insignificante
No dia 2 de Março passarei um dia tranquilo, a ler e a escrever.
Passarei certamente o dia a juntar o meu pensamento a tantos pensamentos que nesse dia percorrerão as ruas, as praças deste país que Abril descobriu para a vida e a sua continuidade.
Como já aqui referi vejo com simpatia e também apreensão estas manifestações, com intenções sinceras, mas facilmente manipuláveis, por algum grilo ou pior que isso pelos que nos podem levar para as piores catacumbas do século passado.
Vivemos outros tempos, demos esperança à esperança e ergamos as canetas e deixemos uma mensagem a um poder que nos conduz como um rebanho para um gulag, mas não nos deixemos conduzir...
e não esqueçamos que o mais importante é uma alternativa, que caminhe!
Labels: Crise, manifestação
Documentário
Revi agora o documentário de Luís de Matos #MÁRIO ELOY, O PINTOR EM FUGA#, que repassou ontem na RTP2.
Tenho longínquas memórias do filho, meu padrinho, e também pintor de
astro, e do meu querido e saudoso primo Sérgio, artista de outras imagens, cuja
mãe, Orquídia tive o prazer de visitar recentemente.
Este quadro era da minha tia Dora que era visita regular lá de casa, e
foi a inspiração de alguns dos meus primeiros escritos, estava ao pé da secretária
do meu avô, onde cozinhei lista para a Associação de Estudantes, escrevi o
programa e manifesto, além de ter tratado das artes...
Já na época era cozinheiro...
No filme aparecem referências ao meu
avô, tintado de vilão. Não correspondem aos factos, mas não deslustra um
excelente documentário, com notável interpretação dos auto-retratos (que podem
ser-me confundidos...) de Raquel Henriques da Silva.
Somos todos artistas...com ou sem astro!
Labels: Mário Eloy
Leio este título:
Militares reúnem-se a 6 de Março com “todos os cenários em cima da mesa”
e penso que estou no mundo do:
Essa tropa fadanga devia estar sossegada e pelo menos não incomodar os cidadãos com as suas insolências e chantagens.
Já na semana passada já tivemos uma jantarada da Brigada do Reumático (muitos com motorista à porta).
As Forças Armadas deviam ser extintas e em sua substituição criadas unidades especiais da Marinha, para defesa da zona economica exclusiva e de Meios Aéreos, para vigilância dessa (ZEE) e combate a fogos e o que resta do Exercito de terra diluído na GNR, e manter-se assim alguma operacionalidade para luta contra o terrorismo ou missãos humanitárias.
Reduzir, reduzir, reduzir.
A Brigada do Reumática, já está reformada, era só reduzir-lhe os tachos e mordomias.
Mas agora temos a sargentada a fazer ameaças ao Estado de Direito e a querer assustar o pagode.
São uns Iznogoud, que melhor deviam era deixar-nos em paz e sossego.
Labels: Crise, Forças Armadas
Barcelona traz-me um rolo de memórias, das ramblas, de trabalho, da Sagrada Família.
De estórias, de paixões, de aventuras.
Nela dominam estas imagens, que conservo noutro registo, mas que hoje me deixaram impressionados.
Nem só Aragon teve Elsa.
Labels: Barcelona, Elsa
Ontem ao almoço, com um velho amigo, estivemos a falar de depressão:
também desta que nos reduz a vida a um austericídio gulaguiano em que começamos a diminuir no que a faz e entramos em recessão.
Depressão que se compagina com este friorento final de inverno (será?) e com a desilusão que é a polis.
Dizia eu que gostaria de intervir nas próximas autárquicas, independentemente de só me disponibilizar para o fazer nos locais onde vivo, trabalho, ou tenho ligações especiais ou trabalhei e vivi. Já são muitos, mas obviamente que essa intervenção também se orienta pelo que tenho escrito e defendo.
Partidos fora das autarquias é um desiderato, longinquo, e tenho os pés na terra. O actual sistema eleitoral autárquico é uma negação da democracia e transparência, mas é o que temos, e o quadro da sua funcionalidade impede, impede no concreto (salvo raras excepções, com alguma mão por traz) as candidaturas independentes.
Bom,,, mas é assunto para outra posta que agora é de depressão que se trata.
Pois ando stressado, como diz um primo e amigo das Espanhas. Andamos.
A motivação, a esperança, a piscadela de olho não têm grandes ocasiões de concretização.
Labels: Crise, depressão, stress
Julgo que já há tradução em português, mas deixei de comprar, salvo necessidade absoluta ou serem escritos por amigos que prezo que adoptam a novilíngua, nalguns casos por localismos (caso do Agualusa e do Takas), livros editados em Portugal.
