insignificante
Wednesday, November 30, 2011
 


Começou ontem, com sucesso seja na qualidade dos filmes, seja na frontalidade do debate.

(...)
Urânio em Movimento, 24 vezes por segundo!

Assumi a responsabilidade, face ao impasse em que as organizações que intervêm nesta área, seja as que estão relacionadas com antigas zonas mineiras de urânio, seja as que se localizam em áreas de jazidas, mas também algum desinteresse ( mas apoio o que desde logo é de registar e agradecer) das que tem outros enfoques e intervenção a nível local ou nacional (Campo Aberto, FAPAS, Quercus, FPCUB, e a recente GEM), com riscos pessoais, decidi aceitar o desafio dos organizadores brasileiros e avançar com a concretização deste, em Portugal.
Já está em andamento a extensão ao Porto do 1st International Uranium Film Festival (dias 29 e 30 Novembro e 6 e 7 de Dezembro) e pensada em Lisboa no inicio de 2012.
Desde o contacto que tive, na altura em que eles estiveram em Portugal para filmarem os nossos casos uraníferos, com o Norbert Suchanek e Marcia Gomes de Oliveira (fundadores do festival) que o projecto me mereceu apoio.
Neste momento e num ano particularmente significativo de acontecimentos desde o acidente de Fukushima, e o encerramento dos programas nucleares em diversos países, desde logo particularmente importante na Alemanha, os debates, as evidências, as consequências de todo o ciclo que começa no urânio tornam-se particularmente importantes.

Em Portugal temos feridas da exploração do urânio em toda a região beirã que vai de Oliveira do Hospital ao Sabugal, com centro na Urgeiriça onde se continuam a contabilizar os mortos do trabalho com o minério radioactivo, e por onde continuam, num lento processo de recuperação, que a actual recessão não pode pôr em causa!, a recuperação de poços, zonas escalavradas, bacias de retenção e aterros de inertes.
Recuperação que também deve passar pelas habitações dos trabalhadores e moradores das zonas, assim como adequado mapeamento nos PDMs desta áreas.
E, embora na anterior legislatura a maioria (BE, PCP, Verdes, PSD, CDS) contra a vontade do PS tenha reconhecido direitos aos ex-trabalhadores da então Empresa Nacional de Urânio, os seus direitos sociais à saúde e apoio familiar não está completo e o empenho e perseverança devem ser mantidos.

Também em Nisa se tem agitado o problema das escassas reservas uraníferas da área (que abarca concelhos limítrofes) e o fantasma, o espectro da exploração deste, com todas as graves, gravíssimas consequência conhecidas e documentadas na zona Beirã, continua a agitar esta área do norte alentejano.
O desenvolvimento sustentado das capacidades locais, a harmoniosa gestão dos valores destas zonas não pode enfrentar este desastre. Felizmente, é meu entendimento tal ideia está muito afastada da realidade. A baixa continuada dos preços do urânio no mercado e a sua articulação com o fim do seu aproveitamento industrial deve, juntamente com adequadas politicas locais por um ponto final nesta peregrina ideia.

Que nesta zona de fronteira tem ainda outra sombra negra a pairar. Almaraz, continua a ter problemas regulares, e à medida que os anos destas 2 centrais vão passando os riscos de acidentes (que são cada vez mais frequentes!) aumenta.
O Tejo não é controlado, senão irregularmente e de balde, na entrada de Portugal e se bem que tenhamos informação atmosférica permanente (até foram detectados radioisótopos de Fukushima neles) em caso de acidente a nossa protecção civil, alem da área (todo o distrito de Portalegre) a evacuar ficaria com esse balde, e o abastecimento de toda a bacia do Tejo a esvair-se pelas mãos.
Claro que este Festival será um momento de discussão e problematização de todo o ciclo da nuclear e também da continuada (e remonta ao anos 60, para onde está hoje Alqueva!) e insistente tentativa, agora com um horizonte dos anos 30..., de desenvolver em Portugal, sem economia que lhe valha, sem ambiente que a suporte, sem o mínimo apoio social e sem nenhuma lógica em termos do sistema energética e o seu desenvolvimento (e novas energias assim como outros potenciais de gestão da rede irão alterar todo este cenário), a continuada tentativa, repito, de construir não uma mas duas centrais electro-nucleares.

No Festival serão mostrados filmes documentários e ficções que mostram todo este enredo, e ainda o problema (que era dito seria resolvido na hora e já tem cinquenta anos sem resposta) dos resíduos, dos resíduos radioactivos, que duram até ao Infinito.
E o tema dos resíduos também nos conduz ao armamento (agora que no quadro do desanuviamento os Estados Unidos desmantelam as suas armas mais poderosas é o urânio enriquecido do armamento convencional e as bombas sujas que andam por aí que são assustadoras) e às suas consequências, seja em termos de impacto dos arsenais existentes, seja em termos da situação internacional, com Estados párias e terrorismo sem identificação a crescer, com as repercussões de todo esse emaranhado (onde e como param as antigas ogivas soviéticas, em que mãos está o urânio enriquecido, qual é o destino dos resíduos altamente radioactivos, como está o urânio nacional, que não conseguimos... vender, agora que o Khadaffi já não o compra... talvez o Ahmedinejad??).

