insignificante
Thursday, May 31, 2007
 
Vodafone,
Tive um incidente com essa empresa, onde por sucessiva responsabilidade de técnicos da mesma, erro na digitação de código postal, se gerou uma caricata situação de troca de cartas e dada a rotina de processos situações desagradáveis no meu relacionamento com a empresa que contrato.
Venho referir, ao contrário de outras , e nomeadamente a ONI, que continua a não fornecer os serviços que pago, houve enorme disponibilidade dos assistentes e simpatia no atendimento e o quiproquo foi resolvido a contento, com reiteiradas desculpas dos elementos da empresa Vodafone.
Protestar vale a pena e quando não se encontra um parede (como acontece na ONI, apesar de ter um provedor e tudo!) e sim gente nova e dinamica que procura soluções.
O cliente tem sempre ( ou quase sempre!) razão. É isso que os serviços municipais de Lisboa, por razões que aqui referi, encarregues do processamento do Livro de Reclamações parece (por razões que já referi! sublinho) não perceberem.
Por essas razões para esses serviços o cliente é sempre o arguido, e mesmo o culpado!
Velhos hábitos, velhos...

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Wednesday, May 30, 2007
 
Olival,
Vejo o olival da minha janela, lembro-me de janelas outras, de outros tempos.
A memória é, também, uma fonte de mal entendidos, sobretudo para quem como eu tem alçapões onde desapareceram pessoas, caras, e eventos, e então nomes todos, muitos sumiram do arquivo, onde por vezes uma cara ainda vislumbra luz.
Penso, escrevo, isto com o olival soberdo a ver-se da minha janela. Foi plantado nas 1ª decadas do século passado, hoje só espera por espanhóis que lhe aumentem a rentabilidade, a produtividade, porque por aqui só outra iniciativa, só nova criatividade dará lastro ao tempo, construirá memórias.
Por aqui recordo outros tempos, quando no calor da "fêra" telefonava regularmente ao meu velho amigo Luís Coimbra, para me manter ao corrente das negociações "alfacinhas", no ano em que Marcelo Rebelo de Sousa deu um safanão ao abecassizismo, continuado depois, há que dizé-lo com toda a frontalidade, por Jorge Sampaio.
Nesse ano produzi, com outros um documento importante para a sustentabilidade em Lisboa, voltei a envolver na 1ª candidatura do João Soares, lembro-me da vitalidade das gentes que trabalhavam ruminavam se degadiavam sobre pontos e pontos. Foi bonito também desenvolver o compromisso.
E a seguir, embora mais pela rama, que já estava aqui na terra dos meus ancestrais, de alguns deles, que outros judeus erravam pela cidade capital, colaborei, ainda agora encontrei, porque o computador guarda o tempo e essas memórias, colaborei com a candidatura de Miguel Portas, que dominada por algum messianismo revolucionário não foi longe.
A seguir passei, voltei à terra, outros programas, outras gentes, e a tal comissão de serviço, onde gostei de estar, levantei questões, percebi situações, também acumulei tempo.
Reforcei o meu pensamento sobre a estrutura de organização municipal.
Agora vejo o olival ao fundo passando para azinhal.
Agora penso noutros programas, noutras gentes. Vou buscar ao baú novas ideias, velhas e também.
Isto tudo e o olival. Ah o olival!

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Monday, May 28, 2007
 
IEFP, vergonha!

Espanha em 20 anos passou de cerca de 60% da média europeia para, hoje 98,5%. Portugal continua a vegetar abaixo dos 80% ( penso que em torno de 75%).
As razões são muitas mas certamente a formação profissional e a capacidade de utilizar os neurónios foi uma.
Nos por cá temos uma anedota chamada IEFP ( Instituto do Emprego e Formação Profissional), que não tem uma sobre formação, e que capacidade de utilizar o que não deve ter é nula.
Tenho o certificado de formador a professores, do Instituto de Formação Continua, dou aulas na Universidade, embora neste momento em sabatica funcional, e tenho dado cursos de formação, e sido de alguns co-ordenador desde o ínicio dos anos 90.
Tenho dado cursos a formandos, com mérito é certo, que chumbariam num exame da 4ª classe, mas tem uma coisa chamada CAP, exigida para dar cursos de formação...
Pois hoje recebo uma carta, onde contrariando o que o próprio IEFP tinha solicitado ( a prova de tudo o que referi acima!), sou informado que por ter deixado cancelar essa treta, essa mesma que abona analfabetos, com mérito é certo, e apesar do curso onde estou a dar formação estar com sucesso a chegar ao fim, pois recebo uma carta tipo circular que me diz com um coche que não tenho condições para ter o tal CAP.
É de risa, não fora mostrar o nível de indigência e a incapacidade desta gentalha.
Tenho que me ir rir um bocado para a mesa da esquina, e já agora sai uma bejeca com caracóis que o riso sabe bem acompanhado.

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Espanha,

É a prova que eleições autarquicas são um caso específico e fulanizado, embora possa haver leituras nacionais. Cada caso é um caso e mesmo nas grandes cidades o peso do candidato, o mérito da sua acção política, a segurança das suas propostas são mais relevantes que o voto de assentimento ou de protesto contra a política governamental, se bem que este aspecto também tenha algum significado em locais onde é maior a distância em relação aos autarcas.
O sistema eleitoral em Espanha é do tipo assembleia, não é certo que o 1º da lista mais votada seja o presidente de Cãmara. Os eleitos constituem uma assembleia, proporcional nos eleitos à dimensão da terra (onde não existe a estrutura freguesia!), e dessa assembleia, com base nos compromissos entre grupos no caso de não haver maioria absoluta, é que resulta o alcalde.
Este pode ou não, também dependendo da dimensão do pueblo, contar com uma equipa de eleitos para a gestão.
O sistema agrada-me mais que o nosso, embora não dispensa-se as freguesias.
Por cá continuamos presos um um tempo e lógicas desse. Também aqui há que inventar novas formas de democracia.
Listas independentes, que sempre defendi, são um elemento fracturante, sobretudo quando estas respondem a interesses cívicos de mais cidadania, mais cidade, melhor. Mais e melhor!

