Só hoje li, e aqui deixo registo, para memória futura: http://expresso.sapo.pt/cultura/2016-05-29-Agualusa-Os-premios-sao-uma-especie-de-lotaria
o Zédu Agualusa já me fez um prefácio biografia e aqui volta a mencionar-me com simpatia amistosa.
Já lhe disse uma vez em público que o trabalho que fizemos, sob contrato para a Secretaria de Estado do Ambiente, e que ele "findou" antes do relatório final, de algumas 700 ou 800 páginas foi importante por várias razões. Desde logo porque permitiu que ele escreve-se o seu primeiro livro e se começasse a afirmar como escritor da maior excelência, permitiu ainda formar o melhor advogado na área legislativa e também na articulação das leis com a sua implementação que já tivemos no ambiente em Portugal, José Januário, de saudosa e sempre presente memória, e no quadro do relatório final, que também serviu para as autarquias ás quais foi distribuído, formular linhas de articulação entre a legislação, o território e o quadro dos instrumentos de planeamento, PDM.s, P.Ps e a organização do Estado em matéria de áreas protegidas.
Foi feito ainda um diagnóstico para a reforma do Estado e das suas competências na área da tutela do ambiente.
Este contrato permitiu-me ainda, como faço hoje, intervir civicamente em muitas acções e lutas do ambiente e da cidadania.
Nada pouco, nenhuma brincadeira.
Recordo que passamos, noites em claro para a compilação do relatório final, mas o Zédu já estava de merecidas férias, uma vez que tinha organizado as fichas das Câmaras municipais. Talvez esse dado tenha falhado no seu diário, que aliás, ele refere ainda não tinha na altura.
Um saravá para ele!
Hoje, além de mais uma sessão, agora na escola da Amareleja, obras em casa e um excelente vídeo da National Geogrphic sobre as "Ilhas Selvagens", que se pode ver no também excelente blog de Pedro Quartin Graça: http://ilhasselvagens.blogs.sapo.pt
Dedicado inteiramente as estas espectaculares ilhas.
Documentário - Ilha do Principe - O éden esquecido do Atlântico HD
Um documentário fantástico, de uma ilha, onde, salvo algum incidente, conto ir para o ano...
Claro que nada disto será visto, ou pouco...
Este cacto, árvore está num jardim interior no Funchal, julgo que dá para as janelas da Pide/DGS, de também aqui sinistra memória.
Embora o regime tirânico, encoberto de democracia mas tutelado pelo padrinho, do afilhado, tenha procurado lançar a confusão... veja-se lá que me disseram que "issou" era da Pide e dos comunistas, como se fosse a mesma coisa...
já este está na entrada do hospício, onde, certamente, passaram muitos loucos, que provávelmente não o eram...
este aqui está numa casa que foi essa sim ocupada por alguém que deveria ter estado no anterior...
já este não tem outra referência que não a de ser uma planta espectacular...
Já não se pode ver uma das melhores exposições de fotos dos últimos anos, superando em muito as anteriores do World Press Photo:http://www.fundacaoedp.pt/exposicoes/world-press-photo-2016/215
Fotografias verdadeiramente espectaculares! Melhor do que qualquer memória que tenha presente.
esta de uma dos meus itens de colecção... um vulcão vivo!
E esta, de outro dos meus referentes, este político e espiritual:
não a poderei visitar, enquanto durar a ocupação imperial do comunismo chinês, ou melhor do colonialismo de rapina, mas o Tibete, será livre!
Hoje foi dia de exposições, duas!, e cinema.
Um filme notável #Adeus a Matiora# de Elem Klimov, que nos remete para Vilarinho da Furna, e os seus hábitos socio-culturais, e também a questão do cemitério, que foi central para a aldeia da Luz.
Os refugiados das barragens...
Filme de grande densidade, boas interpretações embora no final os aspectos místicos tenham um relevo excessivo.
numa altura em que o barragismo continua a fazer das suas, estas estórias e memórias devem ser acarinhadas.
um peixe, para o pobre, seco e transformado em petisco do, também, rico.
