insignificante
Sunday, January 30, 2011
 
Vivemos tempos cómicos!!!
De humor, por vezes, muito, muito negro.
E será que os verdadeiros palhaços se sentem à vontade com os substitutos reles, muito reles que abundam por aí?
Mas lá que os tempos estão dados à palhaçada estão.
Sempre me assustaram os palhaços...

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Saturday, January 29, 2011
 
6ª feira fui almoçar a Castelo Branco. Comi uns excelentes marranhos, com couve no #A Muralha# estupendo restaurante, com uma sala de fumadores como antigamente. No sábado almocei no Sta Isabel, em Abrantes um sável normal com uma excelente açorda com ovas, recordei outros tempos e outras comezainas aqui.
No intervalo estive em Idanha-a-Nova em mais um encontro da ASPEA.
Concluí a noite de sábado na Gulbenkian com um folclore ladino, nums arranjos uns melhores que outros de Yasmin Levy. O final foi portentoso, o resto deixou pouca recordação a registar.

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Thursday, January 27, 2011
 
Concluindo…
No pós eleições enfrentamos sobretudo a teimosia, e articulado com essa, o desprezo pela realidade por parte dos que nunca mudam.
A abstenção militante, que julgo ser 50% da real, e corresponde a mais que a votação que elegeu Cavaco e Silva, e se lhe juntarmos os brancos (todos militantes!) e metade dos nulos temos uma vantagem avassaladora.
Ignorar esta militância e continuar a cultivar dogmas (tipo o povo enganou-se, o que faltou foi a unidades das esquerdas, isto e aquilo) só vai servir para continuar este folhetim sem sentido.
O PCP tornou-se residual, a ideia da unidade da esquerda nem sequer levantou cabeça alegre, e a esquerda humanista e liberal andou aos tombos sem objectivação da direcção. Que fique claro que há pouco em comum entre estas três esquerdas, ou supostas esquerdas…

Julgo que embora o regime, este regime de representação tenha levado mais uma sapatada, o que se anuncia é mais do mesmo.
Congressos de partidos sem novidades nem na forma, nem no conteudo, candidatos que agora voltam ao redil de onde não deviam ter saído, sem questionarem o percurso nem as ideias que não tiveram nesse, embora seja difícil para alguns sairem do espartilho de pensamento. E expectativa, expectativa pela ruptura do sistema de constrangimento económico que não assenta em qualquer novo dado relevante do ciclo produtivo e por isso só pode conduzir a menos economia e pior vida social, sendo que essa expectativa é esperada sem que haja qualquer proposta de alteração do percurso, por uma oposição incapaz que só espera chegar à rapadura dos tachos.

Numa altura que era necessário abanar o regime, com uma ousada proposta constitucional e novas ideias para a produtividade nacional o que temos é mais do mesmo, de todos os lados. E não sou certamente só eu que quando vejo estas caras, as caras que se perpetuam na lógica partidocrática de alapamento da representação, mudo de canal, nada do que essa gente tem para dizer vale sequer os meus segundos…
Depois da Tunisia, o Egipto imola-se. Claro que cada país, cada povo tem que encontrar a sua imolação. Nós com a abstenção massiva, o voto branco, nulo ou aquele que assumiu um claro protesto já iniciámos o caminho.
Romper os bloqueios, passar a palavra, criar massa crítica, disseminar novas ideias e fazer o que for preciso, é o testemunho.
O testemunho vai fazendo caminho.

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Pego num extracto do JPP:
“Resumindo e concluindo: se quisesse identificar os três mais importantes factores da "crise de regime" em Portugal, eles seriam a crise da justiça, a crise da representação (partidos e Parlamento) e a crescente subordinação do poder político ao poder económico, com fragilização acentuada do poder executivo. Não custa compreender como tudo isto encaixa perfeitamente no pano de fundo de uma comunicação social muito superficial e dominada pelo espectáculo e que produza um surto crescente de populismo. Já não falta muito para se exigir que os "políticos" tenham que usar uma estrela amarela na roupa para serem identificados como os pestíferos que são. Então a "crise do regime" estará claramente instalada como crise da democracia.”

É pena que ele não tire a conclusão adequada.
A crise de representação resulta da peste partidocrática, e das perversões do sistema de representação dessa resultante, da qual ele faz parte e deve ser apontado como um dos que há mais tempo dela beneficia, sem que seja visiível qualquer contributo seu com alguma relevância para o presente do país ou ideia consequente para travar e alterar a crise de representação em que o país vive.
E também reconhecer que ele é um dos tubarões que anesthesia, sanguesugam e alapam todos os espaços nos media (TVs, semanários, diários, radios, e etc.,etc.) e faz parte da superficialidade, por vezes ilisivelmente elaborada, em que esses de facto labutam.
O JPP é o exemplo mais notável de quem escreve certeiro mas falha consecutivamente e propositadamente o alvo. É que ele próprio é o alvo das suas palavras. É pena, é pena…

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Wednesday, January 26, 2011
 
Colocou o Paulo Ferrero, num dos sítios de Lisboa em que participa cópias de páginas do El Pais que lhe ofertei, por julgar que tem interesse para as nossas cidades.
Em Lisboa temos a infelicidade de ter o tal Zé, que é karma que temos que suportar.
É, além de mais, um ordinário (a minha mão não vai ver voltar a ver, depois de me deixar pendurado!), não responde aos requerimentos(não sabe, é o que é!),...ignora as potencialidades e recursos dos serviços que ingesta, é um bajulador de quem sabe e mau copiador,,, enfim é um escolho no caminho para uma Lisboa mais sustentável.
Ver:
http://carmoeatrindade.blogspot.com/2011/01/bons-exemplos-la-de-fora.html

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Monday, January 24, 2011
 
Fiquei feliz em toda a linha ontem.Muito feliz.

