insignificante
Thursday, March 31, 2022
 


 

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Wednesday, March 30, 2022
 

 Vale mais que mil palavras!



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Tuesday, March 29, 2022
 

 Algo mexe na área da não violência e do anti-militarismo, nacional, articulado com a defesa/resistência civil activa e a defesa intransigente dos direitos. 

Esperemos ter novidades em breve.

E comecei mais uma leitura, densa, letra pequena, cerca de 400 páginas que já provei saborosas.

um tema delicado, sobretudo quando há tantos, tantos fantasmas mortos e muitos em valas comuns ainda por identificar, e é, talvez, o território do mundo onde as falsificações da história são mais abundantes e mortíferas.


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Monday, March 28, 2022
 

 Entre um ou outro pormenor que me vai ocupando, as leituras enchem o meu tempo.

Encontrei este excelente livro/recolha de contos/estórias dos 27 países da União Europeia que estou a ler com o maior deleite, quase todos de 1ª rissima.

neles apreendemos muitos "pormenores" da nossa história, da nossa cultura e de nós mesmos, europeus.

É mesmo um Grand Tour!!!!! E também excelente, contra ideias feitas e o nazionalismo, o conto de Lídia Jorge!

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Sunday, March 27, 2022
 

 Guiados pelo biólogo Pedro Neves, um numeroso grupo (talvez 50 pessoas) participou hoje numa visita guiada à Serra de Carnaxide, espaço monumental em processo de recuperação mas com ameaças no horizonte.

De parabéns o Pedro pela excelente qualidade da apresentação e a Serra pelo processo em curso:

vários painéis interpretativos auxiliam quem não tiver a sorte de um guia deste quilate.

E aqui quem quiser mais informação:



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Saturday, March 26, 2022
 

 Foi leitura para quase dois meses. Aqui coloquei uma primeira referência a este livro em 11 de Fevereiro já a leitura estava no ar. São 520 páginas apertadas e densas. Muita substância e também alguma palha, também, na misturadora da filosofia. Um pensamento de alta, altíssima qualidade, de uma personagem maior, mesmo nas suas contradições filosóficas, curiosamente Heidegger quase não aparece.....

Hannah Arendt é uma "marxista" heterodoxa, uma ecologista "avant la lettre" e uma lutadora pelos direitos todos. Uma das mulheres que marca para sempre a sociologia política, a filosofia social e o direito moderno. Um livro que também se centra no conceito de trabalho e na sua organização

Uma leitura difícil mas muito prazerosa, entre o prazer e a dor desse a dar luta, como diria um ditador (de dizer!)  de palavras.


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 Embora com reservas, pessoais, em relação a alguns eventos previstos para esta féria, não deixo de a apoiar entusiasticamente. E deveriam promover uma verdadeira matança, de porco, claro!



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Friday, March 25, 2022
 

 Deixo aqui, como aperitivo, o início de próximo artigo na Gazeta da Beira:

# A moral e a política

Sobre  o eco-fascismo e o animalismo

“ Os meios para atingir um fim são já o fim”

Hannah Arendt

“ O homem não é um meio em busca de um fim, o homem é um fim em si”

Immanuel Kant

 Passou relativamente despercebida a adesão de uma das deputadas do Partido Animalista, das mais radicais desse, até foi referido que era do grupo armado desse partido, ao Chega. Nada de novo no horizonte, sobretudo para quem tem denunciado há muito a sobreposição desses dois grupos historicamente e também na actualidade (e nem é preciso ir até à extinta Brigitte Barbot, mas tantos outros casos....)

O nazismo, e os seus sucessores invocam os direitos dos animais para escamotearem as lógicas de equilíbrio ambiental e os verdadeiros direitos que são os humanos. Muitas pequenas histórias se poderiam contar sobre o tema, mas o que interessa é a ideologia e a sua prática.

Infelizmente e entre nós tem havido quem tenha ido nesse embalo socio-ideológico e  confunda os nossos deveres de criação, tratamento e cuidado (que também passa por lhes dar utilidade objectiva, e ninguém melhor para tal que os criadores), que temos e devemos para com os animais, o gado e outros domésticos, mas também para com  animais enclausurados, seja em casas seja em jardins ou parques zoológicos, infelizmente há quem confunda isso com lógicas políticas de animalismo sem se aperceber que estão a gerar o ovo da serpente, o fascismo subliminar.

Muitas vezes em contradição com a protecção da biodiversidade, mas o que é que isso interessa se protegermos o luluzinho?

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Wednesday, March 23, 2022
 



Para agenda

El Regalo, em Lisboa, tem data marcada.
https://vimeo.com/347127184
Será na Ler Devagar /Lx Factory, 4ª feira  dia 20 de Abril ás 19 horas! Iniciar-se-à a hora!
O filme tem 90 mn e ainda queremos ter espaço para debate.
Estará connosco o director (co-realizador) Eduardo Soto e também alguns especialistas no/sobre o tema.
A livraria encera às 22.
Traremos aqui o cartaz nacional, em breve! Quem quiser o dossier de impressa é favor solicitar.

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Monday, March 21, 2022
 

 Em Portugal é igual. E recordem que já nos afastámos 2 horas da hora solar! O que levou o P.S. a ganhar eleições ao propor repôr 1!



