insignificante
Thursday, March 31, 2011
 


A foto é Agência Espacial Europeia. É nesta migalha do universo que vivemos, achatada, sujeita a todas as reacções e ocorrências possiveis no universo e nela própria, foi aqui que emergimos e criámos sociedade.
Infelizmente esta migalha está a ser roida, até quando, até onde?

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O tempo passa e a situação continua a agravar-se, tudo o que acontece só piora a situação anterior sem lhe dar qualquer solução.
Continuam a tentar arrefecer a fusão em curso, sem sucesso e a lançar toneladas, muitas toneladas de águas cada vez mais radioactivas nos oceanos e não é a restrição das pescas na área que vai evitar as contaminações, a área evacuada de 20/30 Kms deve segundo recomendações oficiais da Agência Internacional Energia Atômica passar a ser de 40/50 Kms, a contaminação por plutónio pode-se agravar caso haja, o que é possível, novas explosões nos reactores, tendo o efeito de uma bomba nuclear, Toquio já começa a ser afectada, segundo dados da Greenpeace.
Em Portugal e um pouco por todo o lado continua a haver quem tente branquear (com que objectivo? é para mim um mistério!)a situação e a sonegar informação.
A situação continua a ser como o comissãrio da Energia da UE a classificou: "Apocalipse", e acrescentou "estamos nas mãos de Deus".
Continuo a confiar mais nos homens, mesmo e sobretudo os que vão morrer a combater a fera.

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Monday, March 28, 2011
 
A história é um processo do qual podemos ou não extrair dados para reflexão.
A não intervenção das democracias no enfrentamento aos "mouros" comandados por quem defendia a morte contra a cultura e procurava derrubar as instituições republicanas, Francisco Franco, levou a uma longa ditadura, massacres e humilhações, dramas sem fim em Espanha e esta prolongou inelutávelmente a nossa.
Era absurdo, absolutamente intolerável ficar de mãos atadas quando o facínora, armado até aos dentes e contando com uma milicia de mercenários internacionais, massacrava o povo líbio, executava a esmo os seus opositores e continuava a viver num delírio de irresponsabilidade e vileza.
Há alturas em que ficar calado pode parecer uma qualquer cumplicidade.
Com um mandato inequivoco das Nações Unidas as forças internacionais que estão a encurralar a fera na sua toca estão a agir muito bem, em defesa da honra e da dignidade que não tiveram noutros locais, a defender o direito e a liberdade.
 
Thursday, March 24, 2011
 

Vivemos literalmente cercados de informação manipulada, e sobre o acidente e as consequências de Fukushima é um verdadeiro pagode, japonês, em que as palavras tem o peso do ar, irrespirável que é produzido nos reactores que continuam em fusão, apesar das continuadas tentativas de controlar o processo.
Hoje para desopilar:
http://www.colbertnation.com/the-colbert-report-videos/378624/march-23-2011/the-word---over-reactor
É que não há como uma pitada de humor para destruir os pensamentos do outro mundo, ou melhor do mundo do engano, da mentira e da indecência.

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Ontem manifestei na reunião da C.M.L. preocupação por isto!

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Monday, March 21, 2011
 
Vamos, quem é que não o sabia desde Outubro?, a caminho de eleições.
Só encontro gente que vai votar em branco, ou aqueles que não atribuiem um dom sagrado ao voto não vão votar.
Mesmo gente que votava em partidos de protesto sem alternativa, como o BE, vai votar branco.
Lancei recentemente, com aplauso, a ideia de fazer um partido "não partido" para eleger os melhores, escolhidos em lógica de assembleia constituinte, defendendo valores, os direitos humanos, o ambiente, mercado na economia, solidariedade na sociedade, transparência nos processos de gestão e disponibilidade para participar na resolução dos problemas do país, caso a caso.
Mas dizem-me que não vai haver tempo...
Pois eu penso que as eleições serão em Setembro/Outubro e até lá se poderia, se houvesse vontade e engenho, inventar qualquer coisa.
Devo dizer que salvo essa invenção, não votarei em nenhum destes.

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Vergonhoso!
Vergonhoso a forma como estes censos estão feitos.
1- Demorei mais de uma hora na internet, o site não está em condições de responder com rapidez e eficácia às demandas. Se tive essa paciência julgo que muitos a não terão tido.
Nota negativa!
2- Roça o miserável algumas perguntas, parece que Portugal parou nos anos 40 do século XX e que as habitações continuam a ser analisadas por critérios abstrusos.
Ainda mais abstrusas são as perguntas sobre trabalho e emprego, aconcelho todos, todos a cocharem "outra situação", então este é um questionário que não tem em conta as dinamicas sociais, a precaridade dos empregos e a rotatividade destes, e ainda mais as perguntas sobre a condição familiar poderem ser...contraditadas na resposta seguinte.
Religião é...facultativa.
Um censo feito por uns fulanos sem qualquer pé na nossa realidade!

