paradoxal. Ou são o arquivo das nossas newsletters (que têm sobretudo a forma do projecto), ou as centenas de filmes e pequenas notícias  publicados por anónimos no youtube ou em blogues. Começar por fazer o museu do presente é, assim, uma decisão pelo documento. Mais tarde cuidaremos do passado como monumento. Por isso, para iniciar o nosso museu da Fábrica, pedimos a todos os que tenham imagens de coisas que aqui aconteceram nos últimos cinco anos – em fotos, desenhos, filmes, textos – que as tragam para a nossa festa. Poderemos assim construir uma obra-de-arte/documento que contenha a verdade testemunhal da Fábrica. Será afixada na Sala Platão (a caverna de entrada) como uma colagem rizomática com contornos indefinidos. Algo entre o graffiti de micromatérias e um mural de facebook em parede real. Claro que a obra que conseguirmos compor no dia 14 é apenas o primeiro rebento. Mas será o ponto de partida para um grande arquivo vivo sobre os dois momentos fundamentais deste lugar: 1) o da fábrica de armas de uma nação com delírios de império e 2) o de uma casa do povo de Lisboa que resiste ao império dos delírios – o império dos chamados “mercados” construídos sobre crédito fácil e pagamentos impossíveis. 
(....)
Nem sempre as palavras chegam para tudo o que se tem para dizer. Como nos diz um coelho, a sério, num livro mágicos, como são todos onde as palavras se juntam para criaram as "pedras" que significam a continuidade que somos, o que conta é quem tem o poder, sobre estas, sobre a vida.
Todos e cada um de nós.

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Tuesday, June 12, 2012
 

Para a nossa Fábrica:

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

de Carlos Drummond de Andrade



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Já só leiu o que me interessa e com o que me sinto envolvido.
Espanha, a sua história e a Guerra Civil, o seu enquadramento, num labirinto de factos e estórias e consequências, que ainda hoje se sentem, como em Portugal.
Este livro de um referente do pensamento demo-liberal e protagonista de factos e também casos (a fuga histórica de Cuelgamuros e também a desmistificação desta construção, Valle de los Caídos, com trabalhos forçados, numa quase escravatura) e também de andanças pelo mundo é uma leitura que enche a alma.

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Saíu hoje o relatório global das renováveis. Aqui:
http://www.ren21.net/
pode fazer o download do pdf, do state of the art na matéria, com gráficos interessantes e matéria para elaboração.
É todavia a crise do euro que se agrava (hoje temos novo resgate, agora de Chipre) e que qual bola de neve parece não ter fim.

A.Merkel tentando salvar a Europa depois de lhe ter aberto um rombo
 
O populismo vai, provavelmente, triunfar na Grécia e o risco é maior que a dívida, muito maior. Não há saída do Euro possível sem um colapso global do sistema económico e uma implosão financeira que nos pode conduzir a outros abismos.
Infelizmente Merkel reagiu tarde, muito tarde e a sua nova proposta, ao arrepio de todas as anteriores, de mais e talvez melhor Europa é provável que seja um novo tratado de Versailles, um falho.
Hoje de madrugada, ainda com a noite a despegar-se do dia a luz não é muita, seja a das melhores energias.
Vamos continuar, até logo.

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Monday, June 11, 2012
 


Miguel Ángel Sánchez, através da rede tajo (http://www.redtajo.es/) envia-me esta foto, em panorâmica e soberba.
O estado do Tejo em Santarém é altamente preocupante, o assoreamento e a exiguidade das suas águas deviam merecer uma intervenção cidadã e dos poderes politicos.
Dos poderes politicos desde logo a informar-nos da observação (ou não) pelo Estado Espanhol da convenção de Albufeira.
Duvido que estejam a ser observados os quantitativos de água nesta estabelecidos, com a desculpa da seca meteorologica, devemos estar a receber menos esgoto
(sim porque normalmente, e dado que a Convenção de Albufeira não se preocupa com a qualidade das águas, recebemos… esgoto… ainda por cima insuficiente!)
que o determinado.
E o que é mais incrivel é que o transvase Tejo-Segura debita 11m3 semanais, enquanto sou também informado pelo Miguel (que  aqui saudo!) que o Tejo em Portugal usufrui de 7 m3 semanais.
O “ladrillo”, os campos de golfe, os pomares e primores usufruem de mais Tejo que um país todo (e não devo deixar de referi que a outrora capital das três religiões a mui nobre e magnifica cidade de Toledo e o seu termo está cercada por cloacas e com o rio quase seco na sua passagem).
É claro por cá continuamos a bolsar sobre o pequeno almoço dos eleitos, as massagens dos eleitos, os hoteis dos eleitos, os carros dos eleitos, as mulheres dos eleitos, a roupa interior dos eleitos, a excreta dos eleitos.
A vida, a verdadeira vida, passa todavia por aqui, por estas águas a fluirem em quantidade e qualidade adequada à continuação da vida, essa sim verdadeiramente eleita!                                                                                         