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Sunday, May 27, 2007
 
Política,
sempre tive uma ideia de fruição da política, construir discutir ideais, estudar a realidade, confrontar outras posições, envolvendo sentimentos.
Lembro-me de muitos momentos divertidos, agora quando buscava elementos para estruturar algumas linhas programáticas encontrei no velho bau coisas do arco da velha, contributos para diversos programas, rascunhos para múltiplas intervenções, programas que coordenei, isto a juntar a outros já em computador, arquivados em dossiers que já só abrem com mágica.
E recordações de gente com quem percorri caminhos, aqui por muitos sítios e em Itália, recordações de outros momentos cívicos de outros envolvimentos, de outras cumplicidades, piscar de olhos e maravilhamento.
Sempre procurei fazer política pela positiva, afirmando convicções e só no quadro de resposta a boçalidades cultivando a ironia, e nessa usando o fundo dos tempos que a memória das memórias produz.
Hoje neste novo envolvimento " Cidadãos Por Lisboa" caíu um pouco de improviso, conheço gente nova, que não me conhece, descobrimos novas histórias e por aqui perpassa muito entusiasmo e vontade. É bom ver, conhecer outra gente, apreender novas formas de discurso e tudo isso com uma pessoa que confirma toda a "impressão" que dela tinha, porque como já referi também o nosso contacto foi episódico e o nosso trabalho conjunto nulo, embora em muitas ocasiões a soubesse ao lado, noutras não mas sempre tendo-lhe apreço pelas posturas.
Helena Roseta é, para mim, desde já o maior ganho desta caminhada. Um poço de energias, e de saber doseá-la, com um piscar de olho, um copo de vinho, uma piada partilhada e muita gente a intersectar o nosso caminhar.
Tem uma sabidura do tempo de muitos confrontos, de muitas armadilhas, de muitas rasteiras, mas a capacidade que esse dá para cerzir a forma de mostrar, tornear, escapar a esses escolhos.
Tem uma capacidade enorme, que não é frequente de ouvir, de estar atenta, de saber que a política a cidadania é um momento colectivo, é um momento em que o importante é estruturar as ideias, os consensos, as novidades e de encontrar as formas de os tornar cativantes para a opinião, para os outros cidadãos.
O programa para salvar Lisboa ( e não é que encontrei um velho programa que coordenei, em que participei, que se perdeu no turbilhão do não dito!) que se chamou precisamente Salvar Lisboa, com os Alfacinhas?
O tempo passa. E Camões vem-me à memória:
"Que cidade tão forte porventura
Haverá que resista, se Lisboa
Não pôde resistir à força dura", do Canto III,
que outra cidade poderia resistir a tanta incúria?


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Friday, May 25, 2007
 
Encontros
Por vezes no meio de uma jazida de urânio recebemos um telefonema de amigo perdido, por vezes conduzido por um acaso encontramos a "voz" de outro vindo de outro tempo, (http://maquinaespeculativa.weblog.com.pt/), a vida é feita de encontros e de desencontros que esses propiciam com a vida a continuar.
Também quando se retorna de viagem se fazem encontros, se descobre emoção e se ri e chora. Sinto também este envolvimento cívico, por Lisboa, com essa emoção que foi a descoberta referida acima e é tem sido o trim, trim, as palavras amigas, a sugestão e o conforto.
A disponibilidade franca, a lógica da polis sem a maquinação de outros interesses que os da ideia de cidade, a ideia de pessoas a viverem, a poderem viver nela. Como se ela também fosse vida, a sua, a nossa vida.
É bom partilhar memórias, é bom construir memórias. É bom partilhar esta construção.

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Nisa,
Por Nisa voltei a percorrer terras, falar com gentes, visitar velhas e históricas minas e passear por outros minérios que o solo deve guardar para um presente sustentável e saudável e um futuro com ideias de desenvolvimento social.
Vimos termas, artesanato, e ideias.
E dinamica, vontade e sensibilidade.
No final um olhar profundo ao emblema municipal que vem de longe, que junta paixões, que sincretiza gentes. É por aí que Nisa tem que continuar.
Regresso a Lisboa.
Para outra festa.

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Wednesday, May 23, 2007
 
Mertola
É importante perceber, e isso requer estudo, sensibilidade e visão, o pulsar do mundo, o bater ritmado das gentes e a ocupação do território, a ocupação do espaço que é a urbe, ponto de encontro do orbi, do mundo.
Em Mertola muita gente e o destaque vai todo para o meu querido amigo Claudio, por ter sabido como valorizar cada um e intuir, com outros o espaço e a sua leitura.
O souk que passou uns dias em Mertola parecia que sempre ali esteve, que sempre ali está, na memória das pedras e das gentes que as fazem e desfazem.
Mertola é um dos sítios mágicos onde cada esquina é um tempo e uma surpresa, mesmo quando o tempo é o bafo terrível que nos invade o suor e o faz ferver, e a surpresa são hoje umas miragens.
Em Mertola há gente boa, capacidade de invenção, e um querer novo.
Em Mertola, cidade fenicia, romana, visigoda, berbere e muçulmana, depois cristianizada e transversalmente a todos os tempos judia, foi impossível não falar de Lisboa e do mundo por inventar, redescobrir que é este mundo de Lisboa.
Hoje cidade de muitas diferenças, cidade onde as memórias tecem o tecido que veste os tempos, que são todos a perseguirem a realidade.
Muito há a fazer, muitas ideias, para além da crise, do diagnóstico da urgência, do conhecer, que é também ter a mundivivência para saber outros, outras experiências, ver, saber que as palavras são actos em potência.
Hoje estive a preparar o fim de um curso sobre energias, a tratar de umas coisecas para empresa onde animo comunicação e imagem sobre produções ao ritmo dos ciclos do tempo.
Mas também foram chamadas mil, contactos sem parar.
Amanhã vou a Niza, voltar a pisar outro local mágico, templário, judeu, muçulmano, onde estão os restos de santos, os restos de tempo de outros tempos, nas paredes das casas, no chão sagrado.
Aí deve continuar o minério para que a morte não ganhe da vida, para que o drama da Urgeiriça não seja o drama deste terra de rendas e queijos, de magia e pedras.
E tudo isto com o pensamento a correr, e as ideias a concentrarem-se no moleskhine, que há que guardá-las para outros usos.
Volto a Lisboa onde como se esperava Carmona deu o dito por não dito e a pletora de candidaturas irá inflaccionar o espaço público de sons e ruídos e onde descobrir sentido terá que ter outra luz, outra forma.
A próxima vereação intercalar está mais baralhada e com este cenário um vereador passa a valer entre 11 e 13 mil votos, prevendo a abstenção e os votos perdidos, ou seja os cenários são controversos, as contas estão baralhadas ( na ultima eleição, com cerca de 48% de participação o último vereador teve menos de 15.ooo, mas houve quase nula dispersão...) e 6 eleitos ganham as eleições... de certeza.
Penso mudar de registo, a discussão e o empenho roubar-me-ão momentum para o dialogo com o teclado, e um livro que gostava de ver sair do forno e outra tradução também consomem energias.
Talvez só desabafos insignificantes tenham lugar deste etereo.
Talvez não. A arte do verbo, a pulsão da palavra, a emoção do sentir o discurso a galvanizar uma assembleia, ou não, há muito que as tinha ( teria?) reformada, antecipam o tempo, outro.
Mas novamente "On the road", aqui estou.
E hoje inch allah e shalom para todos, porque Lisboa passa também por todas as Mertolas do mundo.


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Tuesday, May 22, 2007
 
"Les jeux sont faits mesdames et messieurs."