1- A abstenção, activa, passiva, militante, crítica, seja o que for (e não me venham com a meia duzia que teve problemas em votar e votou!) ganhou massivamente.
O presidente eleito fosse a eleição um referendum (como já aconteceu com De Gaule, em França) não seria válida, Tomem nota!
2- Cavaco Silva foi eleito com muito menos que previ (dei-lhe 55%). Não chegou aos 53% e teve menos, mais de meio milhão de votantes da eleição anterior, notem quase menos 600.000 votos e ficou completamente descredibilizado, foi acusado de trafulha, vigarista, empalmador de siza, fretador de amiguismos, pelos seus rivais e por investigação jornalística (Cerejo continua!)
3- Manuel Alegre ficou abaixo dos 20%, teve menos muito menos votos e baixou a percentagem em relação à eleição anterior. O projecto dele disse-o desde logo era inexistente, não tinha lógica política nenhuma e ele mostrou porque é absolutamente incapaz para ser Presidente, com uma campanha sem ideias nem projecto, nem personalidade. E foi triste ver Francisco Louçã a cambalear e entramelado a fazer baixa demagogia, assim como foi triste ver o ar de gozo e alívio de José Socrates.
4- O candidato comunista bem se pode agarrar aos 7%, que se os mantiver o seu grupo parlamentar reduz-se aos valentões verdascos, que com esses só elege 4 deputados...
5- Embora seja contra os tiririca deu gozo assistir à humilhação do soba Jardim, e a sua derrota absoluta, por um tiririca melhor, muito melhor e menos bebado, que ele.
6- O outro (Moura) é um personagem reles e troglodita que não contou para nada.
7- Brancos foram mais que os votos no tiririca, o que a acrescentar parte dos nulos militante mostra o que, com a abstenção, só jornalistas/colunistas distraídos e políticos da mama não querem ver.
Este regime já passou.
8- Fernando Nobre, que referi ser o único candidato que valia a pena, teve uma votação ao nível do melhor que podia esperar. Fez uma ponta final de campanha (talvez por se ter visto livre de alguns cromos que andavam a parasitar-lhe a campanha?) demolidora, de discurso e ideias novas (nem todas boas é certo...).
Julgo que fez mal, mais uma vez desaconcelhado,em pôr de lado a construção de uma cooperativa política, que assumisse protagonismo no próximo acto legislativo. Se esperar 5 anos... vai ser outro alegrote, a bater contra o muro.

Tudo o que escrvi sobre as presidenciais foi na mouche!

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Sunday, January 23, 2011
 
Apesar de toda a chantagem, chantagem da mais ignóbil, continuada hoje nos jornais e da pressão feita pelas televisões,contra os abstencionistas, apesar de agora inventarem o truque que os problemas técnicos afastam meia duzia de pessoas do voto é provável que o Presidente seja eleito por menos, ou mesmo muito menos de 50% de eleitores, ou seja será pouco mais de uma quarto dos portugueses que votarão no eleito CS, o que num qualquer referendo tornaria o resultado nulo.
Acho que devia ser nulo, anulado, e que fique claro que eu e milhares, milhões de não votantes não votámos por discordarmos destes alapadores da representação, sem ideias nem projectos, que protagonizaram a campanha eleitoral mais rasca de sempre.
Nada continuará igual, tudo continuará igual.
Até ao grito do IPIRANGA!
Nota:
Escrito ás 17, quando a projecção com base nos votos registados é de 45% de votantes.

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Saturday, January 22, 2011
 
Reflexão: Abstenção!

Nos últimos dias de campanha o nervosismo em relação ao interesse que esta labrostada de campanha e os “miseráveis” candidatos (excluindo Fernando Nobre que procurou elevar o nível do debate e é o único que pode propor um dia seguinte), o nervosismo em relação à abstenção (ou às formas de repúdio deste sistema de representação e dos seus alapadores, que é o voto branco ou nulo activo) percorreu todos os avatares deste sistema político(e pelos jornais artigos pungentes implorar o voto roçaram o patético).
Não percebendo que:
1- Cavaco Silva (que está manifestamente doente e ficou enfranquecido cívica e moralmente nesta campanha) já ganhou e quanto maior for a abstenção menor é a margem de intervenção que poderá ter, uma abstenção na ordem dos 50% seria mesmo fatal. É importante que não chegue muito perto dos 60%, nos votos expressos. A abstenção ajuda.
2- Manuel Alegre foi para esquecer, já não deve ter pés tantos foram os tiros que neles deu. O projecto político que estava subjacente à sua candidatura (o disparate do Partido da Esquerda) acaba aquí, nos 20/25% que terá e que será pouco mais do que teve na anterior campanha. Não disse nada com bom senso nesta campanha. A abstenção é também contra ele.
3- Fernando Nobre até mereceria o meu voto, apesar de ter estado muito mal acompanhado e só no final ter colocado um diapasão correcto na candidatura. Pode, se afastar alguns indesejáveis e se criar um movimento, contribuir, em conjunto com uma massiva abstenção para outro regime.
4- Os outros candidatos foram palhaçadas para esquecer. O P.C.P. mostrou que o século não passa, o discurso não move, a realidade não existe. A ilusão é a meta e não há qualquer análise da sociedade em evolução.
Os outros dois palhaços não fazem parte de nada, nem passado nem futuro, são mais nulos que a nulidade, só servem para um esgar de gozo pateta.