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Sunday, March 20, 2011
 
As forças do facínora Gadaffi estão a, finalmente, ser bombardeadas e detidas. Sabe-se já de muitas deserções e o estado da situação vai novamente mudar, em breve teremos novamente esse crapula cercado e a continuar a esbracejar.
Sou, e julgo que a intervenção só peca por tardia, muito tardia, a favor da maior contundência neste caso.
Recordo que foi por não saber agir, por pactuarem com o neutralismo que as democracias deixaram a Republica Espanhola morrer, que foi por cobardia diplomática que se deixou a Hitler as mãos livres para realizar o Holocausto e todas as barbaries conhecidas.
Este Gadaffi é do piorio está a massacrar o povo, com todas as armas, que lhe foram é certo vendidas pelas potências ocidentais, e não há nenhuma razão válida nem que entre no pensamento demo-liberal que possa defender a passividade de morte que está em curso da responsabilidade desse títere.
Sabemos que o PCP e os grupos de esquerda (e infelizmente o BE está a ir a reboque, excepto o Rui Tavares) de um apoio ao senhor em nome de uma absurda lógica anti-guerra.
Guerra é o que o Gadaffi está há muitos anos, com o apoio dos "anti-imperialistas" a fazer contra o seu povo e a humanidade (não esqueçamos o terrorrismo que patrocina).
Que esta acção seja rápida e o Gadaffi seja rapidamente detido e presente ao Tribunal de Haia.

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Saturday, March 19, 2011
 
Pela 1ª vez na minha vida, e julgo que pela última, desfilei no cortejo da CGTP, integrado no grupo de ex-mineiros, amigos e familiares das minas de urânio da zona da Beira, e particularmente da Urgeiriça.
Com outros elementos da direcção da A.Z.U. levei um cartaz que dizia Fim às Centrais Nucleares, que acompanhava outros habituais dos ex-mineiros apelando a compensações adequadas aos familiares dos mortos devido à radioactividade e à recuperação de toda aquela área.
Foi uma acção feliz, que só mereceu simpatia e nenhum oposição ou mal estar.
Mal disposto fiquei eu com palavras de ordem imbecis dos serviços de ordem e cartazes do mais obstruso como a "GGTP exige a abertura de Bingos" ou seja a economia de casino no seu esplendor ou outros de apoio ao crápula e assassino Gadaffi.
Já não me chateia tanto que haja tantos com camisetas de assassinos porque o totalitarismo de pensamento tem sempre os seus icones, depois há uma imensidão de movimentos tontos como um que defendia uma republica socialista federativa entre Portugal e a Galiza em letra ilisivel e outros movimentos que já estão extintos há decadas e ainda não deram por isso.
Como momento sociológico foi divertido, como acção política importante, como confirmação de que este sindicalismo está de caixão à cova também.
É a luta, camaradas, é a luta, até esses palhaços foram à tribuna!

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Friday, March 18, 2011
 
A propósito da acidente de Fukushima:

Casanova problem (survivorship bias in probability): If you compute the frequency of a rare event and your survival depends on such event not taking place (such as nuclear events), then you underestimated that probability.


Retirado de http://www.fooledbyrandomness.com/notebook.htm
(142 Time to understand a few facts about small probabilities [criminal stupidity of statistical science])

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A propósito da acidente de Fukushima:

Casanova problem (survivorship bias in probability): If you compute the frequency of a rare event and your survival depends on such event not taking place (such as nuclear events), then you underestimated that probability.


Retirado de http://www.fooledbyrandomness.com/notebook.htm
(142 Time to understand a few facts about small probabilities [criminal stupidity of statistical science])

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Thursday, March 17, 2011
 
Erámos pouco mais de vinte os que nos juntámos primeiro em frente à embaixada do Japão em solidariedade com os que lutam para minimizar a tragédia, com os que resultante dessa vão ver as suas vidas desgraçadas e ao manifestarmos a nossa solidariedade não esquecermos as responsabilidades.

1- Do governo japonês que não deu seguimento às instruções técnicas que desaconcelhavam o prolongamento da vida destes e doutros reactores nucleares, por com o passar do tempo as defesas destes contra incidentes serem menores. Contra catastrofes, como o sismo e o tsunami, nulas.
2- A empresa proprietária da central por não ter um plano de contingência, por não ter respeitado as normas que devem ser implementadas neste tipo de unidades industriais e por não ter previsto um acontecimento, possível, e real como este.

E depois em frente da embaixada de Espanha, em solidariedade com a exigência das associações ambientalistas do Estado espanhol de encerramento do parque nuclear, e concretamente contra o aumento do período de vida de uma central com um longo registo de incidentes, que quase passaram a acidentes, e que com o passar dos anos aumenta o perigo e a possivel emergência em relação ao seu funcionamento, Almaraz.

O número não é o importante numa acção convocada no próprio dia, nas redes sociais. Importante tem sido e o referi numa pequena intervenção, que este é um caso em que apesar das diferenças entre as organizações, pontos de vista até opostos em muitos assuntos não pode haver exclusão de ninguém e todos os discursos tem que ter um denominador comum, que é o de recusar por razões economicas, ambientais e de segurança a nuclear.
Essa é a única base comum, é o único denominador que a todos nos une, neste momento tão triste, mas onde, e mais uma vez, se poderá gerar nova esperança, em novos paradigmas de desenvolvimento e de gestão e uso de energia.
E daqui não há que tirar outras ilacções.

