insignificante
Thursday, May 31, 2012
 
Duas situações escandalosas:

1- A Estradas de Portugal, que obriga os cidadãos a perderem o seu tempo, horas, a irem aos correios, pagarem portagens de 1 euro e tal, das suas scuts.
Sou favorável ao portejamento das autoestradas (mas Senhor porque as fizeram se estão vazias?). Mas julgo ilegal, e os CTT (onde preenchi o tal livro inútili!) cumplices da ilegalidade, que não haja um portajeiro, físico, nestas autoestradas e que desta forma a aquisição do serviço seja fraudulenta (nos CTT, sem qualquer razão, ainda por cima, pagamos mais uma taxa!).
E mais como só passados 48 horas (inacreditável num tempo de informatização e meios digitais) é que chega o papelucho aos correios (deve vir de correio lento!) temos que nos deslocar 2 vezes.
Para a produtividade nacional ... estamos falados.

2- Outro escândalo tem que ver com o sistema bancário em geral e com o BPI em particular.
Para concederem um empréstimo pessoal, mixuruca, obrigam, atenção OBRIGAM ( e chantageam!!!), o consumidor a... comprar um relogio ou uns cacos num valor avultado.
Não sei quem é que anda a mamar, mas só o facto de não termos autoridades de fiscalização destes vigaristas é que permite que estas situações fiquem impunes.
Estamos entregues à bicharrada!

NOTA
Nos CTT diligentemente forneceram-me um serviço para obter os dados para o pagamento. O serviço de telecomunicações... é de valor acrescentado. O esbulho continua.
E procurei o contacto do Banco de Portugal para comunicar a situação acima, sobre a aldrabice do sistema financeiro.
Tive que com a queixa, depois de meia hora de tentativas de responder a questões idiotas para "certificação" (deve ser para ver se eu penso!) desistir, e, enviar para os serviços gerais:

Ex.mos srs

Não deixarei de comentar no meu blog o kafkiano processo de acesso aos mails específicos do BP (julgo que niniguém deve ter chegado ao envio, mas é a vontade de trabalhar e fiscalizar os direitos dos cidadãos que por aí impera, e a genica para essa)
Mas só para desabafo, sabendo a inutilidade total do BP em fiscalizar a mais mínima infracção ao quadro legal de funcionamento do sistema bancário, por experiência, também própria,
CC

e

Gostaria de solicitar esclarecimento ou investigação sobre os procedimentos do BPI para outorga de um infimo crédito pessoal (a pessoa do meu conhecimento).
Para esse ser concedido obrigam (sobre coacção!) à compra de um pechibeque (uns cacos ou um relógio) ou nada.
 
Wednesday, May 30, 2012
 
Três dias a gastar as estradas de Portugal e ver o buraco onde enfiaram o nosso dinheirinho (Cavaco Silva) e outros tantos, e em Cinfães, na antiga casa, ou melhor no local onde esteve a casa de Serpa Pinto, no Hotel Porto Antigo.
Finalmente um contacto  pessoal com a Radio Montemuro, a administradora, os jornalistas e animadores. Sobre isso falarei com menos cansaço.
Ainda a assistência, gratificante, à distribuição de prémios pela Associação de Defesa do Vale do Bestança (http://www.bestanca.com/ ) aos jovens da enérgica escola EB2/3 de Cinfães, sobre isso também desenvolverei futuramente. Será tema da minha crónica da próxima semana.
Hoje é para registar os factos, só.
E aconcelhar, do verdadeiro SOS Racisme:
www.weareallgreekjews.eu
É que é preciso ter coluna vertebral para saber, e fazer.
E estar!

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Sunday, May 27, 2012
 



Hoje estive na FICOR e apreciei o desenvolvimento de design e inovação que este magnífico produto vegetal pode ter, e os seus múltiplos usos, além do empenho que as entidades/empresas que trabalham com a cortiça manifestam.
Julgo que ainda há espaço para mais inovação e hoje com novas tecnologias penso até que novos paradigmas podem passar por o seu aproveitamento, nas mais variadas formas.



Antes estive em mais um capítulo da Confraria do Toiro Bravo, e tive ocasião de falar para a rádio local.
A importância do património natural e da cultura deste, neste, agro-pastorícia e o seu resultado, a alimentação mas também a empatia, o convívio que em torno desta se gera, e a festa/ritualização de tempos e momentos que se perdura em formas e lógicas populares (encerros, forcão, chegas, à corda etc) ou erudita (a corrida a pé ou a cavalo, nas suas várias formas).
Explicar o passado, cultivar a memória no presente, e estruturar linhas de futuro e convivialidade, mantendo os tempos, a ruralidade, a tauromaquia, é também um desafio para as organizações ecologistas e ambientais ( em que me incluo) contra animalismos fundamentalistas e incultura.
Já o discurso, que julgo foi por mim iniciado em Portugal da articulação da produção do gado bravo, com o desenvolvimento e o equilíbrio rural ( e a cortiça aqui ao pé), a manutenção de espaços de largos espaços onde as águias podem caçar roedores (lindo o voo da águia com um coelho nas garras que vi à saída de Coruche!) e a terra pode continuar viva com o trabalho e a sua rentabilização pelo homem ( e o toiro só se justifica pela sua cultura e “fiesta”).