Esta campanha eleitoral que já aquí referi que foi a mais miserável de sempre, e também como referi em público em sessões bem participadas, mostrou claramente que é necessário uma vassourada, uma vassourada nesta velha e decrépita classe política e que existe espaço para novas apostas.
Pelos convívios e tertúlias, pela internet, nos contactos pessoais, nas escolas e colectividades, por aquí, por ali, por acolá, há cada vez mais vontade de fazer coisas, vontade de acabar com este regime caduco e as suas personagens de opereta, sem ideias, sempre com o excreta na boca, sem capacidade de ver a realidade e os fios que a tecem.
Abstenção, abstenção massiva, de todas as formas e cores, é também uma forma de intervenção cívica e de contribuir para re-inventar a democracia, e alterar a com essa ruptura cidadã a representação.
Não VOTO, Voto Branco, Nulo Activo, vassourada nesta gentalha.

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Friday, January 21, 2011
 


O filme #Portugal, Energias Sem-Fim# em ecran gigante é uma pequena maravilha.
Foi com uma sala quase cheia (mais de 150 espectadores) que foi projectado (no S.Jorge) e mais de uma centena estiveram até ao fim do debate.
Que correu bem e foi amistoso e divertido e hoje recebi inumeros telefonemas de congratulações e a pedir mais.
O futuro será sustentável e cheio de boas energias.
As fotos são do José Alex Gandum.

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Wednesday, January 19, 2011
 
IMOLAÇÃO-ABSTENÇÃO

Julgo que só uma forte, muito, muito forte abstenção (e os nulos militantes e brancos dos que “votarem”), julgo que só uma abstenção que ronde os 50%, e melhor se os passar, pois retira desde logo qualquer ponta de legitimidade ao eleito (recordo que os referendos com menos de 50% dos votos expressos são…lixo) pode começar a mudar este regime.
Essa é, deve ser a nossa IMOLAÇÃO!

Nestas presidenciais tivemos (e tenho que referir só dessa excluo Fernando Nobre) a maior e mais despudorada labrostice, por candidatos sem qualquer nível (sendo que Cavaco provou que será um presidente doente! muito doente.) sem um mínimo de decência e sem a ponta, mas a ponta (tem o Eng. Belmiro toda a razão) de uma ideia para o futuro ou o exercício do mandato presidencial.
Julgando poderes que não terão, desprezando os que lhes competem, tendo sempre na boca a excreta, a mais despudorada excreta, estas eleições foram do pior (subscrevo o M.S.T.) que a nossa democracia já teve. Nem quando aquele bananeiro, agora qualquer coisa do comércio externo, ordinarou umas foi tão mau. Verdade que tinhamos Mário Soares que transformava em qualidade qualquer discurso político.

Vou defendendo uma mudança drástica e radical do regime, a sua conversão numa verdadeira democracia, que se livre da peste partidocrática em nome de uma representação (obviamente electiva e com regras e transparência) de facto, e de um Estado minímo que liberte a sociedade desta gangrena a que uns chamam Estado Social, sem sequer saberem do que estão a falar.

Estado Social é a garantia da lei e dos direitos! E mais nada!

Esta eleição, que do meu ponto de vista com uma IMOLAÇÃO-ABSTENÇÃO massiva, devia ser a última presidencial por voto directo, e deveria transformar-se no extertor deste regime, hoje nas mãos dos que alaparam Abril e que dele fizeram um couto privado, do partido/seita/gang/mafia (sei bem do que falo) e tomaram conta da sociedade.

No dia 23 vamos IMOLAR-NOS, pela DEMOCRACIA E UM ESTADO DE DIREITO.
Vamos deixar estes cromos ficar a falar sózinhos!
ABSTENÇÃO! ABSTENÇÃO! ABSTENÇÃO!

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Tuesday, January 18, 2011
 
Podem ir ao site do Instalador:
http://www.oinstalador.pt/livroclique.html
e vamos seguindo...