E os dados estão lançados.
Regressam as cumplicidades, os piscares de olhos, o olhar que reflecte a palavra que diz noutro/a a palavra que deve ser dita, que transmite pensamento. É divertido como com um pathos comum facilmente se desenvolvem modos e formas de estar, percepções que parece que são obvias e intuições mágicas.
E todavia existe um passado ou é precisamente por haver esse passado que continuamos de aqui, agora este caminho.
Estive no lançamento da campanha protagonizada por Helena Roseta, com velhos amigos que me dão o prazer de me acompanhar neste novo empenho, revi pessoas com que já partilhei outras épicas, como a Madalena Barbosa, senti a boa energia de uma malta nova e febril na vontade de cidade, no desejo de cidadania, apreciei uma equipa plural de caminhos e espaços, onde entendimentos serão como a água que corre porque resultam do conhecimento e da vida deste, e sem surpresa, porque existe um andar e o desbravar do caminho, para esse a candidata/presidente fez uma apresentação, de um compromisso sentido e partilhado com empenho.
Combates duros, e a política é um combate de ideias e projectos e das pessoas que os acalentam pela conquista de consciências serão constantes a partir de agora. O diz que disse, boatos, invenções, armadilhas, rasteiras infelizmente irão aparecer pese o desejo de cidade e de discussão dessa que temos e também para esse ruído, para esse esclarecimento temos que estar preparados com a mesma frontalidade.
Esta campanha também será para muita desta gente um aprendizado para a continuidade que se vislumbra e se temo alguma ingenuidade que poderá haver na pureza da alma, confio na capacidade de que quem já tem o traquejo de muitos combates e pode exibir as medalhas da coerência destes para dar caminho ao caminhar.
Foi com o olho a piscar que ouvi Helena responder a perguntas que requerem ginástica na resposta, e mais uma vez pode sentir que os nossos respirares se articulam para empurrar esta barca.
P.S. Lisboa não me faz esquecer o mundo.
Estive no festival Islâmico, em Mertola, e com tempo irei falar dele. Tenho continuado outros trabalhares e investido noutras áreas onde também a seu tempo reportarei.
E para a semana lá estarei novamente a investir em novas energias e em gentes para nestas se envolverem.

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Com sentimento.
Só acredito na política com esse e a emoção do envolvimento, e a sinceridade dos afectos por pessoas, por ideias das pessoas.
Não sou capaz da frieza da racionalidade embora goste de projectos no escalpelo e da tepidez para o desenvolvimento desses.
Já me envolvi, ao longo dos tempos, com muitos projectos embora até esta última campanha da I.V.G. tivesse decidido "exilar-me" na terra, na terra dos meus maiores, (de alguns deles, que outros judeus novos e velhos vieram, ficaram em Lisboa) que é Barrancos.
Em Barrancos após ter feito a minha comissão de serviço durante 4 anos tive o enorme prazer de assistir e contribuir com empenho para a vitória de uma excelente equipa, de um digno projecto e de queridos amigos de entre os quais destaco António Tereno.
Hoje, embora com problemas esperados que resultam de idiosincrisias e de lógicas antigas assim como de erros de gestão de anteriores, do anterior mandato, Barrancos está bem entregue, há um novo ar, que se continuará com gente nova e também novas dinâmicas quando António Tereno entenda passar o testemunho. Há boa freguesia e potencial de a continuar.
A situação comatosa, a cidade de Lisboa que falece (como dizia Francisco de Olanda, a propósito das fábricas...) sempre continuou a empenhar-me, embora desde que me envolvi noutros combates político-culturais com menor denodo.
Hoje volto a uma 1ª linha de partilha, de ideias, de emoções, de envolvimento.
Ontem voltei a sentir, e foi bom ter sentido, a voracidade do tempo a parar na frase e na partilha desta, no estar e na forma deste, no ouvido e na fala, na sinceridade e no toque, também mágico, que esta perspectiva.
Dormi agitado, as ideias em turbilhão, as memórias de outros momentos, de outros tempos e de gente que passou, que passei.
Invenção de palavras, formas de as comunicar, inovação no discurso, formas de o estruturar desde logo, como podia deixar de o ser quando o prazer de estar envolvido é o envolvimento, é outro desafio e também será em breve um livrinho...
Ontem tive, uma conversa com a candidata.

Venho, re-dobradamente agora, re-afirmar que Lisboa precisa de Roseta, porque é ela que tem capacidade e energia para voltar a encher a cidade de cores e cheiros, porque as ideias que germinam no ar no seu entorno são as mais certas para voltar a fazer caminho e inventar o caminhar.
Com poesia, com sandálias de vento, com os pés bem assentes na terra.

P.S. Aceitei o convite que me fez sem condições e referindo-lhe desde logo que o meu empenho total, era com ideias e projectos e referindo-lhe que esse era a 100% e com base na confiança que me inspira e saber que é uma ouvidora convicta.
Aceitei na convicção que não tendo uma experiência de trabalho com ela e não lhe tendo sequer perguntado pela equipa ficaria em lugar discreto, que tem a mesma dignidade e é, seria para mim fautor do mesmo empenho e compromisso.
A colocação que me fez é uma prova excessiva, também, de confiança.
Como diz o povo maior a nau maior a tormenta. Que bons ventos lhe agitem o velame, que os gageiros se aprestam ao mastro real.

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Monday, May 21, 2007
 
Lisboa, no coração. Com Roseta.

Não é fácil estabelecer um programa de emergência para a cidade.
Um programa para dois anos que tenha lastro para continuidade e seja semente de futuro, um programa que preveja custos e se estruture em lógica de sinergias.
Mas é fácil pôr ideias a girar...
para cada sector, e, em cada sector criar dinâmicas, sem aumento de custos mas racionalizando-os, promover cidade e cidadania nesta.
Antes do mais no sector do urbanismo onde é fundamental iniciar outra visão de cidade, menos construção e mais recuperação, recuperando tendo por base a nova legislação sobre edificios e criando, recriando favorecendo novos nichos de mercado e actividade económica,empresas vocacionadas para este segmento.
Para tal há que em articulação com o legislativo alterar leis e processos de financiamento camarário. Mas sem caminhar não se inicia o caminho.
Esta área, em articulação com o espaço público que há que recuperar, como por todo o mundo se faz, seguindo Atenas ou Madrid, e com inovações no sistema de transportes (confrontar as empresas destes com novas perspectivas...com curitiba no horizonte!) é fundamental, e aqui deve-se reformular todos os serviços municipais!
O sistema de respiração urbana passa por uma peritagem energética e por uma adequada re-análise dos sistemas de saneamento, onde inovações tem sido arredias.
Muito há para desbravar. O caminho está cheio de escombros...

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Sunday, May 20, 2007
 
LISBOA; com Roseta!

Porque razão apoio Helena Roseta (1)