O ciclo do urânio também nos convida a falar de alternativas sociais, ambientais e energéticas. Neste ciclo haverá tempos em movimento para ouvirmos, vermos e dialogarmos.


do Coordenador nacional do
1st International Uranium Film Festival
 
Tuesday, November 29, 2011
 
Há um, há muitos, local no Porto onde volto sempre. Ás vezes nem é voltar, é antes chegar.
A Casa Aleixo é um templo. Um templo da grande e popular gastronomia, do verdadeiro comer.
É tudo de deixar água na boca, mas gosto do longo e profundo orgasmo que é saborear e deixar derreter na boca, depois de uma suave trincadela, os deliciosos filetes de polvo, autêntica manteiga... a marinar em todos os sentidos.
Hoje foi um almoço inolvidável e no fim uma fatia dourada, com mel e canela....
Depois cá estou a marcar reuniões, a responder a questões, a preparar a sessão da noite.
Amanhã o sol voltará a brilhar, estou certo disso.

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Monday, November 28, 2011
 

Últimos pormenores do Festival.
Uma grande entrevista a rádio local e pequenas questões, agendamentos.
Um salto ao médico e um livrinho do Claudio Torres sobre o Alentejo para complemento. Nada de novo, nem num nem noutro.
Hoje os médicos são leitores de dados, que tem que ser recolhidos e depois são processados, podemos estar a morrer se o computador não o anunciar não é grave.
O Cláudio conta a história (la petite), que já conhecemos, com a iluminação que também lhe sabemos. É um dos nossos.
Depois, ainda pormenores para tratar, a mala para arrumar e amanhã Porto/Porto.
Os prenúncios são bons.

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Sunday, November 27, 2011
 


Espargos bravos à minha moda, picados de blog de Nisa.
Hoje é dia de os comer, com o olhar, pelo menos. E de reflexão sobre o que comemos, as suas origens e continuidade.
Os espargos que com os cogumelos tem funções também espirituais e acompanham a elevação do espírito, na tertúlia e no picar.
Ouço o Carlos do Carmo em fundo, o fado também tem essa magia das coisas que veêm de dentro.
Uns espargos, um tinto, um fado, e os espíritos que se encontram, no momento, na passagem desse, que é sempre.

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Saturday, November 26, 2011
 


Este quadro do Malhoa mostra o decadentismo, durante muito tempo associado ao fado, canção de má vida, de putas e bébados, de locais de má fama, prostibulos e tabernas, de desalentos e bandidagem. O fado é também isso e muito mais que isso, pois pode ser o seu inverso.Todos temos estórias, onde o fado, passou, onde pessoas passaram com o fado, momentos de que retemos um segundo ou uma memória. O fado também é a nossa vida.

Os títulos, os prémios são epifenómenos que não tem outra função senão dar notícia do que a realidade consagrou, ou consagra.
Penso que o Fado ser ou não ser Património Imaterial da Humanidade é irrelevante e não vai senão aumentar o comércio desse e talvez aumentar-lhe o conhecimento.
O que é importante é a memória, as vozes desta e o futuro da poesia e do choro que a acompanha com guitarra e viola ou o que for de uso.
Aqui o grande Alfredo:
http://www.youtube.com/watch?v=klN-sakwnl8
Para ouvir até ao arrepio.

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Hoje estive nas Caldas num muito interessante debate sobre termalismo, que marcou uma forte posição do que deve ser a lógica de intervenção cívica e valorizou o Conselho da Cidade.
Os especialistas Dr.s João Almeida Dias e Mário Gonçalves, o director do Centro Hospitalar, e este "traseunte" fizemos as intervenções de fundo, e da plateia, e com mais de 50 pessoas na assistência houve também intervenções de mérito que prolongaram a sessão que começou pouco passava das 21 horas e prolongar-se-ia até passar largamente as 24 horas.
O relatório base da discussão só foi valorizado como sendo esse contributo para a discussão, e foi de muitas e diversas formas arrasado, mesmo quando elogiado, e do debate saíu uma vontade de construir consenso em relação ao que há que fazer e às propostas de desenvolver uma cultura das águas e o termalismo local e regional.
Foi ainda lida parte de uma comunicação do Arq. Jorge Mangorrinha em grande parte sintonizada com apreciações feitas por oradores, e que deve constituir outra referência para a continuação deste debate, que foi acompanhado na sala pelo Presidente da Câmara e o vereador da área, assim como por um deputado do CDS.
O debate foi coordenado pelo Dr. António Carneiro e teve também a participação dos cromos habituais.
Um dia de excelência para o Conselho da Cidade.

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Thursday, November 24, 2011
 
Os velhos, no pensamento, organização e formas de acção, todos eles desajustados aos novos tempos, à emergência de novas relações económicas, às novas formas de organização social, velhos e incapazes de novos discursos de análise, diagnóstico e propositura, pois estes velhos sindicatos lançaram uma coisa que só foi greve geral porque conseguiram bloquear o sistema de transportes, impediram com violência quem queria trabalhar de o fazer (chamam piquetes de greve a bandos de arruaceiros), e articulado com lógicas de medo conseguiram que parte do país ficasse em casa.
Articulado com esse, sem querer dizer que seja com articulação, bandidos lançaram bombas incendiárias e um bando tentou tomar de assalto (mas para fazer o quê, meu deus?) o Parlamento, pensando eu que aqueles coitados indignados que acampam (com nenhuma legalidade!) em frente ao mesmo tenham ficado perturbados, ou talvez tenham sido eles a procurar melhor dormida.
O país amanhã vai acordar na mesma, para a semana esta greve, que implicou gastos consideráveis e perdas significativas, vai ser um simples não-evento.
Pensar, pensar, criar novas formas de luta e intervenção, métodos que tenham que ver com as novas percepções e dinamicas é que não se vêem, nem com macroscópio.
Um dia que não vai fazer estória, nenhuma.
E pensamento, nem vê-lo!

