insignificante
Tuesday, January 31, 2006
 
Hoje é o dia mundial da não violência, da intolerância contra a violência.
Deveria ser o dia contra todos os fanatismos, que também o é quando a não vilência se transforma em doutrina e lógicas rituais e regras e principios. A não violência é um metodo, de acção, de pensamento, e os que a procuram sacralizar são fanáticos intolerantes.
Recebo logo pela manhã mails, de fanáticos homofóbicos que me enviam texto do intolerante padre Cesar das Neves (para quando em Portugal reportagens a denunciar, com factos reais, como regularmente no El Pais, esta intolerância?), e de fanáticos da não violência ( a deificação de Gandhi, que era um homem complexo, com erros e verdades é um absurdo. Não há vacas sagradas!).
Leio outra auto-biografia, de um dos maiores intelectuais do século XX Norberto Bobbio.
Pensar é dificil.
Pensar sobre o pensamento ainda mais.
As palavras confundem as palavras.
 
Monday, January 30, 2006
 
Ontem vi na televisão um filme, que devia ser obrigatório para todos os que falam do Médio Oriente.
O Exodus, de Otto Preminger, com um papelão do então "rookie" Newmann.
A história da formação do Estado de Israel, na Palestina árabe, é um épico, com várias histórias. Este não escamoteia a ocupação britanica, a aliança de arabes e nazis, o terrorismo sanguinário do Irgun (e também do Haganah), a convivência entre semitas, muçulmanos e judeus.
A instrumentalização e o erro que foi o abandono (que se deveria todavia articular melhor com os massacres que também neste influiram) e a política errática dos Estados árabes sobre a Palestina.
A lógica socialista dos povoamentos hebraicos, em terras desertas, e que à custa de suor e sangue se tornaram produtivas. A Bíblia, as várias leituras.
É um filme notável, que devia ser obrigatorio para discutir o Estado (todos), a Religião (todas), a Democracia (todas!).
É um filme sobre a tolerância e a intolerância.
 
Saturday, January 28, 2006
 
Espaços fechados. Tensão. Deserto de espaços e de referencias. Comunicação. Jogos de poder. Tensão. Situações extremas. Desertos. Impaciência. Comunicação.
O filme notável de Sam Mendes Máquina Zero é um documento fabuloso, de um cineasta que promete, pelos movimentos precisos de câmara, a sóbria direção de atores, os claro escuros do cenário.
Num tempo em que os ditames do político, correto ou não (e não é sempre relativo esse?) , domina o cinema e que o mélico- doce regressa em força aos ecrans, em que pouca coisa é feita para pensar e fazer pensar, num momento em que o Médio Oriente (Iraque, Palestina, Síria, Israel, Irão, Afeganistão) está definitivamente sem norte (ou qualquer referencia cardinal), quando o mundo entra em desvario de nonsense continuo (a 24 imagens por segundo) obras para pensar, no celulóide são poucas.
Este é um dos que fica registado.
 
 
Dizia Gandhi que gostaria de receber todas as culturas em sua casa. Certamente gostaria de receber o Ballet Nacional de Espanha, nesta sua nova coreografia do "duende", com o melhor desse. O flamenco, o sapateo, os toiros e a corrida (e Gandhi com a sua grande alma vibraria com o bailado que é o ritual socio religioso da verdadeira corrida, tal como o Dalai Lama!, que o afirmou em entrevista), a sedução e o afastamento, o D.Juan e a Carmencita.
O Ballet Nacional de Espanha é um mostruário do melhor do duende que herda memórias, justapõe culturas, liga em comunhão de extase os videntes, os participantes, também deste ritual.
Clap, clap, clapeaim as castanholas, clapeia o coração, e aquece a lma o cante "hondo".
Olé, torero!
 