Este livro, que hoje descobri numa notável entrevista/artigo sobre o seu autor Arno Surminski:
já o encomendei na tradução francesa, que o meu alemão não chega para estas leituras.
Uma história real fantástica. Que mostra a desumanidade que pode existir nos pretensos defensores dos animais.
Não há defesa dos animais, nem direitos dos mesmos e isso é definitivo!, sem defender antes a humanidade, a vida e a cultura que nesta construimos.
Em Auschwitz um SS fazia observação de aves, e recenseava-as.
Não consigo escrever mais. Está tudo escrito no vómito intelectual que deixo aqui, definitivo.
A memória não nos deixa esquecer.
Labels: Animalismo, Auschwitz
Não sei se é de propósito ou não.
Legislação eleitoral anacrónica, com vista a contribuir para o dispêndio público, e a eleger mentecaptos, e a criar ou má governabilidade ou pior ingovernabilidade, além das limitações dos direitos democráticos e as brincadeiras e fantochadas toleradas e até acarinhadas, pela classe política instalada.
Não é só de Itália, que estou a falar. Estas eleições, devido ao exdruxulo sistema eleitoral vão conduzir, a muito curto prazo,,, a novas eleições,,, que inacreditávelmente se irão disputar com o mesmo sistema eleitoral, que distorce os dados nacionais, não conduz a uma genuína representação eleitoral e ainda por cima é também oriundo (o Senado) de uma lógica "feudalizante", na repartição política.
A Europa vai levar mais um rombo no casco. A Itália ingoverável vai conduzir a economia europeia a uma maior, muito maior recessão.
Talvez lá para o Outuno novas eleições, estas com o mesmo figurino... conduzam a mais esperança.
Estas eleições julgo que foram também o fim da linha para o histórico radical, com quem travei relações de simpatia e convergência, Marco Pannella, que aqui homenageio.
Labels: Eleições, Itália
Da impossibilidade
de mudança nas Caldas, por enquanto...
Dizia Rosa Luxemburgo, citação de memória, que
“se não nos movimentarmos não nos aperceberemos que...estamos agrilhoados”.
Julgo que é um dito sábio que se aplica que
nem uma luva em Caldas.
seja crónicas na Rádio Montemuro, e em dois ou três artigos que o Público se dignou publicar,
por um lado favorável a candidaturas
cívicas e independentes e com lógicas de sustentabilidade e âncoras
sócio-culturais concretas, mas por outro
as acho impossíveis, ou praticamente
impossíveis, no actual cenário surrealista em que se disputam as eleições
autárquicas, com um sistema de órgãos e formação do poderes completamente
absurdo.
Isto dito venho aqui, sem com tal
quebrar o pedido de confidencialidade que me foi pedido referir que inquirido
sobre, se face ao cenário de grilhetas que tanto a situação como a oposição nos
prodigalizam em Caldas, cenário de grilhetas e incapacidade de renovação e a
mínima atractividade da cidadania, inquirido se face a esse cenário na minha
opinião haveria condições para procurar romper com as águas mornas e contidas
em que a cidadania pasma e avançar com uma candidatura que mobiliza-se a
juventude, anima-se o comercio local, desperta-se o associativismo, desse
cidadania à cidadania teria possibilidades de existir.
Uma candidatura que procura-se a cidade na
cidade, as termas a fazé-la, os serviços sociais a serem respeitados, o espaço
a ser revitalizado e redescoberto, os instrumentos de gestão desburocratizados
e a participação estimulada.
Com base nalgumas, poucas é certo, forças
locais, com o empenho de pessoas que tem pensado as Caldas e o desenvolvimento
de novos eixos de prospectiva para o tempo e o espaço desta recuperando o
passado em modernidade, essa candidatura chegou a ser discutida.
Sem estados de alma da minha parte e sem, que
do meu ponto de vista menos bem, se tenha ido mais além que algumas conversas e
contactos informais aqui e ali essa candidatura não encontrou águas férteis
para empenho e afirmação.
Deixo aqui este apontamento para referir que
na minha opinião o actual sistema não tolera candidaturas independentes, as
exclui devido a todo o processo da sua organização, à enorme mobilização que
para essas se exige, pelo envolvimento financeiro, só disponível para
concelhias partidárias que desconfiamos quem as paga.
Aqui deixo este registo. Que
infelizmente não é restrito a Caldas.
Neste momento salvo a candidatura de Rui
Moreira, apesar de algumas condicionantes, no Porto não parece haver senão numa
ou noutra autarquia ( e em relação ás freguesias em minha opinião deveriam
deixar de ser electivas e passar a ser o que são, órgãos administrativos do
poder local) o país vai ficar entregue á gangrena da partidocracia.