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Anaximandro era um verdadeiro sábio, dos a sério, no seu tempo foi um dos primeiros especuladores e filósofos, um rei do pensamento que nos deixou referentes ainda hoje de actualidade.
Este blog, cada vez mais visitado,descobriu-o, hoje, num almoço de amigos. Cum camando!
Haja Anaximandro,s.

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Wednesday, November 23, 2011
 

Notável:
http://videos.sortirdunucleaire.org/50-ans-d-electricite-500-000-ans
este não vai passar!

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Chove, com louvores é recebida esta água que dá vida aos campos, agora época de engorda e produção do fruto da azinheira, o porco preto.
Por aqui vou começando a preparar o ninho para a hibernação anual, e vendo as oliveiras no meu horizonte.
Acabo a preparação do Festival no Porto, últimos pormenores. Recebo o convite para evento a que não poderei assistir por estar nesse dia nesse, mas que aqui reproduzo, com gratidão ao homenageado.
A vida é feita de imprevisibilidades, hoje também de cogumelos.

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Monday, November 21, 2011
 
Hoje outra pedra, ou melhor mais um pedregulho. O Ryuichi Sakamoto Trio na Gulbenkian é/foi um desvario por profundezas e azuis únicos, sonhos e desejos enevoados por um som imenso.
Inolvidável no instante que passa. Uma verdadeira passa!

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Sunday, November 20, 2011
 


E ainda fui à Culturgest ver 11 filmes, os premiados, do Cinanima deste ano.
Diversos tipos de animação, diversas lógicas narrativas, diversas linguagens, todas elas com alguma inovação se descobrem nestes, por estes simpáticos filmes, que um por um nos fazem pensar, independentemente da idade e da imaginação.
Uma sessão para recordar pró boneco!

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Hoje num intervalo das mudanças (as mudanças são, todas elas, um lavar dos corpos de excrecências e adiposidades, empancar coisas, dar outras, reciclar e lixar também) dei por mim a visitar o MUDE, excelente espaço, que já conhecia, embora cada visita seja uma outra visita, tal como as recordações se esvaiem.
Não conhecia, e fiquei agradávelmente surpreendido, a parte dos cofres, fascinante, e com curiosas obras de joalharia.
Vamos guardar o cadeado...

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Satyagraha, de Philip Glass, é um momento de encanto esta "força da verdade", não violência, resistência civil, intransigência da verdade, articuladas no belo som do sânscrito (à quanto tempo não o ouvia!) e a fenomenal métrica repetitiva de Glass, com picos de maravilha, que foi uma autêntica pedra.
Hoje (ontem) na Gulbenkian uma simpática transmissão do Met a deixar-nos no ponto de tranquilidade e de inspiração, para podermos insistir na vida e no conhecimento.

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Friday, November 18, 2011
 

Apeteceu-me colocar aqui um dos quadros "especiais" do tio Mário...

Foi um dia notável.
Começou com uma excelente e douta intervenção de Adelino Maltês sobre o liberalismo político, história e pensamento.
Seguiu-se uma notável apresentação de João Semedo sobre a morte, o testamento vital e todos os enquadramentos do direito que com esta se relacionam. Sóbria e escorreita foi um grande momento.
Seguiu-se outro grande momento com a Elza Pais a falar de direitos de género e a focar as questões da violência nesse quadro. Rica e bem documentada intervenção.
O Manuel Machado falou ainda de manhã das questões ligadas à adopção e aos absurdos que com esta estão relacionados e do direito ao bem estar da criança.
Depois de almoço o Giulio Ercolessi falou-nos da separação fundacional do Estado laico entre este e a religião, que deu um enquadramento para o André Soares falar sobre a questão da integração da comunidade cigana, em Tomar, na vivência social.
Seguiu-se outra brilhante intervenção de Henrique Pereira dos Santos que sobre o mote Ambiente em Tempos de Recessão falou-nos sobre a construção de paisagens e o homem nessas.
Depois de ouvirmos uma intervenção sobre a Legalização de todas as drogas e o anti-proibicionismo concluimos com mais uma excelente apresentação sobre direitos individuais e o digital, por Miguel Duarte.
Voltarei a esta conferência, que pode ter constituido um nó górdio para o MLS.

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Wednesday, November 16, 2011
 


# O Protocolo de Budapeste# de Adam LeBor que hoje acabei não podia ser melhor inspiração para a jornada de amanhã, que volto acima a mencionar.
Os direitos, todos os direitos, e a sua defesa intransigente, contra todos, todos os que lhe colocam encolhos, lhe põe dificuldades ou até os que encolhem os ombros é um imperativo de consciência.

Esta ficção, que encaro nalgumas partes com afastamento, por exemplo na parte anti-europeista embora com uma contextualização, é uma obra que coloca a questão do outro, neste caso os romani, de uma forma envolvente e emocionante.
E o poder do capital financeiro, do qual irei falar amanhã, nas suas articulações ao proibicionismo e ás estruturas de poder, é dissecado com uma trama notável.
E Budapeste tem um papel apetecível.
Um livro, mais um para reter, e difundir. Pelo menos a mensagem.

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O jornal I, que chegou a ter algum potencial, publica hoje um inacreditável artigo de encomenda, sendo que do novo dono já nada é de admirar, artigo em que ao arrepio de todas as regras jornalisticas bocas de encomenda, falsidades e manipulações (facilmente detectáveis por qualquer estagiário informado, mas já não os devem sequer contratar) são atiradas para o ar; umas tontadas, para abrir espaço para negociatas (que está bom de ver), procurando sujar o bom nome de pessoas que tem uma vida consagrada ao interesse público e dando palco a ilusionista (para bom entendedor) enfatuado e labroste personagem.
Para quem queira saber mais:

http://ambio.blogspot.com/2011/11/carta-aberta-para-isabel-tavares.html,
(...)
No pasarán!

