Acabo o ano a ver uma interessante série, na televisão sobre Massada: https://pt.wikipedia.org/wiki/Massada
uma história mitológica mas fundacional do judaísmo (embora fosse, sem dúvida, protagonizada por uma corrente fanática desse, os sicários) histórico, que tudo transforma.
Uma espécie de Viriato....
E começo, leio um bom pedaço, este livro autobiográfico de Elias Canetti:
a sua juventude, os momentos marcantes, de um grande escritor.
Ontem fui ver o Chicago ao Teatro da Trindade. Recomendo. Não só pelo glamour, boas interpretações (pena o canto que é só q.b., mas uma notável banda!) e boa cenografia.
Um tema para reflexão, sobre a manipulação que faz as "massas", que sabemos rapidamente se tornam seitas e resistem fechando-se ao exterior e reduzindo ou mesmo aniquilando as liberdades., lido em Charbonneau no seu Prometeu, mas uma realidade cada vez mais evidente.
A comunicação social cada vez mais cativa ( má, como em italiano) de interesses, seja financeiros, seja de compadrios e famílias e também incapaz de perceber que por isso vai emprrando a faca que já tem no coração cada vez mais.
E a informação alternativa é cada vez mais difícil de fazer circular, iremos laçar um novo Observatório em Janeiro, mas temo para muitos já informados...
Vivemos imersos em falsas notícias, ou desnoticias, ou notícias que não o são, ou trivialidades que tomama conta do espaço suposto noticioso, com as melgas ditas jornalistas a chuparem o sangue, que é isso que dá espectáculo- o que é que nós sentimos?
Pois asco, muito asco.
Ver este espectáculo, num Trindade cheio, e tem sido assim, é uma lufada. Mas no dia seguinte, sem o perceberem, ou talvez por isso mesmo, o correio da manha (ou outros....) vai continuar a ser comprado por muitos que aplaudiram, sem saberem que estão a cuspir contra o vento.
Vivemos tempos difíceis. O fim do ano só nos traz desgraças. E o vento só serve para dar vida à vida.
que está à venda na Amazon por 35€, custou-me 1€ no alfarrabista! O bezos anda a beber.
Neste temos estórias escrufulosas, todas elas com o jeito e o vinagre do Afonso escalpelizadas. O curioso é que só as que o tempo levou, por água abaixo, é que não são actuais e a merecerem o mesmo vómito. Se a CUF já foi, infelizmente os eucaliptos deram cabo, como espécie e produto final, de grande parte do nosso país. Sines, bom Sines.... lá está a pedir reforma.
Ferrel tem honra, justa, já o Alviela é detalhado, bem, e só o que a água deu sumiço passou, nunca esquecerei a ETAR inaugurado 15 vezes, e a poluição dos curtumes que continuava, continuará?
Desde 1977 tudo continua, e continuamos é a não ter ecologia política a dar nas canetas destes malvados!
E é curioso (re) descobrir o Afonso, marxista-leninista até à medula, embora com desvios afonsistas!
O vento domina incessante o espaço, a chuva não tem parado, o tempo está escuro, não saio de casa. Vou pondo em dia as leituras, agora este:
que tenho que dizer me deixou um pouco desiludido. Montalbán merecia outro desenvolvimento da trama, que se enreda e se confuciona demasiado.
Ma continuo o o Reiser, e começo este:
a que voltarei, mas está na linha do conhecimento... temos que variar....
Estranhos nomes vão dando ás intempéries, e ao vento que hulula toda a noite sobre os telhados não nos deixando pregar olho.
As leituras agradecem, mas a vista vai cansando.
Este é um dos bonecos que se podem ler....
outros, sobretudo os sobre energias, Reiser é um visionário e um experimentalista, não tanto.
Um livro espantoso, ou melhor extraordinário, não vá andar algum castelhano por aí!
Leio este, aconselhável aos que querem saber a importância do cozinhado e da variedade (local) da alimentação e da necessidade de confrontarmos os fanatismos e o animalismo, assim como dietismos rigorosos.
Um livro divertido e culto, onde apreendemos também a saborear:
e agarro este número da Urtiga de 1978, onde temos algumas reflexões de toda a actualidade ( um texto de Delgado Domingos, entre outros) e onde podemos ver como evoluímos...( ainda foi escrito numa IBM!)