Outros tempos virão, não é amanhã a véspera.
Labels: autarquias 2013, Caldas
Já não vou a manifestações, salvo algumas por objectivos muito concretos, em defesa dos direitos humanos, e do Tibete, em defesa da legalização de todas as drogas, e a marijuana em concreto, e acções simbólicas, cordões humanos para chamar a atenção para algum caso específico.
Sou muito contra populismos, embora esses me possam merecer simpatia ( o caso italiano do movimento de Beppe Grillo) e até algum sorriso, mas nenhum, nenhum apoio, que fique claro.
Tenho muitos amigos neste movimento populista e sem objectivos, que poderá também ser um fermento para nada ou coisa nenhuma, ou qualquer.
Falta-lhe a massa crítica para conduzir a algum objectivo concreto e realista. Radical mas realista.
Que vá quem vá por bem. O importante é não se perder o raciocinio de que para pouco servem estas acções sem um enquadramento e uma direcção, sem objectivos e metodologias para os atingir.
E aqui dou algum substracto, o texto é de novembro, mas só hoje me chegou às mãos (carregar para aumentar!)
Labels: 2 Março, O Instalador
I
Tem faltado um pensamento estratégico e global sobre Lisboa. E não
por falta de qualidades na vereação, independentemente de não ser minha
intenção ir por aí.
A questão é que as qualidades ( e defeitos)
individuais não tem construido um discurso de cidade que seja cerzido e
que capacite os alfacinhas a um envolvimento e mais empatia.
Podia apontar a inexistência de desenvolvimentos práticos de envolvimento desde logo:
Não
há Agenda XXI, o O.P. é uma brincadeira para inglês ver, e a custo, os
instrumentos de planeamento são usados numa lógica de continuação de
construção e construção, sem que se veja a urbe como um organismo vivo e
com necessidades próprias. Lisboa não inovou nas formas de gestão, não
desenvolveu nenhum dos novos instrumentos de reforço da participação
cidadã.
A política do espaço público continua a ser feita às
fatias por vereações cruzadas, e conforme a polaridade do dia, não há
uma verdadeira política de tratamento dos resíduos e continuamos nos
RRRs sem perceber que já foi.
Na mobilidade enterrámos e bem os
carrinhos electricos mas não se desenvolveram novas capacidades desta, e
continuamos a ver passar só pormenores.
E claro a CML
continua, em todas as vereações afogada num funcionalismo anquilosado e
aparentemente irreformável, pesem as tentativas de informatização e de
alteração aqui e ali de chefias. E os envelopes continuam.
Houve
alguns fogachos nos últimos anos, mais enquanto o P.S. não teve maioria
absoluta, que seria da maior utilidade voltar a perder, embora as
perspectivas sejam reduzidas, face ao exposto, um paraquedista ( de onde
o foram inventar?), um Ichtyornys ( dinossáurio voador) e do outro lado
António Costa, que tem errado nos consultores e que deveria reformar
parte da equipa, e dar atenção a Lisboa, onde irá passar os próximos x
anos, mas seria bom que sem maioria absoluta.
Ora esse desiderato parece impossível, face ao que se vislumbra, aliás o mais provável é maior maioria.
Mas podemos sempre pensar, num próximo movimento.
Labels: Lisboa
Mais uma corrida, mais uma viagem,,,
Labels: Filmes urânio, nuclear
Hoje foi dia de arroz de lampreia,
e depois uma tarde imensa de conversa, dois cogivas e o tempo.
Lisboa, outras políticas, outra economia, muita gente a ficar com as orelhas a arder, muitas interrogações.
A lampreia, no Nortenho, estava excelente, o convívio foi muito amistoso.
Um longo passeio por Lisboa, para arrumar as ideias.
E um aguaceiro muito molhado para terminar.
Amanhã outro dia.
Labels: Arroz de Lampreia
1- Está na cara, como dizia MST em relação ao padre assassino da Madeira.
Na cara do bispo, e no processo do seu afastamento para Roma.
E talvez por lá ficasse, esquecido da sociedade onde prevaricou, não por ser homosexual, porque aí e desde logo só cometeu uma infracção teológica à luz da doutrina troglodita da Santa Madre Igreja, e que o conduzirá certamente ao fogo do Inferno, sendo de admirar, quando o facto é conhecido há muito tempo, como a Santa Sé o albergou entre as suas ovelhas (no convento com os seus amiguinhos).