Hoje já consagrada em vários municípios como património imaterial municipal as festas, os cultos taurinos tem, no quadro da Confraria do Toiro Bravo outro momento sócio-cultural que deve ser aprofundado, seja na recuperação e levantamento aprofundado do receituário e das suas ligações os espaço e tempo onde se situa, seja na difusão, através do movimento confrádico, mas também como referi através de uma acção nas escolas e lugares educativos dos valores da fraternidade, da história também deste espaço que somos na Europa (que é devedora dos seus mitos fundadores...).
Na luta contra o dogmatismo doutrinário e o pensamento único deveriam as confrarias ter um papel de liderança na defesa dos valores, cultos, produtos desses, tradições sócio-gastronómicas , e os momentos festivos no seu entorno.
Apesar, ou com orações de sapiência. Devidamente estruturadas.

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Aqui, na Pensão do Amor.
E, lost in the eyes of Sarah, podia ser o inicio de um romance, breve, ou de uma novela sem fim.
Cada gesto, cada passo que damos constrói o infinito, um toque, uma envolvência. O fado.
Naquele momento tudo parou, in the eyes of Sarah, podia ser outra linha para início, e o fim.
Há muitos muito tempo nos confins da Mancha, tempo que não posso localizar...ou...
in the eyes, in the deep and profound moment my eyes entered in yours, é outra linha que desvanece o olhar e lhe esgota o tempo que nesse passou.
Cada momento é o momento.
Teremos sempre a Campanhã ou o olhar de Sarah, para inspirar a vida dos sonhos.

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“As the pen rises from the page between words, so the walker’s feet rise and fall between paces, and as the deer continues to run as it bounds from the earth, and the dolphin continues to swim even as it leaps again and again from the sea, so writing and wayfaring are continuous activities, a running stitch, a persistence of the same seam or stream.”
The Old Ways: A Journey on Foot. By Robert Macfarlane.


Picado do #The Economist#, também para memória futura, aqui fica este signo grafado, escrito em digital, num tempo em que o papel já não se enche, ou raras vezes, com tinta.
Embora no dia a dia me acompanhe de esferográfica (as vi chegar nos anos 6o, na altura ainda se recarregavam) é com saudade que recordo o tinteiro da escola onde molhávamos o bico de pato...
Também recordo quando fiz o exame da 4ª classe ter tido como prenda um relógio (hoje nem uso, por alergia...) e uma tinta permanente!!
Hoje, em casa, são as que uso, raramente, mas ainda cá está o tinteiro e o mata borrão.
A caminhar, também a caminar hasta echarles en el mar, as letras, as palavras o signo grafado a significar-se, talvez insignificante.

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Saturday, May 26, 2012
 

Um vibrante livro de Esther Mucznik, onde, julgo que pela 1ª vez com este detalhe e ao mesmo tempo empenho e claridade se conta, se reunem estórias dispersas do nosso Holocausto, de como somos responsáveis e participámos na História destes tempos negros, que infelizmente me parecem que podem voltar a assombrar-nos.
Recordar o passado e não temer o futuro quer dizer conhecer e agir, e pensar sobre esses tempos.

Este livro, além de sempre ir re-descobrindo histórias de amigos e pessoas que passaram pelo meu tempo deixa um quadro muito importante de reflexão, que partilho no âmbito da acção da Amnistia Internacional (onde não deixo de vozear algumas preocupações e levantar algumas incongruências que são o que mantem viva a organização, ou seja o debate e a evolução).
Refiro a questão que é pela Esther levantada a propósito de Aristides de Sousa Mendes, que nos deve convocar a reflexão, sobre a humanidade e o pensamento dessa, para além de enquadramentos doutrinários que se transformam em dogmas e inacção.
Gostaria de ter oportunidade de debater esta questão, que é fronteira no pensamento demo-liberal e trave em relação aos direitos, humanos desde logo.

O livro é, e já tive ocasião de felicitar a autora, um documento importantissimo, que como outros que tenho referenciado do meu amigo Jorge Martins (Galinheiras), deveria ser adoptado por todas as escolas do nosso país e estudado, em diversas áreas disciplinares e desde logo em formação cívica.
Registo com o maior agrado (já aqui referi que só compro livros em linguagem que saiba ler) que a autora escreve o livro de acordo com as normas do português.

A língua, e também registo a permanência do português, seja em registo esparso, seja em ladino (e curioso fiquei com a Sinagoga Sefardi, em Praga) nos portugueses, descentes de portugueses, judeus de religião e normas culturais, cidadãos como todos os outros do mundo, a língua é um dos elementos de permanência de significados.
Ao transformá-la estamos a perder a forma da sua continuidade.

Cada língua que se simplifica, que se abastarda é um ponto de memória e do significante desta que se altera.

Shalom, hoje e sempre.

