Com muitas, muitas culpas do P.T., de Lula e dos bolivarianos, que não conseguiram afastar as mãos do pote, do mensalão ao lava jato foi um fartar vilanagem, e não pensaram em estabelecer a mínima, mínima mesmo, estratégia ou desenvolver ideias para contraiar a máquina trituradora do populismo bíblico, ultra conservador, nacionalista pútrido, e do maior reaccionarismo em termos de direitos individuais, articulado com lógicas ultra liberais no ambiente, de destruição projectada do património público, e proteccionistas na economia, pois tudo isso colou o Brasil a bolsar do pior fel e na expectativa de tempos muito, muito duros.
O Brasil é hoje terra do pior do passado.
o sarro, a bolsa, a excreta, vão dominar as notícias sobre o Brasil.
Já nem o cheiro do cravo vai chegar para limpar as nódoas.
Foi um dia invulgar.
A boleta está excelente pelo Oeste este ano. Suculenta e saborosas as três ou quatro que comi.
e os baldios têm marco, o que é de registar,
a gruta da Pena é um monumento único e os técnicos que a acarinham gente competente e cheia de energia... imagens no próximo post.
Mais um filme que valeria discussão, a Westwood lembrou-me muito, Anita Roddick, que conheci pessoalmente.
Mas com outro grão de loucura, esta....
Li, além dos jornais do fim de semana, que se acumulam, este ensaio, que vale a pena ter à mão para consulta, sobre a Serra da Estrela, de 1939.
O tempo passou e a serra continuou...
É agradável estar numa terra onde muita gente nos cumprimenta, com apreço, e onde temos amigos e entidades em quem nos encostar.
Podia estar a falar de muitas terras, Niza, Barrancos, mas não estou a mencionar as Caldas da Rainha.
Estive a ler no Parque e meia duzia de pessoas pararam para me cumprimentar, estive a almoçar no Maratona e dois ou três, fui ao Jazz, excelente Salomão Soares, e muitos amigos.
E comprei e li esta simpática revista:
sendo que o meu livro de companhia, que foi uma descoberta, seja pela qualidade literária, e as muitas pérolas de escrita, seja pela riqueza intelectual, além de actualidade deste pensamento.
É dos nossos!
e pequenas descobertas, também nos deixam neste saciados.
Estamos a aproximar-mo-nos do tempo das “inutilidades”
que, cada vez mais, substituí as datas de comunhão fraterna.
Venho, não sendo dessas ditas adepto,
enviar-vos uma proposta alternativa para o Natal/Hanukah ou fim do ano.
Fazer-se
sócio ou cooperante de qualquer das entidades neste “anúncio” mencionadas,
adoptar um burro, apoiar a natureza, defender uma espécie e outra, promover
renováveis, envolver-se é a melhor prenda que se pode ofertar a seja quem seja.
O mapa anexo foi, obrigado amigo Carlos,
publicado na Gazeta das Caldas, e será divulgado nos meios digitais
disponíveis.
2-
Aproveito para manifestar a minha total disponibilidade para sessões e animações em escolas,
universidades ou outras instituições, agora que estou desavençado*, mediante
pagamento das custas.
E
também a possibilidade para produzir livros, materiais sócio-educativos,
filmes, produtos em digital, ou outros, além de intervenção social e ambiental,
em modalidades a estudar.
Ou
pressão e acção política...
*A empresa de renováveis com a qual tinha
“contrato” há 16 anos abandonou na área de responsabilidade social, a educação
ambiental. É a vida.
Se há pensador que tem sido subvalorizado certamente que um deles é Simone Weil, autora maior e notável filosofa, o que quer dizer mexedora do pensamento.
Lamento que não seja leitura de todas as escolas.
Hoje um artigo chama a atenção para o seu legado e a sua militância gentil: https://elpais.com/cultura/2018/10/16/babelia/1539700129_637508.html
aqui:
A partir de um problema real, a crise ambiental, com base numa leitura ideológica de sebenta podem tirar-se conclusões discutíveis, embora se apresentem factos de forma escorreita, e até com contributos interessantes.
Registo uma interpretação algo delirante de escritos de Gramsci... antes da sua crítica à revolução "capitalista" russa de 1917.
E lembrei-me da obra magistral e do filme de Romain Gary sobre a protecção aos elefantes...
Notável é a análise do sistema financeiro...*
e muito interessante o conceito de racismo ambiental, desde já registo.
* o sistema segurador e o re-seguro são objecto de análise cuidadosa, que nos deixa arrasado, com a perversidade deste sistema, do seu nascimento, articulado com a escravatura à actualidade e as suas impossibilidades e sustentação, mesmo no quadro do mais desapiedado liberalismo pelo Estado.
E também menos ideológico o capítulo sobre as guerras "verdes" e a análise do sistema militar que lhe está por trás.