Mas a ambição, a luxúria da ambição foi maior que a sensatez do recolhimento,,, e começou a fazer falar a sua de substituir o cardeal José Policarpo. Bem sei que a Papas chegaram assassinos, pedófilos, violadores, e bandidos do mais execrável. Mas eram outros tempos. Ultimamente só anti-semitas e "iluminados", que se saiba. Mas com o escrutínio social, com a espiolhação dos média, com os tempos que correm, que já não toleram abusos nem sequer pequenas infracções, já nada é o que era.
Já ninguém põe a mão no fogo.
Este é mais um caso triste. A igreja, a sua doença infantil que é o sexo, e a sua sublimação ainda vai dar muito, muito que falar.
E a missa ainda nem sequer começou...cabecinha pensadora...
2- E, a talhe de foice, porque também mete nojo, aproveito o notável cartaz que segue para recordar que há cerca de 10 anos, depois de sucessivos erros e omissões do balcão do BES onde tinha conta e de um anti-semitismo declarado apresentei diversas queixas ao Banco de Portugal que fez o que costuma fazer, as arquivou ( mas não arquiva uma minudência que o BES lhe envia de presente anualmente!).
O BES ficou com o ouro judeu, que ainda deixa rasto,e que nunca devolveu, e agora impolutamente é perdoado este senhor.
O Banco de Portugal continua a arquivar.
É a vida...
Labels: BES, cartaz, religião
Ceci n'est pas une pipe, e talvez esteja repetida...
mas tirando que só fumei o dito que não é durante meia duzia de anos, o resto, ou uma parte está lá...
e já agora, anunciando a exposição no Museu do Chiado, este magnífico Eduardo Viana:
Labels: Mario Eloy, Tempo e pintura
Tinha em arquivo, há muito tempo, esta fotografia.
Ilustra a depressão e a miséria, a que este austerícidioo gulaguiano também irá conduzir, haja relva ou não (na Correia do Norte já a comeram toda, por miséria pior!).
Hoje comecei o dia com boa disposição, apesar de masl dormido, com apresentação de trabalhos e projeccção deste para o futuro, umas gargalhadas e, sempre as memórias do tempo que estas despertam.
Falámos da desafinação vocal de alguns ministros, que reflecte a liquidez mental que os parece caracterizar. Da oposição também não vale a pena falar. Segura à barca e afunda-se, seja em que versão seja ( e há a que nos quer transformar no país dos Kim... e a outra que continua a delirar ...).
Uma volta pela cidade para descobrir que as gentes apesar de tudo continuam, e regresso ao trabalho, que interrompo para esta posta, e outra no
http://carmoeatrindade.blogspot.pt/
O mundo pula e recua, ao contrário do que poetava o meu professor de físico-química, Rómulo.
Labels: Crise, gulag
Pelas 7 da manhã quando ia sair telefonaram para casa. A minha avô atendeu e já não sai. Havia uma revolução.
Até ouvir o Zeca não percebi de que lado era, o Kaulza tinha tentado havia algum tempo uma golpaça para reforçar o colonial-fascismo.
Ouvido o Zeca o tempo arrancou, para a manhã mais linda de todas as manhãs.
Hoje, melhor ou pior, e definitivamente o Relvas não tem voz para isto, voltando os tempos, que voltem as vontades.
Labels: Grândola
Hoje faço a minha crónica na Rádio Montemuro.
Vou falar de
Ictyornys, dinosaurios voadores... e de
Agendas XXIs, O.P.s + PDMs, de referendums locais, de acções cívicas, momentos de exercício de cidadania e representação da mesma.
um curioso programa de luta e participação cidadã contra as alterações climáticas, com uma excelente página e focos nos transportes, locais trabalho, empresas amigas do
ambiente, no viver saudável e no aproveitar é
que está o ganho, que em Portugal tem o apoio da Quercus.
E sobre o novo livro de
Al Gore#The Future#, já em encomenda...
E, caso haja tempo esta notícia, que mostra o miserabilismo em que nos atolamos, e o desperdício desse:
"O programa «Direito à alimentação» foi
suspenso porque "o sector está cheio de famílias de empresários e trabalhadores,
a quem também já faltam alimentos", esclareceu a Associação de Hotelaria,
Restauração e Similares de Portugal (AHRESP)."
O programa distribuia os restos de comida dos restaurantes por entidades que as davam a gente carenciada.
No comments!
Labels: alterações climáticas, Radio Montemuro
Hoje ouvi um CD do Nabucco. O Va pensiero levou-me às lágrimas que aproveitei.
Amanhã é outro dia.
Labels: Va Pensiero
Ouço a Piaf no rádio que é verdadeiramente um repouso para o espírito e uma âncora para a escrita e uma ajuda para a leitura.