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Monday, January 17, 2011
 
Foi a campanha eleitoral mais miserável, que me recordo.
Salvo Fernando Nobre, que apesar de ter um acompanhamento muito mau, e persistir numa lógica autofágica ainda lançou algumas ideias, infelizmente limitadas por deficiente orientação política e falta de perspectiva estratégica clara, a campanha foi, repito a mais miserável que me recordo e os candidatos, salvo o mencionado do pior que a classe política tem para ofertar.
Julgo que era importante ter contribuido para lançar projectos e estruturar ideias, dado o caracter absolutamente plebiscitiário (Cavaco vai ter entre 55% e 60%, com uma abstenção superior a 40%, o que desde logo lhe retira legitimidade para um maior intervencionismo e o Alegre talvez chegue aos 25% o que desde logo afunda qualquer projecto político que possa sair dos crânios que o acompanham,,,), mas nada, não houve nada, parece que o machado deu cabo de tudo.

Pese a minha simpatia inicial, e desde logo se votasse seria nele (que seria o único que poderia disputar a vitória numa 2ª volta, hipotética, com o Cavaco) no Fernando Nobre, acho que dados os erros e a falta de estratégia para o dia seguinte é uma perda de tempo e é mais importante lutar por uma grande, uma imensa abstençao, seja expressa também com os votos brancos ou os nulos activos, será mais um cartão amarelo a esta corja que ocupa a antena com trivialidades (e desde logo não houve candidato como Alegre para tornar estas eleições irrelevantes no conteudo).
O não voto é a única forma (claro a imolação pode ser mais eficaz!) de apressar uma mudança de regime e criar o potencial para uma alternativa séria (que como refiro lamento não poder ter sido protagonizada nesta campanha).
Tenho amigos, poucos, muito poucos, empenhados nalgumas campanhas. Mas a grande maioria está-se marinbando para estes candidatos da treta, estes incapazes de algum discurso, e portanto ideias e projectos, com alguma novidade que deêm futuro a uma nova lógica de construção de representação.
O não voto, o voto anulado activamente, são hoje a imolação que nos resta.
Vamos enviar "fa un cullo" a esta decrépita classe política,decrépita e velhadas. Vamos afirmar responsávelmente que não é com este nível rasteiro de debate de trivialidades e com estas notórias incapacidades que o nosso país vai para a frente.
Vamos dizer a estes cavalheiros (e não é notável que sejam todos homens com mais de 65 anos!?) que leiam a Constituição e vão dar banho ao cão.
ABSTENÇÃO! ABSTENÇÃO!!!

Nota:
Informam-me que o tiririca ainda não tem 60, pois parece 70, e que o PCP também não, pois não é verdade tem mais de 100. O Fernando Nobre tem menos, devia ter lançado um movimento e um projecto para o futuo, não o fez... envelheceu.

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Sunday, January 16, 2011
 
Só hoje é que tive acesso à notificação dos labrostes Reisinhos.
Esses homofobos de Matosinhos, além de serem gente do mais ordinário (e claro que tudo o que é aqui publicado é a minha opinião) querem, como aliás já esperava, não é ter honra nem dignidade ressarcida, que aliás no caso é difícil, muito difícil, impossível há que dizé-lo com frontalidade, pois é a pior escória que conheço...
Querem é mama, querem é mama.
Desta gente ordinária não é de esperar outra coisa.
Pois vão ter que esperar, muito, muito e até ao fim do ano, certamente não me doeirá a língua, nem deixarei de chamar os bois, reisinhos, pelos nomes.
A honra desses labrostes vale 2.000 euros (quando quiseram censurar o meu blog tinham-me, com amizade vejam lá bem a latosa destes espécimes, referido que se eu acedesse a vergar a mola a esse atentado aos direitos cívicos... bastava dar uns trocos à Aministia Internacional,,, estejam eles descansados que a minha contribuição para a AI é maior, muito maior, que o custo da falta de honra dessa gentalha)

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Saturday, January 15, 2011
 


O tempo traz várias memórias, guarda várias memórias. De sensações, de sabores, de toques, de olhares, de cheiros, de outros tempos do tempo.
Hoje caíu-me no olhar a MM, que todas as memórias dele, delas são presentes na continuação do tempo vivo.

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Friday, January 14, 2011
 


Tenho empenho.
Se quiserem assistir informem, é aberto mas sujeito a inscrição.

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O julgamento já marcado do meu caso contra os homofobos e inimigos da liberdade de expressão e do direito de opinião, uns pequenos reis, ou melhor reisinhos de Matosinhos será certamente um libelo contra essa (homofobia) e a favor das outras.
E isso é tanto mais importante quando estou convencido que se tivessemos avançado com um processo contra esses cavalheiros o que hoje se passa que merece a total repulsa, que é da maior, da mais despudorada ignomia, talvez não se estivesse a passar.
O assassinio do Carlos Castro (e julgo que é totalmente irrelevante para a apreciação desse acto particularmente barbaro e horrendo qualquer referência ao caracter ou escritos dele) trouxe à superfície a pior, a mais rasca homofobia da sociedade portuguesa.
Os protagonistas do "cordão humano" de Cantanhede (a terra do assassino, torturador e cortador) deviam ter sido identificados e desde logo terem sido constituidos arguidos, por cumplicidade moral para com esse canalha, além de que não percebo, mas devo dizer não percebo mesmo como é que as caixas de correio dos jornais aceitam comentários, sobretudo os anónimos deviam desde logo ser liminarmente excluídos, que estão em total infracção da lei, sendo que estou particularmente certo da dificuldade de exercer justiça no quadro do digital, dadas as omissões da lei nessa área.
Ontem, e no texto que coloquei aqui escrito tal é referido, fui bastante mais longe no verberar desta iniquidade e no despertar dos presentes para a intransigência.
Esta semana o meu advogado vai contestar alguns aspectos menos ponderados por parte do Tribunal de Matosinhos. Talvez se não o fizesse a cobertura mediática fosse maior, mas a observânia da lei e do estado de Direito devem prevalecer.