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Friday, May 25, 2012
 
http://www.midwayfilm.com/

Ontem fui à Associação Caboverdeana ( obrigado ao pessoal da cozinha e direcção) assistir, não a esse documentário de que se vê o resumo acima, mas a outro que pelo enredo me pareceu muito interessante. Falarei do tema na minha próxima crónica na Radio Montemuro.
A redução da pesca, das capturas (por questões que como disse um jornalista caboverdeano devem ser devidamente investigadas!) e a, também devido a isso, alteração da lógica de sobrevivência e a redução das areias retiradas dos fundos marinhos (para a construção, que tem que ser abordada no doc!), a lógica de delapidação dos recursos e as pessoas nessa, são os temas do guião.
Esse, o enredo inspirou-me mais que as sequências que vimos, é certo que desenquadradas e mal estruturadas, ainda em rascunho.
Pareceu-me também que o realizador era muito tipo "eu é que sei" e arrogante e que assim não o vai levar a bom porto o compromisso. Veremos....

Como de costume aparecem uns personagens nestes  debates, além do referido jornalista caboverdeano que colocou questões importantes e sérias (que foram remetidas para o caixote pelo referido realizador) interveiu um vendedor de cd.s que fez uma intervenção desconexa, o habitual,
e um conhecido aldrabão que se identificou como sendo de um tal SOS e que disse uns disparates sobre os afundamentos de resíduos radioactivos (que nunca foram feitos nem nas costas da Somália nem nas do Senegal e não são feitos desde 1985!) e  relacionou os piratas da Somália (que deve conhecer bem, como ele seguidores do Bin Laden) com a retirada de areias da zona ribeirinha da Ribeira da Barca.


 Um autêntico papagaio,

ainda impediu que as duas notas que fiz fossem estruturadas, porque me interrompeu (julgo que era ele a dar vivas ao Bin Laden, numa sessão do Bloco da Esquerda, também a interromper o Fernando Rosas que o criticava!).

Referi, e desde logo me congratulo que em resposta me tenha sido comunicado que a LPN, a Quercus, o GEOTA e outras onga.s estão organizadas, também, com este grupo: pong.pesca@gmail.com,
e quando referi que a União Europeia tem a melhor e mais estruturada, (a única que tem preocupações com os stocks e a conservação, certo insuficiente) política, poder de ou supra estatal, política de pescas, agora em revisão por isso a utilidade destes forúms, esse energumeno, acima referido, não me deixou sequer continuar.
Sem conhecer a lei e o direito  ( e os acordos bi-laterais de países da União, infelizmente como em tantas outras áreas, não respeitam os textos enquadradores) e a mandar bocas para o ar certamente não se vai longe. Papagaios há muitos.
Infelizmente a democracia tem que, no limite, conviver com estes facínoras.
Em contactos com velhos amigos tive oportunidade de estabelecer entendimentos que julgo podem andar mais que somalices.

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Thursday, May 24, 2012
 

Considero-os uma praga, uma praga ideológica desde logo e bandidos em geral (embora possa haver entre eles gente mal informada mas bem intencionada) os animalistas (não confundir com amigos dos animais que o somos todos, os que compreendem o seu lugar no castelo de cartas que construímos e os outros, esses que só tem uma noção delirante da vida e da natureza).
Gosto muito de mochos, colecciono-os, e é um dos bichos que faz parte do meu imaginário, um dos.

Na sequência dos livros e filmes do Harry Potter, os amigos dos animais começaram a adquiri-los e guardá-los em gaiolas (como cães ou gatos ou piu,pius)... e agora... estão a soltá-los...

Ver aqui: http://www.huffingtonpost.com/2012/05/22/harry-potter-fans-abandoned-owls-england_n_1537056.html?ref=green

Com as consequências desastrosas que isso tem, desde logo para as rapinas que ...morrem...dado não saberem...nada da vida... e para os ecosistemas que são delapidados... por aves em busca desesperada de sobrevivência.
Mas esta gente não tem dois dedos de pensamento.

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Tuesday, May 22, 2012
 

Este quadro de Seurat é referido no excelente ensaio sobre a cultura de Vargas Llosa, um dos meus, no pensamento político liberal e anti-proibicionista.
Não sou grande amante dos seus romances, aliás o realismo mágico, deixa-me indiferente e cria-me tensão e desagrado, mas este livro, recolha de diversos textos, e também de artigos sobre os tema da cultura no sentido mais amplo, enquanto forma de humanização, é um livro de referência para pensar a política, a religião, a lei e o direito desta, o pensamento sobre, também, todas estas.
# La civilización del espectáculo#

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Hoje, dia Internacional da Biodiversidade, trago aqui uma foto de Raimundo Quintal, do  Pico do Areeiro. 
"Goivos-da-serra, massarocos e  andríalas começam a regressar ao seu habitat após o incêndio de Agosto de 2010".

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Monday, May 21, 2012
 


É da torneira e começou a ser paga, nalgumas pastelarias.
Não merece comentários.
Este é de borla, para os leitores...
 
 
www.globalcommissionondrugs.org, 

a propósito de um interessante artigo sobre a proposta de taxação sobre o açucar por uma comissão médica dos Estados Unidos, sobre os doces e o fast food, que acho absolutamente crítico e fundamental para manter a saúde pública, num quadro de respeito dos direitos individuais e da promoção de campanhas de informação, para além dos impactos óbvios sobre a sustentabilidade e o ambiente, remeto para o relatório no site acima.
A política do proibicionismo é tudo o contrário do que deve ser feito!