Embora nos dias em que a mente precisa de desligar, a TV seja uma boa prisão para essa cada vez tenho menos paciência.
E também, fiz hoje 300 Kms a pensar nisso, e nas mastigações e os sorvos das salas de cinema.
Julgo que não há já nenhum cinema que nos dê um alívio dessa grotesca situação. Mas devia, porque teria certamente muito público, sobretudo se não passasse a maior parte dos filmes que enchem as salas de grunhos a comer pipocas e a sorver colas.
Filmes franceses, espanhóis, italianos, alemães, ingleses, sei lá filmes, que também podem ser o notável Tarantino, ou até o Lincoln numa interpretação notável.
A TV, voltando ao tema (e mais uma vez porque raio tenho que pagar uma taxa de televisão, se não a tenho? será que é preciso espetar uma factura nas trombas de alguém? ops não tenho nem TV nem factura, que aliás deixei, salvo casos de utilidade fiscal que são quase nenhums..., de pedir ou vão directamente para o lixo!) está também pelas ruas da amargura.
Não há um canal, nem daqueles bem pagos, que tenha uma programação minimamente visível, salvo aqui e acolá uma série mais interessante, e que serve na falta de LSD.
Volto aos livros que leio, dado o domínio desta novilingua em que por Aborto Ortográfico se transformou o português, em francês, inglês e castelhano, nas suas várias versões línguisticas e também em brasileiro, que agora procuram, por cá, sem graça imitar, não percebendo que as grafias reflectem dinâmicas e quadros sociais de funcionamento. E são elas próprias espécies em evolução.
Era para escrever sobre o 2 de Março, era para escrever sobre o Forum Social de Oeiras, era para escrever sobre Caldas e a política local, era para escrever sobre a Europa e a política para esta. Era.
Mas a Piaf transporta-me para um oceano de memórias e vivo muitos outros tempos no tempo da formulação da escrita no reflexo do pensamento.
Hoje, também, sonhei com a Tabela dos elementos, novamente.
E descobri o 1º rascunho de Mendeleiev, a primeira tabela:
fez-me lembrar alguns rascunhos que tenho em curso, com as palavras de todos os dias, como "la môme" me canta...
Labels: Cinema, Mendeleiev, Piaf, Rádio
Não recordo comer uma sopa de espargos tão saborosa.
Conclui o rioja com queijo e jamon serrano.
É um dos meus locais.
A simpatia do Mario e do Jesus, ou ocasionalmente do Alberto, a boa memória do Braulio, e uma cozinha de excelência, além dos tempos, dos muitos tempos que lá tenho passado com os meus primos amigos fazem deste templo um dos onde a minha frequência tem mais tempo e prazeres.
http://www.cateringelemigrante.net/
Ainda com o deleito da sopa, aqui deixo outros espargos:
Labels: Espargo
com um abraço ao Raimundo Quintal, aqui fica, com todo o meu apoio:
Labels: Biodiversidade, Madeira
De hoje, um interessante artigo do I.
Aqui:
http://www.ionline.pt/portugal/anquanto-la-lhengua-fur-falada-mirandes-esta-outra-vez-perigo
O mirandês, espécie de leonês antigo, tem ainda uma vitalidade grande.
Este artigo refere o grande problema que enfrenta, como aliás as muitas milhares de línguas "minoritárias".
O número dos seus falantes vai diminuindo e a massificação socio-cultural vai destruindo as pontes, a comunicação e o que esta reflecte de cousas e lousas.
Lutar pela perservação de uma língua, o seu espaço e a forma como se a expressa é também tarefa de quem acha que o ambiente é essa memória do espaço a a sua correlação com as palavras que o significam.
Contra a uniformização, seja ela a destruição do património vivo, seja ela a destruição das grafias que lhe dão memória e fruição.
O novo Acordo Ortográfico, por exemplo, é uma forma de destruição cultural e linguística que se enquadra no sentido de uma sociedade unidimensional, onde a cultura e o que a expressa se reduz aos bytes e à sua simplificação.
Ganhará, estou convencido, porque vivemos numa sociedade, a caminho do fim da escrita.
Mas o ambiente não ficará melhor.
Labels: ambiente, línguas
O quadro é picado do ABRUPTO, de um interessante artigo sobre o tema de Pacheco Pereira.
O tema é de facto central, não só para a Igreja Católica Apostólica Romana mas para o mundo onde a influência desta ainda se faz sentir.
Desde logo é o fim de mais um dogma, o da infalibilidade papal, que resultado de uma inspiração da pomba ( também referenciada como sendo o Espirito Santo) sobre o colégio cardinalício é suposto ser eleito para a vida.