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Sunday, June 10, 2012
 




Para terminar o dia, que já foi o mais reaccionário da nossa história e que lhe conserva o bafio imortal, depois da leitura inspiradora e relativa, do/no espaço-tempo, que existe ou não, leio com deleite esta pequena pérola de Michel Rio, uma estória de carácter, de pessoas na sua caracterologia e fantasias.
Com uma pena cuidada percorre tempos do nosso tempo e aventuras da nossa memória.
Todos temos um Arquipélago, onde guardamos as nossas Mlle Hamilton, todos navegamos por entre momentos da vida.

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Os neutrinos não atingem a velocidade da luz, Einstein continua  a estar na base do pensamento sobre a matéria e o espaço-tempo e a sua expansão, sendo que se tivessem atingido a velocidade da luz teriamos que entrar na "alternativas históricas" e encontrar outra versão quantica para construir em cosmologia o inicio, ou talvez não.
Neste livro delicioso "The Grand Design" Hawking & Mlodinow apresentam-nos o estado da arte na evolução do pensamento sobre o universo, as teorias desde os antigos até hoje e neste caso vão um passo em frente de onde Hawking já tinha chegado.
A hipótese Deus não tem cabimento na teoria da cosmogense, e cada um que tire as conclusões que quiser, sendo que essa criação social tem obviamente uma boa valoração psico-cultural e nessa área, na linha do pensamento de Régis Debray é importante em termos de regulação social e para o bem estar individual, ou não.
Um livro a reter, uma história bonita, a ciência e as suas leis a criarem o Universo, num Big Bang, que continua, nos nossos micro-ondas...

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Estou a ler esta última obra de Stephen Hawking e &;.
Desde logo tenho que dizer que o estilo da escrita torna a leitura fácil e gostosa, e a curiosidade em suspenso.
Falarei sobre o livro no fim (vou no 4º capítulo), mas talvez o dia, com boas leituras e companhias me esteja a inspirar uma reflexão.
Porque razão fazemos o que fazemos? lemos o que lemos?Porque razão procuramos?
E este livro de ciência que nos anuncia que deus é desnecessário para a existência, que é como o sabíamos à muito uma criação social e também uma necessidade individual, este livro deixa-nos satisfeito à medida que o vamos lendo.
O conhecimento é uma armadilha na vida?


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Saturday, June 09, 2012
 


Ontem fui à nossa Fábrica, ali no Braço de Prata, agora quase (parece que foi ontem) a comemorar os 5 anitos.
O espaço continua em pleno (e folgo por ter partes do meu empenho e também conselhos e presença) e o Nuno Nabais continua a ser a alma boa que vela por um, este, espaço único.
Fui ver a última criação do Bando, " Ainda não é o Fim".
Excelente, como habitual a coreografia, muito boa a prestação dos elementos da Big Band dos Loureiros (acima) e também dos actores, em condições por vezes difíceis.
O cenário também era bom.
Infelizmente, e já não é a primeira vez que tenho que fazer este reparo aos meus amigos d' O Bando, o texto era pobre, muito pobre, e mesmo em partes mau, muito mau.
A adaptação de partes de textos do Manuel António Pina (de resto escritor que estimo), embora com uma inovadora montagem, que  eram de uma pobreza franciscana é, no fundo, desmotivadora de cidadania e contrária até à lógica da peça.
Ainda assisti a um pouco do debate e saí estava precisamente uma senhora (não retive o nome) a dizer, com lógica e pedagogia, isso mesmo.
Mas valeu a pena e recomendo, até porque pode gerar discussão, polémica, luz, e/ou as sombras desta.