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Sunday, May 20, 2012
 
Pede-me o colectivo:
independentes.autarquias2013@gmail.com
no quadro da discussão ainda em curso, e pesem as dificuldades mesmo com a definição de uma metodologia clara e já consensuada em várias autarquias,
no âmbito do alargamento da discussão, e com enfoques ao contrário de nebulosos manifestos, muito claros e objectivos que faça uma 1ª divulgação do texto abaixo.
SFF não responder para este blog!!!

Compromisso

1-
Cancelar todos os licenciamentos urbanísticos em curso que seja possível legalmente e não aprovar nenhum sem que o parque habitacional esteja devidamente ocupado, incluindo nesse conceito recuperado. Criação de taxação municipal para os imóveis de mau estado ou abandono
2-
Converter sempre que possível logradouros e espaços livres em áreas horto-fruticolas e alterar nessa lógica sempre que possível o espaço ajardinado. Incentivar as hortas verticais e ocupação de varandas por estruturas de vegetação.
3-
Simplificar a estrutura municipal, incentivando o regresso a casa de trabalhadores, através de lógicas em rede informática e fechando serviços supérfluos. Informatizar todo o sistema de processamento de processos municipais e impor limites temporais aos mesmos
4-
Colocar em hasta pública todo o património municipal que não seja necessário ao funcionamento ou tenha objecto social. Impor regras de gestão participadas nos organismos municipais
5-
Implementar redes de transporte público não poluente e desincentivadores da velocidade urbana, recuperando formas antigas de transporte urbano e o uso de lógica de tracção.
Limitação, por sistema de portageamento, quando útil, do acesso a zonas sensíveis.
6-
Incentivo à criação de espaços público sociais e áreas de uso colectivo, com uso de sistemas de facilitação e acesso a novas formas de comunicação
7-
Criação de ruas e espaços amigos do cidadão, com lógicas de feiras ou alargamento dos espaços comerciais existentes.
8-
Descentralização de todas as funções possíveis nas freguesias e defesa da maior agregação inter-concelhia para sistemas de tratamento de resíduos, transportes e desenvolvimento da operacionalidade das restrições urbanísticas
Desenvolvimento de redes de municípios
9-
Incentivar todos os instrumentos de participação cívica, orçamentos participativos, agendas 21 de freguesia, concelhio e inter-concelhios, reuniões públicas dos órgãos e com a participação cidadã, acesso a processos online e prazos fixos para o seu processamento.
10-
Em cada concelho, além destes pontos de compromisso cada lista deverá equacionar, também em pontos claros e objectivos quais as áreas de intervenção e acção, no quadro da metodologia definida para a acção




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Saturday, May 19, 2012
 
" Operários em construção" de Fernand Léger ilustra uma reflexão sobre a sociedade e a sua estrutura, a transformação dessa, o desaparecimento da classe operária, a sua dispersão por novos movimentos sociais, somas de minorias em lógicas de emancipação e reconhecimentos identitários.
E a classe média como determinante, nos países de capitalismo desenvolvido e democracia formal (que é a única real!), das lógicas de poder e também base ecónomica e portanto ponto nodal da crise que estamos a viver.
Não me parece que os senhores do mundo estejam a perceber que estamos num mundo diferente, em que são necessárias outras receitas, outras opções para sair da crise.
Vivemos lógicas auto-fágicas: poderes nas mãos do sistema financeiro, que controla também os discursos, os média, e que remete todo o pensamento alternativo para periferias e marginalidades.
Estamos, por exemplo, neste momento imersos numa bipolaridade entre austeridade e crescimento, duas faces da mesma moeda, sem valor que nos remete para o Titanic, e as opções de afundar e/ou salvar alguns.
Qualquer das soluções não altera nada ao estado da situação, o choque é inevitável.
Temos, todavia, ainda tempo para alterar o paradigma e optar por lógicas de sustentabilidade e produtividade, de valor de uso em detrimento de valor de troca, que corresponde à falsa dicotomia acima.
Nem austeridade, nem crescimento qualquer destas opções só nos conduz ao choque, ao desastre.
Temos que alterar o cenário, o enredo e a música e apostar na reconversão da "Orquestra".

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  A SALUTE to the LATE GREAT WARDA - Algeria's Singer to Egypt - Thank You...

                                                                                                         

Há vozes mais que a vida...
 
Friday, May 18, 2012
 

Tinha chegado a minha encomenda, ao Emigrante, excelente e familiar restaurante de Encinasola.
Os livros #La Ciudad# de Frans Masereel, que ilustrará este blog, muitas vezes com os seus excepcionais desenhos, cheios de vida e significado. E #Un Largo Silencio# de Miguel Gallardo, estupenda estória, de um herói, de uma luta, pela humanidade.
Amanhã outro tempo, as 1ªs comunhões dos miudos do pueblo, e as festas que delas se justificam, devido a elas.
O tempora o mores, como dizia Catão, o Grande

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Thursday, May 17, 2012
 

Julgo que os burros, tal como os cavalos, não reconhecem o nome pelo que esta fica como Jerica, dado o seu olhar inteligente e as orelhas atentas.
É certamente uma doçura.
E piquei-a do blog http://jornaldenisa.blogspot.pt/, onde vou sabendo o que se vai passando por aí.