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 Não há experiências nucleares! Estamos já, todos, contaminados.... e segue....

agora imaginem.....

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 Já aqui devo ter dado conta: 

www.nunoteotoniopereira.pt

mas aqui venho dar conta da excelente visita ao "bairro" da Alvalade que fizemos no Sábado, conforme informação dada aqui, onde durante quase três horas tivemos uma explicação detalhada do urbanismo, arquitectura e paisagismo deste.

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 Hoje 2ª parte do texto de Henri Baguenier!

II- Le renouveau annoncé du Nucléaire : Réalité ou Illusion ?

Si on regarde, au jour d’aujourd’hui,   les programme nucléaires réellement en développement dans le monde  (au sens où des commandes fermes ont été conclues et des nouveaux réacteurs sont en construction) on ne constate pas d’inflexion significative dans la tendance décrite au point antérieur. Si l’on regarde les prévisions les plus récentes de l’Agence Internationale de l Énergie, on peut y lire que sur le trend actuel, d’ici 2050, le nombre de nouveaux  réacteurs qui devraient rentrer en Production devrait être inférieur à ceux qui seront mis à l’arrêt.   Ces projections plus conservatrices  montrent que les organismes officiels de prévisions ont tiré les leçons de leurs surestimations systématiques du  développement du nucléaire faites dans le passé. Ainsi en 1974 l’Agence Internationale de l’énergie Atomique  prévoyaient  pour l’an 2000 une Puissance Installée dans le monde de 5300 GW  et l’OCDE “seulement »  3600 GW.  Comme il été dit la réalité a été de 353 GW  en 2000 et de 367 GW en 2020. Tout aussi  surestimés ont été les renouveaux périodiquement proclamés depuis 1990, notamment en 2000 et 2010,  sur la base de  plans de développement et d’annonces de contrats de constructions de nouveaux réacteurs qui ne se sont pour la plupart jamais concrétisés.

Il est donc légitime de se demander quels sont  les facteurs et éléments nouveaux qui pourraient valider la réalité de ce renouveau. Le facteur principal, pour les promoteurs de ce renouveau annoncé,  c’est le Changement Climatique et la nécessité absolue de réduire les émissions  de gaz a effet de serre, réduction dont  la composante principale est de réaliser une Transition Énergétique conduisant à l’horizon 2050 à la neutralité carbone. Les promoteurs du Renouveau Nucléaire expliquent que  cette   transition  reposera,  en partie, sur la nécessaire électrification des usages énergétiques, à partir d’une électricité  décarbonée.  Pour ce faire le nucléaire, au  faible bilan carbone , serait incontournable. Cet argumentaire repose sur des hypothèses parfois fragiles  simplificatrices et réductrices, souvent approximatives et parfois  inexactes.

. En premier lieu,  si il est indéniable que le bilan carbone du nucléaire est faible, ceci ne permet pas d’occulter les autres  impacts et risques, potentiels  ou inéluctables, qu‘il représente pout l’environnement, qu’il s’agisse des risques d’accidents,  de la question de la gestion des déchets et du démantèlement des réacteurs, et,  des risques de prolifération nucléaire de nature militaire.  

. Il est est faux de dire que le nucléaire est une composante incontournable d’un MIX électrique  conduisant a la neutralité carbone sur les horizons souhaités. Tous les experts sont d’accord pour dire que même une reprise rapide des décisions  d’investissements dans le nucléaire n’aurait que peu d’impact à l’horizon 2050, considéré par tous comme une date cruciale pour atteindre les objectifs souhaités pour cette date.

. Plus généralement pour le futur, plusieurs MIX , avec ou sans nucléaire, sont possibles et il existe des alternatives sans nucléaire présentant a la fois  un bilan carbone pour le moins aussi bas, globalement moins  dommageables pour l’environnement, plus faciles a mettre rapidement en œuvre et déjà pour certaines, moins coûteuses. Ces alternatives ont en commun le recours aux sources renouvelables pour la production, le développement des capacités de stockage, la promotion de l’efficacité dans la production, la transformation  et l’utilisation de l’électricité en particulier et de l’énergie en général. Ces alternatives sont complémentaires les unes des autres, on peut citer à titre d’exemple le développement des Smarts Grid qui, associées aux progrès  considérables en cours des technologies de stockage, vont largement contribuer à la croissance des productions décentralisées d’électricité à partir des sources renouvelables.

. Face a la réalité du manque de compétitivité des technologies nucléaires disponibles aujourd’hui, les promoteurs du renouveau annoncent qu’il viendra aussi de l’apparition de nouvelles technologies, telles les SMR, Small Modular Reactor, ou des versions moins coûteuses des EPR. Sans entrer ici dans un débat sur la réalité, la faisabilité et les coûts de ces options, qui dans le meilleur des cas sont en phases de développement , le temps nécessaire pour qu’elles aient un impact significatif sur le Mix n’en font pas une alternative  sur  l’horizon 2050.  