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Djemaa el Fna, Djemma el Fna é, talvez uma das praças mais belas e sedutoras do mundo, embora haja tantas.
Por ela passa a vida, as estórias, os seus contadores, as escritas e os seus escrivãos, os encantadores de serpentes ou outras espécies, os vendedores de água, os mercados e os restaurantes, e um fim de tarde, um anoitecer espectacular, com o som, um som único a ecoar-nos sempre nos ouvidos.
As ruelas no seu entorno e a Kasbah são braços de um pulsar constante que do nascer do sol ao seguinte configuram e re-configuram este local mágico de, em todas as formas.
Encontro um livrinho de Elias Canetti (numa busca sem objectivo em  locais onde, agora que deixei as livrarias clássicas, me abasteço de literatura) "Les voix de Marrakech", livro de notas de 1953, mas que parece de ontem, num tempo que a Djemaa el Fna parou, ou aí parou.
'La Koutoubia' continua a pontuar a praça, os mendigos são os mesmos, os camelos talvez não.
O tempo parou ou continua?
Na Djemaa el Fna as respostas são todas as perguntas.


L'acheteur..

"Il est souhaitable que le mouvement pendulaire des négociations dure une substantielle petite éternité. Le temps que l'on consacre à l'achat réjouit le vendeur.Il faut que les arguments destinés à faire céder l'adversaire soient amenés de loin, remplis de complications, emphatiques et excitants. On peut etre plein de dignité ou beau parleur, le mieux est d'etre les deux.
Par la dignité, on montre des deux cotés que l'on n'attache pas une grande imortance à l'achat ou à la vente. Par la faconde, on amollit la résolution de l'adversaire. Il y a des arguments qui n'éveillent que l'ironie, mais d'autres vont droit au coeur. Il faut tout essayer avant de céder. Cependant, meme lorsque l'instant est venu de le faire, cela doit se produire de façon inattendue et soudaine afin que l'adversaire soit désarçonné et qu'il donne l'occasion d'etre perçé a jour.
Certains désarment l'interlocuteur par leur arrogance, d'autres par leur charme. Tous les sortilèges sont permis.
Il est inconcevable de laisser l'attention se relacher."



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Friday, June 08, 2012
 

Hoje andei em transportes públicos. E com um livro no bolso. Este "La Chute" de Camus é uma reflexão profunda sobre a vida e o que faz a humanidade, e também a desumanidade.
A queda pode estar à nossa beira. Estaremos a tempo e em condições de a evitar?

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Thursday, June 07, 2012
 

Em breve publicitarei (após a publicação) Notas sobre a Orquestra do Titanic, que já foi tema de uma crónica na Rádio Montemuro, e que agora tenho o prazer de ler, em lógica de corrobação das minhas, de todas as minhas, afirmações num livrinho de Joseph Conrad # O Naufrágio do Titanic#, editado pela Relógio d'Água.
Cito " A fé cega no material e no artificial recebeu um golpe terrível. Nada direi da credulidade que aceita por boa qualquer declaração que apraza aos especialistas, aos técnicos e aos burocratas proferir com propósitos de lucro ou de glória".
Frase que se aplica que nem uma luva a ilusões seja da nuclear (o filme em post de hoje é exemplar) seja nos que acreditam em milagres da tecnologia.
Sem o homem não há história!

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No momento em que termino (andou no bolso do casaco nas últimas semanas) o divertido e culto livro de Italo Calvino:


notávelmente ilustrado por uma serigrafia de Escher, noto a morte de Ray Bradbury, do qual (não sendo um apreciador de ficção cientica) li dois ou três livros na margem dessa, desde logo o Fahrenheit 451, admirável parabola do mundo em que estamos, onde os livros, nas suas formas mesmo sem papel, estão a declinar o seu poder, e o excelente policial/autobiografia/ conto:


que li, na minha casa da Foz do Arelho, não recordo se nesta edição, em 1987, após a morte da minha mãe, que acompanhei.
Lembro-me que o meu estado de espírito era sombrio e os meus amigos acharam má ideia ler este título...
O livro não sendo optimista (vou relé-lo!) tem o humor sarcástico e o domínio do tempo.
Curioso estar a acabar o livro, magistral deixo o registo, de Calvino neste momento que passa.