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Wednesday, March 16, 2011
 
Cerca de 20 pessoas estiveram ontem a assistir à projecção do #Portugal, Energias Sem-fim# no Porto e depois num muito bom debate que durou quase 2 horas sobre questões de energia e obviamente a questão da nuclear, que já havia começado entre alguns na simpática Casa da Horta.
Os temas abordados, os novos paradigmas energéticos, a construção de novos modelos em rede e novos nichos de produção, o enfoque no consumo e o sair do primado da produção, o guião para um novo documentário, as questões da concentração energética, o inutil carro electrico,as questões da biodiversidade, a cotação das empresas de energia na bolsa e os sinais da economia de mercado.
Tudo isso foi discutido com um público participante (e sem nenhum louco, como aconteceu no S.Jorge).
As discussões também abordaram e depois prolongaram-se sobre a intervenção política. Formar um novo partido parece ser a solução que se está a gerar...

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Tuesday, March 15, 2011
 
Comunicado subscrito por A.Z.U., Campo Aberto, Colectivo Casa Viva,
Ecologistas en Acción, GAIA, PAGAN e Quercus

Há 35 anos atrás, a população de Ferrel marchou contra a construção da
primeira central nuclear em Portugal e estabeleceu um marco na rejeição do
nuclear em Portugal. Também em Espanha, nos anos 70, fortes mobilizações anti-
nucleares conseguiram impedir 10 dos 25 projectos planeados. Contudo, o
acidente de Fukushima veio relembrar que os perigos da energia nuclear não
conhecem fronteiras. Organizações portuguesas e espanholas reclamam agora o
encerramento de todas as centrais nucleares em Espanha.


*A situação nuclear no Japão

No passado dia 11 de Março, o Japão foi devastado por um sismo de magnitude
9,0 graus na escala de Richter e consequente tsunami. Para além da
significativa perda de vidas humanas e de bens, as consequências podem ser
ainda mais graves devido a problemas registados nas centrais nucleares.Esta
situação expõe as fragilidades e os riscos associados ao uso da energia
nuclear de fissão, não obstante o enorme investimento feito em segurança e o
discurso tecnocrata de que tudo é controlável.

Vários especialistas consideram já este como o segundo maior incidente nuclear
da história e não excluem a hipótese de ultrapassar a gravidade de Chernobil.
Há neste momento vários reactores em risco de fusão do núcleo e já ocorreram
várias fugas de compostos altamente radioactivas. Uma catástrofe ecológica e
social é, neste momento, uma forte possibilidade. A gravidade da catástrofe,
não só para o Japão, como também para os países vizinhos, será ditada pelo que
se venha a passar com os reactores (que continuam a constituir uma incógnita
para os especialistas), bem como pela direcção dos ventos que transportam as
nuvens radioactivas.


*Portugal disse não ao nuclear em Ferrel, há 35 anos

Em 1976 ainda não tinham ocorrido os acidentes nucleares mais graves da
história: Three Mile Island (1979), Chernobyl (1986) e Fukushima (2011). Tal
não impediu a população de Ferrel (localidade situada numa zona de sismicidade
elevada, no concelho de Peniche) de marchar contra a construção de uma central
nuclear na sua terra, a 15 de Março de 1976.

Também em Espanha se geraram fortes mobilizações anti-nucleares em Espanha,
que conseguiram impedir a construção de 15 centrais nucleares no território
espanhol. Como resultado, apenas entraram em funcionamento 10 reactores
nucleares dos 25 planeados. Destes dez, um deles foi encerrado após o acidente
de Vandellós em 1979 e a de Zorita encerrou em Junho de 2004.

35 anos depois, é tempo de reavaliar as unidades que se construiram por toda a
Europa e, em particular na Península Ibérica, onde Espanha conta com 6
centrais nucleares (8 reactores) em operação, duas delas (Sta. María Garoña,
perto de Burgos e Cofrentes, perto de Valência), utilizando a mesma tecnologia
(BWR) que a central de Fukushima. A Central Nuclear de Almaraz, junto ao Tejo
e a 100km da fronteira portuguesa, já ultrapassou o período previsto de
funcionamento e há alguns meses foi decidido prolongar em 10 anos o seu
período de actividade. Este é mais um factor de preocupação para Espanha e
para Portugal. Em caso de um grave acidente nuclear, os impactos dificilmente
ficarão contidos nas fronteiras espanholas.


*Pedimos o encerramento faseado das centrais nucleares espanholas

A energia nuclear é prescindível em Espanha, dado que este país exporta
energia eléctrica a todos os seus países vizinhos, incluindo França. A
electricidade produzida pelas nucleares pode substituir-se por medidas de
poupança e eficiência e por um forte apoio às energias renováveis. Desta forma
poderia libertar-se a Península Ibérica do risco que constitui o funcionamento
do 8 reactores nucleares, eliminando a possibilidade de desastres com o de
Fukushima, no Japão.

Além do mais, evita-se a necessidade de gestão de resíduos radioactivos que
venham a ser produzidos. Actualmente há cerca de 3500 toneladas de resíduos de
alta actividade, que chegariam a 7000 Tm. Com o encerramento faseado das
nucleares, o volume de resíduos nucleares seria convenientemente reduzido.
Se queremos uma sociedade sustentável, não podemos apostar em formas de
produzir energia que possam pôr em causa as gerações presentes e as futuras,
seja através da exploração do urânio, da ocorrência de acidentes ou através do
legado futuro em termos de desmantelamento e deposição final dos resíduos
nucleares.