A simpatia e cordialidade foram a nota dominante nestes dias na Madeira.
Até hoje quando à despedida do hotel Casino Park Funchal (Pestana) disse ao funcionário, que pode ter sido o mesmo que me atendeu à 20 anos, que um hotel, com um traço único não merecia estar transformado na pensão do Tirica, pior não fica. Ainda por cima não é barato. Ele me deu razão e disse.. que tinha ficado na parte não remodelada... Tirica no seu melhor!
As carpetes estão um nojo, um nojo, sujas, cheias de nódoas e sobretudo completamente degradadas, a mobília do quarto não existe, é do século passado, da altura da construção deste... e a casa de banho está... a cair aos pedaços, fiquei com as torneiras nas mãos várias vezes, além de precisarem de total remodelação.
As pinturas estão cheias de esquimoses e mesmo, mesmo a cair aos pedaços.
O serviço, atencioso, também precisa de levar uma volta completa e têm que contratar mais e mais qualificado pessoal. O meu quarto num dos dias só foi limpo ás 17 horas. E não foi por eu o estar a ocupar, aliás como podia, se nem tinha... uma cadeira.
Referi publicamente numa conferência na reitoria que o sr. Pestana está a conduzir esta ilustre família pelo caminho que o agiota Salgado conduziu a sua. Quando "aquilo" vier abaixo...
Aqui o que continua belo:
A mensagem chegou-me 5a depois de almoço, quando preparava uma conferência,
onde lhe deixei uma homenagem.
Uma foto, dupla, e uma, uma só palavra, ciao.
Morreu Pannella, Giancitto detto Marco.
Conheci-o e estimei-o, trabalhei com ele, tive acordos e desacordos, hoje é a
sua grande vida e luta constante que quero referir. Radical, radical pelos
direitos civis e na luta pelo direito ao divórcio, é numa Itália dominada por
" concordatas" absurdas que limitam o Estado de Direito que ele se
afirma nos anos 60.
Com outros companheiros, Emma Bonino que se notabilizou na
luta pelo direito ao aborto, com quem teria uma birra no fim de vida, sobre
protagonismos, ao estreitamento da relação com o Papa Francisco, neste caso
pelo empenho pelo ambiente e humanidade, e também pela defesa do direito de acolhimento,
são uma evidência do carácter de Marco.
Com Adele Faccio, uma notável feminista, activista pela paz
e no final de vida pela eutanásia, ou Roberto Cicciomessere, que resistiu
durante dias a falar no Parlamento Italiano, onde as regras o permitiam, para
impedir a aprovação de legislação, que tinha limite de caducidade...
Pois Pannella esteve em todas essas lutas foi um dos pioneiros do
anti-proibicionismo, da defesa da diversidade sexual, da luta contra a pena de
morte, pelo Tibete livre, e recordo também a sua fraternidade com Dalai Lama.
Liberal radical empenhou-se, com o próprio corpo, o que
envolvia em permanentes lutas na lógica da não-violência, jejuns e greves de
fome, no activismo por uma justiça justa, contra todas as limitações à
liberdade e à democracia, mas também contra a depredação dos mercados
financeiros e a fome no mundo por estes arrastada.
Foi um dos pioneiros, em Itália da luta anti-nuclear, onde
venceu vários referenduns, e um impulsionador da ecologia política, recordo o
notável Encontro por ele organizado “ Verdi di tuto il Mondo” nos anos 80 com
Ivan Illitch, René Dumond, Petra Kelly, Humberto da Cruz, Brice Lalonde, onde
foi feito o diagnóstica mais incisivo da crise do ambiente e da emergência de
novos paradigmas.