Wednesday, January 25, 2006
 
O disparate da Ota, ou mais um conto do vigário!
Vivemos tempos de integração, de espaços e economias.
A 35 quilometros de Madrid o aeródromo de Campo Real vai ser transformado em aeroporto intercontinental (leia-se o excelente documento “La Comunidad de Madrid Horizonte 2015”), mantendo-se o de Barajas (que é dentro da zona urbana!) para vôos internos e com ligação “shutle” ao outro.
A Península vai ter um novo aeroporto internacional, sendo que hoje quantos de nós não vão a Madrid apanhar as ligações?, com serventia para Portugal ( e melhor se o único TGV, com lógica (Lisboa-Madrid) se fizer.
O reforço dos aeroporto de Pedras Rubras, de Faro e da Portela (recuperando esta a parte militar da mesma) seria em qualquer estudo integrado de prospectiva, integrando estes num quadro ibérico eixo fundamental de sustentabilidade.
Mas a obsessão da Ota (e articulada com o disparate do TGV para o Porto e com este intercontinental em Madrid, por TGV quase tão perto com essa...) para mal dos nossas finanças parece ir em frente.
Mas será que alguém pensou a globalidade do sistema de transportes articulada, com estes dados, com os novos aviões (de aterragem e elevação vertical), será que há mais que mero engano do pagode?
 
Tuesday, January 24, 2006
 
Um dia cheio. De telefonemas, de resoluções, de relatórios e artigos sobre energia. A vida continua com os seus emperros e as suas complexidades.
Ao fim do dia abro a interessante revista Le Monde des Religions, com um gostoso dossier sobre o Ateismo (mas com artigos que chumbavam na escrita!, por parcialidade) e outros sobre cultos e locais destes.
Estou cansado.
 
Monday, January 23, 2006
 
Por vezes, inesperadamente, encontramos alguma coisa que nos reconcilia. Connosco, com os outros, com as memórias, com o futuro.
Hoje deparei com um livro, um romance de nada, de Jiro Taniguchi.
"O homem que caminha" é uma obra requintada, burrilada a cinzel, de uma leveza sem peso e com o peso da alma a passear pela vida.
Como sons articulados em vida (lembrando as músicas do Zé Ernesto) este livro pede silêncio, este livro clama ruiído.
Um romance escrito a tinta da china, com as palavras necessárias para respirarmos, sem o peso das frases que ilidem a verdadeira caminhada.
Aligato.
 
 
Com um universo de votantes de 5.529.117 (correspondendo a 62.61% dos eleitores) o salvador da pátria foi eleito com 2.745.491, ou seja exactamente 50% mais 19.067.
Por menos de duas dezenas de milhar de votos portugal (com letra pequena e sem hino) elegeu o seu salvador para os próximos dez anos.
Meus caros, estamos encavacados, ou melhor como o fanhoso agora eleito para representar o povo ( e viram a Maria, com aquele casaquinho verde!) disse: a ""coisa " vai ficar melhor.Fantástico!
Na minha terra votaram 52.89%, o que não chegaria para eleger o presidente da câmara. Sem o meu voto (que não o pude exercer...) l... ficou por 31%, dos votos. O país não perdeu todo o senso.
Vá lá. haja deus!
 
Friday, January 20, 2006
 
Luz e sombra. O mundo é feito de luz e sombra, por vezes penso que é feito como a minha memória, de claro escuro. De recordações e esquecimentos.
Hoje as recordações impõe-se ao esquecimento. Morreu o António Tavares. E hoje lembro-me de vários eles, de vários momentos em que nos cruzamos, em que nos cumpliciámos. No MES. Na Lontra. Na SEA. E agora, desde há dois a caminho de três anos no CEEETA.
Sempre discreto, sempre solidária, sempre disponível. Para resolver um problema, para dar uma volta a alguma dificuldade.
De uma simplicidade desarmente era capaz de uma ironia lucidamente decisiva.
Novamente luz e sombra e vejo-o noutros tempos, em que nos cruzamos. Noutras tertúlias, noutros afectos compartidos. O António era quem estava e parecia sempre não estar.
A minha memória é feita de luzes e sombras. Hoje sou eu que lembro ao António, que ele também estava lá, que ele também continua cá.
 