Ao reconhecer o falhanço da pomba, o falhanço, mais um, de Deus o Papa dá-lhe um profundo golpe, acaba com mais um dogma, ou seja mais um dos absurdos articulados em que pessoas supostas racionais deveriam acreditar em nome de uma qualquer espiritualidade.
Os dogmas das igrejas, quaisquer que elas sejam, são formas de estas se organizarem como poder sobre a sociedade e os que as fazemos.
Este era um dos mais perigosos e ao ser reduzido a cinzas altera toda a relação de poder dentro desta igreja. Já não há autoridade papal infalível sobre o casamento, sobre o corpo, e obviamente o aborto e a eutanásia, já não ha quem ( em nome de quê e com autoridade de quem,,, se é um simples homem, sem dons e sem sequer sopro divino) se possa opôr ao sacerdocio das mulheres ou ás dúvidas sobre a virgindade, antes depois ou durante os actos, da Senhora.
E agora vamos ter, como há muito não havia, dois Papas vivos ao mesmo tempo. Já tinhamos tido, nos tempos do cisma de Avignon, e também já tivemos papas assassinos, papas do sexo feminino e papas pais de família, além de papas pedófilos e homosexuais.
Os tempos são difíceis para a doutrina, eu crismado pela SMI (Santa Madre Igreja) tenho que aqui, sem subterfúgios o confessar, a DPTP (Deus Pai Todo Poderoso), sobretudo para os que em nome dela construiram um império de crimes, benesses e corupção, a todos os níveis e não esqueçamos o papel do IOR ( Instituto Ordens Religiosas, ou Banco Vaticano) nesse conúbio de malfeitorias.
Voltaremos, com a ajuda da pomba, a este assunto.
Labels: religião
Este livrinho mostra que escrever bem não é bem escrever.
Bonito, cheira bem, as palavras constróiem frases lindas. Mas,,, falta-lhe espessura, os contos, além de repetirem o mesmo tema continuamente e mostrarem desde logo a loucura do autor são banais.
Uma leitura boa para uma tarde, á janela, a tomar chá.
Labels: Livros
Sou um coleccionador de mochos. E hoje pico para aqui estes simpáticos.
Labels: Mocho
Este foi lido mais ou menos nos transportes públicos, num dia cheio de trabalho, projectos, conversas, troca de opiniões.
E convites, para a Europa, para a cidadania, de que a seu tempo darei novas.
O mundo continua a girar e a Europa continua a ser um sonho e um projecto, como as cidades, haja Carmo e Trindade.
Livros em curso, conferências continuadas, queixas sobre comportamentos indignos em entidades bancárias, o dia não parou, também.
Labels: cidadania, EUROPA, Livros
Não costuma este blog embarcar em anedotas, mas hoje é Carnaval, feriado facultativo, contra os tontos que lhe quiseram retirar essa dignidade.
Sendo um assunto sério, que já aqui abordámos, o da titularidade da Universidade Lusófona, e sendo que os comportamentos dos seus membros na vida pública sã, também a medida da dignidade do Governo da nação, aqui fica:
Miguel Relvas no seu habitual:
Se carregarem no boneco ainda é melhor!
Labels: Carnaval, política
Tenho passado, desde as 8 da manhã o dia feriado, aproveitando o silêncio, a trabalhar.
Termino um livro, troco mails para uma, duas conferências, preparo um programa de Rádio, leiu os jornais. Troco novos mails sobre a conferência em Caceres e espero a de Ponte Lima.
Na Rádio Montemuro vou falar de autarquias, contar a história, do território, da sua organização foral, das reformas liberais, da separação (ou não) da igreja e do Estado, com os enterros a serem fora do espaço sagrado e a sua passagem das paróquias para as freguesias...
O Estado Novo e a ausencia de liberdades, assim como a re-integração no espaço religioso das (de algumas) freguesias... e as nomeações dos presidentes camários.
E o alfobre que foi criado pelo 25 de Abril e a tontada da legislação sobre organização autárquica... e sobre isso desenvolverei...
e os instrumentos de participação cívica, as Agendas XXI, os orçamentos participativos, e como estes são desvirtuados e desvalorizados, a inexistência de referenduns locais e a charada que são os PDMs e a sua desvirtuação pelos Planos de Pormenor que são embolsados pelos sabichões...
E talvez se tiver tempo sobre a falta de respeito que são os casos do Macário Correia, do Isaltino, e de outros condenados que desreitando a justiça e a cidadania continuam a atirar areia para o ar, ou dos dinossauros que se pretendem continuar, mas arriscam a ser presidentes ou candidatos virtuais....