1º- Sempre fui por candidaturas independentes (de independentes) com lógicas de defesa de um urbanismo de escala humana, revitalização dos espaços sociais, boa gestão ambiental, inovação na cultura, integração das diferenças.
Ou seja candidaturas de independentes que rompendo com as dinâmicas ideológicas e os discursos de aparelhos e de estruturas de coisificação de poder, que são os partidos políticos, trouxessem às estruturas municipais outro estar.
2º- Penso, como já escrevi aqui no blogue que temos uma situação de emergência em Lisboa, que resulta de um avolumar de responsabilidades em erros graves e no domínio da Câmara por poderes não eleitos e estruturas quase mafiosas, alem da falta de visão de sucessivos responsáveis do executivo, com arremedos de excepção, que tem vindo a contribuir para a falta de centralidades da cidade e ausência de ambição e originalidade
3º- Conheço bem a cidade e sei de experiência noutras, que resultam de uma mundivivência em locais únicos e aprendizagem de olhos e ouvidos despertos. Sei do que pode alguém com “anima” e capacidade de pôr ideias a perseguir ideias.
4º-Agrada-me, embora como refiro considerasse outros expoentes para este processo, uma pessoa com perfil de ouvidora, capacidade de gestão, coragem para rupturas e iniciativa de mobilizar equipas.
5º- Apesar do meu querido amigo Paulo Trancoso me ter reiteradamente sondado para apoiar o Partido da Terra, penso que é um erro contradizer tudo o que se defendeu, que sempre defendi.
O MPT surgiu para dar voz a independentes, como o movimento Alfacinha, na luta por outra gestão municipal, e para apoiar cidadãos que se mostrem contra a total ocupação do espaço cívico, sobretudo a este nível básico da coisa pública, pelos aparelhos partidários, e pelas suas cortes de interesses.
Não posso, em coerência, partilhar outro combate politico.
6º- Dei o meu apoio e empenho à Arquitecta Helena Roseta, sem qualquer contrapartida ou interesse pessoal. Conheço-a à muito tempo, com ela partilhei combates e participei em iniciativas, assim como a enfrentei, também, em outros momentos políticos. Não vejo a politica como jogos de deve/haver, mas como local onde cada combate é um, onde a coerência e a emoção pela defesa de valores é fundamental.
Quando lhe referi o meu apoio, nem procurei saber das nossas concordâncias ou não sobre os pontos que considero para a cidade. Basta-me saber que face a outras candidaturas esta é aquela onde se ouve, o silêncio e o ruído. Onde vamos puder discutir, concordar e discordar, rir e chorar. Inventar uma nova proposta de cidade, para a cidade é aqui. E não é para dois anos...
7º- Gosto de me empenhar a fundo nos projectos em que acredito. Gosto do combate politico e do confronto. E, como noutros momentos sinto que é aqui que se vai fazer novo. É aqui que vamos fazer cidade.
Tenho a certeza que a eleição de uma boa vereação é fundamental para salvar Lisboa.
Tenho, hoje, a certeza que é em torno deste espaço plural, de pessoas, de cidadãos que vamos fazer história.
8º-Defendo um novo modelo para a politica e gestão autárquica. Tenho de há muito defendido ideias contra a corrente para a organização cívico-social. Estou comprometido pelo que escrevo, e com as minhas posições não me admito incoerência. O convite de Helena Roseta para este combate fez-me hesitar. Mas nunca fui de virar a cara e com subterfúgios iludir convicções. Vou participar no meu posto em mais este combate politico, ainda com uma luz no olhar de no último ter contribuído para afirmar a cidadania.
9º- Continuarei a empenhar-me qualquer que seja o resultado na luta por uma afirmação cidadã em torno de novas ideias de gestão, outra cultura de cidade, e novos procedimentos político-administrativos para a “coisa pública”.
10º- Já colaborei com muita gente, em muitos sítios, em combates políticos e sempre com um elemento de base, que garanti a Helena Roseta: A confiança absoluta nela para dar corpo a este combate politico.
O caminho é o caminhar, como nos alumia o poeta. Caminhantes aos seus lugares.

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Thursday, May 17, 2007
 
Lisboa
Há poucas pessoas a quem confiar Lisboa.
Antes do todos Gonçalo Ribeiro Teles, que conhece como ninguém a cidade e as suas manhas, a sua estrutura bio-física, a sua integração no território, que tem uma ideia moderna da sua gestão e que é capaz de inovar.
Carlos Pimenta que tem visão, capacidade de gestão, ideias que podiam romper com o afundamento da urbe.
António Mega Ferreira que é um idealista genial e capaz de transformar apatia em iniciativa e mobilizar equipas.
Com todos eles trabalhei por qualquer deles não hesitaria em empenhar-me.
Por diversas razões nenhum deles se colocou ou foi colocado nas listas dos potenciais "alcaides" da cidade que falece.
Os candidatos já apresentados (agora com o acizado afastamento de Carmona) alteram a minha previsão que passa a ser ps 8/7, pds 6/5, roseta 3/2, pcp 2 .
De facto não lembra a ninguém ir buscar um 2ª linha sem qualquer carisma ou prestigio para enfrentar um António Costa com mãos livres da chulagem da concelhia de Lisboa do ps e com o futuro político na mesa.
O pcp é mais do mesmo, ainda por cima a CML é meramente instrumental e os outros só vão ao seu rídiculo.
Hoje alistei-me.
Mantendo a minha independência e desde logo referindo que só estou pelo projecto de emergência que se pode construir e pela necessidade de dar a cara por valores e ideias, que rompam com o espartilho que impede a cidade de ser, alistei-me para um combate político que também é meu, que também é pela defesa de um espaço onde nasci, vivi e produzi projectos, geri ideias e tive responsabilidade no executivo.
Produzirei um documento, após breve conversa que tive com a candidata, com as razões porque entendo que a sua candidatura é, no quadro das contingências que enumerei, face aos diversos diagnosticos que individualmente ou com amigos temos vindo a fazer, em torno desta lista, pese todo o voluntarismo que a pode arrastar, pese os lastros que a ela se poderão ou não, bem ou mal, vir a agregar, no actual quadro socio-político que Lisboa enfrenta a alavanca cidadã que pode trazer uma lufada de respiração ao funambulismo em que a cidade se engolfa.
2ª ou 3ª feira publicarei um texto/manifesto de contributo para a campanha, com as razões porque entendo que nas actuais circunstâncias e ponderados todos os factores, e sem ainda conhecer a equipa que a rodeia, nem ter muito claro os objectivos que esta possa definir é Helena Roseta que se visualiza como a candidata e candidatura capaz de levar a carta a Garcia, ou seja capaz de na vereação fazer sentir e reflectir as angústias, os desejos e ambições dos cidadãos que fazem cidade.
Conheço-a. É uma mulher de convicções. É uma candidatura de esperança.
Por ela voltarei à estrada, depois da I.V.G., esta será outra campanha para ganhar!

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Arquitecto!

Pensava que era uma homenagem a um dos nossos melhores.
O arquitecto Nuno Teotónio Pereira é ESSE.
Dos seus 8o e tal anos parece o homem bom de sempre, de uma simplicidade e jovialidade do fundo da imensa alma com que não desfalece da cidade que constrói, nas pedras, com as pedras e as gentes que nelas integra e não esquece.
A homenagem é o registo da vida, do esquiso, da verticalidade cívica que sempre o acompanhou. Não esquecerei, não esqueceremos. Obrigado Nuno!

A sessão era também de memórias outras que também se querem vivas. Os elementos que marcam os tempos, um muro, uma grade, uma penitenciária, uma prisão que são história que deve manter-se como as pedras da calçada elemento vivo no continuar dos tempos que fazem futuro.
Novas tecnologias, novos processos de recuperação do património são necessários para integrar, transformar o passado num presente com significado, com recursos a novos meios e lógicas nos programas educativos.
Só assim o futuro será informado do tempo que passou, do tempo que não queremos voltar.
Hoje há novas sobre Lisboa.
Tudo parece clarear sobre a cidade branca, embora as nuvens se apresentem escuras...
Faites vos jeux, mesdames et messieurs!
 