 
 
Deixei de comprar jornais portugueses. Compro diariamente o El Pais, ou em alternativa o El Mundo, ou o Monde ou Liberation. Por vezes o La Repubblica.
Raro ainda compro todavia o Público, mas depois desta última reforma transformou-se num pasquim/tablóide sem nada para ler. Os outros ou estão nas mãos de ditaduras políticas ou são jornais de fretes (ainda suporto o JN, mas é um jornal regional).
Estou mais bem informado sobre a política portuguesa do que antes mas não sei quem é a Sonia qualquer coisa ou o x ou y. Devo dizer que julgo que não existem senão nos tablóides e não tem vida própria fora desses.
Leiu meia dízia de blogs, onde circula a verdadeira informação e a partir de hoje (e fiz uma tentativa para que tivessem um correspondente em Portugal!!!) o http://www.huffingtonpost.es/ , excelente site que agora em colaboração com o El Pais nos dá o melhor da informação global e da Ibéria.
Falta-nos tudo, tudo. Da política ao sistema judicial, da economia à organização social, da informação à cultura, em todas as áreas estamos entregues aos "não prestam para nada" e algum/alguém que se safe rápidamente é anestesiado e absorvido pela porcaria em que estamos nebulosamente envolvidos.
Julgo, na linha da minha última tentativa de impulsionar outras políticas que é possível romper com este status quo e alterar, ou pelo memos não continuar em acelaração para o abismo, o rumo.
Este blog deu um salto no número de leitores, passa as 100 leituras diárias com regularidade, julgo que nem sequer são amigos (pelo menos dos que andam a cheirar-se no facebook) mas gente que quer saber e hopefully fazer.
Do fundo da escurião pode surgir uma luz.

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Está para começar mais um torneio de bola, onde os piores sintomas da doença que assola a Europa estão todos presentes.
A boçalidade, o populismo, a desinformação, os fait-divers, o novo riquismo, e o pior de todos os males, o nacionalismo. Hoje um nacionalismo ainda pior porque de bandeira esfarrapada e instrumentalizado em articulação com o racismo e a xenofobia.
Um torneio de bola que ainda por cima (honra seja prestada à Alemanha, à chanceler ausente e à equipa que referiu que não cumprimentaria o ditador da Ucrânia, em caso de vitória) que se presta a servir uma ditadura que atropela os direitos cívicos e humanos e faz ainda por cima pouco dos seus defenbsores.
E se esse gesto da Alemanha e também o facto de selecções de 2 países, a Holanda e Itália, para já! (onde anda Portugal?)  terem visitado e se  terem recolhido em Auschwitz-Birkenau, nesse local onde a tragédia do nacionalismo e de todos os seus piores avatares, se concretizou, nos mostra que há mais, ou ainda se conserva ainda algo para além da boçalidade histérica em que o futebol converte as mentes.
Vamos durante um mês (no caso português a festa acabará cedo...) ter foguetes a inundar as televisões e os jornais, com as piores peças, as mais abstuntas reportagens, as mais dilacerantes crónicas.
O mundo continuará e acabará a recolher as canas.


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  BBC This World 2012 Inside the Meltdown 576p HDTV x264 AAC MVGroup org




Notável documemtário sobre o acidente, do interior.



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Tuesday, June 05, 2012
 

Hoje, mais um dia.

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Monday, June 04, 2012
 
Este é um dos meus favoritos, uma página cheia de infos de utilidade:
http://www.onegoodmove.org/1gm/

e nessa encontro, outro dos meus favoritos, o Snoopy, minha mascote e alter ego na Universidade e num período político:

Todo o pensamento está condensado neste título, todo o pensamento demo-liberal e radical.
Não há certezas. Não há definitivos na vida. Podemos estar enganados. Eh,eh,eh.

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Sunday, June 03, 2012
 

Dois, três dias na terra, o ambiente descontraído e convivial, as amizades e o tempo para estas são novamente dilacerados com os imperativos do trabalho, da actividade para produzir sociedade.
Mas também da política.
Estou empenhado em três níveis de acção politica, qualquer deles com um mero sentido cívico e também, desde logo tenho que o confessar, sempre foi esse o meu desiderato, vontade de discussão de ideias, propostas para romper o status quo, e criação de empatias que resultem em mais valias sociais, e prazer.
Tenho ao longo da vida cruzado e descruzado, sempre sem mossa,  projectos e gente nesses, e conservo, quase sempre amizades e tempos desses.
Estou, como tenho contado em várias tertúlias novamente desenquadrado e em busca de sentido.