Esperamos que a situação se resolva sem danos significativos para as pessoas e
para o ambiente, mas o aviso é claro e não pode deixar de ser ouvido por todos
aqueles que desejam uma sociedade sustentável e com futuro. As organizações
subscritoras deste comunicado, apelam, por isso, ao encerramento de todas as
centrais nucleares em Espanha.

--
E um excelente artigo:

http://www.atimes.com/atimes/Japan/MC16Dh02.html

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Monday, March 14, 2011
 

"En un lugar de la Mancha, de cuyo nombre no quiero acordarme, no ha mucho tiempo que vivía un hidalgo de los de lanza en astillero, adarga antigua, rocín flaco y galgo corredor."
Deveria ser assim a vida, com a imaginação a libertar-nos da realidade e a ficção a trazer-nos de volta o tempo ido.
Nada que venha hoje do Japão é senão a desgraça medonha do sismo e tsunami e o pavor, encoberto por rodriguinhos oficiais que encontra nos prpagandistas da nuclear respaldo, de uma enorme tragédia nuclear.
As consequências ficarão passado o tempo da recuperação do abalo,passado muito tempo porque a radioactividade se continua nos corpos e nos organismos vivos que a recebem.
E hoje ninguém pode dizer, assumindo-se cientista, que isto não é grave, não ha fugas, nada está a ser dramático, quando até os responsáveis locais estão...à rasca!
Talvez possamos na leitura encontrar momentos de outra ficção.
 
Sunday, March 13, 2011
 
Tem sido um tempo sem parar, de acompanhamento dos acontecimentos, de desvendar a verdade sob a espuma oficial que a envolve.
Mas hoje também foi de temple, de arte canalha como deve ser o Tango vadio, o tango de sempre, reinventado por "Melingo" em hora e meia de transporte, na Gulbenkian.
O tempo parou, infelizmente só na grande sala.
P.S.
A notícia é de uma agência de informação e fica aqui para memória futura:
http://www.commondreams.org/headline/2011/03/13-0

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Foi à 35 anos. Nunca esqueceremos o,os momentos. Na altura éramos poucos, mas com a população local e com os ventos do tempo conseguimos.
Hoje é uma terra segura, uma terra que não teme, não tem que temer outros ventos.

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Friday, March 11, 2011
 
Fukushima é o novo marco, independentemente de não ser conhecida a situação de outras centrais no Japão, onde há noticias de problemas menores se comparados a este, onde o risco de fusão do reactor continua neste momento, segundo as últimas noticias a ser real, pese meteorologista conhecido o ter desmentido, Fukushima já está na lista dura que tem Chernobyl, Sellafield, Three Mille Island,Tcheliabinski e centenas, largas centenas de incidentes radioactivos a pontuarem o caminho de uma energia que apesar do seu sinistro início (Hiroxima e Nagasaki) foi anunciada como energia a pataco (até dispensaria os contadores de electricidade) e que hoje tem custos incomensuráveis e recentemente, e mais uma vez deu o berro por razões de ser economicamente incomportável, nos Estados Unidos, pese a simpatia para com ela de Obama.
Fukushima, e espero que o discurso leviano do tempo, se venha a concretizar e que com a ajuda, já no ar dos Estados Unidos e o afogamento do reactor em materiais anti-inflamantes, seja controlada a reacção no coração do reactor, Fukushima será mais um "turning point" da nuclear, espero que o último.
Uma tecnologia que nunca passou do obseleto, que nunca passou do sub-sector eléctrico, que nunca contribui para qualquer novo paradigma económico, que só gerou mortes e resíduos a ela associados em todo o seu ciclo de vida (e em Portugal muitas dezenas de mineiros morreram, e ainda o mês passado mais um morreu devido ao trabalho, sem condições nem precauções na dura tarefa, desprotegida da mineração de urânio), que ainda deixa as terras contaminadas e sem que até hoje se tenha concretizado mais do que projectos de recuperação.
Fukushima, Fukushima, Fukushima. Que não sejas mais do que um nome.

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Hoje um sismo e um tsunami de grandes proporções atingiram o Japão.
O drama humano e as perdas de valores são colossais e em relação a esses só nos resta registar e testemunhar o nosso lamento.
Mas à hora que escrevo outro drama, humano e de proporções inimagináveis, continua em curso. O meltdown nuclear ainda está no horizonte, e embora largos milhares de pessoas já tenham sido evacuadas a realidade do que está a ocorrer ainda motiva as maiores apreensões.
O que segundo os "especialistas" da nuclear nunca, nunca poderia ocorrer volta pela 4ª, 5ª ou 6ª vez a assombrar o planeta, a fusão do corpo de um reactor está iminente e as medidas de contenção não se sabe se serão suficientes.
Depois deste novo acidente de proporções ainda inimagináveis (há problemas noutras centrais nucleares no Japão) as companhias de seguros e os sistemas de construção vão ter que aumentar os preços, face ao risco que se verifica ser ainda maior, e os custos da estrutura que passaram a ter que ser, ainda mais, mais reforçados.
As informações que de diversos canais vamos recebendo são preocupantes, muito preocupantes.
A título de exemplo:
Os reactores continuam a ser alimentados electricamente por fontes exteriores ou estão a ser alimentados por grupos de electrogeneos?
E se sim quanto tempo poderão estar sem fontes electricas para o arrefecimento dos reactores e evitar a entrada em fusão?
Qual a situação e a resposta das 5 centrais na costa do Pacífico ao tsunami?
Qual a situação real da fuga referida na Tokyo Electric Power's Fukushima Daiichi que já levou ao estabelecimento de uma zona de contençao de 3 Km e à evacuação de mais de 2.000 pessoas?E se já foi possivel injectar água no sistema de arrefecimento da mesma?