Tuesday, May 15, 2007
 
Lisboa,
vão-se definindo as situações. O ps sacrifica a torre, o psd avança com um cruzado (misto de bispo e cavalo), no pcp o peão é mais do mesmo e o bloco só com fairy é que a nódoa saí do tabuleiro.
Falta ver se Carmona faz o harakiri só ou se leva, como tudo indica o cds com ele e a Roseta vê-se que lhe falta equipa para limar aquele voluntarismo esbracejante que lhe vai custando os dedos dos pés ( onde os tiros vão acertando).
A queixa ao constitucional, independente de todo o processo eleitoral estar eivado de ridiculos (15 dias após a apresentação das listas era mais que suficiente para o acto!) a ser aceite iria remeter as eleições para Outubro e até lá uma...comissão de gestão para um moribundo!!!
Os dados estão lançados agora só resta pequenas correcções e o habitual espezinhar vilanagem a ver quem fica nas listas, nos lugares elegíveis e nas prebendas das acessorias e vamos ver se se discute o sério, que é um programa de emergência (aqui está esboçado e além de ter graça é de graça!) e vontade política para o choque necessário para sair do coma.
Mas aposto em mais do mesmo, tal a irresponsabilidade de que os partidos vão dando mostra e que o autismo das escolhas indigitadas revela.
Mas haja esperança, enquanto há vida (trim, trim, trim ainda não é hora de atender o telefone!)

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Lisboa

como escrevi ontem o Seara já saíu da contenda, e fez bem, porque de futebóis estamos falados, e parece que o Costa é o anho sacrificial do ps.
O psd tem escolhas para dar uma sapatada, mas falta visão e coragem política para tal.
Nas próximas horas veremos se o indice da Roseta sobe (uma vez que é uma candidatura que bica em todos os tabuleiros Carvalho, Fernandes e Costa são pera doce...) e se Carmona tem lata para se apresentar pelo cds.
Neste momento, é lógica da mediatização futebolês e tabloidista do tempo os nomes concentram as atenções. Se bem que eles tragam lastro era importante apresentar uma, uma ideia que seja. Podem picar daqui...
Hoje tenho um almoço, para falarmos disso, que é também a amizade e os percursos desta.
Amanhã Coruche, Caldas, que a vida não é só filmes.
E depois Myrtillis, a bela Myrtillis!

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Monday, May 14, 2007
 
Lisboa,

É absurdo o mês e meio de espera até novas eleições.
Não faz qualquer sentido esta espera, em que todos os problemas se vão agravar e Lisboa será pasto de todas as intrigas e de toda a zizânia.
E é preciso que seja publicadas as contas, que sejam auditadas as contas, que se saiba quem é responsável porqué!. E se for o tribunal de contas onde o Guilherme O.M. está, como disse logo de ínicio, a fazer um papel digno da lógica republicana que é sua matriz, melhor.
Dito isto, todo o sistema pollítico eleitoral autarquico está errado e não há transparência no exercício dos cargos se não for claro qual o estado das finanças para o exercício.
De qualquer forma acabou a mama. É preciso escalpelo para cessar com o regabofe e salvar o paciente.
O grande problema de Lisboa, articulado com a incapacidade e mediocridade dos eleitos, na generalidade nos últimos anos, é de gestão, de incapacidade de gestão e de projecto. É de património e de afunilamento, trapaça na gestão deste.
Nada que com duas ou três ideias, já aqui apontadas não se pudesse começar a resolver, doesse a quem doesse.
Claro que quem isso fizesse e futuremos que não vai haver, longe disso qualquer maioria de governo da cidade ( 7/6 psd, 6/5 ps, 2/3 roseta, 2 cdu, 0/1 cds é o meu prognóstico neste momento ou seja ingovernabilidade total a não ser que o psd apresentasse um candidato e uma equipa capaz que se pudesse sintonizar com roseta, e dado que só o seara é que se arrisca a perder lisboa, ser comentador desportivo é um defice!), que quem isso fizesse teria Lisboa aos pés por muito tempo.
Penso que os políticos não fazem a minima de quanto estamos fartos deles e das suas tramóias!
Vamos continuar atentos, porque dependendo de muitos factores (nem o Seara nem o Costa vão ser candidatos ou pelo menos 5o% deles não!), das pessoas e das políticas os prognósticos podem mudar... e ... claro tenho que interromper agora ( trim, trim).

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Sunday, May 13, 2007
 
Cometa, Itabirano

No nº deste mês volto a prosar como segue.

Bilhetes, de cá.

"Puisque je doute, je pense; puisque je pense, j'existe"*

1- A Sublime Porta, fantástico nome que designava o Império Turco, o seu desmembramento é raiz de grande parte dos problemas em que a Europa e o mundo hoje estão mergulhados, da Palestina aos Bálcãs, do Iraque à Geórgia, do norte de áfrica aos desertos asiáticos. Chegou a ter no seu apogeu 11.955.000 km²(o Brasil tem 8.514.876,599 km), tudo áreas de grandes civilizações e densamente povoadas.
Hoje a maior parte da população da Turquia pertence ao grupo étnico turco, mas há minorias étnicas formadas por gregos, armênios e judeus e diversos outros grupos étnicos como os abcázios, albaneses, árabes, bósnios, chechenos, ciganos, circassianos, curdos, geórgios, hemichis, kabaris, lazos, levantinos, ossetas, pomaks, siríacos e zazas, acreditem no que digo, quase tanta variedade quantos nações índias na Amazônia, e tudo povos com longas histórias escritas, identidade fortes e costumes e religiões incontornáveis.
Gosto de um país com nome de quadrinhos, onde o nome resultou de uma brincadeira francesa devido à Porta onde os embaixadores eram recebidos pelo Sultão (Sublime Porte!)
E tenho que reconhecer que Istambul é uma das cidades, pelo seu conjunto monumental e sociológico mais imponentes, mais densas e envolventes, que já visitei, e já estive por todo o lado do mundo.
A Turquia é um grande país sendo a “sua” 2ª maior cidade logo a seguir a Istambul, Berlim (Alemanha) com vários milhões de habitantes,turcos.
A Turquia é a chave do equilíbrio geo-estratégico mundial (e ninguém nos tinha dito nada!?)
Hoje várias linhas de fratura que correspondem às previsíveis rupturas nos equilíbrios internacionais passam por este ainda enorme pais (se entrar na União Européia passa a ser o mais povoado desta, de longe e sem contar com os de Berlim!).
A primeira de todas tem a ver com a separação do Estado da Igreja (do Islã) levada a cabo com o fim do sultanato em 1923 por Kemal Ataturk (o pai dos turcos...) que transformou a Turquia (e tentativas menos conseguidas nas antigas províncias turcas como a Tunísia ou o Iraque também foram nesse sentido) no único pais onde o Islã sendo esmagador não é doutrina de Estado, onde as mulheres, salvo no enorme interior, têm os mesmos direitos dos homens, onde os direitos não se inspiram nos haddits (do francês a “dit”) do profeta, mas nos códigos civis de uma sociedade de direito e onde se respira uma relativa liberdade pública.
Claro que os militares estiveram muito tempo no poder, claro que a alternância foi sempre entre Dupont e Dupond e claro que a memória histórica, os extermínios na Armênia e no Curdistão continuam a ser tabus cada dia mais escancarados, que dão pena de prisão só por falar neles (na mesma lógica totalitária da prisão para os tontos que negam o Holocausto!, no Ocidente).
Hoje a Turquia está numa encruzilhada, em várias encruzilhadas. O renascer do islã militante arrisca a transformar os aspectos liberais da sociedade num novo chadorismo ou mesmo burkismo (de chador e burkas).
As liberdades públicas arriscam-se a ser novamente dominadas pelo cante dos minaretes e os seus barbudos, e isto num momento em que as tensões na região, os oleodutos que abastecem o Ocidente, a transformação pela incapaz administração de G.Bush do Iraque num barril de pólvora, o renascer do urso russo a sentir-se encurralado e a ter que ter vias (de segurança estratégica) para o acesso ao mar negro (turco) e mediterrâneo,transforma o mundo novamente num tubo de nitroglicerina num carro sem travões que se dirige a alta velocidade para o abismo, no fundo do qual está uma mancha de petróleo (bonita esta imagem?).