Esteve em Portugal, a meu convite, no ano subsequente a eu ter sido na
qualidade de assistente do Partito Radicale e seu, um dos protagonistas da criação da coordenação
europeia dos Friends Of the Earth em Bruxelas, numa altura em que o movimento
ecologista em Portugal vivia na maior confusão, com grupos pro-Kadafi a
pairarem sobre ele. Essa dita continuou, pelo menos enquanto houve movimento
mas esses tais desapareceram, levando a pistola com que me tinham procurado
assustar...
Na sua morte o habitual coro de bacantes enchem as páginas, pelo menos dos
jornais italianos, onde está nas 1as páginas, de Renzi a Berlusconi,
presidentes e ex-presidentes, gente de todos os partidos, ex-tudo e mais alguma
coisa, contra os quais lutou com frontalidade e com os quais nalgum momento,
como faz parte de quem tem o pensamento a temperatura do corpo a que da espírito,
convergiu. Sempre insaciável, sempre em defesa do verdadeiro direito à vida,
que é a luta, permanente, pela vida do direito.
Marco era um retórico, um retórico da palavra e da emoção dessa, falava durante
horas, com substância, e foi sempre um polemista radical. Era, também, um
grande demagogo, no sentido de ser um criador de ilusões com a sua grande alma,
gandhiana.
Finalmente com ele partilhei a Europa, a Europa federal, de Kant, de Spinelli,
de Monet, de Bonino, de Conh Bendit, de Vershoftafdt, uma Europa federal, de
direitos, todos, motor de paz e solidariedade.
deste grupo:http://clima-madeira.pt/pt
nesta ida à Madeira, de que darei notícias...aqui proximamente.
Irei segunda ao Estoril e Cacilhas mas na terça:
3 minutos com Ricardo Paes Mamede
Eis uma das coisas que me irrita, a hipocrisia dos falsos liberais e da padralhada, que quer continuar a viver à pála do Estado e dos meus impostos.
Quem quer educação privada, como foi o meu caso!, que a pague! Com os meus impostos, NÃO!
Söndörgő 2015 concert HD Paris Balkan music Amazing Live !!!
Foi fantástico! Hoje na Culturgest:
no dia em que registo este interessante filme: https://www.youtube.com/watch?v=-gSisU1fN60&feature=youtu.be
que nos lembra tantas, tantas terras devassadas por esta lógica de desenvolvimento.
E quando acabo um livro, onde entre alguns textos desnecessários e outros irrelevantes encontro textos de enorme qualidade... a caminhar... e a ler...
Hoje estive na Fundação Gulbenkian (nunca esqueçamos como esta Fundação se erigiu, baseada na agiotagem do petróleo, os 5% que fizeram a fortuna de Calouste Gulbenkian, que foi, é certo também um filantropo e nos deixou esta, que continua... a beneficiar do ouro negro...) assistir a uma conferência sobre direitos humanos, ou melhor para introduzir em Portugal mais uma Fundação, agora da filha de Robert Kennedy.
Foi subscrita uma declaração, de Lisboa claro, que além de reconhecer o papel dessa (Fundação), é só retórica, alguns erros e até disparates ( os direitos dos animais, por ex.), e uma vacuidade de objectivos total.
Não percebo como é que uma pessoa experiente e de alta qualidade, pessoal e científica, como Viriato Soromenho Marques se deixou embalar nesta dita.
E também não percebo algumas comunicações, seja pela sua própria confusão, seja por serem contraditórias com os seus pressupostos. E por exemplo a de uma senhora que trabalhou quase 20 anos para uma instituição denunciada por Naomi Klein no seu livro sobre o clima: http://www.theguardian.com/environment/2013/sep/10/naomi-klein-green-groups-climate-deniers
que usou o seu tempo de antena, não para defender os fósseis, que para tal era preciso muita lata...mas é isso que o E.D.F. faz, mas para denunciar as renováveis e concretamente as eólicas, com uma intervenção cheia de manipulações e mentiras grosseiras, que por delicadeza e consideração com a instituição e o organizador não relevei, na altura.
Basta fazer uma busca pela internet para ver a falsidade dos argumentos invocados.