Nada nos diz que as coisas se venham a desenrolar segundo um padrão conhecido...

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Dia Mundial do Consumidor, 15 Março
21h30 _ "Portugal Energias Sem Fim" - Realizador Rui Cunha
Entrada Livre
Local: Auditório do Grupo Musical de Miragaia
Rua Arménia, 18, 4050-066 Porto

#Portugal Energias Sem Fim# é um documentário sobre a situação das energias alternativas em Portugal, a tradição lado a lado com as mais recentes tecnologias.

Neste documentário mostramos_
-A situação privilegiada de Portugal para a produção de energias renováveis e para a diminuição da dependência energética face ao exterior.
-Como as características do nosso território e o desenvolvimento de tecnologia de ponta a nível nacional, colocam Portugal numa posição de destaque no panorama das energias renováveis na Europa.
-Projectos concretos que se estão a desenvolver no nosso país com a energia eólica, a energia geotérmica, a energia solar, a energia hídrica, as energias da biomassa e a eficiência energética.
-O que se perspectiva para o futuro das energias renováveis e da eficiência energética.
Fazemos uma viagem por Portugal Continental, Madeira e Açores para mostrar o que de melhor se faz no nosso país no campo das energias renováveis.
Este é o caminho, na direcção de um desenvolvimento que se quer sustentável, fundamental à construção de um novo paradigma, alternativo à era das dispendiosas, poluentes e já escassas energias fósseis.


à conversa

moderador
José Regedor, professor

intervenientes
José Miguel Oliveira _ Director da E.E.V.M.
Bernardino Guimarães _ jornalista ambiental
António Eloy _ consultor do documentário


Programação Confederação_nucleo de investigação teatral
Organização Grupo Musical de Miragaia

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Thursday, March 10, 2011
 
Que o PCP apoia o Gaddafi já era conhecido. Agora que o Bloco da Esquerda, ou pelo menos o grupo político em que acompanha o PCP no Parlamento Europeu, também o apoia é que também tem que ser denunciado.
Só os deputados do grupo político em que, ainda?, está, também, o Bloco da Esquerda votaram contra o projecto de ajuda a correr com esse crápula.
Até do meu voto europeu começo a ter as maiores dúvidas.

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Napoleão Bonaparte não é dos meus favoritos. Tinha dons, o de ter nascido corso e de ser quase anão, que lhe permitiam ver as coisas com outro ângulo, e alguma visão, sendo de assinalar o ter construido diversas nações da Europa, ele e os seus exércitos, mas era uma ditadorzeco, sem qualquer respeito por outro pensamento senão o seu.
É isso que caracteriza os ditadores, sendo a forma do seu exercício, dependente do maior ou menor grau de alucinação mental e efectiva com que podem gerir o seu pensamento e da corte que os serve.
Por vezes os ditadores exercem em regime democrático, uma chatice, para quem é iluminado... mas é a vida; único pensamento com referência do "outro".
Napoleão exerceu algum tempo limitado nos seus poderes por um parlamento, mas o seu apelo à rua, e todos sabemos o valor desse e dessa, assim como a degradação da república conduziu ao império, e aos plenos poderes para o abismo, com os seus apoiantes e familiares, há sempre familiares envolvidos, Tunisia, Egipto, Líbia, Bahrhein, Yemen, Marrocos, há sempre familiares envolvidos, reis ou reisinhos.
Lembrei-me do que ficou registado na história como dois adjectivos, um o Estado Napoleonico, estrutura pesada em que assenta no nosso país o funcionalismo público, e o atavismo da sociedade civil sempre a precisar dos partidos (que pagamos olimpicamente e, do meu ponto de vista, inadequadamente) e da cunha (incentivado pelo grosso Estado, glutão) e disto e daquilo (o jeitinho, o favorzinho, a burocraciazinha, etc) e a tradicional mal-dicência do portuga, um autêntico Zé no seu pior; outro o Bonapartismo, a lógica de um salvador da pátria, um mitológico Viriato, um esplendoroso Afonso, um leonino Marquês, um facínora e beato Salazar, ou um outro qualquer à espera dos elefantes, é um desiderato deste povo todo à rasca, todo rasca, onde as excepções os Zés que se levantam e agem são uma escassa minoria!
Bom isto está mau, muito mau, sábado até alguns amigos meus vão à manifestação dos rasca à rasca, sem conteudo, sem enfoque, sem enquadramento, sem objectivos, sem sentido ou manifesto (o texto que me enviaram é do mais rasca e odioso populismo, eivado de mentirolas e deturpações,,, se é assim que funcionam,,, são iguais aos que criticam!), o que quer dizer do desnorte que este sistema vai propiciando.
Se ao menos fossem cogumelos com uma boa omelete!!!