Ainda para mais Sarkosvky ganhou em França e muito dessa vitória deve-se ao discurso, ao ódio anti-turco (ele manifestou-se claramente contra a entrada da Turquia na União Européia!), que é o ódio pelo outro, no caso ele próprio, como diria o Segismundo...
Sobre a Turquia onde tenho sempre encontrado muitos falantes de português bonitinho em visita muito haverá para escrever nos próximos tempos, em papel se porventura aquele carocha desgovernado não nos levar a ter que usar a pedra e os sinais de fumo novamente...
E não há que esquecer o Sr. Ratzinger e as suas ambições de domínio do espírito..., que também tem tudo a ver com esta história.

2- Sobre as eleições francesas Marcelo, em Paris, tem doutas opiniões, que em grande parte partilho. Refiro o caso do pensamento do eleito sobre a Turquia porque me parece que pode transformar-se num chamariz de um futuro muito perigoso.
E o anti-europeismo que “disfarça” mal o protecionismo económico e um fechamento político à integração social.
E recordo, pela influência francófona,a Polônia com a extrema direita no poder também tão perto...

3- Em Portugal soma e segue, registra e fatura, a saga da corrupção. Na política, nos negócios, na política, no futebol, na política, na gestão, na política.
Em tempos escrevi uma crônica sobre a malandragem de conúbios entre construtores civis e presidentes de municípios. A situação agora triangulando com o futebol atingiu níveis de autêntico fartar vilanagem. Os processos judiciais, apesar de todas as dificuldades, começam a cercar dezenas, dezenas de eleitos, por todo o tipo de “bandidage”.
Neste momento exato em que escrevo vários eleitos municipais em Lisboa e o próprio Presidente da Câmara foram constituídos argüidos, a câmara caiu e vai haver novas eleições em Junho.
Por todo o pais inúmeros presidentes de câmara foram constituídos argüidos por burla, extorsão, tráfico de interesses, peculato, roubo e eu sei lá o que mais.
Precisamos de um revigoramento cívico imprevisível, tanto mais que todos, mas mesmo todos, os partidos tem eleitos acusados, constituídos argüidos, todos, todos eles tem culpas no cartório.

4- E não queria deixar de referir o ambiente global. Vai naquele ferarri em direção ao abismo e o etanol não é senão um enorme embuste que não sei a que título (aqui chamamos título a documentos bancários...) o G.Bush comprou de (a) Lula da Silva. Os degelos polares avançam rapidamente, o urso polar já escasseia de focas para se alimentar e eu pela primeira vez em minha vida estou com rinite alérgica, com uma primavera que aqui nesta zona temperada virou absolutamente tropical. Fala-se em continuar Quioto, mas o problema é se não se fez nada o que se vai continuar? Mais nada?
É grande a expectativa de Al Gore se candidatar e vencer as presidenciais americanas de 2008 e levar o Obama para vice e inverter este rumo.
Mas como dizia a Rainha de Copas para a Alice (do Outro lado do Espelho), citado de memória, “-Podemos ter quantas idéias quisermos e as suas contrárias antes do café da manhã eu hoje já tive a minha dose, cortem-lhe a cabeça ou talvez não. A sério”.


*Hoje o nosso momento zen é em homenagem à revolução francesa e ao seu significado, com esse trecho atribuído a Descartes que em latim ficou registrado pela simples frase “Cogito ergo sum”, ou seja “penso logo existo e tenho que ir dar de comer ao cão”. Nada é tão simples como parece. Pensar faz doer.

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Saturday, May 12, 2007
 
Lisboa
mais do mesmo é para já o que se anuncia.
Comentadores da bola, poltiqueiros de treta, ministros com outras ambições, fadistas encartados, todos eles sem carisma e sem projectos que rompam com o marasmo em que Lisboa vive.
Se o lançamento da candidatura de Helena Roseta foi rompantista e voluntarista como aqui referi, posterior esclarecimento da mesma em entrevista e a confirmação da treta em que as outras candidaturas vegetam podem em seu torno consolidar uma alternativa.
Ainda a procissão vai no adro mas se se confirmarem os candidatos que vestem a carapuça que referi no 2º período (Seabra, Fernandes, Costa, Carvalho) não visualizo senão em torno de uma ruptura substancial com o passado a hipotese de construir alternância. E não vejo senão neste entorno uma possibilidade de a construir.
Vamos esperar confirmações desta realidade, vamos continuar a pensar também Lisboa e vamos empenhar-nos no que se aproximar mais do sonho de outra cidade.

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Friday, May 11, 2007
 
Lisboa
Começam a definir-se candidaturas ( trim, trim,trim).
Espero optar por uma com envolvimento. Já aqui referi algumas condições. Penso que além dessas é preciso um tratamento de choque.
1- No âmbito de um projecto de sustentabilidade esverdear a cidade ( como fazem em Atenas, com cascatas de plantas domésticas) ligando e religando, e para isso utilizando os telhados e as traseiras todo o verde da cidade, ligando o Parque a Monsanto e pela avenida ao torel e ao botânico e interligando o Lumiar com o Campo Grande e Chelas.
2- Desenvolver, incentivar a micro-geração na cidade como forma de diminuir o peso da energia no meio urbano e desenvolver restrições, estruturadas a nível da área urbana da grande Lisboa, à circulação privada.
3- Durante o mandato ( que são dois anos, para já!) uma moratória, absoluta e só prevendo excepções verdadeiramente excepcionais, de toda a nova construção, articulada com incentivos e desenvolvimento de todo o mercado de recuperação de imoveis e criação de condições de salubridade e ocupação do imenso parque degradado.
4- Criação e incentivo de nichos culturais que podem constituir uma marca Lisboa na sua diversidade ( e há inúmeros) e que permitam a recuperação da rua e do tempo pelos alfacinhas e todas as raças e gerações.
5- Desenvolvimento de uma proposta de alteração da organização espacial ( das freguesias) de forma a reduzindo o seu número aumentar as suas capacidades e eficiencia.
6- Desenvolvimento de novos sistemas de recuperação de resíduos e de tratamento de águas residuais, com inovações tecnológicas e sistemas energéticos inovadores.
7- Simplificar todos os processos administrativos, com as consequentes reduções de custos e ganhos e eficiencia.
Outros pontos continuarão a ser recenseados...