Thursday, January 19, 2006
 
Infelizmente o país que somos não existe. Não existe nos média, não existe para os políticos,nas políticas...
Neste país morre gente, as pessoas tem problemas reais de sobrevivência, nos cafés discute-se o que se sabe, o atraso, a incapacidade nacional, o ir e vir.
As pessoas conhecem-se, amam-se e odeiam-se, ignoram-se, apoiam o Jerónimo ou o Cavaco, ou o Soares.
O mundo gira, mas aqui não se dá por isso. Discute-se o preço do Dia, e a especulação e o IVA, absurdo, que temos.
Aqui as gentes sabem que o país não tem futuro, porque o presente perdeu-se.
Não há D. Sebastiões. Não há senão o quotidiano que segue outro quotidiano. De gente que sobrevive, que continua. Que existe.
Apesar do país, do país inventado pelos média e o Pacheco Pereira e o seu infinito ser diferente.
O último copo na Fatecha.
 
Tuesday, January 17, 2006
 
Sentença foi cumprida ao início do dia de hoje
Califórnia executa homem de 76 anos cego, surdo e confinado a uma cadeira de rodas.
Sem Comentários.
 
 
Diz Carlos Fuentes a proposito do Pedro Paramo, no texto que é a sua melhor exegese, citando Maquiavel "Deus não fará tudo,pois isso despojar-nos-ia do nosso livre arbitrio e da parcela de glória que nos pertence".
E lembro toda a exegese catequética que percorri e outras exegeses que também ao som do vento que passa me soaram aos ouvidos.
Todas elas são memórias, presentes quando se trata de inventar o tempo futuro, com deus, sem deus, apesar de deus.
Em nenhum futuro o vento passa como trova, que aliás hoje se perdeu, se perderam no mais reles oportunismo, e na mais rasteira velhaquice.O Adriano ainda a cantaria. Com a voz a doer. A poesia fica os poetas passam.
 
Monday, January 16, 2006
 
Hoje ia referir o escandalo que é a televisionação, em directo nos três canais, da transladação da ossatura, dos ossos do cadaver da alucinada beata, não sei para onde.
Beata Lúcia que estás no seu (eh,eh, eh) gozai por nós pecadores... mas lembrei-me de postar o meu último artigo no Cometa, de Itabira, Brazil, terra de Drummond.
"" Bilhetes, de cá.

Misserrima est fortuna quae inimico caret *

1- A gripe da passarada continua a não dar mostra de vida. A comunicação social, que vive de necrofilia, desinteressou do tema.

2- Em Portugal vamos ter eleições. Estamos à 4 meses em campanha. O presidente que vamos eleger tem mais ou menos os poderes da Rainha de Inglaterra.
Como estas iniciam um período de três anos sem eleições o histerismo está no ar. Pouca gente, todavia, liga a estas eleições. A abstenção vai ser enorme. Já está eleito Cavaco Silva, um economista, que foi primeiro ministro há vinte anos, o que mostra como o sociólogo Carlos Marques (Karl Marx para os estrangeiros) tinha razão, a história repete-se, como tragédia!.
Na altura além de responder a perguntas com a boca cheia de bolo, de usar camisas aos quadrados com gravatas azul bébé e de dizer que tinha sempre razão e raras vezes se enganava, foi responsável (apesar de como é habitual entretanto se ter instalado o revisionismo histórico) por ter lançado as bases da ineficácia da nossa sociedade (econômica, social e ambiental) e por ter desbaratado os fundos europeus em betão e obras faraônicas de utilidade abaixo de nula.
A memória do povo é curta e nos tempos que vivemos os media e a sua rapidez reconstróiem-na fulminantemente.
O sistema político português bloqueou durante os anos (9 anos) em que ele foi primeiro ministro. A economia bateu passo. A educação foi para o buraco (esse senhor orgulhava-se de não ler jornais!). A cultura bateu (o Sr. confundia, está publicado, Thomas Mann com Thomas Morus) no fundo.
Pois este homem, a quem o povo português nada deve, que não mostrou tolerância, capacidade de dialogo, cultura e civilidade vai ser, segundo todas as indicações eleito Presidente.
A rainha de Inglaterra tem que saber ouvir e dialogar. Tem que saber representar o melhor do seu povo, a sua história e cultura. Tem que saber comer à mesa.
Pois vamos ter labrostice no Palácio de Belém (casa da nossa Rainha de Inglaterra). A não ser que a amnésia que neste momento invade e anestesia o povo português se esfume, vamos ter um putativo, ou melhor presumido D. Sebastião a ciciar na Presidência.
Claro que podia falar dos outros candidatos. Se algo tiver mudado até esta edição do Cometa, a esta prosa, também se deve.
Senão dez anos (o presidente em Portugal é eleito por 5, renováveis) de Anibalismo (do nome do Sr. e também de um celebre general fenício famoso por ter enterrado os seus elefantes nas neves dos Pirineus) iremos ter. Que não mumifiquemos, nesse caso, é o meu desejo.