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Wednesday, March 09, 2011
 
Hoje foi um dia estranho, todos os dias que liquidam partes do passado são estranhos...
Estive a fazer arrumações e encontrei os dossiers das finanças, coloquei 4 ou 5 no papelão, embora tenha pensado que uma máquina trituradora fosse conveniente. Tinha ainda dossiers de 96, foi muita memória para o lixo, 5 dossiers.Neles memórias muitas, e recibos/facturas com história, que já não contarão para nenhuma, donativos, hóteis diversos, restaurantes muitos, e recebimentos ou pagamentos que hoje soam estranhos, 10/15 anos passados, e até da Expo 98.
Foi um dia estranho também no tempo, chuvoso e quente. E nesse o censo a aparecer-me em casa, em Barrancos, e tenho que dizer que acho o mesmo é completamente surrealista, com perguntas que não irão merecer resposta.
Por exemplo sobre religião. Quem a fez é um néscio ignorante, um cretinoide, que desde logo deve ser desqualificado de qualquer avaliação. E os mitraicos onde é que cocham? e os sincréticos? E qual a necessidade de ter esta pergunta no inquérito se não querem saber as respostas? e os ateus, acham que referir como "sem religião" é suficiente? E eu que sou adepto de todas? E os mações?
Mas também as sobre a família são um autêntico absurdo,sem possibilidade senão de enganar o censor, nas respostas, aliás eles fornecem um quadro de resposta multipla...
Mas claro que irão receber o questionariozinho preenchido como eles mandam, espero que a internet aceite respostas multiplas, seus idiotas!

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Sunday, March 06, 2011
 
De António Machado e dedicado a todos...

#
Se miente más de la cuenta
por falta de fantasía:
también la verdad se inventa.
#

Vivemos tempos de "cartolina", em que nada está garantido, dizei o que sentis e não o que tendes para dizer.

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Saturday, March 05, 2011
 
#Filme Socialismo# de Jean Luc Godard é uma curiosa encenação que nos remete para o paradoxo " ser uma imagem justa ou só/justamente uma imagem" numa construção/desconstrução de uma viagem, de um discurso, de uma proposta (im)proposta/posta.
Usando novas formas de construir o discurso e a imagem deste, remetendo-nos para outros tempos e outras semiologias é um filme dificil e uma obra de reflexão socio-política importante.
Todos os discursos se perdem no seu passado
A imagem e o seu som tem que procurar a articulação e o momento, certo?.

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Friday, March 04, 2011
 
1- O Avante hoje tinha fotos e elogios do Gaddaffi, é um dos deles, com o Chavez, o Castro, o Kim qualquer coisa, o Jintao e outros, gente do piorio.
2-Não é com o populismo anti-partidos e com uma verborreia ardilosamente mentirosa deturpando a realidade que se pode construir uma alternativa a um sistema bloqueado, dominado por máquinas ao serviço de líderes, inconstestados pela lógica do funcionamento interno (no caso do PCP ou do BE ou do CDS ou do PS ou até no PSD onde existe uma ficção de democracia interna que tem tudo que ver com sindicatos de votos ao estilo mafioso)e vivendo da mama do Estado.
Vencer o populismo é fazer propostas de roptura, desde logo o fim do financiamento dos partidos pelo orçamento do Estado (mantendo uma compensaçao eleitoral na proporção dos eleitos), estabelecer normas para o funcionamento dos partidos, devidamente fiscalizadas, que garantissem a democracia interna (controle dos registos dos membros e da tesouraria interna).
Retirar, ou restringir severamente, os partidos políticos da gestão das autarquias locais, só podendo estas ser geridas por listas de cidadãos em disputa democrática ou partidos se respeitarem a lógica de constituição dessas, ou seja constituição em cada acto eleitoral, articuladas num novo tipo de estruturas autarquicas e de poder nestas.
Alterar o sistema eleitoral e parece-me que a proposta de um círculo nacional, articulado com círculos regionais de tamanho adequado e com voto preferencial, e reduzir o número de deputados em 10%, para 207 (99 eleitos nacionais e 108 por círculos, número que me parece adequado), desde logo estabelecendo outras regras para o exercício da função e um aumento substancial da retribuição dessa.
3- Infelizmente julgo que não temos quem seja capaz de desenvolver discursos que se articulem com a realidade e vemos os gaddaffis e os seus compéres das convocatórias tontas e do rasteiro populismo a sevandijarem a sociedade, sem que as alternativas se ouçam...
Como ontem referi a nossa sociedade está doente, doente e sem direito, sem a vida do direito a iluminá-la, sem uma justiça justa e um quadro de funcionalidade desta eficaz. Mas há sempre quem não desista de lutar, há sempre quem seja capaz de por entre uma porta fechada descobrir a luz, da percepção.
Esta é a minha opinião, eh, eh.

Post Scriptum:
Tinha trocado um digito (corrigido) e claro que em relação ao Avante, no que respeita a foto era especulação (nem lhe toco), sendo que o apoio do PCP a qualquer dos mencionados, no pecepês verdadeiros democratas e patriotas, está acima de qualquer especulação!