Diz-me um amigo, que me envia esta foto,,, que é de um dinossáurio municipal. A mim parece-me mais um cabrão!
Bom é tema para vários programas...
Labels: autarquias 2013, Radio Montemuro
O ridículo não mata, e parece que também não ensina.
O Carnaval está consagrado como feriado em inúmeros contratos colectivos de trabalho, a esmagadora maioria das Câmaras dá, amanhã como é usual, tolerância de ponto, quer dizer transforma o dia em feriado, e escolas e organismos públicos além de empresas e bancos, correios, transportes, etc, etc estão em feriado, agora e na hora.
80/90% do país não trabalha amanhã, mas repetindo um dos muitos disparates do ex-primeiro ministro Cavaco o governo ... achou por bem... por os deputados e pouca gente mais a trabalhar.
Não há pachorra para tanta incompetência, mal disfarçada ainda por cima.
Habemus Carnaval!
Labels: Carnaval
No mesmo dia em que o Papa Ratzsinger dá um golpe mortal da Santa Madre Igreja, que não permite a abjuração dos eleitos pela sua pombinha, mas sim o exercício do cargo de Sumo até à morte (como o anterior, que mesmo no estertor exercicia o pontificado), no momento em que mais um dogma de fé é saneado ( o da divindade da pomba que assim fica entregue aos abutres) sou informado por uma revista satírica da morte de Rajoy (parece que o governo espanhol, até já apresentou condolências...)
já nada é o que era. A corupção está à solta brava. O Papa descredibiliza o seu sagrado. A vida foi inventada pelo "meu", seja ele quem seja, até pode ser um sopro ( no da pomba já não acreditamos!).
E estamos entregues a passos seguros, ou seja não poderiamos estar pior, entre os irmãos bufões Dupont e Dupond.
A tristeza invade o Carnaval. Segue-se a abstinência...
Labels: Dupond e Dupont, Rajoy
Estou longe de estar informado sobre o actual processo eleitoral italiano.
Mas temo que estejamos, também em Itália, a fugir ás verdadeiras questões e a mergulhar numa lógica mediática de valorização do individuo e do seu teatro em vez de discutir projectos, análises e soluções ou prospectivas.
A crise está a ser descentralizada do debate político orquestrado em torno de "fait divers" e palhaçadas (em que Berlusconi é mestre!).
Da parte adversária ouço da seriedade de Monti e do seu grupo, central para uma nova política que se perspective na Europa, e do populismo dos apoiantes de outro clown, Pepe Grilo.
Os democratas, antigos comunistas descafeinados e sem norte ( e os fascistas da Liga Norte a rondar...) não apresentam credibilidade para se constituirem em alternativa (lembram o nosso PS, a navegar à bolina e nem com este governo ser capaz de afirmação!).
Não sei se este discurso tem o mínimo de respaldo social e por tal transforma o seu senso em resultados, mas esta mulher, com quem partilhei tempos e da qual guardo memórias e inspiração dá-nos um pouco do seu desespero, que aqui partilho.
Emma Bonino no seu discurso:
Labels: Emma Bonino, Partito Radicale
Um notável artigo de Mário Vargas Llosa no El Pais de hoje:
http://elpais.com/elpais/2013/02/07/opinion/1360242096_035544.html
Pensamento rigoroso e referências assertivas.
Para aguçar o apetite aí vai o boneco que o acompanha.
Labels: Israel, Vargas Llosa
Ainda ninguém ( ou talvez não?) se lembrou de extinguir estas moedas ( no Canadá acabaram com a correspondente!, pelas razões...adiante).
Mas a União ( nós todos) perde + de 50% do seu valor, na sua produção.
Estas moedas acima valem respectivamente 3 e 5 centimos em ferro velho.
Para bom entendedor...
Labels: Crise, Euro
Desde logo é um dos livros com a pior capa que já terei tido em mão. Absolutamente desgraçada.
Mas é um livro interessante, para conhecer o pensamento do seu personagem, um pensamento com âncoras claras, ideias de bom senso, e elaboração elegante.
É um livro que atraí, mesmo nalgumas discordâncias e que é uma boa base para uma candidatura estruturada à autarquia.
Romper com a lógica partidária na gestão autárquica é tarefa ciclópica por isso quando se forma uma capacidade, com potencialidades e ideias vernáculas o entusiasmo forma-se.
Nestes dias estive em Peniche e Caldas a conferenciar sobre Água e Energia e Ambiente, mas também a deixar sementes, falar com a cidadania...