E um notável (incompleto na parte portuguesa! mapa da nuclear ibérica, onde vemos os muitos ganhos mas também as derrotas!)
o tempo vai passando, e neste temos que honrar as memórias.
este é um número muito fraquinho, pouco interesse e uma crónica muito deficiente, a sobre os impactos ambientais do cultivo. Ignora muitos dos aspectos desta e sobretido foca-se nos que resultam da sua ilegalidade e das consequências daí resultantes (resíduos, nomeadamente). E esqueceram o artigo sobre a mudança de penas....
Interessante a recolha de livros para leituras... futuras.
já esta está ao nível habitual. muitas notícias, muitas estórias e algumas novidades...
Queimo uns pauzinhos tibetanos, fumo uns porros, acendo a lareira. Talvez vá ver o jogo Barcelona- Madrid ou não. Vou de certeza começar a leitura deste, que me recomendam sobre um dos meus fascínios, as línguas!
É um grande contador de estórias e mestre, erudito com as palavras, de situações e tensões.
Este é um livro com recolhas fantásticas, a do Mendel faz parte, desenvolvida de outra fantástica.
Um livro lido em viagens, de bolso, como deve.
O
Governo de Portugal, juntamente com a concessionária ANA/VINCI preparam-se para
quase duplicar o número de movimentos de aviões na região de Lisboa, com grande
incidência no Aeroporto Humberto Delgado incluindo o período nocturno e, em
paralelo, construir um designado aeroporto da Base Aérea do Montijo,
complementar à Portela.
Trata-se
de um processo que não serve os interesses do país e que é contra as pessoas, o
seu bem-estar, a sua saúde e a sua segurança e é um grave atentado ao ambiente.
Num
quadro em que até o Parlamento Europeu “decretou” a Emergência Climática, o procedimento
das autoridades portuguesas é o pior contributo que se pode dar no combate e no
empenhamento que, por todo o planeta, milhões de cidadãos, nomeadamente as
novas gerações, travam para contrariar as nefastas consequências decorrentes
das alterações climáticas.
Tudo
isto é feito à revelia da legislação e dos procedimentos a que o estado está
obrigado, e no caso da Portela sem qualquer Avaliação de Impacte Ambiental.
O
aumento da pressão sobre a região de Lisboa, nomeadamente na capital, é
inaceitável e vai-nos condenar a viver pior durante mais umas décadas e, se
nada fizermos, até ao fim da concessão à ANA/VINCI em 2062.
Por estas e muitas outras
razões, um grupo de organizações e cidadãos decidiu levar a cabo uma acção de
protesto em Lisboa que tem por base o combate ao aumento do ruído, da poluição
atmosférica e pela preservação da segurança de pessoas e bens. Esta iniciativa
insere-se no quadro geral da luta contra as alterações climáticas e da
emergência em que vivemos mergulhados. Mais aviões não!
PARTICIPAR AGORA É O CAMINHO MAIS SEGURO E
CERTO PARA GARANTIR UM FUTURO MELHOR E MAIS AMIGO DAS PESSOAS E DO AMBIENTE.
Participa e “Traz Um Amigo Também”.
Organização: (Aberta a futuras adesões).
“Lisboa Precisa”, “ATERRA”, “URTICA”, “FAPAS”,
“GlocalDecide”, “União dos Sindicatos de Lisboa-CGTP-IN”, “Plataforma Cívica
Aeroporto BA6-Montijo Não”, “Zero” e outras organizações
Chega ao fim a minha relação com a secção portuguesa da Amnistia
Internacional, de que sou fundador (da secção portuguesa) e da qual fui julgo
que em pelo três mandatos dirigente e
para a qual contribui com uns milhares de euros, de direitos de autor, além dos
donativos.
Recordo no inicio as primeiras cisões. Foram por decidirmos que a AI era
contra a pena de morte. Antes só nos preocupávamos com os prisioneiros de
consciência. As cisões ocorreram também em Portugal, país pioneiro na abolição
dessa.