Pour les pays, peux nombreux, où il existe une vraie industrie nucléaire, la relance de son activité  est liée aux décisions concernant la prolongation du fonctionnement des centrales âgées et à leurs possibles remplacements par de nouvelles centrales.  A titre d’exemple le prolongement jusqu’à soixante ans des réacteurs en fonctionnement en France représente des investissement de plus de 100 Milliards d’euros, et l’intention  de construire six nouveaux EPR  impliquera un investissement de plus de soixante Milliards d’euros. Si l’on ajoute toutes les activités connexes comme démanteler les réacteurs fermés, gérer les déchets, assurer la chaîne du combustible, l’industrie nucléaire française a un carnet de commande garanti. La question de qui paiera la facture a  déjà été  posée par le Président dEDF, qui conditionne ces investissements à une contribution majeure de l’Etat.

Pour des raisons diverses, allant de la contrainte climatique aux événements dramatiques de ces dernier jours en Ukraine, en passant par l’organisation aberrante du marché de l’électricité en Europe,  les prix du gaz de l’électricité  et du pétrole ont considérablement augmentés ces dernières  semaines .  Le conflit en Ukraine a fait ressurgir la question de la dépendance européenne dans ses approvisionnements en énergies fossiles, particulièrement celle en provenance de  la Russie, en oubliant parfois la dépendance totale de l’Union Européenne pour sa consommation d’uranium , importée pour 99% dont la moitié en provenance de la Russie, du Kazakhstan et de l’Ouzbékistan.

De nombreux promoteurs du nucléaire, mais aussi des personnes moins au fait des questions énergétiques, défendent que dans ce nouveau contexte, les pays n’ayant pas choisi à ce jour l’option nucléaire ou ayant choisi de l’abandonner, devraient revenir sur leurs choix. C’est le cas en  Italie, alors même  que à  l’horizon 2050 l’adoption de l’option nucléaire n’apporterait aucune contribution a la résolution de  la diminution de son empreinte carbone ou de sa dépendance externe. Il faut rappeler que   un choix nucléaire sur cet horizon n’aurait aucun impact à la baisse sur les prix de l’énergie ni sur la dépendance vis-à-vis des énergies fossiles. Au contraire la mobilisation de moyens financiers considérables, pour une option exigeante en capital et en resources humaines qualifiées, détournerait le Pays d’autres options moins coûteuses et plus efficaces pour atteindre les objectifs choisis.

Henri Baguenier

Ancien Directeur de Master en Politique Énergétique aux universités de Paris Ouest et de Lisbonne.

 

 

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Sunday, March 20, 2022
 

 Chove

A Primavera espreita

O ciclo da vida

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Saturday, March 19, 2022
 

 Recebo a notícia do passamento do meu antigo camarada Joel Hasse Ferreira, com quem partilhei muitos momentos, de convergência e divergência.

Era um homem de qualidade, como hoje há poucos na política!

https://expresso.pt/politica/2022-03-19-Morreu-antigo-deputado-e-eurodeputado-socialista-Joel-Hasse-Ferreira-a602ab5b

Por ele 🙏 deixo um pensamento.

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Friday, March 18, 2022
 

 Hoje, uma colaboração especial, do nosso amigo Henri Baguenier.

1ª parte!

I- LE RENOUVEAU DU NUCLÉAIRE: Réalité ou Illusion?

 

Depuis plusieurs mois les médias traditionnels et les réseaux sociaux annoncent le  renouveau de l’industrie nucléaire. Parler de renouveau veut dire implicitement que la situation actuelle de cette industrie, ainsi que son évolution au cours des dernières années, a été en deçà de ce qui était attendu. Pour poser les éléments du débat  sur la réalité de ce renouveau, il est important de donner les chiffres clés sur ce que représente aujourd’hui cette Industrie, et, de revenir sur son évolution  depuis le début de notre siècle.

LES CHIFFRES CLÉS

                  . En 2020,  460 réacteurs nucléaire étaient en production dans le Monde, pour une capacité installée de 367 GW. Ces réacteurs ont produit 2560 TWh, soit 10,1% de la production  mondiale d’électricité (9,8% en 2021) . En 2000 la part du nucléaire dans cette production était  de  16,9%, à  partir de  d’une capacité  totale installée de 357 GW.   Ainsi entre 2000 et 2020, alors que la production mondiale d’électricité augmentait  de 62%, l’Industrie Nucléaire a vu sa participation dans cette production  fortement diminuer et sa capacité de production  stagner . Il convient de rappeler que au niveau mondial  la part de l’électricité dans la consommation finale d’énergie est d’environ 20%, ce qui veut dire que la contribution de  l’électricité d’origine nucléaire  à cette consommation est de 2%.

                  . Depuis l’An  2000, la stagnation de la capacité de production du nucléaire et la baisse de ses  parts de marché n‘ont pas été  homogènes sur la planète. Ainsi L’Asie,  grâce principalement à la Chine, a   connu une croissance de 43 GW de sa  capacité installée (sur la même période la Chine  a installé 534 GW de solaire et éolien). Les États-Unis et l’Union Européenne ont vu leur capacité et leur production diminuer, notamment dans  l’UE, où entre 2000 et 2020, la  puissance  installée nucléaire est passée de 137 GW à 118 GW et la production d’origine nucléaire est passée de 880 TWh à 787 TWh. La part du nucléaire dans la production totale d’électricité de l’UE a diminué  de 29,9% à 23,9% (celle des renouvelables étant de 38% en 2020)

