insignificante
Thursday, March 31, 2005
 
Andei pelos anos 70 pela Faculdade de Letras e recordo a biblioteca como um local inóspito e decadente.
Hoje passados mais de 20 anos e por sugestão do meu velho camarada de armas Lampreia, fui até lá procurar o biografia do Drummond de Andrade, do Berço ao Livro, do Prof. Arnaldo Saraiva.
O livro lê-se num consumo e por ele vê-se a alta qualidade do investigador e excelência do poeta. A ele voltarei.
Mas é sobre a nova Biblioteca que quero, agora, falar.
Foi para mim uma admiração e um enorme prazer.
O pessoal administrativo é super atencioso, e com boa formação, o espaço amplo e confortável e os serviços de apoio de qualidade.
Passei umas horas de delícia, cómodo e produtivo.
Um Muito Bom para este espaço, os seus funcionários e o ambiente do mesmo.
 
Wednesday, March 30, 2005
 
Todo o passado é, pode ser invenção. Todo o passado é ficção romanceada, onde nós somos os autores do texto. Podemos inventar tudo. De personagens a registos, de acontecimentos a enquadramentos. Só o que fica codificado em símbolos pode servir de aferição e mesmo assim tudo é possivel de releituras, de reintreprtações.
Hoje eramos cerca de 50 pessoas a ouvir a conversar com um dos melhores malabaristas da língua e um dos mais hábeis contador de ficções históricas ou não da nossa actualidade. O escritor luso-angolano José Eduardo Agualusa, para os amigos e velhos conhecidos e também brincalhões com as palavras e os significados o Alves da Cunha.
Foram duas horas de convívio e de estórias divertidas que nos juntam, que nos fazem, que nos inventam.
Todos os dias, também são dias. E as osgas são repteis simpáticos, popilas!
 
 
Li hoje um curioso livro de Jacques Le Goff e &, sobre o Corpo, na Idade Média.
É, como outras obras de Le Goff (a origem do Purgatório ou a criação do Diabo) um livro que nos arrasta para outros tempos e nos abre as portas a debates que ainda pontuam os nossos corpos, limitam os nossos espíritos.
Saber com a Igreja Institucional assenta sobre sucessões de mentiras (notável saber que no século XII após grande discussão teológica ficou consagrada, quiça como dogma de fé!, que os corpo vão nús, sim nús, para o Paraiso ou voltar a ler os textos biblicos sobre o pecado original e peceber que esse não tem nada, nada a ver com o dito da carne, como a tal Igreja enganosamente insinua!).
É um livro que nos leva, levemente, a espreitar a alimentação, a moda, a dança durante esses tempos que fizeram o corpo, o nosso. Que temos que conhecer para nos libertar de amarras e deixar o espítrito respirar.
 
Monday, March 28, 2005
 
Estamos rodeados de deliquentes. Grandes, médios e pequenos. Bandidos, escroques e adolescentes retardados.
Penso que JMF caí, periodicamente, e por razões que conhecemos, neste último caso.
Ao ver o anúncio (mas será que não há ninguém além dele que fiscalize os ditos) da última página (menos pornográfico é certo que o da Santa Inquisição...) só resta dizer, não há paciência.
Nunca assinarei a edição online, que tem parceiros destes, e durante um mês, um mês, não comprarei esse jornal.
O consumidor tem que reagir aos estimulos, em público.
 
Sunday, March 27, 2005
 
4 dias e muitos quilometros passaram.
Não tenho dúvidas que a sra Vicência no restaurante Nascer do Sol faz uma das melhores catcupas de Portugal.
Não tenho dúvidas que o país está a definhar, plantas e animais devido aos constrangimentos climáticos e que o pior está para vir.
Não tenho dúvidas que hoje podemos discutir o sagrado, todo o sagrado sem medo da excomunhão, qual excomunhão?
Não tenho dúvidas que a mudança de hora não obedece a nenhuma,mas mesmo nenhuma razão lógica, imperativo humano ou poupança de recursos.
E finalmente, por hoje, não tenho dúvidas que a Telepac ou o Sapo lhe sucedeu é gerida por idiotas e nela, nos seus serviços financeiros ou de gestão, só há imbecis.
 