3- Sharon está a morrer. Se calhar quando isto estiver a ser publicado já estará morto. Agora aparecem as carpideiras do costume a escrever que era um grande homem, bla, bla,bla. Paz à sua alma se já tiver partido, mas o Sr. Sharon era um vilão do piorio, um bandidaço sem moral nem escrúpulos e sem uma restea de humanidade. Responsável por alguns dos maiores massacres de inocentes da história, um assassino sem piedade, merece que quando pronunciarmos o seu nome joguemos uma manchada de sal em cima. Os media, os media dominantes, podem encher-se de louvaminhas e beatices. Quem produz falsos testemunhos, como diz o nono mandamento, “Não dirás falsos testemunhos contra o teu próximo”, não conhecerá o reino dos céus. Já viram quantos agora se barraram a porta?

4- O Natal, há Natal mas passou. Este ano foi um momento de leituras, todos os anos digo o mesmo. Li e recomendo um livro de Lilia Moritz Schwarcz “As Barbas do Imperador” que é um fresco monumental do Brasil do século XIX. Por cá está editado pela Assírio e Alvim, e penso que aí também terá que estar disponível. Das muitas leituras deste período é a que mais me apraz aqui recomendar. Para outras ver o blog, este últimos tempos particularmente pessoal e introspectivo...

5- Irei ao Brasil este ano. Salvador, Minas e talvez alguns outros locais em passeio. Aproveitarei para aí com o público de Itabira ter uma tertúlia a propósito de livro que conta com a prestimosa e notável colaboração do Genin, sobre “Energias Suaves”, alternativas energéticas de produção para um ambiente sustentável.
Claro se entretanto, por conta do meu falar claro, não tiver que exilar-me...
É que nunca se sabe com o domínio dos media por neo-conservadores, com um Presidente que foi conivente com o fascismo nacional, com a arrogância das autoridades a ser conivida (não é uma palavra curiosa!) de cima, com os direitos cada vez mais difíceis de serem exercidos, os tempos estão a ficar esdrúxulos.

6- Finalmente, e por aqui devia ter começado, para todos e todas um grande abraço para 2006.
E também desejos de Paz, Saúde e Solidariedade.

* Frase em latim, que para alem do objetivo de mostrar a cultura do escrebente ( o que escreve!), e chamar a atenção do leitor para a leitura do restante texto.
Há as lições do marcoting...
A tradução pode ser “Coitados dos infelizes que nem inimigos têm” embora me agrade também a versão “Fica sem fortuna quem tem inimigos armados”.
 