.  Comment expliquer cette stagnation de l’énergie nucléaire au niveau mondial, alors qu’elle avait connu une croissance initiale forte entre 1965 et 1990, période où la puissance  installée est passée  de 6 GW  à 360 GW?  Pour beaucoup d’observateurs, plus que les oppositions des antinucléaires ou les accidents Three Mile Island  Chernobyl et Fukushima (qui certes ont eu leurs parts dans cette évolution) la raison principale de ce  déclin du nucléaire a été sa perte de compétitivité face aux autres formes de production d’électricité.  Au cours des quarante dernières  années les coûts d’investissement  et de production du nucléaire n’ont cessé d’augmenter,  orientant les choix des investisseur en faveur d’autres technologies moins onéreuses.   Dès la  deuxième moitié des années quatre-vingt, la percée   des centrale a gaz dites de « cycle combiné » a fortement contribué à la baisse des investissements  dans de  nouveaux réacteur  nucléaires ( entre 1990 et 2005, ces centrales a gaz ont représenté 70% des nouvelles capacités installées dans les pays de l’OCDE).  De même à  partir du milieu de la première décennie de notre siècle les baisses, considérables et accélérées,  des coûts de  production de l’électricité d’origines éolienne et solaire,  expliquent en grande partie pourquoi la puissance  installée dans de  nouvelles capacités de production éoliennes et solaires  a été de 1760 GW, alors que celle d’origine nucléaire n’a été que de 42GW . Ces évolutions contrastées des coûts de production se sont accélérées   entre 2009 et 2020, ceux de l’éolien on shore et du solaire PV ont baissés respectivement de 70% et  90%, alors que    dans le même temps ceux du nucléaire augmentaient  de  33%.   Aujourd’hui   les coûts de production  (pour des nouveaux projets) solaires et éoliens sont  par MWh:entre 30€ et 40€ pour  le solaire PV ; 40€ à 50€ pour  l’éolien on shore ; 50€ à  80€ pour l’éolien off shore. Les coûts de production pour le nucléaire vont de90€ et 120€ par MWh .  À l’horizon 2050 l’Agence Internationale de l’Energie anticipe une baisse de seulement 7% des coûts du nucléaire , une  chute spectaculaire de au moins  50% de ceux du solaire et de l’éolien off shore,  et une diminution de 14% pour l’éolien on shore.

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Wednesday, March 16, 2022
 

Gostei mais deste abaixo que li no original. Argumentativo e bem estruturado, certamente numa aberta.....do dito.


 Já este segundo, uma preciosa edição com uma capa notável, remete muito, ou melhor o contrário, para Edgar Allan Poe do qual o último conto parece ser anticipo. A frieza de espírito, uma das características dos comedores de ópio está aqui bem esgrimida.

A oratória dos 2 primeiros capítulos mostra como tudo e o seu contrário é possível em confronto ou no quadro da esgrima palavrística, sendo que obviamente a racionalidade pode sempre existir mesmo nos discursos mais delirantes. Uma tarde que correu atrás da "calima"....


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 para registo:



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Tuesday, March 15, 2022
 

 Publicado na Gazeta da Beira de 17 Março

A moral e a política

O legado de Gonçalo Ribeiro Telles

 “O homem é a natureza consciente de si!”

  Elisée Reclus

“ A rã não bebe água do lago onde vive?”

Adágio popular

A ecologia é uma política sócio-cultural.

Antes de mais uma nota: tenho origens em Barrancos, de uma família muito ligada à terra, um dos meus primos foi um dos criadores da raça mertolenga, e toda a vida os animais fizeram parte da minha vida.

E conheci Gonçalo Ribeiro Telles * pessoalmente em 1976 ou 77 e desde então, sendo que já era um militante e dirigente ecologista, ele faz parte da minha vida.

E sempre estive envolvido em discussões sobre a ruralidade, a vida dos animais, a pastorícia e com G.R.T. desenvolvi o entendimento da relação entre a agro-silvo-pastorícia e a nossa sociedade e cultura.

O toiro, seja na lezíria, seja no montado é um animal fundamental para a continuidade do espaço e da sua humanização. G.R.T. era um homem do Ribatejo e de todo o lado, muitas vezes falámos da relação do toiro com o homem e claro o cavalo, sendo ele de uma emérita família de cavaleiros.

A importância deste bovino para o equilíbrio da natureza, que é sempre uma parte criação, é da maior relevância. Onde hoje há águias imperiais ou abutres negros é em zonas de ganadaria taurina, a ligação entre a vida selvagem e a ruralidade é estreita.

Não se pode entender o ambiente sem o cultivo da vida, sem as relações que para esse cultivo sempre estabelecemos com a  nossa criação, as tosquias das ovelhas, a produção de queijos de diferentes espécies, a matança do porco e o fabrico de enchidos, sempre em lógicas de continuidade. Assim o toiro, desde sempre elemento de culto e de imaginário social e religioso, porque há sempre religiosidade nos rituais, e nas suas festas. A história dos toiros e da sua relação com o passado de onde vem e o futuro que modifica tem muitas gerações e tem vindo a transformar-se, com perdas é certo, mas com ganhos que são na sua conceptualização e melhor articulação com a palavra e o esclarecimento bem estruturado.