Tuesday, March 22, 2005
 
Ontem, no seguimento do simpático convite do Sr. WanCunyu fomos ao jantar comemorativo do 15º aniversário da Associação luso-chinesa.
Foi um jantar curioso.
A simpatia desbordante, assim como a amabilidade (traço da cultura chinesa?) do nosso anfitrião.
A comida deliciosa, a sopa fenomenal e quase de chorar para mim, sem dúvida a grande descoberta, …e parecia só caldo!
E assisti, pela 1ª vez na vida, a um Karaoke chinês, divertido.
Tivemos, ainda, uma percepção da organização social da comunidade (ou dos seus elementos presentes).
Dizia-me o Mário que o recordava das festas de emigrantes portugueses em França, e, de facto, a lógica de protecção da comunidade e o sentido desta tem similitudes, mas também grandes diferenças.
Grandes do tamanho da China, que se perpetua de geração em geração, protegida pelos seus deuses, protegida pelos seus familiares, protegidos pela estrutura em que assenta a comunidade, e os seus valores.
É importante o esforço para a integração desses, nos nossos, com os nossos.
Em volta da mesa é o local mais indicado para o conseguir.
Ontem com muito, muito, Monte Velho o convívio foi amável, muito amável!
 
Monday, March 21, 2005
 
Quando se perde uma língua é a biodiversidade e o conhecimento dessa que se perde, na faculdade de nomear.
A linguagem, segundo Lewis Caroll fonte de mal entendidos é um tema por excelência para tudo. Tudo a serve, ela é tudo. Tudo é ela.
Recordo o meu conhecimento do Noam Chomsky, pela gramática da língua, inata, e a hominização pelo percurso do "aire de broca".
Recordo a prendizagem dos símbolos e de tudo o que gravita no seu entorno e o reconhecimento das suas virtualidades.
Recordo longas discussões de 2filosofia" em locais muitos e a prática dessas.
Hoje, curioso da origem de algumas palavras, que se adaptam e dobram, se deixam manupular e são sujeito de alteridade encontrei um texto que me gratificou, ou melhor me fez sentir gratificado.
Tudo tem um significado.
Aqui, deixo, também para minha memória o site:
http://www.igeo.uerj.br/VICBG-2004/Eixo4/E4_023.htm
é excelente!
 
Sunday, March 20, 2005
 
Hoje, dia de ramos, memória dos tempos do antigo testamento que preparavam o regresso do povo hebreu à Palestina, hoje palco de tanta ignorância, em nome do pai, do filho e do espítrito que os ilumina, e à mãe e filha, três notas.

Uma ultrajada : Um monumento histórico, do século XVIII, tombado como dizem os brasileiros, como património da Humanidade (e se não está deveria!), ex-libris de Lisboa e referência histórica do abastecimento das populações e marca do urbanismo e monumentalidade marcante da cidade de Lisboa vai ser destruído. O Aqueduto das Àguas Livres vai ser destruído (pois uma parte é o todo que só funciona nessa lógica).
O geverno mais inepto da história da democracia portuguesa decidiu autorizar a destruição deste para ...para construir uma variante de uma radial para levar mais carros ao centro de Lisboa (destruída sem Aqueduto!, entretanto).
Protestos, locais, nacionais, internacionais deveriam abundar.
O novo governo deveria urgentemente revogar esta autorização!

Outra agradecida: á Ayaan Hirsi Ali. por viver e defender convicções e não ser tolerante e denunciar o obscurantismo do islão e denunciar o relativismo cultural que quer pôr todos ao mesmo nível. Não o todos diferentes todos iguais tem, tem absolutamente que respeitar os direitos, os direitos individuais! Não há, não pode haver tolerância, com práticas de atropelo dos direitos em nome da religião ou de quaisquer valores erigidos em totem.
Bravo Ayaan, hoje e sempre!

E outra de incompreensão, como é que uma personalidade como Mário Soares (a conselho de quem?) contrariando os valores de toda a vida, e sobretudo o fundamental dessa que é a defesa dos direitos civis pode, em quaisquer circunstâncias, receber uma delegação do chamado "entorno" da organização terrorista e sanguinária chamada ETA? Como é que pode (a conselho de quem, por deus, homem?) receber dois apaniguados do tiro na nuca, como arma de luta política e que tem como programa o espesinhamento de todas, todas as liberdades. Como é que o Mário Soares pode fazer isto? (aconselhado por quem, por quem???)
 
Saturday, March 19, 2005
 
Surrealismo “liberal”, surrealismo total.