Sunday, January 15, 2006
 
A vida que não vivi, pode ser o título de um romance, a ser escrito nas areias do deserto e soprado pelo vento até algum oasis, onde se transforme em palmeiras e da sua seiva, acre e doce, resultem sonhos e fantasias.
Todas essas são parte do tempo, esse sim uma fatalidade porque em espiral, e nessa se perdendo, nessa se rencontrando em elipses sucessivas, porventura, confluentes.
O tempo é uma fatalidade, que gira em nosso redor,ou será que somos nós que nos movemos nessa espiral e tomamos o nosso próprio andar pelo passar desse?
Consegui parar o tempo, ou parar-me em tempo do tempo. Conservo comigo vários momentos desse tempo sem tempo.
Todos os momentos em que parei, que guarda tem locais, cheiros e sons, alguns tem pessoas, sei que quando os partilho, quando os vivo o tempo volta, ou melhor continua parado e eu nele.
Momentos de lucidez, momentos de coragem, momentos de angústia, outros de amizade, de tristeza, de paixão. Tantos tantos momentos sobrepõe-se em catadupa no tempo.
Sabe, nos sabe, como em crioulo. Sabe di tempo.
 
Saturday, January 14, 2006
 
A mentira é verdade, a verdade é mentira, era a lógica do Grande Irmão, no 1984 do G. Orwell.
O Sr. Souto Moura ficava bem nesse papel. Não sabe, mente, desmente, diz, desdiz,descredibiliza completamente a Magistratura, com a sua presença e espírito.
Deveria ter tido o bom senso de se ter demitido à muito. E agora não teria que ser humilhado, e com ele arrastar a já fraca imagem da competência, isenção e dignidade do Ministério Público.
Nem vale a pena falar da mulher de Cesar, porque neste caso, no caso deste sr., é uma nodoa que tem alastrado, e alastrado.
Agora não pode haver mais conivivências.
 
Friday, January 13, 2006
 
Aqui coloco mais um dos elementos para o debate com os galheteiros, a ter curso na Ambio.
Não é a mesma coisa beber vinho directamente da talha, de um produtor que conhecemos (recomendo a Adega Velha, em Mourão) ou beber um vinho da casa (e muitas vezes tem que ir de volta por imbebível, e todavia o povo bebe...) quando após a prova se revela como um Nunes Garcia (venha de lá o "taco" para a publicidade) e consumir o azeite, que não sendo de local que conheçamos e onde tenhamos confiança, é dos produtos hoje mais adulterados (a ponto de a grande maioria nem reconhecer bom azeite ou diferencia-lo por regiões!) e onde as margens são maiores.
Passava o mesmo com o café, e ainda hoje em Espanha (na zona da fronteira, sobretudo) o café é misturado com chicorea, sendo que nós, portugueses, o temos que beber pingado.
A minha oposição é todavia a que, com tantos assuntos para produzir posições, e mesmo neste poderia haver uma critica razoável e propositiva, esse grupo e vi agora também, num arrobo de menor sanidade espiritual, também a Quercus, se vem pronunciar contra a saúde dos consumidores, contra a qualificação e promoção do nosso azeite e contra a melhor economia.
Faz-me lembrar quando se manifestavam contra o leite escolar.
P.S. Para quem não saiba houve grupos ecologistas contra o leite escolar!
 
Thursday, January 12, 2006
 
Ecologistas contra a saúde pública, pode ser o titulo dos jornais de amanhã.
E de fato é verdade que um grupo ecologista, assaz desconhecido é certo, produziu um comunicado contra a higiene e correta utilização dos galheteiros nos estabelecimentos de restauração.
O fundamentalismo é no que dá. Em nome de uns supostos valores infringem-se outros.
Teria razoabilidade propor medidas no sentido da melhor reciclagem das embalagens invioláveis que agora vão ser, e bem, obrigatórias nos estabelecimentos da alimentação pública. Sendo esta ainda por cima uma medida que estimula o tecido econômica (atribuindo cotação à qualidade e qualificação do bem), assim como é favorável ao ambiente (onde a certificação do azeite tem óbvios benefícios ecológicos e mesmo biológicos, através da bio-certificação).
Mas esse grupo ecologista prefere o azeite martelado, a degradação da saúde pública, gravemente prejudicada pelas falsificações azeiteiras.
Mas são capazes de ser contra o tabaco...
Ele há gente para tudo, sobretudo para trocar de valores consoante sopra o vento.
 