 

A cultura do toiro é fundamental para manter os nossos campos, sem que sistemas agrícolas destrutivos em lógicas intensivas contribuam para a sua monotonia e a sua destruição, seja por plantações em regadio intensivas, seja por plantações agro-florestais espúrias do território. Os toiros preservam o território, a sua existência e continuidade, obviamente articulada com os cultos que generam  foram base das discussões que mencionei que sempre chamaram a atenção para que o animalismo é uma doutrina ideológica contra o ambiente, a ecologia, e a natureza humanizada.

G.R.T., mesmo quando atacado ferozmente por animalistas, defendeu a ruralidade, a vida do campo e a sua continuidade.

Não consigo compreender como esta questão, este dado objectivo demora tanto em aparecer na discussão, ensarilhado em putativos e absurdos conceitos de espiritismo, de bruxaria animal, e de dados freudianos e espiritistas na análise da vivência animal.

Não se pode defender o ambiente sem defender as nossas criações integradas devidamente neste. O toiro não é, não pode ser, estabulado nem criado intensivamente. Ponto.

Comecei por referir a minha etnia, sou dos irredutíveis, como coloquei na capa de um dos meus livros monográfico sobre Barrancos. Nunca esquecerei dois momentos,

Um quando uma dirigente de uma organização animalista, com quem tinha e tenho uma relação cordial me disse nos anos 90 - António vamos iniciar uma grande campanha para acabar com as toiradas e vamos começar pelo elo mais fraco, Barrancos. Julgo que ela não sabia a minha origem, sabendo que eu contestava essa campanha, pensei- vai-te sair o tiro pela culatra....

A estória da luta do povo de Barrancos está bem documentada, durante cerca de 10 anos fomos vítimas e também arautos de uma cultura. E recordo no, talvez, momento mais crítico, quando falei pessoalmente com o ministro da tutela, colega universitário que me garantiu que a força não iria intervir, com mortes, que poderiam ser muitas para evitar o fim inevitável do animal, para ser comido, e como G.R.T. que me protestou o seu apoio incondicional e pessoal, mas acrescentou -António a nossa tradição não é essa....mas compreendo muito bem Barrancos! Continuamos.

 

*Cumpre este ano o centenário do nascimento do nosso mestre e ainda hoje louvado por tantos que desprezam o seu pensamento, mas chorado e continuado por outros que procuram dar vida ao seu legado. No dia 25 Maio, dia do centenário, estaremos atentos.

 

 

 

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 Esta é do Observatório:

SE ARRANJARMOS UM FINANCIAMENTO DE 500 EUROS ou o compromisso de 50 presenças pagas organizaremos uma sessão em Lisboa, num dos locais habituais, do filme:

https://www.cmmedia.es/noticias/cultura/el-regalo-documental-castellanomanchego-seleccionado-en-un-prestigioso-festival-de-la-india/

com a presença do realizador Eduardo Soto. 

Embora tivessemos previsto uma projecção para Ferrel este ano verificámos ser impossível, eventualmente exibiremos aí o filme sobre a luta de Plogoff, e deixaremos para próxima aí este Resgate, de grande actualidade.

 E aqui: https://cadenaser.com/emisora/2019/12/11/ser_cuenca/1576065995_048212.html

Se houver alguém, nomeadamente alguma empresa, interessada neste empreendimento, ou desde logo aceitamos inscrições.

Aproveito para mencionar que cada inscrito (innocentsmile) receberá o excelente artigo de Alex Gandum na revista água&ambiente deste mês!

Válida, também, para os nossos leitores, o mail está no canto à direita.

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Monday, March 14, 2022
 

 As mentiras e os demagogos, mas a mentira não é verdade!

1- a nuclear, em qualquer das suas formas, não é substituto do gás e/ou petróleo russo, que só reduzidamente é usado para produção de electricidade (e os EUA a única importação que não sancionaram.... foi o urânio! que continuam a importar da Rússia)

2- A nuclear é mais barata, em relação a esse argumento nem é preciso dizer nada......porque nem o mercado quer a nuclear, ora se o mercado não a quer.....nem verde (com muitos, muitos subsídios que é para isso que lhe colocam o rótulo)

3- a nuclear não emite gases de efeito de estufa?, pois esquecem o processo de mineração e também o de enriquecimento, para já não falar dos resíduos. Claro que emite menos que os fósseis mas muito mais que as renováveis e nem falemos da conservação e eficiência energética que essas sim são alternativas ao gás e petróleo, com uma dizima de investimento da nuclear

4- Sim se um míssil cair numa central nuclear (e as ucranianas  não tem cubas de protecção, como foram instaladas nalgumas ocidentais, por causa dos aviões) sim se cair numa ao contrário que publicistas e demagogos da nuclear anunciaram a reacção em cadeia (que continua em Chernobyl!, por isso a falha de abastecimento de água, para além do mexer nos terrenos deve causar a maior preocupação) a reacção em cadeia é inevitável

5- a nuclear é verde? pois sim, nem por cima do meu dedo do pé e em nenhuma das suas circunstâncias. A nuclear é muito mais cara e diverte os investimentos de onde eles devem ser feitos; a nuclear é fissão do urânio para aquecer água que produz só e só electricidade e deixa toneladas de resíduos radioactivos para sempre;  a nuclear é um grande risco ambiental seja de poluição, seja de acidentes.

6- Já para não referir que a nuclear está em estertor e não é minimamente provável que possa ressuscitar. Daqui a 10 anos cerca de metade das actuais centrais terão fechado e até lá só, talvez, meia dúzia em construção e já com atrasos colossais é que estarão a meio do seu processo de construção, ou seja nenhuma hipótese de serem estas a contrariar as alterações climáticas.