Penso que um pensamento liberal, ancorado socialmente, na linha dos textos de Carlo Rosselli tem um lugar importante a ocupar em Portugal (ao contrário do liberalismo de direita hoje bem trucidado por VPV).
Penso que a discussão e valorização do debate para construir este pensamento hoje pelas ruas da indigência nesta área e que nunca em Portugal (ao contrário do que foi referido!) teve qualquer expressão é, seria uma aposta interessante.
Há algum tempo apareceu um grupo que queria discutir sobre isso. Pensava eu.
Afinal é uma minúscula seita (que se aplaudem uns aos outros) que reune num 4º andar sem elevador (deficientes fora!) no que recorda aqueles congressos pré democracia (salvo as tais palmas) a sonharem que vão tomar o poder.
O delírio destes 9 ou 10 jovens (todos com um título presidente, secretário, tesoureiro e os outros vice-presidentes) com noções confusas do que é o liberalismo político e não o sabendo distinguir do económico e, ainda por cima pensando que a palavra liberal é mágica (então não é que encontram liberais no governo cleptocrata de Angola e no partido herdeiro da ARENA, partido da generalata brasileira, e noutras aventesmas dessas!) vai ao ponto de por artes de powerpoint já se pensarem o 3º (sim o terceiro!) partido português.
E não são capazes de organizar duas ideias seguidas e responsáveis sobre o enquadramento político-social do que querem (saberão ou é só o título e o momento de glória???).
Estive lá (era o décimo) e disse-lhes o enorme disparate a total insanidade do propósito de fazer um partido liberal em Portugal.
Falei 15, 20 minutos e esperei hora e meia que alguém argumenta-se os motivos que expûs.
Se lá tivesse ficado ainda estaria a ouvi-los a ouvirem-se a si próprios e a aplaudirem-se e a mostrarem os seus power-points.
Todos completamente fora da realidade. Todos de camisas aos quadrados.
Não gosto de camisas aos quadrados.
E odeio a tolice e os delírios pseudo- sociais e adjuro os pensamentos febris.
E como liberal sou contra a intolerância mas não sou, não posso ser, tolerante com a estupidez e imbecilidade!
Nunca mais me meto noutra destas, como digo sempre depois de me ter metido! E safado, mais uma vez antes de qualquer contágio! Ufa!
 
 
O bater das palmas ritmadas, o sapatear envolvendo o mundo e o cante "hondo" que irrompe poderoso do fundo da alma e articulado como dois amantes, o piano e o contrabaixo a discutirem com a bateria em jazz, tudo num transe espacio-temporal cheio de vibrações.
Foi ontem, o QWuinteto de Chano Dominguez, na CulturGest.
 
Friday, March 18, 2005
 
Chuva.Chuva.Chuva.›
 
Thursday, March 17, 2005
 
O Borsch estava soberbo, as conversas divertidas enquanto o vodka ia iluminando as velas e os espíritos, a amizade sempre presente nas cumplicidades do tempo.
Hoje escrevi uma notícia que começa assim:

A comer é que a gente se entende!

Contestando o povo (que sendo uma massa é tudo menos líquido, como dizem os nossos políticos, que tenha sempre razão) tenho que afirmar categoricamente que é a comer que a gente se entende (fossem as reuniões de concertação social servidas com um aperitivozinho e os sindicatos e greves seriam quase desnecessários!).

Inventar histórias com as palavras é uma aventura ...
.
 
Tuesday, March 15, 2005
 
Dois escritores, de sempre, vão iniciar a minha conversa sobre gastronomia russa, que vai abrir o apetite para a descrição da Elena e o jantar no Bolschoi, sem bailarinas mas com convivialidade, de amanhã.
Regressado da terra, onde fui ao início da Agenda 21 local, que fica para outra ocasião aqui deixo um cheiro, do sabor:

Omelete da Imperatriz
“Para duas pessoas apaixonadas são precisos cinco ovos acabados de pôr por uma galinha virgem, meia chávena de caviar beluga, se possível trazido do Mar Báltico, quatro postas finas, mas suculentas, de salmão fumado da Noruega, manteiga fresca do campo, cebolinhas picadas, sal, pimenta, duas colherinhas de natas azedas e, é claro, pão torrado.
Com delicadeza(…)
segue descrição da confecção, que saltamos
(…) Sirva-a nos pratos mais bonitos que tiver previamente aquecido no forno. Ponha por cima o caviar e ao lado o pão estaladiço acabado de torrar e as natas azedas. Depois de uma noite de amor, este é o pequeno almoço indicado para se continuarem a amar sem tréguas o resto do dia.”