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Thursday, January 13, 2011
 
Essa é a muleta que tenho para logo à noite. Depois se vê a espada...

(...)

Todos somos as nossas circunstâncias.

O pensamento... total

1.O tempo:

Não há tempo sem tempo e não há tempo sem passagem, sem navegação, sem viagem, por outros tempos, outros locais, outras vidas.
Escrevo muito sobre o tempo.
No meu blog #insignificante# ;
que aproveito para referir tem contra ele uma acção em tribunal com vista a censurar nele escritos de opinião, ignorando os labrostes denunciantes que a liberdade de expressão é um dos direitos humanos fundamentais;

neste blog já a chegar às 2000 entradas e 7 anos de longevo tempo, é este tema (tempo) com cerca de 80 entradas o tema mais recorrente.
E quando escrevo sobre esse tempo, também “signo/palavra” é também sobre a energia desse, que ela carrega, que sussurro.
Todos vivemos no tempo, no tempo de um olhar, de um suspiro, de um toque, um gesto, ou de uma palavra a construir pensamento e a divagar, a navegar na poesia dos sons e fúrias, como outro personagem de ficção nos diria.

2.Personagens:

E vou falar dos personagens, dos personagens que me ajudam no tempo, na memória, no construir e desconstruir que é o que fazemos no presente.
E julgo que posso voltar ao que já escrevi, noutro livro que encontro; e descubro que continua a ter venda; nas livrarias das estações de transportes “Planetas Vivos São Difíceis de Encontrar” no qual o meu querido amigo, que aqui saúdo e homenageio, Gonçalo Ribeiro Telles se atrapalhou a escrever o prefácio, que aliás comigo compôs, porque nele defendo um federalismo Europeu radical e um anti-proibicionismo também total na política das drogas
(e deviam aqueles que querem limitar a minha liberdade de expressão ler esse capítulo!...)
Cito #
Nos idos 75, por entre a revolução, as leituras, a agitação, o frenesim em que vivíamos. Caiu-me um livro nas mãos. Ás vezes basta um livro. Creio que se chamava "L'utopie ou la mort". Do René Dumont. Liu-o num vórtice. A partir daí foi o meu único empenho. O homem que escreve o prefácio (a este) já me havia predisposto a este discurso. Com ele aprendo e apreendo muitas coisas. (..)
E claro as brincadeiras em que com toda a convicção e seriedade o acompanhei. Alguns combates políticos. Mesmo quando discordei, discordo dele, e neste livro estão alguns dos tópicos em que temos opiniões diferentes, embora partam de iguais pressupostos e tenham a alicerça-las semelhantes análises. Que divergem na conclusão política. Penso que muito mais importante que essas contradições é o fundo. E esse é esta realidade. Este país a saque, onde o racionalismo produtivista impera, falho de soluções, enredado por um sistema político incapaz de dar vida às regiões e comunidades, com políticos incapazes de ver o significado profundo que são cerca de 50% de abstenções em eleições sucessivas e o fosso que se vai alargando entre a representação e os representados.
#
Pois foi escrito há mais de vinte anos.

De um dos lados do meu tempo estão esses referentes com outros, que também conheci e estimei como Ivan Ilitch, Pierre Samuel ou o meu saudoso amigo Humberto da Cruz e muitos outros que por estarem vivos não nomeio não vá deixar alguém de fora.
Escrevi nesses anos 70 as minhas primeiras articulações, textos para jornais e conferencias, documentos políticos ou associativos.

3.Sobre ecologia politica:

Que é desde logo um paradoxo, que também gosto de cultivar.
A polis é outra navegação necessária para dar expressão aos sonhos e aos desejos, para manter a ideia de futuro, quando esse está em risco, tal como o conhecemos...
O equilíbrio dos sistemas biológicos, a intervenção do homem nas paisagens, um direito com vida para que viva o direito, e uma sociedade com todos os direitos, uma organização social que dê sentido a esses pontos e que tenha um sentido global são desideratos que tenho procurado dar à navegação, com as energias do tempo, e hoje com um alicerçar destas em sustentabilidade económica e visão social.