Os tempos estão difíceis, as palavras mordem as acções.
Temos que procurar mudar os discursos e os seus significantes.
Por exemplo, substituir a palavra austeridade, que tem dignidade e traz memórias de respeito e frugalidade por outra que explique o karma a que nos querem condenar, para onde nos arrastam que é miserabilismo, que é para onde estes bonecos nos querem atirar e aos nossos sonhos e desejos.
Vamos recuperar a palavra!
E a acção desta!
Labels: ambiente, autarquias 2013, Livros
Li mais um livrinho de Emmanuel Schmidt:
e comecei o notável:
e pelo meio quase acabei #Uma questão de carácter# de Rui Moreira, que se arrisca a ser o meu único candidato nas próximas autárquicas.
Penso que é, será uma candidatura com potencial de romper com a política partidária nas autarquias e criar dinamica nacional para um espaço de intransigência democrática.
Vamos acompanhar
Labels: autarquias 2013, Livros
Tenho estado num dos meus retiros anuais.
No news, no news...
Chegado encontro esta simpática e amistosa referência:
http://estadodebarrancos.blogspot.pt/search/label/Livro%20Interativo
Ao Jacinto, que diariamente nos dá notícias da terra e do que nela também ocorre, um abraço.
Labels: Estado de Barrancos
O voo da águia
ensombra o coelho
o tempo fica
Labels: Haikus
Uma grande interpretação de Daniel Day-Lewis, num filme que é o paradigma da ideologia emergente. O individuo e as suas ideias, acção e carisma como molde de organização.
Vivemos novos tempos em que é entorno desse determinante que se estruturam os poderes e as suas lógicas de organização.
Um pólo e algumas ideias, boas ou más, é sempre enquadrável, e todo o seu círculo.
Lincoln é um filme em torno de um homem e os seus actos, para a história.
Labels: Filmes
Hoje, no Publico, um artigo de opinião parece ter lido a posta que, entretanto retirei, escrevi sobre António Costa.
Penso que o P.S. não tem emenda e que A.Costa se meteu numa camisa de 7 varas.
O artigo retoma o meu argumentário. Ou C.M.L. ou P.S. e este entregue aquela rapaziada e pronto.
O país de mao a piau como se dizia no outro tempo.
Tempos errados, má fortuna, aliados tontos, erros de palmatória juntaram-se para enfernizar o que salvo o mau feitio ocasional é um muito bom político (António Costa).
Julgo que o P.S., mais próximo disso que o P.S.D., irá ser o primeiro partido a implodir (certamente depois do P.P. em Espanha que está iminente!) e tal será positivo se permitir recompôr o centro político (juntar o liberalismo de esquerda e algum centrismo libertário) e recompuzer a esquerda e também a direita.
E também este (P.S.D.) sob o peso da corrupção ligada ao tentacular poder das mafias autárquicas irá rebentar ( o que se passa no Porto, mas também noutros locais... é exemlar! e nem vale a pena ir aos casos em processo judicial... ).
A questão europeia, as determinantes desta serão também importantes para re-equacionar do sistema (quando é que a troika descobrirá que é o sistema que impede a economia de dar a volta?) e sendo que as eleições autárquicas não irão ser senão mais do mesmo, salvo um ou outro caso, aqui ou ali, mas sempre dominadas pelo ferro da partidocracia, serão as eleições europeias o próximo avatar no nosso quadro de referências.
Nestas, talvez, mais do que nas autárquicas desde que haja protagonista, com um quadro de ideias claras (e só essas é que resultam de um empenho e discussão colectiva), e em torno a esse pólo talvez se possa começar a alterar as jogadas e modificar a realidade.
O papel do individuo é hoje na sociedade cada vez mais mediatizada em lógicas de fulanização fundamental, mas necessita de apoios e sinergias colectivas a partir das quais se possa desenvolver possibilidade.
Tal como nos filmes é em torno do personagem que se constrói a estória.
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O meu querido amigo Luís Takas escreve mais um romance.
Continuo a ser da opinião que o seu grande talento é o conto, o conto e a sua métrica, no espaço e no tempo.
Neste romance o que releva do conto é excelente, mas a cerzidura, a edição (terá havido editor???) deixa este romance na espera, na expectativa, do golpe de asa.
E o Luís Cardoso ainda a prometer um grande romance.
E neste até tem os elementos para a produção.
Que nalguns capítulos é confusa, tem erros evitáveis com uma boa edição, que não terá tido, e deixa-nos com água na boca.
Continuo à espera do melhor do Luís, a quem aqui deixo um abraço fraterno
Labels: Luís Cardoso, Pigafetta, Takas