Jantar Camponês
“(…) Os esforços de x e do cozinheiro para que o jantar estivesse óptimo tiveram como consequência que os dois esfaimados amigos atacassem desenfreadamente os preliminares, comendo grandes quantidades de pão e manteiga, ganso salgado e cogumelos salteados, sendo que a sopa acabou por ser servida sem o acompanhamento das pequenas empadas com que o cozinheiro costumava impressionar as visitas.(…)
Embora eles estivessem acostumados a diversas cozinhas acharam tudo excelente, da aguardente de ervas, ao pão e manteiga passando pelo ganso salgado e os cogumelos, rematados com sopa de urtigas e a galinha em molho branco além do vinho da Crimeia - tudo estava excelente e maravilhoso.”
 
Wednesday, March 09, 2005
 
Hoje ao almoço comi uma cachupa refogada, com dois ovos escalfados e uns nacos de linguiça. Senti-me transportado ao café Lisboa, no Mindelo onde há 10 anos tomei esse pequeno almoço, acompanhado por dois ou três convenientes amigos que comigo o partilharam.
Comecei a escrever sobre a cachupa, sobre as origens e os tipos da mesma, sobre o caboverdiano e o como, o porquê, e em busca de fotos encontrei momentos parados do passado no tempo.
Tudo é como comida, passa, fica e antecipa-se.
A cachupa, como outros pratos, mais num caso, menos noutro é uma marca identitária.
É um gosto. Que se continua....
 
 
Voltei a escrever sobre cinema.
E lembrei-me de um soberdo filme do Wim Wenders para começar, "The Land of the Plenty", que passou despercebido por entre o frenessim de tanta porcaria que assalta o celulóide.
A crítica de cinema é como um conversa que deve abrir portas à descodificação da imagem e da sua ideologia. Uma mistura de Sontag e Godard (soberdo tb o seu último, "A nossa música", que devia ser traduduzido em todas as imagens!
 
Tuesday, March 08, 2005
 
No meio do atafulho (palavra notável, hem?) dos mail chega por espírito amigo (que a mão nunca se sabe...ao contrário do ditado, pois não reflecte) um interessante texto publicado hoje no Globo, Brasil.
Sem referência ao autor retiro uma citação: "O amor é a tentativa de pular esse abismo. O amor é a patética falta de recursos de seres querendo ser absolutos, quando não passam de bichos relativos."
Talvez o pavor do abismo nos deixe à borda do salto, talvez a busca do absoluto aumente a nossa relatividade....
 
Monday, March 07, 2005
 
Tenho uma fraqueza, entre outras.
Adoro o St. Exupéry e o Corto Maltese, ou melhor o Principezinho e o Hugo Pratt.
E encontrei-os juntos, num magnifico album, que só agora vi e por acaso na FNAC.
Made my day! Folheei e voltei a folhear.
E depois li, vagarosamente e voltei a ler, vagarosamente.
Sabe tão bem ver a fronteira entre a vida e o sonho, sabe tão bem passar da vida para o sonho.
Sabe tão bem viver os sonhos do passado no presente e saber que o futuro os encerra a todos.n
 
Sunday, March 06, 2005
 
Acabei de ler o Medo de Existir do José Gil e senti-me transportado no tempo a varios tempos.
A uma longa, longuissima até que fomos expulsos do Snob, conversa com a Inês Lem (ainda andará a conduzir taxis por Berlim?) sobre o ser português.
Acho curiosa esta reflexão, sobre o medo, o nevoeiro, a morte. E sobre o reverso auto-punitivo que faz a identidade, parte da nossa identidade.
Volto a recordar as nossas conversas. Tantas conversas, so little time, como se dizia, também num Yellow submarine.
 
 
Devo estar a atravessar um período de "particularmente sem saco". Particularmente sem saco para aturar merdas.
Então não é que hoje me enviam um enorme relatório do Ministério da Informação da CHINA, sim da China comunista!.
A denunciar os atropelos aos direitos humanos nos Estados Unidos.
Diz o roto ao nú...
Sempre foi a estratégia dos maiores velhacos (no caso um lado está bem para o outro, salvo que neste caso este relatório será publicado nos Estados Unidos e discutido nos jornais e opinião publica! e isso, isso faz toda a diferença!) a de apontarem o dedo ao rival para desviar as atenções.
Tienamen não foi em Washington!
 