A luta contra o nuclear e uma profecia sociológica de Alain Tourraine sobre esse marca a minha integração no quadro do activismo politico e cívico, desde logo defendendo (e na altura tal parecia uma bizarria...) as energias solares (onde incluo as renováveis, todas elas de sua influência).
Perceber a base em que assenta a nossa economia e o uso dos recursos finitos que temos à nossa disposição levou-me a construir outro pensamento ou a elaborar o mesmo, e percorri um mestrado de economia de energia onde rapei alguns conhecimentos e também construí amizades.
Continuo a pensar que é a energia, hoje numa nova vaga a que o tempo, não o tal mas o outro, nos vai conduzir que vai alterar os modelos e lógicas socioeconómicos,
sendo que infelizmente a sociedade mediática que Macluhan e Marcuse já anunciavam hoje vive dominada pelo efémero e esse como a borboleta (sobre as quais também escrevi) não cria raízes no pensamento nem no que o alimenta,
mas pode provocar um tufão na China, como nos diz a teoria dos fractais.
Não posso esquecer, e em marcha atrás o faço, a experiência sócio-educativa/politica e os resultantes compromissos que a passagem pela Faculdade de Letras e o contacto com esse tempo constituiu, as discussões, as brocas, os copos, os trabalhos, as noites de tensão e discussões sem fim,
o Snoopy (que este ano terá uma reedição/surpresa!), e as fortes amizades que duram neste tempo (e aqui não posso deixar de lembrar o amigo Manuel Hermínio, com lágrimas de saudade).
Salto (em 1985) para o Ministério do Ambiente onde não encontrámos nada, tínhamos que levar os nossos computadores e com outro amigo do coração criámos uma estrutura, organizámos legislação, demos corpo à Europa nas leis portuguesas e assentámos as bases em que vai assentando algum do presente ambiental deste país. O Carlos Pimenta, agora meu prefaciador, sucede ao também prefaciador e efabulador José Eduardo Agualusa, outro querido nosso, que com José Januário, que é uma dor sem regresso, foi a equipa com que organizei um manual sobre Implementação da Legislação do Território em Portugal.
A ecologia politica e o pensamento liberal/libertário, com enganches sociais e económicos são a matriz a que cheguei, são, também, a matriz de onde parti (não tenho fantasmas no armário), que me conduziu a meio mundo, das montanhas às zonas húmidas, das prisões (em esquadras ou governos civis de Espanha, DDR, Portugal) aos salões (de Versailles ou do Palais Royal), das esperas às salas de conferencias.
E aqui deixo para outra altura a experiência cívica, social e politica única que foram os Amigos da Terra/ Friends Of the Earth de que fui dirigente nacional e internacional.
Mas hoje...
Pois hoje continuo igual, em busca de

4.Alternativas:

Envolvido em organizações sociais e politicas desde sempre (tendo omitido o período até ao inicio desta estória) fui director, membro de comissões politicas, presidente e secretário geral, de (no outro dia fiz contas por alto...) cerca de 20 organizações, nacionais e internacionais. Escrevi programas, manifestos, posições, naveguei muito e também à bolina.
Hoje, depois de ter tido as referencias éticas e de valores que são o tio Gonçalo, mas também o António Lopes Cardoso (com o qual estive, no partido, quase sempre em oposição) ou o saudoso César Oliveira, e de ter estabelecido amizade e afecto espiritual com Helena Roseta, com quem continuo também a colaborar na C.M.L., ... tenho que dizer que vejo o futuro sem grandes expectativas, nem com binóculos.

Julgo que infelizmente temos, como já nos dizia Eça de Queiroz, uma classe dirigente que reflecte o povo que somos.
Um povo que é o espelho do Zé Povinho. Acomodado, malicioso, verbativo, indolente, parra sem uva.
Os nossos dirigentes políticos e as estruturas de poder em que se perpetuam (a peste partidocrática, como lhe chamam os meus amigos do Partido Radical Internacional) são moldados e moldam o pais que somos.
Tenho trabalhado na área da Educação, e depois de na Expo 98 ter colaborado e sido protagonista de grande parte dos programas nessa área tenho tido a felicidade de também nesse nicho continuar a trabalhar agora em empresas ligadas à produção de energias renováveis, eólicas sobretudo.
E refiro isto porque vejo nas novas gerações algum abanar deste estado de coisas (pesem os espartilhos, ops, que o domínio do fútil mediático impõe).

Julgo que não é inevitável que o Zé Povo seja sempre o mesmo...Numa revista comemorativa da sua criação escrevi:
#
Hoje temos que falar, participar, descobrir ou inventar a voz, a voz que durante tanto tempo faltou ao Zé, e com essa voz criar empenhos e abrir caminhos, romper com a lógica do novo rotativismo, descobrir nichos de produtividade relacionadas com o que é tradicional e o que a partir desse se pode inovar, aproveitar os recursos endógenos nas áreas das energias e de segmentos de economia primária, usarmos a inteligência e novas tecnologias para mudar o fato, esse velho fato com os bolsos rotos de nele gastar a força das mãos.
#

Mas e já vou longo... (e não quero acabar sem agradecer à Livraria da Fabrica do Braço de Prata e ao amigo Nuno Nabais pelo convite e por este espaço, que honra Lisboa, que continue!, ao Fernando Mão de Ferro, meu editor e amigo, que tem sido como diriam no outro Sul todo jóia, ao velho caminhante de muitas voltas e amigo Rui Cunha pelas fotos e trabalho dele e de toda a sua equipa, e hoje especialmente ao Nuno Farinha, principal obreiro desta obra de arte, que também é amizade), mas e já vou longo, chego ao último ponto, existem muitas :


5.Incertezas:

E nem todos podemos ser Principezinhos e encontrar a sabedoria numa caixa.