Intervenções, algumas, muito interessantes, mas mais uma vez... será que a tal Fundação Kennedy é contra o Tratado TransAtlântico de Comércio, contraditório com toda a legislação internacional?
Mas foi, globalmente, uma boa conferência, e até percebo a necessidade de assinar aquele documento ( a tal Fundação e promover novas organizações...), embora me pareça demasiado pomposa...
Amanhã a vida continua...como dizia o outro, que também teve palco...
É esta 4ª feira que inicio o circuito do clima, que me irá levar a 8 ou 9 distritos a falar do mesmo, no âmbito da campanha # O Clima é connosco #.
Desde logo o que comemos e assim votamos é um princípio...
mas as conversas são como as cerejas, as boas, da Cova da Beira ou de Alfandega da Fé! Ou de outros locais, nacionais!
Também já representei, devo dizer por ser o único com "coragem" para protagonizar a crítica justa e severa a alguns personagens que davam notas na Universidade de Letras, fiz o papel principal, quase único de aluno no exame final. A peça, julgo que escrita pelo José Navarro, era iconoclasta e acho que me saí bem. Ia tendo um chumbo à conta dela, mas recordo que a turma levantou-se!
Hoje irei ver o velho camarada e amigo Elísio Summavielle:
Hoje foi dia de pôr as revistas em dia, e para concluir os "bonequinhos":
Registo a magnifica ilustração da capa do L'Immaquable e um estilo característico do AAARGH
Duas boas revistas, para públicos diversos, ou não!
De Agosto do ano passado está neste momento presente massivamente nas tabacarias em Portugal, a revista Planeta dedicada às bikes e com interessantes artigos, de que realço o sobre o desenvolvimento da eólica no Brasil.
Faz falta uma revista deste género em Portugal, com um pouco menos de tinte religioso ou messiânico (percebe-se sabendo a força dos evangelistas por lá!)
Encontrei hoje o número especial de Maio da National Geographic sobre Yellowstone.
que me será de grande utilidade, seja para o programa na Montemuro, seja para a conferência sobre Caça e Conservação da Natureza.
E tenho que registar a minha pena, com a desqualidade da edição nacional, a deste mês é particularmente pobre, em comparação com a edição regular dos States. Então a capa é um must, negativo! Não haverá controle?
Fez bem o Courrier Internacional, versão portuguesa, chamar a atenção:
para a nuclear, agora que nos concentramos no encerramento de Almaraz. Para quem é do "métier" não tem nada de novo, mas é um número com muita e boa informação para o público em geral. Excelente capa!
E destaque para um número excepcional do Books:
sendo o dossier sobre Gandhi também sem novidades, para os adeptos da não violência, até as denúncias das contradições e do misticismo de quem deixava que o chamassem a "Grande Alma".
Excelentes artigos, também, sobre outros temas e informação, privilegiada sobre novos livros!
Tenho um mês de Maio quase sem respiro. E a todo o momento surgem novos convites que tenho, com frustação, que ir recusando.
Na próxima segunda feira, em Barrancos:
um tema do meu maior interesse, que tenho abordado diversas vezes nos meus programas de rádio.
A questão da desertificação, aqui articulada com a destruição do montado, a terrível praga que está a destruir, também, aqui nesta zona as azinheiras e a que pouca gente, mesmo pouca, nas instituições está a dar atenção e para o qual o investimento em estudos, e acção profiláctica é quase nulo.
Em Espanha com maior investimento é certo, há que dizé-lo, a praga está também a alastrar. As alterações meteorológicas e a expansão de insectos e bactérias está a dar cabo desta zona edafo-climática e da sua capacidade de criar riqueza, não esqueçamos que o presunto é o fruto da azinheira!
É preciso um maior investimento e também um maior cuidado na gestão. As alterações vieram para ficar, as pragas que lhe estão associadas poderão, todavia, ser combatidas. Pelo menos essa possibilidade existe.
Espero, ansiosamente, pelos documentos e resultados desta importantíssima conferência!