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Hoje dia em que tive direito a várias anedotas,
momento zen com o meu contabilista e de constatação que ainda há-de nascer o Estado que seja mais esperto que o cidadão e o seu engenho,
uma reunião entre a arrogância e o poder e o excesso de voluntarismo e o erro desse no Ministério da Economia, que durou mais de duas horas,
dia em que também soube melhor de lados negros que mais ou menos todos teremos,
hoje recebi um prolongamento de Leis que muito aprecio e que,
enquanto preparo texto contra populismos e também de castigo à partidocracia que os alimenta (ontem na Lx Factory no curioso debate organizado pelo Paulo Trigo em que foi orador e apresentador de um interesse modelo reformador do nosso sistema político o André Freire, e onde estavam presentes alguns idiotas contra o sistema, houve um que além de um chorrilho de mentirolas ainda verberou a minha intervenção como "monologo", para ele o "monologo do pastor para os cretinos")
recebo este divertido compêndio de ajuda aos rascas "Deolindas":

Legislação Complementar às Leis de Murphy

"O seguro cobre tudo, menos o que aconteceu"
(Lei de Nonti Pagam)

"Quando estiver com apenas uma mão livre para abrir a porta, a chave
estará no bolso oposto."
(Lei de Assimetria de Laka Gamos)

"Quando as tuas mãos estiverem sujas de graxa vais começar a ter que coçar, pelo menos, o nariz."
(Lei de mecânica de Tukulito Tepyka)

"Não importa por que lado seja aberta a caixa de um medicamento. A bula vai sempre atrapalhar."
(Princípio de Aspirinovisk)

"Quando acha que as coisas parecem que melhoraram é porque algo lhe passou
despercebido."
(Primeiro teorema de Tamus Ferradus)

"Sempre que as coisas parecem fáceis, é porque não entendemos todas as
instruções."
(Princípio de Atrop Lado)

"Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam."
(Lei da persistência de Waiterc Pastar)

"Você vai chegar ao telefone exactamente a tempo de ouvir quando desligam."
(Princípio de Ring A. Bell)

"Se só existirem dois programas que valham a pena assistir, os dois passarão à
mesma hora."
(Lei de Putz Kiparil)

"A probabilidade que se suje comendo é directamente proporcional à
necessidade que você tinha de estar limpo."
(Lei de Kika Gadha)

"A velocidade do vento é directamente proporcional ao preço do penteado."
(Lei Meteorológica Barbero Pagá)

"Quando, depois de anos sem usar, decide deitar alguma coisa fora, vai
precisar dela na semana seguinte."
(Lei irreversível de Kitonto Kifostes)

"Sempre que você chegar pontualmente a um encontro não haverá ninguém lá para comprovar e, se ao contrário, você se atrasar, todo mundo vai ter chegado antes de você."
(Princípio de Tardelli e Esgrande La de Mora)

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Thursday, March 03, 2011
 

Foto de Jesus Garzon

O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS

Do Tempo e da Paisagem*

¿Qué tiene el agua del rio
esta tarde tan sentida
que parece que mirando
al claro cielo suspira?

De Frederico Garcia Lorca

1-As paisagens são uma construção, também, da humanidade

As paisagens são uma construção dos elementos; o sol, a água, a terra e as características do ar, determinando-se esses elementos uns aos outros.
Mas as paisagens são também, e hoje no nosso planeta quase por todo o lado que conhecemos (salvo profundezas tropicais, desertos ou os oceanos) construções do homem.
Num dos mestrados que frequentei comecei a fazer um trabalho sobre as transumâncias. As deslocações de gado com fins alimentares, entre o verão e o inverno das montanhas para os vales, ou as suas circulações entre o campo e os embarcadoiros (normalmente na meia estação) marcam ou melhor marcavam a vida no campo em muitas partes do globo e são características da Península ibérica.
São ou eram importantes modeladores do território, ao abrirem aceiros, estrumarem os campos, permitirem a ocorrência de alimentação para necrófagas (que se alimentavam de animais mortos) ou outros animais como o lobo (que apanhava algum gado doente) ou potenciarem a economia em locais, povoações, que viviam desses momentos de passagem das manadas.
As grandes transumâncias entre o norte e o sul da península ou entre diferentes zonas construíram, também, a diversidade das nossas paisagens.
Hoje há quem procure recuperar ou a memória e a paisagem dessa viva, ou mesmo quem mantenha e estimule a continuidade das grandes transumâncias.
Em Portugal (e aproveito para referir que em cada escrito procurarei divulgar associações, entidades e projectos que marcam o nosso “tempo”) a Associação Transumância e Natureza (ATN) é uma das entidades que surgiu com intuitos de incrementar diversas formas de recordação (www.atnatureza.org/ ) e ainda intervir para salvaguardar as práticas agro-pecuárias tradicionais ainda existentes na região beirã onde se instalou, entre outras actividades de promoção do património.
E não quero deixar de mencionar aqui Jesus Garzon, um dos especialistas mundiais em conservação da natureza, companheiro de histórias do “matorral”, os nossos comuns montados, dinamizador da antiga Mesta (associação que gere as antigas “cañadas”, caminhos reais protegidos, por onde o gado passa, e que cruza inclusive o centro de Madrid) e da defesa das práticas agro-pastoris, articuladas com o incentivo e o apoio à manutenção das áreas de ruralidade, com as suas culturas e lógicas tradicionais de trabalho na natureza, que é uma das chaves para a vida das paisagens.