Ontem embora tenha resistido a ir a uma televisão preparei 4 ou 5 linhas para o argumentário que como sabem nos noticiários não cabe, só palavras de ordem. O debate foi adiado e terei oportunidade de ser substituído, mas aqui deixo assim de golpe estas linhas.

Claro que as nucleares mexem com muito dinheiro e consta que pagam muito bem aos seus publicistas, normalmente encartados como engenheiros de qualquer coisa mas de facto absolutos indigentes, porque engenheiros da nuclear sérios não continuam nessa linha, como Delgado Domingues, Bernard Laponche, Walter Patterson,  Francisco Castejon e tantos outros que conheço ou não. A nuclear está ligada a lógicas militar-industriais que bem conhecemos, sendo o caso francês um exemplo claro. 

Claro e outros, muitos outros argumentos se podem articular. Infelizmente no espaço dos noticiários.....

 

 

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 Os meus caros amigos do CidadaniaLx organizam umas jornadas para conhecimento da obra do meu querido amigo Nuno Teotónio Pereira, que aqui com entusiasmo divulgo:

esta acima é a primeira, outras se seguirão:




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Friday, March 11, 2022
 

 É um livro curioso, com muita, demasiadas citações e referências, e com sentido. O tema tem outras abordagens, aqui restringem-se ao que na actualidade são as linha de fractura, embora nem todas se possam classificar como eco-fascistas, mas simplesmente e só fascistas, linhas de fractura no âmbito desse pensamento.

Certo é que se pode misturar tudo num saco de gatos, o animalismo, o negacionismo climático ou a defesa da nuclear boazinha, assim como os direitos civis ou a política de o "meu corpo os meus direitos" e a natalidade, e até reivindicar determinados ídolos ou outros, ou não. Pode-se considerar lobos solitários mas de facto psicopatas assassinos como nessa linha porque lhes foram encontrados uns versos (serão poetas por isso) ou alguns textos vagamente darwinistas.

Um livro interessante que merece debate:

mas nem tudo o que brilha é ouro e não é por se ouvir um eco que há algum som estruturado em pensamento por detrás desse.


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Thursday, March 10, 2022
 

 Efeitos da Novilíngua e outros delírios

“Guerra é Paz; Liberdade é Escravidão; Ignorância é Força” Orwell, citado de memória

 Vivemos tempos delirantes em que a palavra e o seu contrário (que não é o silêncio, que não mente) valem o mesmo, nada.

Vivemos tempos em que dizer, como se fosse tomar um café, que um míssil sobre uma central nuclear não oferece problemas (a não ser a eventual explosão do reactor dessa, que até Chernobyl e depois Fukushima nos diziam que não era possível!), e  vivemos tempos em que conhecidos demagogos podem dizer, sem que os jornalistas os contradigam, que a nuclear irá substituir o gás (mas como se a nuclear só produz electricidade , menos de 10% na Europa, 2% a nível mundial da energia!), e as próximas a serem construídas (e a maioria das actuais serão encerradas nos próximos 10 anos!) só estarão prontas daqui a 15 ou 20 anos! E a ficção dos pequenos reactores (com todos os problemas dos outros!) nem daqui a 20 ou 30 anos a não ser em experimental. A fusão é para o próximo século e aí talvez só com pedras a acompanhar, no regresso à idade dessas!

Vivemos tempos difíceis e nós próprios temos dúvidas sobre o caminho.

Mas temos por certo que não será com a nuclear, em nenhuma das modalidades que iremos continuar. E com a guerra na Ucrânia, é inacreditável como apesar desta vejamos a tentativa de trazer de volta essa tecnologia só para  aquecer água, fissionando átomos e emitindo toneladas de resíduos radioactivos e para sempre, num momento em que vemos mísseis a assediar essas centrais e se hoje são na Ucrânia, amanhã.... podem chegar a Berlim. E não quero esquecer que recentemente foi referido que nem a França tem técnicos em número e capacidade suficientes para um programa nuclear....  imaginem o que vai acontecer a centrais nucleares geridas por “magalas”.... poderá acontecer o mesmo que acabou com a central búlgara ou  que devastou Chernobyl.

No dia 12 de Março estaremos perto de Almaraz, em Navalmoral de la Mata, a lembrar o desastre, a plantar futuro e a denunciar a tentativa de continuação da nuclear.

E a apostar resolutamente noutro paradigma para a economia, sair da lógica de crescimento em direcção ao colapso e apostar na recuperação, na reciclagem na eficiência energética e no não mercantilizável. Recentemente apresentámos propostas, resultantes de muitos anos de trabalho colectivo, para alterar essa lógica dominante, que estão acessíveis no nosso local : https://obseribericoenergia.pt

E somos defensores  intransigentes dos direitos civis e das liberdades políticas, somos contra o espírito de guerra que domina o espaço público sem que um único defensor da não violência e da resistência civil como alternativa política seja ouvido. Na Ucrânia também resistimos ao rolo compressor, com as mãos e o espírito.