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Tuesday, November 15, 2011
 
Hoje coisas do Festival, da loja, o momento de Montemuro, almoço na Lx Factory e uma visita rápida à excelente exposição:http://avozdasvitimas.net/, a que terei que voltar.
Com emoção vejo amigos e/ou pessoas do meu apreço ainda vivas ou já falecidas e partilho-lhes o sofrimento e a esperança.
Os curros do Aljube são um momento de maldade humana inqualificável e que mostra a degradação a que pode chegar a humanidade.
Fiquei saudoso de conhecidos e do som das suas vozes, e devo dizer que o filme da Diana Andringa devia ser de passagem obrigatória pelas escolas do país, porque sem memória não há conhecimento nem vida.
Que não a apaguem.

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A rã bemdita, ou bemzida (Ranitomeya benedicta) está ameaçada de extinção, como estamos todos verdade seja dita, ou bemdita.
É um dos animais mais fotogénicos, recordo que quando estive na Mata Atlântica conheci um ecologista que vivia, passando noites em lamaçais que não rezam ao diabo, daí a tal bemdita, de fotografar rãs, sapos (o cocas incluido!) e outros anfíbios congeneres.
Haja benções à discrição ou será à descrição, conforme ou não acordos consagrados.

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Há um mês que só durmo 4/5 horas. Acordo com o corpo irritado e sem sono. Ando bem mas preciso de dormir mais 2 horas, é o que o corpo diz. Talvez fale ao médico, pode ser a mudança da idade, a andropausa, o tempo, o sporting, a escrita que não avança, a falta da coca, demasiada coca, a papada, a do porco preto e a da imaginação.
Não durmo. Deixei de ver TV, o que como a falta de LSD também tem consequências. Acabei com os reisinhos o que me deixa sem motivos de queixa (vamos ver se reaparecem). Estou com um humor afiado sem ter prancha onde desenvolver argumentos (ontem com o simpático policial, como se diz no Brasil, construímos um...).
Não sei porque razão deixei de ter dormida certa. Leiu mails, escrevo também tontadas (nada é verdade, tudo é verdade, como dizia o Humpty Dumpty à saudade Alice):
(...)
“When I use a word,” Humpty Dumpty said, in rather a scornful tone, “it means just what I choose it to mean—neither more nor less.”
“The question is,” said Alice, “whether you can make words mean so many different things.”
“The question is,” said Humpty Dumpty, “which is to be master that’s all.”
(...)
tudo depende de quem tem o poder. O Poder sobre as palavras, o poder sobre a vida.
Já fomos felizes.
O tempora ó mores...

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Monday, November 14, 2011
 
Hoje foi um dia agitado.

De entre as diversas ocorrências recebo um artigo:
http://www.elpais.com/articulo/opinion/Apologia/desesperanzada/Europa/elpepuopi/20111112elpepiopi_4/Tes
excelente!
A Europa continua a ser um sonho e um pesadelo. Vamos ver onde nos conduz...

Outro momento foi o lançamento de um excelente, de aspecto e folheio, livro, sendo um dos operários do mesmo o meu estimado amigo Elisio Summavielle # Património Mundial de Origem Portuguesa#.
Neste fui confundido com o embaixador, o que teve graça, e antes travei um simpático, e também engraçado, diálogo com um agente da PSP sobre uma inenarrável acampada, de sem-abrigos que montaram umas tendas em frente ao Parlamento.

Não percebo porque é que esta porquera é admitida num Estado de Direito, uma badalhoquice, sem quaisquer condições (ao menos os verdadeiros sem abrigo cuidam-se!)de um bando de tristes, com baldes de loiça e trastes por todo o lado.
Devem ser os tais 0,01%, que dizem, ainda por cima, que nos representam...
Não sei como há paciência para aturar estes imbecis.
E o pior é que esta peste vai-se espalhando.

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Sunday, November 13, 2011
 
O # Camino hacia la Cultura Española# mencionado em posta anterior levou-me à leitura do, à muito aguardando digestão na prateleira, #As Boas Intenções# de Max Aub.
Outro livro que se lê de um folgo e que nos conduz pela bondade, irracionalidade, falsidades e ombridade que fazem parte da vida, e por entre as nuvens da guerra e dos sentimentos humanos.
Deliciosas as descrições dos espaços onde os, o, personagem(s) se movimenta(m) e a trama ligeira mas profunda que nos conduz numa estória que sabemos só pode ser trágica.
Fabulosas as descrições dos tipos que acompanham a trama, sempre pronta a encontros inesperados e com imprevisibilidade.
Um excelente complemento para um domingo chuvoso, em que o vento lava o tempo.
Estamos em Novembro, como diria "la Palisse".