Depois, julgo que por cá não houve grandes sobressaltos quando a AI se
investiu nos direitos das mulheres ao seu corpo e na Interrupção Voluntária da
Gravidez como direito. Mas a nível internacional houve muitos conflitos
internos, e a excomunhão pelo Vaticano. 2 vezes.
Já os tive (conflitos), e muitos por cá, quando a AI reconheceu as lutas de
género (demissões por cá) e quando reconhecemos o direito ao casamento e
sobretudo à adopção por casais do mesmo sexo, um grupo local foi desfeito (e
até, vejam lá, diziam que tinham por lá um homossexual) e tive que o xingar até
ao tribunal (os pretéritos reizinhos).
Tivemos alguns problemas depois, uma tentativa de assalto pelos animalistas
(direitos dos animais) que ficou por aí, e a AI, nos novos documentos até
avança decididamente pelo tema das alterações climáticas e pelas questões (da
legalização, claro) das drogas, o que me agrada.
Mas a organização têm se vindo a transformar numa estrutura leninista, em
que a burocracia, os funcionários e etc, que recebem 80% do orçamento, pelo
menos em Portugal, para não serem vistos nem ouvidos em sítio nenhum, e a
burocracia escolhe e controla os órgãos sociais, numa lógica que faz lembrar as
células do leninismo, todas controladas pelo famoso controleiro, braço do
comité central e do grande staline, seja ele quem seja. Tudo é cozinhado entre
o grupo dirigente, que ninguém sabe de facto quem é.
Isto que já vem de traz tem-se vindo a acentuar e a agravar. As A.G.s
transformaram-se nos novos congressos do PCUS, tudo controlado e quando não há
unanimidade fora....
E isso reverte-se na política da organização. A última foi o apoio ao
independentismo catalão ( esclareceu-me o diretor da A.I. que o apoio foi só aos
criminosos condenados! Por gastarem dinheiros públicos em ilegalidades e infringirem
as leis do Estado, aparentemente o que está no facebook é.... apócrifo! Nunca
visto na A.I.) E o apoio aos direitos humanos da maioria dos catalães que não o
é e é, pelo contrário assediada e com violência por uns sujeitos portadores da
verdade e do paraíso? E que querem obrigar todos a segui-los.
Não há mais paciência. Hoje a AI tem menos audiência, menos influênciado que quando tinha só uma funcionária e um
trigésimo do orçamento que hoje tem(ultrapassa os milhão euros) 80 % é para pagar a burocracia, 20
funcionários, a sede e tal e tal, e escassos voluntários, mesmo. Passem bem que
eu também.
Continuarei a ser um dos fundadores, continuarei a ser membro de uma secção da
AI (noutro país), onde não me tenho que preocupar com estas coisecas, e claro
um infatigável defensor dos Direitos Humanos, aqui, ali e acolá!
E por aqui me fico!
"Renunciar aos factos é renunciar à liberdade. Se nada é verdade ,
ninguém pode criticar o poder, porque não há bases para tal. Se nada é verdade
tudo é espectáculo"
Timothy Snyder
1-A História não é um mito criativo
Já tinha passado há muito o estudo de 18 localizações para o novo
aeroporto de Lisboa, e embora a comissão de Rio Frio continuasse a receber
senhas de presença já alguém tinha proclamado “a Sul do Tejo, jamais!”. Era,
então, vereador na C.M.L. quando em reunião do Executivo ouvimos o diretor do
L.N.E.C. defender com unhas e dentes a opção... da OTA. Tive só que lhe lembrar
que a OTA era um paul que teria que ser aterrado, e é certo que estava ladeado
por dois montes, mas até um dos maiores criminosos da história tinha inventado
um tal Yukong que removia montanhas, com os filhos, os netos, e gerações a
seguir, mas sobretudo com a ajuda de dois anjos, porque não... e assim até tinham material para aterrar o
paul... só que ainda haviam as águas subterrâneas.... ai as águas subterrâneas
e até um rio .
Ota, jamais, não sei que fim esses figurões levaram.
Mas, entretanto, negócios e negociatas foram passando debaixo das pontes
e o Montijo que ficara em último, último lugar no estudo acima mencionado, saiu
da cartola.