António Eloy & José Gonzalez Mazon (Chema)

Observatório Ibérico Energia & Adenex

 

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 É um filme lento, muito lento. E denso, muito. Excelentes interpretações e soberba realização. Um filme sobre a solidão e tudo o que esta arrasta, a diferença e a indiferença, os valores e a falta deles.

Paisagens fantásticas e um historieta cheia de sal, do sal da vida e do poder, do poder do cão!


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Tuesday, March 08, 2022
 

 Se precisasse de argumentos para explicar porque não sou anarquista este livro seria certamente um dos primeiros:

em boa hora o recebi em suplemento do número d Ideia que aqui tenho referenciado.

O livro é um excelente levantamento das contradições do movimento anarquista e da separação clara deste do pensamento libertário. 3/4 do livro são as dissidências e os atentados, sobretudo em Espanha que os militantes ácratas levaram a cabo desde os seus primórdios, arrastando centenas, talvez mesmo milhares de mortos. E noutros países a estória não é diferente. a propaganda pela acção é de facto um tiro na "ideologia" que se pensa não violenta e no quadro de processos políticos e educativos. 

E também tenho que criticar a mistura de tudo com tudo muito evidente nas 40 páginas sobre cultura, alargando essa à ideologia, onde todo o pensamento libertário mesmo que com um fundo completamente diverso é co-optado pelo anarquismo, que como refiro não é o mesmo, e Murray Bookchin  é um exemplo da separação entre o pensamento militante  e essa  acção (que é afastado deste livro, vá lá saber-se porquê? talvez porque abjurou da anarquia por um pensamento libertário estruturado) e até tem um livro sobre os anarquistas, em Espanha, ignorado aqui.

Lê- se com prazer, embora as 130 páginas  (de 240) sobre as estorietas das lutas e atentados, e bombas e mortes ficassem sejam um murro no estómago de quem ainda elabora-se ilusões, sobre doutrinárias.

Que infelizmente desdizem a origem da palavra, anarquia.

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Monday, March 07, 2022
 

 


   

Não esquecemos. Fukushima.

Não à Guerra!

No dia 11 de Março de 2011 um sismo assolou o Japão e em breves segundos deixou uma imensa destruição. E ninguém tinha calculado que ondas gigantescas afectariam um complexo nuclear com 4 centrais, que era, era considerado o mais seguro do mundo.

Tóquio esteve à beira de ser evacuado (como? para onde?) dado que a tecnologia disponível não conseguia parar a reacção em cadeia que continuou activa debaixo dos escombros e da destruição. E que continua activa. Ainda hoje mais de 5.000 pessoas lutam para conter a contaminação do solo (e que fazer com as toneladas de terra radioactiva?) e das águas (que pensam lança-las, radioactivas, no Oceano Pacífico), mais de 1,25 milhões de toneladas a água processada.

Sobre Fukushima temos muita literatura e exemplar são as declarações de Yoshida , director da central (que morreu de leucemia decorrente da exposição, tal como muitas centenas de “liquidadores”) na audição de inquérito onde exaustivamente descreveu o acidente e a inutilidade dos manuais e das regras de segurança, assim como a impossibilidade de evitar o acidente, declarações editadas em livro.

A nuclear tem falhas. Que podem ser catastróficas.

Não deixamos cair no esquecimento.

No dia 12, em Navalmoral de la Mata, bem perto de Almaraz iremos chamar a atenção para a situação destas 2 centrais e o que não aprendemos de Fukushima.

1-    Até hoje não foi feita a avaliação dos riscos sísmicos e não se analisou o risco de ruptura da barragem de Valdecañas a montante destas

2-    Até hoje as centrais não foram reequipadas para funcionar até 2027/28 afim de se proteger de riscos externos

3-    E não se corrigiram as deficiências de “desenho” das equipas móveis para subministro eléctrico, em caso de necessidade ficam nas mãos das capacidades (humanas) do pessoal em serviço

4-     A maioria dos trabalhadores com mais experiência reformou-se e o controle das centrais está hoje nas mãos de jovens menos preparados e sindicalizados num sindicato de extrema direita

E não deixaremos sem denúncia a ideia peregrina e votada ao fracasso impulsionada pela França da dita taxonomia verde para a geração nuclear, para aquecer água, que não é solução para a emergência climática, ao desviar enormes verbas que deveriam ser investidas em formas úteis de mitigar estas, sendo na prática inúteis dado o prazo de 15 a 20 anos para desenvolver hipotéticas novas centrais, que como sabemos são exclusivamente para produzir.... electricidade, que é menos de 20% da energia total.

E com a guerra na Ucrânia tornou-se mais evidente o risco, também do armamento nuclear que foi o motivo do desenvolvimento da nuclear dita civil, além das próprias centrais serem um enorme risco.

Lembrar Fukushima é investir na informação e contrariar a demagogia dominante, apostar em soluções verdadeiramente ambientais, a poupança e eficiência energética, energias suaves, alternativas e sustentáveis, arquitectura e cidades bio-climáticas, transportes adequados ao tempo e ao espaço e participação, participação cidadã na elaboração das políticas públicas.

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Sunday, March 06, 2022
 

 Domingo 6 e a guerra global parece ser inevitável. 

A resistência do povo ucraniano e a ineficácia da nomenclatura oligárquica russa assim como a firmeza sancionatória, sobretudo a médio prazo, e esse hoje são dias, ocidental e global, tudo isso articulado com o id de Putin e seus acólitos não pressagia nada de bom.