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Em Itália um novo governo está em formação, mais rigor, outro espírito, porventura algumas surpresas (li que Marco Pannella foi sugerido para ministro da Justiça), mas a mesma economia do "ladrillo e da droga", da especulação financeira e da ilegalidades fiscais a dominar a sociedade.
O mesmo para a Grécia.
Em Espanha julgo que o sistema eleitoral, inacreditávelmente errado, vai proporcionar uma larga maioria sem correspondência ao número de votos, minoritário, do PP.
Temo o pior, se bem que hoje o governo de Rajoy vá ser um mero executante das políticas ditadas de fora, mais desemprego, mais recessão, maior défice, como o do PSOE. Temo também que em matéria de direitos civis haja a tentação da direita troglodita de por em causa avanços sociais e de direitos conseguidos pelos governos anteriores, mas julgo que por razões obvias essas alterações ficarão em banho maria.
O voto em Espanha, e sei que tenho muitos leitores que votam em Espanha, para mim seria óbvio. Nunca no PP, tão pouco na IU (hoje o secretário geral veiu dizer... que não há presos políticos em Cuba!), e no PSOE só no caso dos candidatos serem de excelência (o que admito pode ocorrer).
Tenho simpatia, mitigada devido a alianças deste, pelo novo partido EQUO, mas o meu voto, claro e decidido, sem quaisquer hesitações seria pela UPyD.
Julgo que é possivel, tendo em conta acertos que os 4/5% correspondam a um grupo parlamentar (5 deputados) e julgo que todos os votos no sentido de reforçar essa nova força política e de lhe permitir ter expressão no quadro do sistema são de registar.
O voto na UPyD é um voto contra o centão da política de Dupont e Dupond em que está a transformar-se o rotativisno nas nossas velhas democracias.

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Saturday, November 12, 2011
 
#HHhH# de Laurent Binet,
é um muro no estômago, numa escrita pessoal e envolvente, numa linha narrativa com muitas referências e piscadelas de olho culturais, numa linha diversa de Jonathan Littell #Les Bienveillantes#, mas com afinidades e uma estrutura completamente diferente (sendo o livro de Littell de outro nível) consegue agarrar-nos de príncipio ao fim e deixar-nos com arrepios e a pensar, na coerência, na dignidade, no estar.
Um livro com muita história, com muito pensamento e com uma escrita de alta sedução.
Outro máximo!!!

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Friday, November 11, 2011
 
# Camino hacia la Cultura Española# de Cesar e Lara Vidal é uma interessante e instrutiva viagem pela cultura que faz a Espanha, e mais uma machadada nos obstrusos nacionalismos, sem cultura e com muito reaccionarismo associados.
Sendo um historiador conservador (protestante), embora relativamente liberal, Vidal tem um discurso cuidadoso e bem elaborado e o livro é uma obra de consulta, e reflexão conhecedora, imprescindível.
Recomendo vivamente.

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E a talhe de foice, como se diz que diz, mas não diz, o povo, concluo a recolha de ensaios semiologicos e políticos de Umberto Eco #Construir o Inimigo#, sendo 3 ou 4 de grande espessura, desde logo o que dá o título.
" A guerra ( podia dizer o futebol)permite a uma comunidade reconhecer-se como nação", que deve ser lido/desmontado com " Procurar perceber outra coisa significa destruir-lhe o clichê sem (...) lhe apagar a alteridade"
Tornar complexo o pensamento e esgravatar a linguagem em que assenta e a construção dos mitos (ilhas imaginárias) é uma actividade que requer que procuremos sobre as pedras que o estruturam. Hoje já sabemos que as areias são movediças.

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Este é talvez o último exemplar do rinoceronte negro, que hoje somos informados está extinto. Não sei como os chinas vão fazer agora, dado que era a partir do pó do chifre deste que conseguiam posição para o truca-truca.
Esse é um dos motivos que levou à extinção deste magnifico mamífero e que à quase extinção do seu parente branco.
Talvez de chorar a rir, mas os mitos (acabo de ler o excelente #o Mito das Nações# de Patrick J.Geary que mostra que os motivos que levaram à extinção dos rinocerontes são da mesma futilidade e idiotice que os que conduzem ao nacionalismo e à guerra)são seiva muito, muito perigosa e que conduz aos piores delírios e irreversibilidades. A vida dispensava-os bem.

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Thursday, November 10, 2011
 
Afazeres diversos, e o facto dos dois vereadores eleitos na quota CPL terem funções executivas que desempenham com muita capacidade e absoluta competência diminuiram o meu tempo consagrado à C.M.L., na qual continuo a ocasionalmente desempenhar funções políticas.
Tenho todavia que confessar o meu maior desagrado em relação a dois casos, sem saber em detalhe a posição dos meus amigos acima referidos.

1- O ataque que por via do Plano de Pormenor para o Parque Mayer é lançado ao Jardim Botânico e à sua área de protecção. Ver:http://amigosdobotanico.blogspot.com/
Sou absolutamente contra este atentado e a minha oposição a este Plano é total!

2- Fico boquiaberto com a latosa do Vereador Zé de querer gastar uma pequena fortuna em inutilidades (carrinhos electricos). Hoje estes brinquedos são de uma ineficácia total, não tem lógica nenhuma em termos de tráfego, mesmo exclusivamente urbano, e são uma tontada ambiental. Mas há quem continue a delirar com estes "aparelhos". Merecem (e desde logo a mereceram na menção no programa que ganhou a autarquia!) a minha total e frontal oposição. É deitar dinheiro ao ar, talvez também outras coisas...

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Wednesday, November 09, 2011
 


Hoje foi um dia a tratar das contabilidades e organizar os projectos.
Amanhã, na casa Aleixo, já antecipo os filetes de polvo, e questões do Festival para tratar, que este está no ponto.
Amizades também.
A trote e a galope lá regressarei a Lisboa na 6ª. Talvez com tempo, no comboio, para preparar a intervenção da próxima semana, sobre Legalização de todas as drogas e os males do proibicionismo.
O tempo não nos deixa parar, nele.