Ontem e hoje estive em Caldas, na Foz a ler o simpático, e último, livro de Tabucchi, que teve o bom gosto de exigir a sua escrita/tradução em português clássico #O Tempo Envelhece Depressa#.
Dele respigo "as línguas modernas são demasiado apressadas (...) na ânsia de comunicarem tornam-se sintéticas, perdendo assim poder de análise".

Comecei a ler também o magnífico #Sefarad# de Muñoz Molina, que nos prende com a sua humanidade do príncipio ao fim.
E estive na Escola Raul Proença, em Caldas, onde dei duas oratórias a jovens sobre energia, ambiente e cidadania.
Penso que alguma coisa terá ficado em sessões bem umoradas...

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Wednesday, May 16, 2012
 

Hoje a minha crónica na Radio Montemuro (http://www.radiomontemuro.com/) é sobre a Orquestra do Titanic.
Falo de espiritualidade e de soberba, e de falsos discursos que nos dão música, mas que qual Orquestra do Titanic só acompanham o afundamento da Nave Terra (ou Titanic) em que estamos todos. E sabemos que os salva-vidas não são suficientes para salvar a Humanidade.
Falo também de doutrinas e de como as doutrinas pervertem com a palavra o sentimento que as inspira, e se convertem em totalitarismo. E falo sobre a pena de morte esse totalitarismo absoluto.
É também contra a austeridade e o crescimento, invocando referentes do pensamento e ideias de bom senso que dirijo esta crónica. Nem uma nem outra irão resolver a crise economica, social e ambiental.
É necessário outro paradigma que tem que ver com os recursos e a sua sustentabilidade no uso, tem que ver com a economia e a sua produtividade tendo em conta a energia consumida e um emprego racional da força de trabalho, com direitos sociais.
Tem que ver com uma reformulação das lógicas de poder das nossas sociedades e de ouvir, ver e intervir, exercer cidadania.
Continuarei...

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Tuesday, May 15, 2012
 

Esta é a Terra. Linda. E que estamos a destruir, pouco a pouco e em força rapidamente. O deslumbre deste grão de areia, no universo sem fim, o sortilégio do acaso desta poeira cósmica ter criado as condições para o desenvolvimento de uma bactéria cuja articulação com outras produz pensamento que é capaz da sua destruição, da sua própria destruição, porque a Terra, esta Terra continuará no seu ciclo, segundo após segundo, século após século até que do espaço cósmico se extinga, e se transforme, noutra poeira, noutro nada imenso.

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Há cerca de três meses que não dormo mais de 4 horas em média por noite, umas 3 outras 5.
Esta noite, talvez por os opiácidos terem começado a fazer efeito sobre a lombalgia, talvez por ter interiorizado essa situação, talvez por o resto da idade estar a ser controlado, dormi 7 horas, o que não realizava há muito.
Também o dia foi bom. De manhã para um anfiteatro cheio e díficil falei de cultura, da Europa e dos riscos que esta corre (o de ser raptada pelo egoismo e não pelo toiro que a ama) e da energia, nessa e em Portugal.
Foi bonito.
E bonita foi a apresntação do livro # Teoria Geral do Esquecimento# *do meu querido amigo José Eduardo, num espaço que deixa saudades, e quantas, do velho B'Leza, pese as memórias se poderem tornar vivas com os sentimentos, que também se apropriam dos espaços.
Também ontem recebi, quase final o novo livro, onde fiz uma perninha #Agua, Fonte de Vida e Energia#.

* Livro excelente, que se lé de um trago, ao nível dos melhores (excelentes) livros do  J.E.A.
Uma história de um passado que se recusa, de um presente que é dele memória e de um futuro que se inventa em cada nova situação a que o passado nos conduz, onde se descobre que tudo está ligado a tudo e a nada.

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Sunday, May 13, 2012
 

Um dia, talvez um dia conte as estórias que partilho com o "preto" Agualusa, e a amizade, as amizades que nessas se construiram, numa fraternidade sem memória, mas também sem esquecimento.
Sem memórias porque estas só existem no presente partilhado, onde as re-construimos e onde mantemos a amizade e o carinho, e as cumplicidades do tempo, de todo o tempo.
Amanhã, daqui a pouco vou estar em mais um momento, como estive noutros, da vida, do presente do Zédu, do meu Zédu.
Desde Viana, à ilha do Faial, de Penang e florestas tropicais, aos confins transmontanos, de outros tempos até estes tempos, a vida continua.
A vitória é incerta.

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Saturday, May 12, 2012
 

Acabo a leitura do excelente livro de Araceli Manjón- Cabeza, na mesma altura que se extingue o baseado da foto, já só cheirável.
O produto era bom e relaxou-me os músculos doridos da semana, o livro é um documento impressionante e tenho que dizer magistral, que utilizarei com a maior frequência.

Diz Araceli (que é de frizar foi directora do Plano Nacional sobre Drogas, magistrada suplente da Audiência Nacional, do Juiz Garzon, e é professora catedrática de Direito Penal na Complutense), pág.250:

# Embora valorize os esforços para legalizar a cannabis, a política de legalização não se pode limitar ao cannabis, invocando a sua menor perigosidade, porque tal implicaria a manutenção do proibicionismo, ao admitir tacitamente a possibilidade de distinção entre drogas boas e más#

Estamos conversados.