Wednesday, January 11, 2006
 
Por vezes temos que recorrer à bengala, do Eça, presupõe-se...
Gosto de usar palavras gordas, no seu significado vernáculo.
Por exemplo mentecapto, que quer dizer sem razão e logo é atirado como sinónimo de idiota. Ora está bom de ver que se pode ser mentecapto, ou seja não ter razão, sem ser idiota e por isso ser mentecapto considerar-se que a atribuição desse epíteto é insultuoso.
Verdade seja dito quer o sentido das palavras está, hoje, muito pervertido.
Por exemplo o de republica ou de laicidade. E sobretudo quando uma dita associação pretende representar esses valores e aproveita para auto promoção de uma ou duas pessoas e para fazer campanhas sobre a tal língua para a ONU, ou outras mentecapices do género (promover a candidatura alegre, fazer uma tontada sem pés nem cabeça a propósito dos crucifixos, divulgar textos insanos, etc.)
Ainda por cima não têm um bom dicionário quando não reconhecem as palavras.
Mas como é uma associação unitária percebe-se a dificuldade.
Até hoje enviavam-me coreio electrónico.
Como disse no outro dia recebo muito junk mail, de organizações totalitárias nos antípodas do meu pensamento liberal, racionalista e em busca do significante, permanentemente.
 
Tuesday, January 10, 2006
 
A sombra do vento
O cheiro do ar
A cor do tempo.
O Julian Manduca morreu.
Pelas muralhas de Malta
A sombra parou
Odores inalaram o ar
e o arco íris surgiu.
 
Monday, January 09, 2006
 
O nome deste blog e a sua insignificância devem-se ao estruturalismo linguistico de Chomsky e á semiologia de Barthes e sou um devoto cultor e adorador de línguas ( no sentido mais lato), embora só articule bem o português e outra. Sou um malabarista razoavel em mais três ou quatro e arranho e leio outras duas ou três.
Por isso, e por ter passado uma temporada da minha vida nas assessorias do Parlamento Europeu considero um disparate e um despaupério que mais línguas e não menos ( e de preferência só uma, o inglês internacional) a língua oficial de qualquer organismo internacional (na lógica de Fernando Pessoa!),
Só para excitar grilos e perder tempo e energia é que agora me aparece uma petição para pôr o português língua oficial da ONU.
Sou radicalmente a favor da manutenção e do investimento nessa de todas as línguas e suas memórias, origens. Mas isto é um perfeito disparate e idiotice, só para aumentar uns tachos e mais burocracia.
Ferstein sie?
PS As minhas posições liberais devem criar muita confusão, talvez pelo seu radicalismo... Recebo textos contra o aborto, anti- espanholistas, contra as drogas e agora este a favor da burocracia, para assinar...
Só falta receber um contra as toiradas...
Devo explicar-me muito mal, poças!
 
Sunday, January 08, 2006
 
Hoje no El Pais uma reportagem notável sobre as Alterações Climáticas em articulação com as espécies vegetais e animais da Ibéria. O El Pais continua a ser uma referência em termos de qualidade de jornalismo.
Por cá vamos ver se esta renovação do DN dá em alguma coisa, porque caminhamos de mal a pior.
Fui ver o Pesadelo de Darwin, filme curioso e mal explorado, nota-se que falta um director de produção e um script.
Boas imagens da miséria e um enredo, também que já não tem novidade não chegam. Mesmo assim um documentário importante.
E esta semana vamos estar on the move. Norte,Centro e talvez outra vez Alentejo. A vida não é só percas do Nilo.
 