Desde logo sobre a Europa que é um grande desiderato. 
Vejo pouco pensamento sobre a Europa. Hoje artigo (no Público) de Paulo Trigo, no seguimento de conversa entendida que tivemos na 5ª feira tem alguma reflexão, ou como têm sido os cada vez mais convergentes  no pensamento, artigos ( no DN) sobre esta de Viriato Soromenho Marques ou, embora com uns resíduos de pré-história, a evolução do Rui Tavares. 
Outros amigos com os quais também comparto ideias e projectos tem dado contributos em tertúlias e digital para a única solução, que do meu ponto de vista pode superar este momento na economia e sociedade.
Mais Europa, uma Europa Federal, com controle democrático e instituições capazes de gestão financeira e estabelecer horizontes para a economia.
A Europa continua a faltar e temo os riscos são crescentes.
Esta classe politica que domina o velho continente é incapaz de lhe dar rumo ou esperança.
No que toca a realidade nacional os horizontes são de médio prazo, mas nada do que temos merece a mínima credibilidade. Sejam os partidos existentes, sejam os arremedos de novas situações, falhas de perspectiva ( e desde logo de Europa!) e dominados por lógicas populistas e de chicana, sem conteúdo nem lógica formal de formulação de pensamento.
Por aqui, por ali e acolá vai-se desenvolvendo do nível local à estruturação deste algumas sementes. Se essas se pudessem articular...
E essa é uma área que me levou às últimas intervenções, seja em termos de envolvimento prático (com os CPL) seja de gestação teórica (a ideia de articulação de princípios e formulação de programas para as próximas autárquicas, que desde logo serão uma grande surpresa, seja por o novo cenário e quadro eleitoral e reformulação dos sistemas de gestão, seja por dois terços, mais ou menos, dos presidentes... não se poder recandidatar).
É uma área em que penso, cada vez mais, que o espaço politico para intervenção e produção de pensamento, também global, se apresenta fértil.
Depois de novas conversas, embora me remeta, em qualquer dos casos a simples papel de carregador de pianos ( só toco de ouvido, como a minha avó!), gostava de construir orquestra.
Talvez porque a do Titanic agora só se for recordação, invenção e novas partituras.

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Foi uma primeira leitura de Todorov, mas passarei a ficar atento a este referente do pensamente.
Um livro leve e reflectido, onde são fáceis os acordos e os desacordos (sobre o véu islamico, por exemplo estou com Vargas Llosa), onde a mais valia é a desmontagem do pensamento económico dito neo-liberal como contrário ao liberalismo e a denúncia do emergir do pensamento xenofobo e populista.
Sou dos que acha que esse (e os radicais gragos nesse são eméritos) pode conduzir a EUROPA a uma nova catástrofe.
Sou também defensor de uma ecologia que se debruce sobre as condições da existência psíquica e à sua vulnerabilidade e dos ecosistemas sociais, uma ecologia que reflicta sobre a cultura e a sociedade (o contrário do animalismo e de outros avatares que tenho permanentemente denunciado).
Continuo a pensar na empatia do Jeremy Rifkin que também encontro aqui, e que descubro cada vez mais novo elemento político e civilizacional de ruptura.
Interessante a reflexão sobre o 4ª poder que hoje é outro verdadeiro poder (e a sem vergonha que são as estórias de espiões e energúmemos que nos assola hoje ainda nos deve levar a aprofundar estas situações "murdochianas", mas que no fundo são as últimas defesas de um sistema em estertor, ou não!)
Tzvetan Todorov entra para o meu arquivo, onde também estão alguns que mudaram de pensamento com o tempo, e nesses a minha simpatia para com "os novos filósofos" mas também o distanciamento na linha do que nos conta este livro, do reflexo, do espelho invertido que arrastam.
As raízes do mal perduram, no pensamento, mesmo que o tempo as seque...continuam lá no fundo.

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Friday, June 01, 2012
 
muito interessante:
http://www.terraeco.net/Dennis-Meadows-Nous-n-avons-pas,44114.html

tenho desde há muito combatido a tonta ideia do crescimento oposta à
austeridade, em artigos e crónicas e conferências.
Infelizmente vivemos submersos, de facto, pelo pensamento que não pensa.
Sustentabilidade e produtividade devem ser as duas chaves, com mais
cidadadania e política para acção.
Voltarei a este tema, por aqui.
 
civetta.buho@gmail.com

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