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Muito menos bonecos, e muito, muito menor qualidade tem este ano a Exposição acima.
O umor parece que está de rastos, ou os cartoonistas em greve de ideias e imaginação. Repetições, diria quase cópias, sucedem-se. Nem comprei o catálogo, tal o desinteresse.
Mas vale a visita, pelo espaço e o entorno.

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Friday, May 11, 2012
 


As línguas são um processo social, que tem que ver com sonoridades que atribuímos aos objectos sobre um dado que nos é estrutural ou estruturante que é a formatação do palato e as formas como esse molde interage com o ou a aprendizado/zagem.
A grafia obedece à forma como o espaço se reflectiu no tempo e depois com as alterações que novos objectos foram a este impondo novas introduções, alterações ou adaptações.
Línguas são mais ou menos complexas consoante o grau de objectos sociais mas também consoante os objectivos. E no meio rural temos reminiscências que se podem encontrar também no quadro de rupturas de sequencialidades e re-adaptações da oralidade.
Esse é o caso, entre outros do português (mas também do inglês, por exemplo o corrector do computador tem 3 ou 4 versões de inglês). Não há nenhum problema em cada estrutura sócio-linguística ter a sua grafia, sendo que esta corresponde a lógicas do falar e tem que ver com sonoridades e com afinidades, também de identificação da, na escrita.
A escrita espelha, reflete (e não reflecte!) o ambiente em que se forma.
Infelizmente quem defende o ambiente, nem sempre com as melhores reflexões e muitas vezes até defendendo coisas ad contrario de lógicas de sustentabilidade rural e gestão do espaço social agro-pastoril, "julga" que está isento, ou não, dado que usa autoridade (de quem?) e molda a expressão de reflexo com termos de novilínguês, que desestruturam quadros afectivos e semiológicos que são referenciais para a defesa do ambiente e da sua sociabilidade.
Já aqui tenho escrito sobre as línguas e hoje, talvez seja a 1ª vez que escrevo sobre mais uma em vias de extinção. O português de Portugal (trocado por coisa nenhuma, dado que os livros neste novilíngua que o substitui continuarão a ter que ser traduzidos para o português do Brasil, ou brasileiro...) fica reduzido nos sentimentos, na fonética e na in-compreensão...

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Xúltun é um dos locais Maias que passou ao tempo, ao tempo cósmico, tempo que me obsessiona, e que culto neste blog, onde as entradas sobre esse superam as outras todas.
Ainda sujeito a toda a especulação e podendo a sua história ser criada ou re-criada, como aliás o são todas, no passado e no presente, as escavações procuram nexos e elementos que permitam a compreensão.
Porque é que esta civilização, como outras de outras formas, decidiu acabar ( ou -se)?
Haveria algum elemento cosmológico que se articula-se com a lógica de poder da cidade/estado com um deus/rei e uma organização em aristocracia teocrática que tivesse perturbado o sistema?
Ou mais plausívelmente, talvez articulado com alterações climáticas ou não, a sustentabilidade dos recursos (como no caso da Ilha de Pascoa) deixou de potenciar a estrutura socio-economica e houve total regressão social e cultural?
Ou  terá sido como no caso do Titanic, no meu catecismo, castigo divino por heresias e sacrilégios?
O que fica são os murais e os cacos que de uma sociedade organizada sobrou...

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Thursday, May 10, 2012
 
Hoje recebo vários mails, de comentário ao insignificante (vão aos 1ºs e encontram a origem do título!).
Que já ultrapassou, em muito, as trinta mil visitas e está com quase 2500 postas.
E está, embora o blogger continue a pregar partidas, a melhorar. Este Klimt (para as amigas que pintam, de uma forma ou de outra) não teria sido possível no ínicio (em que nem era possível corrigir os textos e os erros), assim como até tempos recentes o seu posicionamento era complicado, ou a integração de outros instrumentos audio-visuais.
Hoje, ainda com esta lombalgia a dar cabo do esqueleto, quase terminei, com o biologo e ilustrador (responsável pela substância do trabalho) Nuno Farinha, o 1º de sete livrinhos sobre energias e os ambientes em que estas se desenvolvem, e vice-versa.
Um passeio por Lisboa encalorada e sempre cheia de novidades e cá volto à lombalgia, que o computador parece desconhecer.
Talvez....

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A foto é deste mês, de Fukushima, a noticia é de hoje (dos jornais economicos)

Japan to Nationalize Fukushima Utility
By HIROKO TABUCHI
Published: May 9, 2012

TOKYO — Japan is ready to nationalize Tokyo Electric Power, the operator of the ravaged Fukushima Daiichi nuclear power plant, under a 1 trillion yen ($12.5 billion) bailout plan that was approved on Wednesday.

Não me falem mais de custos, aliás depois de ler o excelente artigo de Guy Brassard, no FUTURIBLES deste mês (envio a pedido), sobre os custos do risco, as conversas sobre custos e mercado e bla, bla, bla acabaram.
Em Inglaterra as poucas companhias que continuam na expectativa de entrar com a nuclear... já pediram ajudas substanciosas do Estado.
Infelizmente enquanto não se estruturar um novo paradigma e desenvolvimentos tecnológicos, neste momento em desenvolvimento, e não se articularem com eficiência energética e produtiva e conservação e reciclagem de recursos estes vendedores da banha da cobra (que nem sequer têm!) irão continuar a perturbar a sustentabilidade.