2- Deixando as plantas recuperar o excreta

Começam a pontuar por aqui e por ali as nossas paisagens. No lugar onde antes estavam malcheirosas e muitas vezes ineficazes estações de tratamento de águas residuais (E.T.A.R.s), impostas sem cuidados nem critérios no quadro da entrada na então C.E.E., instaladas e desmazeladas por multinacionais francesas e alemãs, surgem hoje estações de tratamento biológico de resíduos. Ainda timidamente é certo, ainda a necessitarem de passar por provas de fogo em aglomerados urbanos mais significativos, ainda a necessitarem de um pequeno incentivo, (uma parte residual do que foram os investimentos que nos foram emprestados e que hoje pagamos com juros para ter cá as unidades referidas acima, instaladas sem ter em conta o tipo de resíduos e hábitos nacionais, assim como as características do nosso território) ainda que timidamente, hoje, as “etares” com utilização de plantas, as designadas fito-etares vão começando a proliferar pelo nosso país.
Aqui e ali vamos vendo umas caniçadas comer os resíduos urbanos ou, onde estava uma charca de resíduos malcheirosa, vemos despontar abundantes cobertos vegetais.
Sobre essas e também sobre outra geração de “etares” com sistemas de recuperação de biogás e correcto processamento dos resíduos sólidos destas (como a do Portinho/Almada) desenvolverei próxima crónica.

3- Olhar as árvores, não esquecer a floresta

Julgo que foi esse o título de um artigo que publiquei no Expresso, que parafraseava a comunicação que apresentei no 1º Congresso sobre áreas protegidas, se não me engano em 1987.
Os problemas da paisagem e do território tem vários níveis e escalas e não são pequenos paliativos que irão resolver a crise ambiental. É um novo modelo sociopolítico e outros desenvolvimentos da economia, que tenham em consideração a perenidade dos recursos.
Os problemas actuais da economia em colapso, do ambiente em ruptura, do clima em ebulição, os enormes constrangimentos sociais articulados com os discursos dos nossos políticos que não correspondem a nenhuma realidade só podem conduzir-nos:
ou a novos modelos e novas lógicas de poder em rede e a exploração de novas capacidades e tecnologias sustentados nos recursos, novos discursos que reinventem o social, modelos baseados em nichos de produção sustentável e de qualidade, que usem as energias suaves em sistemas eficazes e simplifiquem a nossa vida...
ou os quatro cavaleiros não andarão longe...

Limpemos os olhos e descubramos mais do que a vista alcança!

*Título de um excelente livrinho do Arq. Paisagista Henrique Pereira dos Santos, Edição Principia. Henrique Pereira dos Santos é um infatigável construtor de pensamento sobre a paisagem, contrariando muitas das ideias sobre ela que dominam o social, que aqui tributo.

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Wednesday, March 02, 2011
 

"Abastecimento gratuito até Junho
Lisboa com 687 postos para carregar veículos eléctricos até ao Verão."
dos jornais
Esta ideia peregrina faz-me lembrar outra também peregrina que este estimoso personagem levou à Vereação da C.M.L. a de instalar aerogeradores em Lisboa.
Ajudei a chumbar essa e teria o mesmo gosto em chumbar mais esta patifaria publicitária.
Não há carros electricos para abastecer, nem haverá porque estes não fazem qualquer sentido nem economica, nem ambientalmente, nem em termos do sistema de transportes urbanos e da sua melhoria.
No último mês tinham sido adquiridos por particulares em todo o país 6 (seis) e empresas públicas ou governamentais o número era redondo (salvo aqueles de publicidade que andem por aí!!!).
Mas o Zé enganou, mais uma vez, o Presidente António Costa, talvez ilusionado por espertos que também rondam o governo da nação.
Os carros electricos vão ser o próximo flop da indústria automóvel, pelo menos na sua actual configuração, e não há preço do petróleo que os tire do buraco.
Mas lá vão ao nosso bolso com mais uns milhões... e quem vai lucrar são só as agências de venda de meios e as publicitadas...
Ai,ai,ai

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Tuesday, March 01, 2011
 
Tenho conhecido vários tipos de loucos ao longo da minha vida, uns mais doentes que outros.
Ainda recentemente tive que aconcelhar a um consulta e internamento na Av. do Brasil 53. Terei que voltar a aturar os dois reisinhos e o outro. E agora o impagável Gadaffi o "adorado pelo seu povo", esse infelizmente (e foi apoiado por sabemos quem, na altura do seu reinadio pelo comunismo!)mata o que o adora. É a lógica bipolar que hoje parece dominar o social, e que infelizmente é o que encontra expressão nos média cada vez mais incapazes de esgravatar os discursos e descobrir a realidade.
Ontem discutíamos a incapacidade e ineficácia dos média escritos de produzirem seja que informação, e repito informação, seja, por estarem demasiado focados na trivialidade e no pormenor, sem qualquer interesse, que julgam ser o que "nos" interessa. Fantástico, qual pescadinha com o rabo na boca e em vias de extinção.
Claro que outros médias (rádios e televisões e, mas, sobretudo os novos sistemas de comunicação individual) estão a anos luz do embotamento dos escritos, e mesmo dos seus sites...
Bom é a vida, com o encerramento do Miguel Bombarda, só temos o Júlio para depósito...

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civetta.buho@gmail.com

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