Saturday, January 07, 2006
 
O Monde Diplomatique é um jornal meio sério, e com artigos bem fundamentados, numa lógica de objectividade, sempre sujectivada pelo autor, e meio doutrinário, sendo esses meros panfletos, sem qualquer qualidade.
É um jornal ainda interessante, sobretudo se o lermos tendo a noção central que sendo um órgão político de uma nebulosa, tem os seus bons e maus definidos sacramentalmente pelo padre Ramonet e os seus acólitos mascarados e que inexplicavelmente continua a dar amén ao facínora do Coronel (b olivariano, seja isso o que seja) Chavez e nem uma única vez abordou a teia de corrupção e nepotismo que envolve o Lula e o seu partido, no Brasil. Dois pesos e duas medidas, o que conduz a que os bons artigos sejam contaminados pelo vírus do eixo do bem/mal.
O numero de Janeiro é um exemplo disso, Cheio de artigos requentados e destilando ideologia e não factos, mesmo analisados objectiva/subjectivamente. ( Por exemplo um artigo interessante sobre o clima caía à água e gela por tentar à força meter “os pobrezinhos” nesse. Outros sobre o Sahara ou o Médio Oriente parece que tem barbas e no 2º bastou o acidente de Sharon para se desactualizarem totalmente.
Neste numero a ler o editorial do padre e os artigos sobre o WallMart, onde podemos notar a defesa de um Estado Liberal forte, que impeça manobras contra a livre concorrência, se bem que disfarçado por um puritanismo de esquerda que não dá o nome às coisas. Essa empresa é um exemplo claro do desrespeito de um Estado de Direito e de uma economia de mercado que respeite as leis de trabalho, ambiente, e transportes.
E um notável artigo das páginas centrais sobre “O outro” (edição francesa) de Ryszard Kapuscinski.
Esse recorda-me o Malinowski (há quanto o tinha esquecido) e os seus Argonautas.
“Para decidir é preciso estarmos no terreno” ou “Não há culturas superiores ou inferiores, mas somente culturas diferentes, que cada uma da sua forma, cumprem com as necessidades e expectativas dos que as partilham”. E é claro que tudo é relativo ao tempo.
Infelizmente o Diplo mistura tempos vários e aumenta o nevoeiro em que vivemos.
P.S. Ontem, quando referi o carácter nazista do Publico, não me referia senão à manipulação (claramente!) dos títulos e de alguns editoriais, que pelo seu carácter formam opinião. Ora se a opinião resulta de dados manipulados ou enquadrados por elementos falsos...
Apesar de tudo e sobretudo enfraquecido por um pulular de estagiários (a voz do dono!) e tendo perdido (fantástico se virmos ao longo dos anos quantos...) notáveis jornalistas e opinion makers (O Eduardo Damaso, a Ana Isabel Sá Lopes, o Miguel S.T. só para referir os últimos), continua (por quanto tempo?) a ter alguma opinião interessante e artigos, por vezes, precisos.
 
Friday, January 06, 2006
 
As capas de hoje do Público e de outros jornais sensacionalistas (sendo que no caso do Público é nazismo) são elucidativas da manipulação e do sem vergoghismo que domina os média. Já não há pachorra para estas noticias desligadas de conteudo ( e no caso do Público claramente ao serviço de uma ideologia neo-conservadora e anti liberal, de que é expoente o João Espada e o seu alter ego director do Público, agora acolitado por outro alter ego do mesmo à frente do Expresso, curiosamente a trindade que me procurava censurar por ser liberal na Voz do Povo) com a suposta indultação de criminosos em final de pena, ou final de vida, ou final de qualquer coisa.
Vivemos tempos em que por vezes os que pensamos basta ler um título para perceber a mentira. Infelizmente para essa gente treinada no agit prop maoista (que adoravam!) tudo vale para enganar, ludibriar, levar água ao moinho dos seus interesses.
Os tempos estão dificeis, tem que se escarrafunchar para descobrir a verdade, e saber que essa mesma deve ser relativizada.
Hoje é outro dia de vergonha para os média, sensacionalistas, manipulatórios, crapulosos.
Será que o Ponto Media não tem opinião?
 