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Thursday, May 10, 2007
 
COMETA,
de Itabira, volta a ocupar-me umas horas de escrita e alguma investigação neuronal.
Tenho que aqui falar deste adorável pasquim, que através do meu amigo Genin descobri e que me dá a honra de emprestar meu nome aos colaboradores, onde está gente de gabarito e os melhores chargistas, por cá dizemos carttonistas do mundo. Todos os anos no World Press Cartoon lá está o Cometa a passear.
Este pasquim, onde sempre critico o desarrumo tem delícia para mastigar com os desenhos, tem ruminação a ler eruditas prosas e lá tem também as minhas elocubrações do momento, que dão uma visão pessoal e por tal com a minha lucidez e subjectividade deste país e do mundo, toques por aqui e ali e algum meio ( a que nós acrescentámos o ambiente).
Nem sempre regular na sua edição ( ou será na minha recepção?) alô Marcelo! é um curte (será esta palavra certa?) onde por vezes me ganzo.
A imprensa independente devia ter espaços assim, devia ter mais espaços assim. Por cá tudo parece velho, agora os jornalistas entreteêm-se a trocar textos uns com os outros e um caso de pedófilia ocupa metade dos jornais, outro quarto é ocupado por não noticias. O espaço de noticias é quase nulo.
Quando passará o COMETA?
PS Num dos póximos posts publicarei a matéria que seguiu...

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Wednesday, May 09, 2007
 
Malabarismos

Discutir projectos (conforme já aqui referi), estruturar ideias, diagnosticar situações e apresentar um programa de emergência onde propostas centrais para o re-equilibrio orgânico e um desenvolovimento sustentado para Lisboa são elemento de base.
Sei que tal se pode fazer em torno de uma pessoa que se apresente sem compromissos e que por algum lado se há-de começar...
Mas não quero crer que uma pessoa que aprecio ( Helena Roseta), na linha do pior populismo se tenha lançado para a frente neste combate político pela recuperação e devolução de Lisboa da forma maniqueista e totalmente desenquadrada de uma reflexão conjunta, com as forças socio-políticas capazes de impôr novas dinamicas para a urbe.
Que Sá Fernandes e o Bloco desde já se afastem do eixo central a partir dos quais se pode contruir alternativa faz parte do seu politiqueirismo, agora ver a Helena Roseta metida neste aventureirismo é confrangedor.
Só em torno do PS ou do PSD, em quadros de ruptura (como Marcelo e João Soares, de formas diferentes, representaram) é que se pode criar ou recriar condições para fazer sair a capital "alfacinha" do poço onde sucessões de interesses espúrios e falta de lógicas globais e integradas de "cidade" a tem vindo a remeter. E com isso impulsionar o país a um novo passo em frente.
Espero que este passo da arquitecta seja só um levantar de questões.
É que me faz pena o desperdício de capacidades e a miopia política desta iniciativa.

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Tuesday, May 08, 2007
 
Escumalha

Sabem os que me conhecem que sou intransigente defensor do Estado de Direito e da acção pela lei, em favor de novas leis ou a infracção de leis injustas com a consequente sanção e acção politica para a modificar(na linha de Thoreau ou Gandhi).
Sabem que sou visceralmente contra encapuçados, delatores e escória desse género, e por isso não posso senão estar de acordo com Sarko. Essa é uma escumalha, do piorio. São vândalos sem principios nem lógica os bandidos que promovem, incentivam ou participam nas devassas criminosas que ocorrem agora em França. A Sego não teria merecido o meu voto à pala das bestuntas ameaçadoras declarações que fez antes das eleições. É também sua responsabilidade o que está a ocorrer. O grito de fogo, chama fogo.
Tem 100% razão o JPP e a Helena Matos no caso vertente.
Independentemente da minha desilusão com as posições políticas de Sarkovski (sobretudo sobre a Europa e a Turquia) ele é o vencedor folgado de umas eleições esmagadoras (não foram 60% com mortos e tudo os que votaram em França!).
Essa escumalha merece prisão e deportação quando for o caso.

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Fumar é proibido! Achtung, Zieg Heil!

http://www.prisonplanet.com/articles/april2007/250407antismoking.htm

Começaram por prender os judeus e eu não protestei, não era judeu, continuaram com os comunistas e eu, que não era, calado fiquei, a seguir foram os católicos, já antes tinham sido os ciganos e os homosexuais, e eu que não pertencia silenciei... então vieram por mim...
Vai umas passas para a mesa do canto!

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Lisboa

Já o escrevi e sobre o tema me pronunciei em diversos fora o ridiculo que é a manutenção da actual estrutura autárquica, herdeira do período conturbado após a revolução e que procura equilíbrios e malabarismos que os tempos tornaram obsoletos.
A existência de dois orgãos, com legitimidades diferentes sendo num essa directa e indirecta, e com poderes diferentes, salvo em matéria orçamental é fonte de nonsense, e não conheço existir em mais país nenhum do mundo.
Criar uma Assembleia mais pequena, que elege-se o governo da cidade e um orgão consultivo quando o número de freguesias o justificasse reduzia os gastos publicos, dimunuia as mordomias e tornava a gestão mais fácil e funcional.
Este absurdo existente é que não faz qualquer sentido.
Assim como não faz qualquer sentido se por razões obvias se vierem a realizar eleições para o orgão Câmara Municipal terem de se realizar para a Assembleia e as Freguesias (recordo que a 1ª é composta por 53 presidentes de freguesias e 54 eleitos directamente), pois a lei é clara na sua obscuridade.
São orgãos diferentes, com poderes diferentes, com votos diversos (o PSD elegeu a maioria dos 54 além de esmagador nas freguesias). Só por baixa politiqueirice, que é característica dos maus actores da classe política é que se pode prantar tal ideia.
Dito isto, que é uma verdade de La Palisse, aguardo com expectativa as ideias e os projectos, que terão que encaixar em pessoas concretas e em equipas coerentes. E face a esses, e no quadro de circunstâncias que já enunciei, envolver-me-ei ou não.
Conheço, em diversos partidos ideias e pessoas que as têm que me motivariam. Pessoas que sabem e sabem ouvir.
O autismo, todavia, parece ter-se instalado. O PCP não existe ( ai Godinho, Godinho!), O PS, bom desgraça só atraí desgraça...mas vamos ver!, o Bloco, tem percurso de contra poder e por aí fica!, o outro sem a Mizé é zero, o PSD, tem muita gente mas é uma balda, pode ser que se estruture.
Estas eleições para o orgão Câmara são para muito tempo, penso eu, e portanto não são para amadores. O saneamento, a correcção de vicios, o desenvolvimento de uma nova convergência de cidade. a reestruturação administrativa, tudo isso tem que ser colocado desde já na mesa.
Porque é o futuro de todos, a capital é o espelho do país.
Por isso há que afastar os vendilhões do tempo!