Sendo um defensor da não violência e da resistência civil no quadro dessa vejo alguma esperança na própria Rússia nos milhares de presos e mais milhares de opositores. Sei que também na Ucrânia há quem defenda outras formas de luta, embora saiba que são difíceis quando caem bombas na cabeça e não esqueço o controverso Gandhi que preferia um violento a um cobarde. 

Mas penso que a semeadura de ódio que se vai gerando, contra o outro indiscriminado, é a antecâmara do totalitarismo, assim como penso que a censura qualquer ela seja é a antecâmara da mentira.

Infelizmente não se vê no horizonte nenhuma luz ou ilusão. a derrota de Putin pode levar a actos de desespero a vitória, seja essa o que seja, só poderá levar a mais guerra. E a continuação desta situação no fio da navalha também não duvido que aí nos conduzirá.

Não vale a pena fazer planos. Voltaremos à idade da pedra em qualquer situação...vamos pensando.

Terminei a leitura desta recolha de artigos, desiguais desde logo, do estimado padre António Fontes,  com quem partilhei pão algumas vezes. Um homem notável, um estudioso e sabedor utilizador do pensamento das terras do Barroso, onde tenho grandes amigos.

Nesta recolha há pequenas pérolas de etno-antropologia e de ruralidade, que afastarão animalistas e outros fanáticos mas dão vida a quem acha que a terra é a complexidade da criaçãop do vivo e da manutenção do espírito.

Um livro para preparar a resistência:


 


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  Verdi: Nabucco / Act 3 - Va pensiero, sull'ali dorate

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Saturday, March 05, 2022
 

 num momento em que a guerra nuclear está em cima da mesa:

 

FUKUSHIMA. NO PERDAMOS LA MEMORIA. NO A LA GUERRA.

Navalmoral de la Mata, 12 de marzo de 2022.

La historia más cruel es aquella que se intenta ocultar bajo un manto, que en nuestra época siempre es de color verde. Aquel 11 de marzo de 2011, un nuevo seísmo asoló Japón, y en breves segundos dejó la máxima destrucción posible; el sunami se topó, no por casualidad, con un complejo de energía nuclear en Fukushima. Los responsables institucionales, una legislación dirigida por la industria nuclear, fueron incapaces de reforzar las medidas de seguridad nuclear cuya deficiencia ya se conocía, incapaces, por tanto, de proteger a la población y al medio ambiente. Y todo esto en un país rico y en una democracia consolidada.

Aun hoy  Fukushima todavía está activa, la catástrofe no ha terminado, es constante, y nadie asegura cuándo dejara de ser una amenaza ni por cuánto tiempo. Mas de una década después de la catástrofe, los desafíos son numerosos:  Desmantelamiento de la central, gestión de residuos y retorno de los habitantes evacuados, indemnizaciones y enfermedades añadidas. Fukushima nos mostró la realidad más evidente de este tipo de industrias para generar electricidad: ningún gobierno ni industria nuclear puede garantizar su seguridad.

Además, este desastre nuclear puede volverse a repetir en cualquier central nuclear del mundo, siendo las centrales blanco fácil en caso de conflicto, guerra o ataque terrorista.

Un año más, para no perder a memoria y en homenaje a la población japonesa afectada, y en esta ocasión de guerra amenazante, exigimos un mundo sin armas nucleares, sin amenazas de una nueva guerra fría, sin más centrales nucleares, para lo cual convocamos desde ADENEX, ECOLOGISTAS EN ACCIÓN CAMPO ARAÑUELO y EL OBSERVATORIO IBERICO DE ENERGIA, a plantar un nuevo ciruelo en el Bosque de los Recuerdos sito en Los Sauces de Navalmoral de la Mata. Sábado día 12 de marzo, a las 13 horas.

Y por la tarde en la Sala de teatro Taktá de Navalmoral de la Mata visionado y debate de la película de Eduardo Soto “El regalo”, con la presencia también de un ex diputado portugués, el coordinador del Observatorio Ibérico de Energía y de una representante del pueblo de Ferrel (Portugal) considerado la primera ciudad europea pacifista y antinuclear. El fin de la era nuclear no debe teñirse de taxonomías verdes ni en Europa ni en otro lugar del mundo.

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Thursday, March 03, 2022
  PARIS BLUES (1961)

Um notável filme sobre e de Jazz. E a partir do minuto 63 .....

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 O espírito ecuménico e a tolerância eram dois dos pensamentos centrais de Agostinho da Silva, que se poderia no limite pensar um anarquista, cultor como Pessoa do 5º Império, seja tal que seja, e do menino nesse, e malabarista verbal.

 O espírito armado e o mesmo desarmado são centrais numa, talvez, das poucas guerrilhas interessantes da história, o movimento Zapatista, onde o espírito também navega.

 dois folhetos, um sobre cada um dos temas, acompanham a edição da Ideia antes referida. 

Nada se perde tudo se transforma, sem surpresa vejo nestas, também, a saída do anarquismo do anarquismo, ou a diversidade do pensamento a acompanhar as cores do tempo.


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 Um interessante artigo:

https://www.commondreams.org/views/2022/03/02/my-letter-kyiv-anti-imperialist-idiots-west



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civetta.buho@gmail.com

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