Thursday, January 05, 2006
 
O tempo aumenta, devagar, o tamanho dos dias e trás o frio, e alguma chuva (pouca).
Voltei ao Rodeo Bull, ou melhor ao Tapas vizinho. As ditas estavam boas, mas a não fazer esquecer as espanhas. A conversa foi sobre livros e estórias.
Enquanto os aerogeradores não arrancam contunua leituras várias, de um texto sobre a magistratura e a sua relação com Maigret, à uma História Mínima do México (notável o pouco que sabemos de fora de alguma Europa, sobre a formação das sociedades e estruturas socio-políticas) a uma biografia, ilustrada, do mais famoso dos Malteses (Corto).
Volto a um curioso texto sobre prospectiva ambiental, que arquivo, para futuro e despacho uns mails.
Ao contrario do Pratt espero ser inutilmente útil,
espero que os deadlines sejam cumpridos,
que o telefone toque,
que os textos prometidos alumem o meu computador,
que os planos para a formação me cheguem ás mãos,
que convites estimulantes se concretizem,
que a política suba de nível com o meu contributo,
espero por esta inutilidade útil em que a vida se prolonga.
 
Wednesday, January 04, 2006
 
Hoje, e aqui o refiro porque pode passar desapercebido por entre a chusma de ruído a que chamam noticias e que não são senão publicidade e frivolismo, soubemos que o exercito mais poderoso pelo menos da 1ª metade do século XIX (depois temos Bismark) foi derrotado aquando da campanha da Rússia por...piolhos.
O conhecimento avança com estes dados cientificos e investigação sobre os elementos que ficam no tempo que continua.
( a propósito será que vai ser noticia a camisa aos quadrados, com gravata azul bebé e casaco castanho de Cavaco Silva? Já imaginaram um Presidente vestido assim? E a comer bolo rei com a boca aberta e a falar ao mesmo tempo? E a resfolegar as palavras?)
Recentemente encontrei um tema que abordei num seminário e que na altura mereceu justamente notícia, o cruzamento de uma população algarvia com antropoides superiores. Será que para os lados de Poço de Boliqueime tal não terá também acontecido?
Porque razão nunca mais soubemos nada dessas investigações?
É que há piolhos e piolheira...
 
Tuesday, January 03, 2006
 
Enquanto se vão recomeçando ou iniciando novos projetos, entre chamadas no ar e outras em espera, acabo as leituras de fim de ano.
Curiosissimo tijolo "As Barbas do Imperador" , de Lilia Moritz Schwarcz (Assírio e Alvim)é um magnífico "fresco" da história do Brasil no século XIX, que imbrinca com o nosso continuo, língua, costumes, cultura e que se diversifica com o clima a mistura racial e o tempo.
E ontem, de um folgo li o famoso Pedro Páramo de Juan Rulfo, livro pioneiro da literatura mágica, fonte de tantos autores na América Latina e não só, texto místico e micegenado, com perolas a formarem joias de palavras, que saltam e param.
Amanhã outro tempo, o trabalho que começa a ocupar o pensamento, os projectos que ocupam a actividade.
As leituras continuarão ...
 
Monday, January 02, 2006
 
Há poucos locais onde o corpo, a mente, um bocadinho de tradição, a leveza do espirito, uma restauração soberba e um serviço jovem, simpático e diligente se possam juntar.
E a tudo isso um cenário de relaxe, com uns jardins fantásticos, uma excelente lareira e o sentirmos que estamos em casa.
Na casa onde gostavamos de viver, pelo menos um bocadinho.
Tudo isso é sonho, é o bocadinho de sonho que passamos na Quinta das Lágrimas, onde a história também se inventa romance, e onde desfrutámos de uns dias deste mundo.
Que continua a girar. Que giro.
 
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