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Ontem foi um dia de boas notícias.
A nível internacional, o presidente Obama pronunciou-se claramente pelos direitos humanos, no caso do casamento de pessoas do mesmo sexo (e recordo que na Amnistia Internacional tive que batalhar contra pessoas, que não por razões formais compreensíveis mas por mera homofobia, que se opunham a esse direito!).
Lamento que sobre a pena de morte ainda não tenha tomado a mesma posição, clara e absoluta, ou sobre outros direitos humanos substanciais (embora nalguns casos o lobby militar-industrial o tenha contrariado!)
A nível nacional ouvi declarações do António José Seguro (que tem sido manietado no PS por socratismos e tem cometido erros em série...) na linha do meu post, de ontem, sobre a Europa e também a favor de um Presidente Europeu eleito. Faltou defender mais poderes para o Parlamento Europeu...
E a ciência trouxe-nos evidência de que a psicopatia está ligada a menor capacidade de pensamento e também de redução da massa encefálica. O alívio que isso me dá.
A pena de morte (e acabei de ler um ensaio notável do Camus e outro do Koestler) não faz qualquer sentido, sendo que no quadro de um Estado de Direito é um absurdo e fiz também bem em perdoar aos Reisinhos a maldade, eles não têm culpa.

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Wednesday, May 09, 2012
 

Europa, dos livros

Hoje vou fazer uma das minhas  missa’s anual, vou estar na Feira do Livro, assinar um ou dois livros, ou se o tempo estiver de feição mais alguns, no stand da Colibri e dar uma converseta seja com os colaboradores da Editora seja com passeantes e amigos que sempre aparecem.
Era para ir falar da Europa a uma Escola Secundária, e a #energeia# da mesma, mas foi adiada a sessão para a semana.
Mas entre livros decido falar dessa energia, também em grego, e do que falta, continua a faltar à Europa.
A partir da sua ideia a construção europeia tem sido deficiente, errada ou incapaz. Infelizmente o pior que existe na face da terra, o fanatismo e o nacionalismo, que quando associados dão no nazismo ou comunismo, tem dominado a construção europeia; e o pensamento liberal e democrata, seja na versão mais social democrata ou conservadora, sejo nos verdadeiramente liberais e/ou verdes, tem sido infelizmente incapaz de superar o quadro estreito das políticas nacionais e as lógicas de controle monetário e dependência dos mercados financeiros que estas propiciam.
O sonho de Schumann, de Altieri, de Rougemont que mergulha em Kant e nos filósofos das luzes, que continua a reflectir-se no federalismo europeu, defendido aqui e ali por muitos, contra ventos e marés, que entronca no pensamento dos direitos humanos (e a questão da erradicação da pena de morte é uma dessas traves do pensamento, entre outros, e da maior importância), deve hoje, com o risco de nos afundarmos todos qual Titanic, num mar tormentoso da crise e incapacidade de nos desviarmos deste com o populismo e demagogia que lhe são associados e músicas sem consistência a acompanhar-nos os últimos sentidos.
Hoje construir mais Europa é o determinante para começar a resolver a crise e recuperar o tempo e o espaço, recuperar o poder de viver.
Dar poderes efectivos ao Parlamento Europeu, caminhar no sentido de controlar politicamente a emissão de moeda e o controle orçamental, assim como estabelecer um programa rooseveltiano para a emergência e a produtividade (não confundir com crescimento), aprofundar a convergência política e uniformizar os sistemas de impostos (como é possível uma moeda conviver com 15 sistemas de impostos diferentes e radicalmente!), impor um “diktat” aos sistemas financeiros, que passe nomeadamente pelo controle dos créditos lixo e os “investimentos” em off-shores e paraísos fiscais e isso só é possível com uma autoridade bancária central forte e resultante de uma autoridade politica clara.
Este caminho pode evitar a colisão, pode fazer retroceder a caminhada para o abismo e a guerra (que a não ser feito será inevitável!). Mas é necessário que neste dia da EUROPA façamos ouvir a nossa voz, o nosso Grito, contra as paredes que continuam a impedir a sua construção, o domínio das sociedades por economias de casino, e por políticos destas dependentes, ou ainda pior por projectos sem sentido nem sustentabilidade e políticos da pedra lascada. Entre uns e outros devemos empenhar a nossa pena, e letra a letra construir o discurso, do futuro.

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Tuesday, May 08, 2012
  Serrat & Sabina | La Orquesta del Titanic



Hoje a minha crónica era para ser sobre a Orquestra do Titanic, mas duas notas, uma sobre o anti-proibicionismo e a Marcha pela Maconha, que em Lisboa, que lhe deu um tiro no pé e outra sobre uma inenarrável peça de mau jornalismo e da mais despudorada demagogia, misturada com pontos importantes e infelizmente que se desacreditam por se juntarem a estes miseráveis programas e a este demagogos mal-criados disfarçados de jornalistas, como é a oposição à logica  do todo barragismo, levaram-me a  só ter tempo de abordar o tema.
Recordo o meu 1º catecismo em que o afundamento do Titanic era referido, sim era referido como castigo de Deus pelo pecado mortal da soberba. Ele havia coisas incriveis no catecismo, até ao final do século XIX continuava a defender, sim a defender a pena de morte, a Santa Madre Igreja é talvez a par com o comunisno e o nazismo um dos elementos do triunvirato responsável por mais holocausto e mortandade na história!
Bom mas a Orquestra será o tema da próxima crónica...