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Tuesday, November 08, 2011
 
Têm sido uns dias "non-stop", de trabalho, actividades, mais trabalho, questões, escritas, problemas e soluções.
Hoje passei por Badajoz, onde não passava à muito.
Visita ao Corte, passagem por umas lojas e um almoço de grande gabarito no #El Aldeano#, na C/Pedro de Valdivia 8. Uma morcela de lustre de perder a cabeça, uns huevos rotos como só em Espanha os fazem e um rabo de toro de chorar, por mais, tudo acompanhado por um daqueles tintos...
Tarde de passeio, mais lojas, e o mundo bem pode andar à minha procura...

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Hoje gravei mais um programa para a Rádio Montemuro.
Voltei a usar bengala, esta:

Lixo é poder, é um dos poderes que temos para modificar a nossa sociedade.

Já falámos de várias formas de recuperação de energia ou valores dos nossos resíduos domésticos.
Todas essas formas tem que ter a nossa intervenção e colaboração.

Hoje o nosso lixo tem cada vez menos matéria orgânica e mesmo essa se tivermos um jardim ou um bio-compostor à nossa disposição pode ser reduzida, ou por exemplo podemos dar uso a algum do resíduo domestico, como usar as borras de café para limpar as canalizações.

Todos os restantes elementos do nosso lixo tem uso e recuperação. Desde logo os vidros, que devemos separar e colocar no vidrão. Com isso estamos a recuperar energia e recursos que reduzem a nossa factura global.
Também o papel, no papelão pode vir a ser re-utilizado por nós novamente, muito do papel novo que usamos já foi papel velho, e assim poupamos árvores, água e energia.
Os produtos electrónicos e as pilhas também devem ser separados e com isso ganha a natureza, as pilhas são altamente poluentes e os produtos domésticos ou electrónicos que já não usamos tem materiais muitas vezes tóxicos e que podem ser recuperados.

Falta falarmos das embalagens, como referi em programa anterior lembro-me de viver sem embalagens, quando da minha juventude. Mas hoje são uma parte significativa do nosso lixo. Mas são matérias primas que podem e devem ser valorizadas e dar-nos o prazer de não encherem as nossas estradas ou serem misturadas, com o já pouco lixo que produzimos.
As embalagens da Tetra Pak podem ser usadas em móveis ou recuperadas para papel de embrulho, alem de poderem ter o plástico usado para energia e o alumínio recuperado, assim como as latas de alúminio podem ser recuperadas.
Também as embalagens de ferro tem hoje muito valor em reciclagem.
E claro o plástico, nas suas diversidades tem recuperação e pode diminuir a nossa factura energética.

O lixo é um dos nossos poderes, usa-lo bem, pressionar os serviços públicos para desenvolverem as estratégias de recolha e acção cívica de informação é também um acto de cidadania.

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Monday, November 07, 2011
 
Conheci pessoalmente Vasco Granja, a mulher a Maria Inácio era amiga da minha mãe.
Com o 25 de Abril e por razões de outra história, esfriaram as relações e perdi o contacto com ele.
Acabo de ler uma homenagem de grande categoria que, editada pela Asa, o mundo da BD lhe prestou, e que me havia escapado.
Com deleite li e respirei esse outro tempo e com ele as memórias fugidias do Vasco, que também recordo da "paternidade" da Pantera e dos "koniecs".
Sou entretanto informado que há carácteres que nem o tempo consegue endireitar (ver posta anterior!).
Mas a vida continua.

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Desde há muito que venho tentando que a vereação responsável pelos espaços verdes da cidade de Lisboa, o famigerado Zé, tenha atenção aos processos adequados de poda de árvores seja na parte que respeita a biologia das plantas e seu enquadramento paisagistico (conforme texto que segue) seja no que diz respeito ao envolvimento das populações, a sua participação nos processos e opinião.
Tenho encontrado ouvidos de mercador.
Aqui, hoje de outra autoria, um texto exemplar.

Em torno dos mitos sobre a poda da Árvore em Meio Urbano…
SE AS ÁRVORES FALASSEM !


As árvores que dignificam as nossas praças e avenidas e embelezam os nossos jardins e parques são um elemento essencial de qualidade de vida, autênticos oásis no "deserto" que são tantos dos nossos espaços urbanos actuais. E, no entanto, é por demais evidente a ainda quase absoluta ausência de sensibilidade para o papel da Árvore em Meio Urbano. Provam-no os autênticos “massacres de motosserra” que destituem de dignidade e valor estético as árvores – ditas ornamentais – que marginam os nossos arruamentos e estradas.

Estas podas radicais são comummente justificadas com base em preconceitos que continuam arreigados na população, que muitas vezes as exige quando os responsáveis pela sua gestão e manutenção optam por outros modelos de condução. Assim, temos ouvido dizer, como justificação, que estas “rolagens” rejuvenescem e fortalecem as árvores, ou que são a única forma económica de controlar a sua altura e perigosidade... Será isto verdade?

1. A poda drástica rejuvenesce a árvore? – NÃO! São as folhas a “fábrica” que produz o seu alimento. Uma poda que remova mais do que um terço dos ramos da árvore – e as “podas” radicais removem a copa na totalidade – interfere muito com a sua capacidade de se auto-alimentar, desregulando o equilíbrio copa/tronco/raízes. O facto de as árvores apresentarem uma rebentação intensa após uma operação traumática – resultante do abrolhamento de gemas até então inibidas pelo controlo hormonal dos ápices agora removidos – não significa rejuvenescimento, mas sim uma “tentativa desesperada” de repor a copa inicial, à custa da delapidação das suas reservas energéticas. Nalguns casos este “esforço” pode mesmo ser fatal, se à supressão de copa se somarem outros factores de stress, como um Verão seco ou ataques de parasitas...