2- A realidade não é uma criação da Goldman Sachs
O Montijo está em zona Rede Natura, e goza por tal facto de proteção
comunitária, que não está sujeita, não é permeável ( a zona é o muito!) a
indemnizações....no entorno temos várias
Zonas de Proteção Especial, além de ocupar ainda parte do Sítio de Importância
Comunitária. Além da elevada importância que estas têm em termos de
biodiversidade e de serviços de ecossistema temos ainda um grande risco de
colisão das aeronaves com aves de grande parte (incluindo flamingos e cegonhas
e outras aves de grande porte).
Aqui um dos melhores pareceres com dados de
quem está no terreno e não num gabinete com ar condicionado:
mas há mais... o aeroporto existente ( em choque com as linhas de voo de
grande parte das aves, que não irão reconhecer os sinais, e lá teremos
churrasco ou...) não tem espaço, por isso, leiam devagar, tem que ser
prolongado em estacaria, em estacas sobre o sapal.
Será que os senhores que contam o pataco sabem que a dinâmica das marés,
sem falar de fenômenos geológicos, tem amplitude de vários, vários metros... e
não é que decidiram que tinha que ficar
poucos, muito poucos acima do nível do mar, que irá aumentar com as emissões,
também dos aviõezinhos....recordo 2 aeroportos que fecharam, porque os aviões
foram à água (em Africa, lá longe) ... e à pouco ( por causa das aves) um avião
aterrou no Hudson.
3- E quem será responsável?
Temos que desde já, o caso dramático que hoje qualquer ignorante vê, o
enorme desastre que foi a maior barragem (Alqueva) da Europa que pagamos todos
mas sem nenhum responsável, temos que saber quem iremos responsabilizar, por
este desastre intercalar, uma vez que o objetivo é outro, outro aeroporto (mas
e o de Beja, e uma nova centralidade e uma linha de comboio de alta velocidade
entre Faro, Beja, Lisboa, Badajoz, Madrid, ha esse não é da Goldman Sachs),
quem, a quem termos que pedir contas?
E as colisões que certamente irão ocorrer, com grandes aves, que abundam
no Estuário e que por obrigação devemos proteger (duas ou três convenções
internacionais que nos obrigam, que assinámos, e vamos infrigir!)e a IATA que
ainda não disse piu, nem piu, sobre a segurança e o chamado Bird strike, o
choque com aves. É que aqui não temos falcões que deem conta....Sisões,
flamingos, cegonhas coelheiros, e dezenas de diferentes espécies.
Mas depois não haverá como de costume responsável.... Ponhamos já um
nome na placa António Costa!
4-Contra as Alterações Climáticas?
Tenho que confessar que me estou completamente, mas completamente nas
tintas para a temperatura que irá fazer no ano 2100, mais 4, 5 ou 6 ou ate 10
graus a mais, estou-me completamente nas tintas. Nem o meu neto mais novo (5
anos) estará vivo nessa altura. Agitar esse papão e mesmo o aumento de 3, 4
graus até 2050 (provável!) deixa-me indiferente.
O mundo irá continuar, talvez melhor, mas estou, e muito, preocupado com
a seca, os incêndios, a agitação marítima e o fim das pescas, as ondas de calor
e de frio glacial, as tempestades tropicais, várias por ano aqui, a falta de
água e o ar contaminado, agora, hoje, hoje mesmo. Agora, mesmo!
E acho que estamos a lidar com uma corja, sim uma corja de hipócritas,
de indivíduos da maior leviandade que dizem uma coisa e sem sequer virarem as
costas fazem o contrário. São uns descarados.
Mais aeroportos, mais aviões, mais turismo, mais delapidação de
recursos, mais emissões de gases carbónicos, mais minas, mais materiais, mais
lixo, lixo mesmo em cima das pessoas (e a única coisa que não está roto são os
seus bolsos), das aldeias e da ruralidade. E mais umas fábricas mirabolantes,
sem estudos nem qualquer viabilidade.
Mastemos a Emergência Climática
e até a menina Greta que vem a caminho, de barquinho. Podemos tentar romper com
isto que parece sólido, podemos começar por dar um murro na mesa e dizer basta,
basta, quem julgam que são para continuarem a mentir-nos descaradamente? Nada
do que nos dizem é verdade.