Dizei-me o que sentis e não o que tendes a dizer!

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Wednesday, January 12, 2011
 

É já amanhã:
http://www.bracodeprata.net/livraria.shtml, que será feita essa conversa.
Será aqui publicada...

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Tuesday, January 11, 2011
 
Hoje foi dia de negócios, de família, e de uma leitura pendente #La Société du Spectacle# de Guy Debord, um situacionista precursor de 68.
É um livro curioso e que se continua a adptar às nossas sociedades, consumidas pelo tempo e os objectos que projectam nele falsos reais.
É o capítulo sobre o tempo e a história que me prendeu mais, discursos sobre o tempo, o passado, o passado a passar e o presente também, a posse pelo homem da sua natureza, e do universo nessa, numa sociedade de ciclos de tempos.
Tudo o que é absoluto torna-se história, e também tempo, hoje também a sofrer as pressões para a unificação, com ou sem local onde passar.

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Sunday, January 09, 2011
 
Só agora começa a campanha presidencial, onde está tudo errado...
Desde logo nos discursos... todos errados.
Mau que um candidato mostre valores pré-históricos (Cavaco Silva) em relação a direitos sociais e individuais, mas esses são-lhe conhecidos e não podem evitar que legislação torne Portugal hoje um país de relevo na àrea desses direitos.
Pior, muito pior outro que se preocupa com isso, como se o Presidente tivesse seja o que for a concretar em relação a essas questões (todo o poder está no Parlamento!) e ainda pior o nacionalismo bacoco que faz gala (e não duvido que Cavaco se pautue pelo mesmo mas não o diz) e esse sim é um poder presidencial (garante da soberania, ou des-soberania)que eu Europeista convicto lamento.
As sondagens aproximam-se do que, aqui, vaticinei (a última do CM).
F.Nobre vai recentrando o discurso, mas sem ideias de futuro.
Esse (futuro) sabendo que antes do fim do mês vamos ter outra situação das finanças públicas (esta pressão do centro da Europa só diletantes podem ignorar, com alegria)não vai ser melhor,e o ano ainda agora começou... e está tudo errado (notável um questionário do jornal Publico pela ilusão que pode criar... é que o Presidente só, o único poder que tem é o de botar faladura sobre tudo aquilo que responde; do alto da sua irrelevância!)
P.S. Não tinham passado 24 horas e já outro "fait divers", de tal forma disparatado que nem sequer merece classificação apareceu na campanha. Então não é que o Manel Alegre, cada vez mais sozinho, acha que se devia suspender a campanha eleitoral?
Eu acho que nem devia haver, o Presidente devia ser eleito por um colégio eleitoral e acabar-se esta inanidade toda!

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Friday, January 07, 2011
 
A História com H grande é fruto da desgraça humana, assim como as religiões, não é preciso o Raymond Queneau dizer-nos na sua #Histoire Modéle#, mas já a informação, a produção de pensamento sobre a origem da linguagem, pede meças a Chomsky... "os gemidos de dor, as queixas do sofrimento e mais significativo a vontade do infeliz de descrever-se a si e aos seus males ou da testemunha dar conta de alguma novidade. A acção colectiva pode realizar-se só com a ajuda do gesto ou do desenho, mas a desgraça tem necessidade da linguagem e estrutura-a", talvez nas #estruturas fundamentais da linguagem# Saussure e depois Chomsky na sua continuidade a tenham elaborado no quadro do desenvolvimento da gramática generativa a partir desta simplicidade universal que abre caminho às lógicas do palietal.
Este é um livro sobre a violência, a desgraça na História, a questão dos recursos e do espaço destes, para estes.
R. Queneau, uma das referências do "noveau roman" que conduziu a alterações da linguagem, que conduziram a uma recriação da "desgraça do real" e uma irrupção verbal de 68 e segue em França e por aí, era filho de droguistas, sabe o valor dos cheiros e o que fazemos com esses.
Sabe que não há inocência no dito, e no feito, no tempo.Como na História.

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Ontem na Lx-Factory, na Ler Devagar realizou-se um jantar tertúlia sobre Lisboa. Organizado pelo Paulo Trigo, teve como animadores João Seixas e Mário Alves, excelentes na informação e conhecimento, mas um pouco longos para o tipo de tertúlia que queria participar mais e onde se viu uma vontade de intervir e responder e falar.
Têm tanto o João como o Mário nas suas áreas, e articuladamente o mostraram, um pensamento sobre a cidade, e foi pena que a lógica da exposição não permiti-se aprofundar a cultura da polis e as cidades dentro dela e mais que a cidade.
E ficou no ar, e será continuada em próximas conversas a reforma do sistema político, que também permite novas visões das cidades, dos bairros e do espaço metropolitano.
Não foi o menor contributo deste jantar, onde os olhares e as palavras, os empenhos, e os entendimentos se geraram e a partir dos quais se poderão construir movimentos e novas circunstâncias.
O mundo pula e avança, com dizia o meu mestre Gedeão, embora hoje tenhamos que mais que procurar paradigmas, encontrar atalhos, espaços e tempos que permitam criar e recriar nos referentes, e manter os equilibrios.
Foi um jantar e tertúlia excelente. Acabámos sem sarrabulho mas com um Bushmills noutra Fabrica.