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Monday, May 07, 2007
 
Ar,
o ar parece ter voltado e com ele alguma capacidade de superar a letargia.
Ontem na França e na Madeira passou-se o esperado, num lado com 85% de votantes no outro com 60% e sabe-se lá quantos ajudados, quando não mortos.
Na França separaram-se águas e a velha esquerda e a velha direita, ao contrário do que comentadores da mula ruça disseram, aí estão e continuam-se. Com algumas novidades do tempo, mas é o mesmo de sempre, desde a revolução.
Na outra eleição "Independencia para a Madeira, já" , infelizmente continua a não ser senão um sonho que os políticos, todos eles ignoram, de que todos tem medo, mas que faria muita gente feliz.
Na Madeira o afilhado do Dr. Agostinho sabe-a toda e continua a papar missas e beber ponchas a grande ritmo, e a como ninguém perceber os vilões. É um caso patológico e trágico de albrabice, vigarice, despudor,vilania que é habitual por esta ilha de velhacos. Muitas gerações de cruzamentos familiares deram nisto. Só as gerações que se safaram melhoraram...
Não há esquerda nem direita aqui, há velhacos e mais velhacos e alguns, poucos com sangue renovado a tentar remar contra a corrente, mas rápidamente o sr. da rua das Cruzes lhes coloca o açaime.
Livremo-nos dessa gentalha, haja quem tenha coragem de brandir essa bandeira.

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Sunday, May 06, 2007
 
Alergia,
dá cabo do intelecto, ás 4 da manhã nem um silvo de ar passava pelo escroto nasal. O tempo, os tempos, o pó da praça, as árvores em flor, a idade, o tempo, os tempos vão fazendo mossa.
Hoje os ouvidos, os maxilares, a garganta, o tal nariz tudo parece estar comatoso.
Se não fossem as pernas o intelecto não tinha razões de produzir pensamento.
Químicos e mézinhas juntos aprestam-se a atacar em formação cerrada ou dispersa, pela frente ou lateralmente os pós que perturbam a imunoglobulina.
Talvez o tempo, os tempos entretanto mudem, e os tais referidos superiores voltem à sua função.
Hoje, em choque istamínico, o vosso
 
Saturday, May 05, 2007
 
Compromisso:

Aceito o toque
e a responsabilidade
em acto de plena liberdade
confrade que sou
testemunho dou
de ampla lealdade
com a carne de toiro
proteína de oiro
que urge proteger
e, eu por direito,
jurado a preceito
quero defender.
Aos dias 5 de Maio, em Coruche.

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Friday, May 04, 2007
 
Lisboa...7 pecados mortais!

Existem vários problemas em Lisboa.
1- Problemas de baixa política, de interesses pessoais contraditórios e de zizanias com cargas socio-emocionais complicadas.
2- Problemas que tem a ver com o dominio dos eleitos por sectores economicos seja a BragaParques, seja o Soares da Costa, e a necessidade de alimentar mafias partidárias e amiguismos, para além do financiamento dos partidos.
3- Problemas que resultam da incomprensível gestão financeira que remonta ao tempo do eng. Abecassis e ao dominio do "património" sobre toda a funcionalidade executiva.
4- Falta de uma ideia integrada de gestão, que ainda existiu em programa na 1ª candidatura de João Soares, também por virtude da nossa colaboração, mas se foi esfumando durante o seu executivo por força das 3 inércias anteriores.
5- Incapacidade de constituir uma lista candidata ao executivo imune aos interesses e capaz de uma ideia integrada para a àrea metropolitana e para a reestruturação do município afrontando os micro-interesses instalados e articulando uma perspectiva sustentada para a cidade.
6- Os males que resultam da caotica estrutura dos poderes municipais em Lisboa agravados pelo nonsense que são as divisões e existencias de algumas freguesias.
7- O desconhecimento, o desconhecimento profundo e abissal dos responsáveis do que é Lisboa, o seu respirar, as pessoas, os becos, as ruelas, os bairros, as solidões, as potencialidades, a diversidade, da vida que fazem Lisboa.

Por aqui me fico e, desde já, notifico a minha declaração de interesse.

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Wednesday, May 02, 2007
 

nuvens...negras...

Nuvens negras sobrevoam os ceús da Urgeiriça.
Pior que as nuvens é o radão residual que impregna a atmosfera e que vai fazendo caminho pela vida das populações e o sangue dos trabalhadores.
Não é a silicose dos mineiros o que reduz a vida de quem deixou na mina, nas minas de urânio e na unidade de processamento do "bolo amarelo", o seu tempo, o seu trabalho e a sua vida. São os derrivados radioactivos, o césium e o torium, é o gaz inodoro e invisível, o radão, que deixa as suas marcas, que o tempo se encarrega de desenvolver...
Cordas vocais cortadas, tiroides tiradas, e o iodo a colmatar o défice, quando este não atinge o pulmão, o figado ou outro orgão...que levou tantos.
No encontro a pergunta que salta de uns para outros é: -como estás, temendo resposta...
Na Urgeiriça a escombreira é recurso para "construtores civis"... quando a areia não invade a estrada e os miudos nela rebolam.
Tudo aqui lembra o neo-realismo no seu melhor, as estórias, as vidas, a tia Ilda, o vetusto hotel, as casas senhoriais, a cabidela de coelho...
Tudo isto existe, tudo isto é triste, há que mudar o fado.
 
Tuesday, May 01, 2007
 
Ai Paulinha, Paulinha...

Recordei-me da Catherine Deneuve ( não sei porquê!) a olhar a caixinha na Belle de Jour ao ler que o P.P. tinha dito que para ele e os seus amigos ( nazis!) o Arbeit mach Frei ( o trabalho liberta).
Eles (os PPs) ainda vão descer mais baixo, esta gentalha só é superada pelos mestiços do PNR (claro que mestiços somos todos, só que eles como têm o neuróniozinho esturricado ainda não se deram conta...).
E lembrei-me de quando há vinte e tal anos referi num colóquio em Viseu que as minas da Urgeiriça e a estação de processamento eram uma fonte de enormes poluições ambientais e de problemas graves na saúde das populações e dos trabalhadores, como cancros, leucemias e impotência e que a única liberdade era encerrar os estaleiros e libertar do trabalho os trabalhadores antes que a morte os liberte da vida.
Claro que na altura quase fui agredido, por um delegado sindical como mentiroso. Hoje gostei de o ver vivo (pareceu-me que era ele!) e a dizer o que eu na altura disse, pena tantos terem morrido e tanta terra ter sido contaminada e tantos outros puderem vir a ser desta levados pela ceifeira, antes do tempo.
Claro que o trabalho não liberta, nem a Catherine Deneuve nos disse alguma vez o que estava na caixinha.
O trabalho é base da sustentabilidade o que liberta é o espirito.
E em relação ao trabalho o que é necessário é que cada um cumpra as suas obrigações e honre os contratos com transparência e no caso da ENU e do Urânio o que é de exigir é monitorização regular de toda, toda a população do zona da Urgeiriça e de outras zonas mineiras e especialmente de todos os que trabalhavam nas minas e suas áreas. E adequados pagamentos aos que lá trabalhavam (em tempo de reforma e montante compensatório desta e indeminização justa aos familiares dos que morreram).
E recuperar, adequadamente, e monitorizar permanentemente, as terras e estruturas construídas das zonas.
O Estado não liberta, honra os seus compromissos para com os que para ele em condições de alto risco, trabalhavam.
É essa a direrença entre o nazismo e o Estado democrático, e de direito!

PS
Gralha inopinada (!) trocou o por um a no título.

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civetta.buho@gmail.com

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