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Monday, May 07, 2012
 


1-Este ano no fim da Marcha um fulano, vindo não sei de onde mas apresentado como sendo da JS fez um discurso a favor do proibicionismo, do mais absurdo, mas certamente na linha da total falta de ideias e pensamento estruturado que alimenta os partidos; e que infelizmente o movimento informal, sem objectivos, estratégia ou alguma metodologia de intervenção que não organizar marchas, este ano, mais que nos anteriores, contraproducentes e completamente ao arrepio das questões que se colocam ao anti-proibicionismo; intervenção que este movimento informal, a sua nova direcção, tolerou.


2-Chegou-me às mãos o livro de Araceli Manjon-Cabeza, já aqui referido.
A sua leitura vale mais que todas as marchas inúteis que se possam organizar, assim como  as consequências, o impacto deste pensamento estruturado sobre as diversas questões que se colocam sobre as drogas, o narco-tráfico, o seu financiamento, a saúde e os direitos dos cidadãos.

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Saturday, May 05, 2012
 
Foi uma desilusão a Marcha de hoje. O mesmo de outros anos, talvez menos, muito menos pessoas, menos alegria, abrangência e incapacidade de criar lógicas e capacidade para equacionar uma alteração do status quo da situação das drogas.
E pior que isso nos discursos finais além do discurso inútil de uma jovem do BE, uma tontada, sem nexo nem qualquer fundamento de um imbecil que foi apresentado como representando a JS, que numa Marcha pela legalização da Maria apela ao proibicionismo sobre as outras, todas as outras drogas, demonstrando ignorância e a maior insensatez social e política.
Esta Marcha parece ter chegado ao seu estertor, desde logo por incapacidade de definir objectivos claros e por não ser capaz de estabelecer uma dinâmica de congregação de esforços ( foi quase inexistente nos média!) e alargamento a outros sectores e clarificar situações como a que acima menciono.
É pena.
Um bazeado para a mesa do canto.

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Friday, May 04, 2012
 


É já amanhã, este evento/ritual que mantêm a luta pela legalização da Maria, e do meu ponto de vista esta é um passo para acabar a guerra contra as drogas que instigada pelo Nixon (ex-advogado de cartéis da droga!) tem sido um manancial para o narco-tráfico e um peso enorme no erário público, nos sistemas judiciais, criminais e de saúde, conforme hoje é reconhecido por cada vez mais , pelo pensamento jurídico, economico (notável o texto de centenas, centenas de economistas e académicos, entre o quais Milton Friedman!, pelo fim do proibicionismo), e pela sociedade.
Chegará aos legisladores....

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Thursday, May 03, 2012
  AMERICAN MASTERS | Pete Seeger: The Power of Song | #3 | PBS
 
 



Logo na Ler Devagar, Lx Factory pelas 21.30 será exibido o filme documentário #Uranio em Nisa Não#  com realização de de Norbert G. Suchanek e com produção de Marcia Gomes de Oliveira em 2012, com a duração de 34 minutos.

Seguir-se-à um debate sobre a nuclear em Portugal, de Ferrel às águas Atlânticas, de Miranda do Douro/Sayago a Aldeàvila, da Urgeiriça a Almaraz, de Nisa a um tal Manifesto… com a presença de testemunhas de todas essas lutas.

 
 

Ainda não são cinco e continua.
Como um Grito, uma angústia, esta insónia, este mal estar.
Daqui a pouco tenho duas sessões na Falagueira e depois um dia cheio, até a conversa da noite.
Este é um quadro mágico, que recorda a loucura do meu tio Mário e as suas pinturas, densas e cheias de expressão.
Em todo o tempo existiu mais que o tempo.

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Wednesday, May 02, 2012
 
Estou a ler o excelente livro de Arianna Huffington #Third World America#, que recomendo aos aprendizes de feiticeiro que andam por aí a aplicar-nos receitas económicas absurdas e a delapidarem os recursos e aquele que para o crápula do Staline era o mais precioso (devia estar a pensar no seu ego!) o homem.
E hoje a conversa, no ginásio, no café, nos talkshows era a festa para o trabalhador que foi a promoção (aliás nem era assim que foi anunciada!) no Pingo Doce de ontem, que deixou mais trabalhadores felizes que os exercícios "onanicos" e rituais do feriado.
Foi uma boa malha do Soares dos Santos.
E hoje, para tornar os protestos mais ridículos ouço que se fosse noutro dia... enfim... (mas será que não há milhares de trabalhadores a trabalhar no 1º de Maio?) e envolvimento da ASAE (Alice, Alice,,,,) que mais valia ocupar-se de ilegalidades (só eu já tenho uma resma de folhas do livro de reclamações...) das verdadeiras em vez de perderem tempo e o nosso dinheiro que lhes paga a soprarem para o ar, sem sequer girarem moinhos.
Mas vivemos ficções em contínuo, sem sequer passarem a 24 slides por segundo que sempre animavam a vida, que está triste...

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civetta.buho@gmail.com

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