2. Fortalece-a? – NÃO, pelo contrário, a poda radical é um acto traumatizante e debilitante, uma porta aberta às patologias. As pernadas duma árvore massacrada têm, pelo seu grande diâmetro, dificuldade em formar calo de “cicatrização”, e os cortes nestas condições são muito vulneráveis a ataques de fungos lenhívoros. Para além disso, a copa das árvores funciona como um todo, sendo as folhas periféricas um escudo para a parte mais interna, protegendo-a das queimaduras solares. O nosso país está cheio de tristes exemplos, árvores cujo estado sanitário decadente é o revoltante resultado destas práticas no passado, as quais deviam envergonhar os seus mandantes!

3. Torna-a menos perigosa? – NÃO, estas “podas” induzem a formação, nas zonas de corte, de rebentos epicórmicos de grande fragilidade mecânica, pois têm uma inserção anormal e superficial no tronco. Como, ao longo do tempo, se desenvolvem podridões nesses locais, esta ligação fica ainda mais fraca, tornando estes ramos instáveis e potencialmente perigosos a longo prazo. Acresce ainda que nem todas as novas ramificações são viáveis, pelo que, após alguns anos de concorrência, surgem relações de dominância entre elas e as dominadas acabam por secar, aumentando o volume de madeira morta na copa.

4. É a única forma de a controlar em altura? – NÃO, a quebra da hierarquia – que estava estabelecida entre as ramificações naturalmente formadas – permite o desenvolvimento de novos ramos de forte crescimento vertical, mas agora de uma forma anárquica e muito mais densa! Não se resolve, assim, o motivo por que geralmente se recorre a esta supressão da copa, pois em alguns anos a árvore retoma a altura que tinha, sem nunca mais voltar a ter a mesma estabilidade nem a beleza característica da espécie...

5. É mais barata? – NÃO, se a gestão do património arbóreo for pensada a médio e longo prazo! Aparentemente parece ser mais económico recorrer-se a uma “rolagem” única do que fazer pequenas intervenções anuais e utilizar os princípios correctos de poda e corte, investindo na formação do pessoal ou recorrendo a profissionais especializados nas situações mais complexas. No entanto, esta economia é de curto prazo, pois, se por um lado as árvores se desvalorizam a todos os níveis, por outro lado está-se a onerar o futuro, que terá que “remediar” uma decrepitude precoce ou resolver a instabilidade mecânica dos rebentos formados após os cortes. E a redução da esperança de vida das árvores implementa custos acrescidos para sua remoção e substituição...

Acerca destas “ideias feitas”, responsáveis por tantos atentados à beleza, saúde e dignidade dos exemplares arbóreos das nossas urbes, já dizia o saudoso Eng.º Vieira da Natividade: “o podador domina porque enfraquece, vence porque suprime... em boa verdade a vitória não é brilhante”! E de facto, devia dizer-se de uma poda o mesmo que de um árbitro: - tanto melhor quanto menos se der por ela!

Francisco Coimbra
Consultor em Arboricultura Ornamental
Ex - Vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Arboricultura

Bibliografia sobre este tema:
Drénou, C. 1999. La taille des arbres d’ornement. I.D.F., Paris, 268 p.
Shigo, A. 1994. Arboricultura moderna. Edição portuguesa publicada pela Sociedade Portuguesa de Arboricultura, 165 p.
 
Friday, November 04, 2011
 


Tive alguma coisa a ver com a organização deste evento, a escolha e convite aos nele intervenientes e o enfoque de fundo.
Vai ser mais um bom momento de debate e formação de opinião.
E em texto:

Conferência em Lisboa debate Direitos Individuais na Europa


O Fórum Liberal Europeu, com o apoio do Movimento Liberal Social, da Fundació Catalanista i Democrata e da Fondazione Critica Liberale, promove um debate sobre Direitos Individuais no próximo dia 17 de Novembro no Hotel Açores Lisboa.

A abertura dos trabalhos terá lugar às 10h, com uma intervenção de Miguel Duarte, presidente do Movimento Liberal Social, seguindo-se intervenções de diversos oradores convidados.

Na parte da manhã, Adelino Maltez (Professor Catedrático no ISCSP-UTL) abordará a definição de liberal, João Semedo (Deputado do BE na AR) falará da morte digna, Elza Pais (ex-Secretária de Estado da Igualdade) intervirá acerca das questões de género, Manuel Magalhães (Amnistia Internacional) discorrerá sobre a adopção por casais homossexuais, e Giulio Ercolessi (Fondazione Critica Liberale) incidirá na separação entre Igreja e Estado.

Depois do almoço, as palestras prosseguirão com André Escórcio Soares (ESGT-IPT) a abordar a integração da comunidade cigana, Henrique Pereira dos Santos (antigo director do Serviço de Apoio às Áreas Protegidas do ICN) a intervir sobre o ambiente em tempos de recessão, António Eloy (activista na despenalização das drogas) a falar sobre políticas de droga e despenalização e Miguel Duarte (MLS) a focar os direitos digitais.

O encerramento dos trabalhos ocorrerá pelas 16h45, com uma intervenção final de António Eloy.

O programa completo está disponível em anexo.

O Movimento Liberal Social, coordenador local do evento, convida os senhores jornalistas a comparecerem gratuitamente neste evento.

Para mais informações, contacte:

Telefone: 916323166 (Susete Silveiro) * Email: eventos@liberal-social.org

Sobre o MLS – Movimento Liberal Social

O Movimento Liberal Social (MLS) é o único movimento político liberal-centrista em Portugal. Defende os direitos humanos, a democracia, as liberdades individuais, o meio ambiente, a tolerância cultural, o aprofundamento da construção europeia e a economia de mercado.