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Wednesday, January 05, 2011
 


Conheci, tive dois momentos de conversa com, Malangatana, que era um autêntico MAIS VELHO, respirava o que dizia e mastigava as ideias de que fazia pensamento.
Foram dois tempos, duas conversas inesquecíveis, como inesquecível e a perdurar são as suas obras.
Vê-lo, lê-lo é sentir o calor da terra africana, os espíritos do vento que a atravessam, a secura dos planaltos e desertos, a humidade das florestas e das bacias dos rios.
É ouvir o riso das mulheres e o choro dos homens que vivem nessa grande Mãe.

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A Livraria da Fábrica Braço de Prata tem o prazer de convidar-vos para a apresentação do mais recente título de António Eloy - Navegar é preciso- da editora Colibri na Quinta feira dia 13 de Janeiro às 21h na nossa sala PradoCoelho.
Estarão presentes o autor e Nuno Farinha, o director artístico do livro.

Nessa sessão de apresentação estarão também disponíveis os outros títulos do autor anteriormente publicados na mesma editora, Ambiente Letra a Letra e Energias sem Fim.
NAVEGAR É PRECISO

“Navegar é Preciso” é uma frase atribuída a Petrarca, sendo “preciso”sinónimo de “necessário”; é também o título de um texto de Fernando Pessoa, publicado em nota manuscrita na 1.ª edição de “Obra Poética”.
“Viver é Preciso” foi uma colecção pioneira, da editora Afrontamento,em Portugal, na publicação de livros e textos sobre Ecologia e Ambiente, que aqui homenageio.

Fábrica Braço de Prata | Livraria | Rua da Fábrica do Material de Guerrra, nº1, 1950-128 Lisboa Portugal
livraria@bracodeprata.com www.bracodeprata.com

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Tuesday, January 04, 2011
 


Poucas, muito poucas vezes desenhou Rafael Bordalo Pinheiro o Zé Povo noutra posição que não a de submissão e reverência, a ser enganado, explorado, esmifrado até ao tutano, e nessas charges fornecer-nos o estado de alma nacional e a incapacidade, a nossa incapacidade enquanto individuos e colectivo de modificar o estado das coisas.
Aqui temos uma das poucas alturas em que o Zé arregaça as mangas, e vê-se livre da aldraba e dos que o montavam e parece pronto para partir, picar para outra.
Foi sol de pouca dura que os mesmos, com outras roupagens, lhe deram a volta outra vez, e em breve tínhamos o mesmo Zé, o mesmo sofrer colectivo...
Hoje não se anuncia, pesem escritos sem ventura, qualquer outro acordar do Povo, desse Zé.
Não há no horizonte (e vamos esquecer as presidenciais que ainda agora começaram e já fede nojo, será que alguém sabe quais são os poderes da Rainha de Inglaterra???)
qualquer ideia nova que permita fazer sair o Zé Povinho do seu languecer.
A lógica mediatica só conduz ao mais bacoco e trivial, a perversão da lógica política, através do sistema não democrático (a partidocracia, a peste da partidocracia...) que domina o sistema de representação e o torna uma casta mafiosa, a pouca relevância de tertúlias onde se vai construindo algum pensamento novo, mas muitas vezes em vício de copiar a organização dos velhos, a inexistência senão por aqui e por ali nalguns médias (que não nos que hoje fazem poder, mesmo naqueles alternativos que podiam construir público que são os por cabo) de alguma opinião sem o sebo de caturras e ressaibiados de todos sabemos o quê, leva-nos a desesperar e acompanhar o nosso Bom Zé Povo na sua indolência.
Até, sabe-se lá, quando?...
Todos os dias procuramos a Lanterna...

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O Bom do Zé Povo, pelo traço imortal do Bordalo, a pagar e a calar.
Até quando?

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Monday, January 03, 2011
 


Grand Place com janela iluminada

Comecei o ano com a leitura (ou re-leitura???) #As Cidades Invisíveis# de Italo Calvino, numa tradução não muito apreciável da Teorema.
Devo dizer que é dos melhores textos que já devorei sobre urbanismo e projectos para as nossas cidades.
Escrito numa meta-linguagem, aborda com dedos de pelica os temas que são hoje centrais nas políticas urbanas. O tamanho, as acessibilidades, a memória e o património. A energia e a circulação de recursos. A relação com o passado e o futuro.
Excelente em todos os pontos pela reflexão que proporciona e pelo tempo desta.
Comecei o ano com a leitura #As Cidades Invisíveis# de Italo Calvino.
E voltei a lembrar-me de Bruxelas... que também está aqui na cidade das línguas e dos sons que não se entendem ou na linguagem.
E Istambul, e Roma, e Curitiba, e Washington, e Accra, e Paris, e Florença, e,e,e,e,,,,,
 
civetta.buho@gmail.com

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