 
Notável a entrevista de Kevin Roberts ao El País de hoje.
Há muito que não via o pensamento liberal e social expresso com tanta clareza.
Depois fui almoçar. E pode pensar que só esse pensamento e a acção que lhe está inerente é que é portadora de futuro.
Serviram um azeite marrado à refeição. Protestei junto do gerente da casa "Bem Belém". Estava acompanhado de 8 pessoas. 6 votantes no Bloco.
Muita garganta e nula acção. Todos acharam que não devia protestar...
Veiu a conta com menos 3 garrafas de vinho e os cafés e digestivos (vários) por conta da casa. O gerente o sr. Pedro deu-me uma desculpa esfarrapada que a cozinheira tinha posto o berra nos galheteiros, etc.
Foi simpático...a fiscalização económica deve tê-lo assustado. Talvez o berra vá para a pia. A ver.
Notável é ter que ficar mal disposto por "estes" bloquistas não se terem indignado!, também neste caso!
Estão à espera da revolução!!!Tudo o contrário da democracia liberal!a
 
 
Vi alguns filmes ultimamente que me fizeram saudada dos meus tempos de crítico de cinema. Sobre eles teria muito para comentar sainda da língua de pau que hoje é dominante na crítica nacional. A título de exemplo o último Godard que emula a Sontag " A nossa música", o Socorsese "Aviador" ou o clean Eatswood "Million Dollar Baby" e o que eles nos revelam sobre a ideologia e o sonho americano.
O "As paixões de Julia" que parece um livro do David Lodge ou do melhor Wilde.
Mas é sobre o Sideways que quero deixar aqui umas linhas.
É um filme sobre a importância de não ser tolerante. Sobre a amizade e o vinho que é como esta. Vê-se, cheira-se, saboreia-se, prova-se e devolve-se. E não há, não pode haver tolerância para a falsidade. Nenhuma falsidade. Nem que seja a de aturar o que não se suporta.
Por exemplo música pimba mais do que na medida do rídiculo desta.
E silêncio, agora, que se vai ouvir o fado.
Este filme delicioso é sobre isso. A seguir o Bolschoi...
 
Saturday, March 05, 2005
 
Pois temos um governo interessante.
Talvez com o passar dos anos isso seja inevitável, com 4 ou 5 dos ministros tenho histórias pessoais e simpatias.
Com o Mário em Maiorca, com o Pedro em Atenas, com o Alberto nas Caldas. E outras, outros reservadas pela solidariedade.
Acho que temos um governo decente de gente normal que pode levar a carta, seja o que ela for, a Garcia.
E talvez o obvio candidato para ganhar a Presidência? Esse sim!
 
Thursday, March 03, 2005
 
Hoje foi a penultima sessão da linha de montagem. Mais uma e o livro fica pronta para a pré-impressão e as revisões finais (+ um pincel).
Mas está bonito.
E enquanto isso estive preparando o "borsch". Que parecido é com a sopa da pedra...Será que todas as sopas camponesas tem a mesma origem? Será que borsch é pedra?
Que será? Será!m
 
Wednesday, March 02, 2005
 
Absolutamente inacreditável. Absolutamente inacreditável que um jornal, com um minimo de seriedade e ética publique um anúncio à "Santa Inquisição".
Pois é isso que faz o jornal Público (será que outros? e quem paga??) na sua página 16.
Pensava eu que o codigo, se é que há algum(?) proibia estas cachorradas.
Pelo visto não e o Público desce ao nível do abjecto. E do cânone 915, que matou milhares, milhões nas fogueiras e nos campos.
t
 
Tuesday, March 01, 2005
 
Jantar Camponês

"(…) Os esforços de x e do cozinheiro para que o jantar estivesse óptimo tiveram como consequência que os dois esfaimados amigos atacassem desenfreadamente os preliminares, comendo grandes quantidades de pão e manteiga, ganso salgado e cogumelos salteados, sendo que a sopa acabou por ser servida sem o acompanhamento das pequenas empadas com que o cozinheiro costumava impressionar as visitas.
(…)
Embora eles estivessem acostumados a diversas cozinhas acharam tudo excelente, da aguardente de ervas, ao pão e manteiga passando pelo ganso salgado e os cogumelos, rematados com sopa de urtigas e a galinha em molho branco e o vinho da Crimeia - tudo estava excelente e maravilhoso."

Era assim, no século XIX um repasto camponês na velha Rússia. Depois veio o comunismo e o "borsch" passou a ser de pão e água, nas suas diversas versões.
(e hoje notáveis textos mostram que o "idolatrado" Lenine sempre foi um reles criminoso e um psicopata tenebrosa, assim como os seus sequazes...)
De tudo isto e mais temas se conversa nas gastronomias do mundo.
A próxima será, com preliminares hoje, a da velha, muito velha Rússia... onde também se falará de Voltaire e de Catarina, sua correspondente...
 
civetta.buho@gmail.com

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