Com a sua crença numa maior liberdade para todos os cidadãos, o MLS afirma decididamente que as liberdades económicas e individuais estão intimamente ligadas. O MLS luta por uma sociedade dinâmica, criativa, aberta e próspera. Quando o MLS defende a liberdade não deseja uma sociedade livre de responsabilidades, mas sim que cada cidadão, de uma forma responsável, possa tomar decisões relativamente a todos os aspectos da sua vida.

Sobre o ELF - European Liberal Forum

Fundado no Outono de 2007, o European Liberal Fórum, asbl (EFL) é uma fundação política Europeia sem fins lucrativos, ligada à família liberal. O ELF junta think thanks, fundações políticas e institutos de toda a Europa para observar, analisar e contribuir para o debate sobre política europeia e sobre o processo de integração europeia, através da educação, formação, pesquisa e promoção de uma cidadania activa na UE.

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Thursday, November 03, 2011
 


Não é a lembrar-me do leitão que coloco nesta postagem o desenho do Cronopio dentiacutus, descoberto na actual Argentina e picado do jornal Publico.

Ontem jantei, um leitão bastante razoavel, na Meta dos Leitões.
Hoje almocei um excelente rodizio de marisco no Forte de Sta Catarina.

Entre os dois estive, sendo um dos intervenientes neste blog, a ouvir as doutas intervenções da Juiza Susana Marques Pinto, no Tribunal de Matosinhos.

Confirmo que tudo o que está escrito neste blog, por qualquer dos seus vários autores, é absolutamente verdade, podendo ser também produção teorica sobre factos.
Ficou, no Tribunal, também, com a concordância deste que hoje escreve, claro que em nenhum momento neste blog se procura difamar (por exemplo quando se refere a Kadhaffi como crápula, é um facto) nem ferir a honra e dignidade (por exemplo quando se defende que Kadhaffi teve uma morte indigna e que desonra os criminosos que o assassinaram, com crueldade inacreditável)e obviamente nada do que é escrito é difamatório ou atentatório da honra de nenhum dos nele visados.
Sendo que em todo este processo só sobresaíu a falta de caracter na minha "opinião" (originalmente a referência colocada era à moral, mas chamaram-me a atenção para discussões em que eu próprio me vi envolvido sobre essa e as suas diversas nuances) dos Reisinhos (sem nenhuma ofensa à honra e dignidade, mas meramente factual!*) e do outro, é de referir (que para escandalo da Juiza) queriam que lhes fosse pago o que haviam gasto em custas de justiça!talvez pensando que por ser deles já bem conhecida a minha bondade natural e solidariedade com os mais desfavorecidos e precedentes também conhecidos iria agora dar-lhes "batatinhas", também esteve aqui outro substantivo que me chamaram a atenção baixava o nível teorico.

Foram dois dias excelentes, em boa companhia.
E embora hoje a tentação de escrever sobre o inacreditável artigo do Avante, de reabilitação dos Protocolos de Sião fosse muita, encerro, definitivamente, a saga destes 3 cavalheiros.

* Voltarei ao Tribunal de Matosinhos em Janeiro, prescindindo da ouvidura em video-conferência em Moura, a mais um insano (que normalmente daria internamento prolongado na Av. do Brasil) processo contra a liberdade de expressão movido por estes cavalheiros.
Terei ocasião de detalhar o meu conhecimento do carácter (da falta de) e da moralidade deste sujeitos, a quem não deixo de desejar (sabendo embora que estão reformados) os melhores sucessos profissionais e saude para os concretizarem.

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Tuesday, November 01, 2011
 


Conheço o Charlie Hebdo* desde 1974, nessa altura os pequenos reis, reisinhos, ainda andavam, andaram até ao seculo XXI, no apoio a ditaduras políticas, nunca tendo deixado de ser homofobos, pese se terem infiltrado na Amnistia.
Tive ocasião de defender o direito à crítica e ao humor nesta quando dos cartoons sobre Mahoma que foram publicados na Dinamarca, e re-publicados aqui.
O direito e a sua liberdade, a livre expressão e nessa o uso do vernáculo, também ditado ao Mahoma como antes o fora a Moisés, como antes o fora a Abrãao, como depois o foi a Cristo, pois se as palavras existem devem ter um sentido e um enquadramento para assumirem significado. E só nesse quadro e no âmbito da análise dos factos a elas subjacentes e mesmo assim merecedores de opinião podem ser julgadas, ou melhor discutidas.
Antigamente a honra era estupidamente defendida em duelos, muitas vezes à morte. Tive amizade com um dos maiores utilizadores da bengala dos nossos tempos, personagem que desprezava esses reisinhos de qualquer espécie, pese ser monarquico, Francisco Sousa Tavares. Recordo que me disse- que nunca te falhe a mão (e a pena) quando for para bater na escória.
Ele sabia o que escrevia, post-mortem ainda uns velhacos de uns militares o levarem a tribunal (deviam querer queimá-lo em efige como o Cavaleiro Oliveira!).
Foram condenados e não só pela opinião publica.

* Já depois de escrito esta posta sou informado que um atentado, obra de um fanático, destruiu a sede do jornal. Uns usam cocktails Molotov, outros com o Molotov na tola, com má fé, usam os tribunais. No Passarán!

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Hoje trago aqui importante entrevista, num site brasileiro:
http://racismoambiental.net.br/2011/11/festival-internacional-de-filmes-sobre-energia-nuclear-e-uranio-em-portugal/

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civetta.buho@gmail.com

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