Um filme com um começo de antologia e uma trama de alta qualidade, que se pode usar como móbil para muitas discussões, sobre ambiente, trabalho, sociedade.
Com sequências, também, inolvidáveis:
Hoje tenho passado horas entre mails e teles.
E no entretanto, nos tempos vagos, já dei meia leitura a um livro recomendável, mas revisão de matéria adquirida.
Uma escrita cheia de juventude, ou melhor para todos, os jovens.
Hoje, cada vez mais necessário, seja porque eles, eles andem aí, os creacionistas, os dudibativos do big bang ( de facto um grincho inaudível no fundo, ou no inicio do universo, que pode ser o fim), os que acham que ensinar o dedo de deus é o mesmo, deve ser o mesmo que ciência, seja um sopro.... uf!
Estou em crer que não há artigos, nem gritos que vão impedir a regresso do Brasil aos seus piores tempos. Infelizmente há quem continue a compreender o que Gramsci escreveu sobre a hegemonia e a forma de a construir, e chamo a atenção para a excelente entrevista de Fernando Henriques Cardoso, que será hoje difundida internacionalmente, a uma revista brasileira. O PT/Haddad continua a dar tiros nos pés, nos dois. Não tem chance de chegar lá, embora eu o deseje, inche Allah, e já vai tarde para mudar o rumo. Como dizia, também Gramsci: "Sempre na história houve luta entre racional e irracional", qual luta de classes qual carapuça, mas a falta de visão da relação de forças, da psicologia de massas e das contradições entre as forças produtivas e as relações de produção vão dar....na afonia do racional.
Boualem Sansal é um personagem. Na linha de Orwell, Kafka, Thoreau, e tantos outros um empenho da, na escrita.
o "2084" é um livro que retoma o "1984" e aqui temos outro livro nessa linha, de denúncia e aviso.
Não estamos sós!
É sempre útil uma conversa, mesmo quando sabemos dos temas, mas os aprofundamos, certamente.
Aqui: http://www.lhistoire.fr/
temos muita informação, alguma mesmo nova!
Estava uma praça cheia que nem um ovo, e houve festa brava.
Aqui Rui Fernandes, que se tem vindo a apurar, com um excelente cavalo a dançar, e que com António Telles, deu ontem cartas. Os miúdos estão a crescer, e com esta péssima direcção de corrida não são ajudados...
Aqui Rui Fernandes,
e aqui,
um fim de época muito bom, mas que não faz esquecer a notável com que terminou a época passada.
Uma nota para a inconguência do O.P.P., orçamento participativo de Portugal.
Ganhou a Tauromaquia para Todos e... Acabar com as corridas.
Isto é prova que o sistema de selecção está completamente inquinado!
La rue assourdissante autour de moi hurlait.
Longue, mince, en grand deuil, douleur majestueuse,
Une femme passa, d'une main fastueuse
Soulevant, balançant le feston et l'ourlet ;
Agile et noble, avec sa jambe de statue.
Moi, je buvais, crispé comme un extravagant,
Dans son oeil, ciel livide où germe l'ouragan,
La douceur qui fascine et le plaisir qui tue.
Un éclair... puis la nuit ! - Fugitive beauté
Dont le regard m'a fait soudainement renaître,
Ne te verrai-je plus que dans l'éternité ?
Ailleurs, bien loin d'ici ! trop tard ! jamais peut-être !
Car j'ignore où tu fuis, tu ne sais où je vais,
Ô toi que j'eusse aimée, ô toi qui le savais !
Hoje estive numa conferência, em dois médicos, aliás três, e ainda fui ao nimas, ou melhor à Cinemateca, ver um filme de 1955 mas bem construído e respeitando o enquadramento de um livro notável.
o cartaz hoje poderia ter outro enquadramento, mas o tema é o amor, os sentimentos a lutar contra a barbárie.
No: http://carmoeatrindade.blogspot.com/ tenho publicado algumas prosas mais substanciosas, e penso que como no Insignificante a audiência está em crescendo, talvez o reconhecimento...
Tenho escrito sobre os mitos e sobre eles continuarei.
Comprei em Madrid este extraordinário livro, de um recém falecido cientista, cujas necrologias me chamaram a atenção para a sua obra.
Este é um livro de súmula, que acaba com o racismo, aliás desmistifica a já decadente ideia de raça, inexistente como sabemos, só há espécies, mas também nos explica o território e a sua vitalidade.
Uma obra de referência!
Com gratidão ao Jacinto Saramago e ao seu Estado de Barrancos, pela informação e atenção constantes ao que se passa na e sobre a nossa terra: http://estadodebarrancos.blogspot.com/search/label/Castelo%20de%20Noudar
*
aqui a antiga quinta e castelo da minha tia Dorinhas, sobre a qual tive que empenhar-me e muito protestar para ser actualmente este espaço de excelência, conforme se pode ver aqui, em textos antigos...
* por erro esteve aqui uma referência de outro blog que frequento
É evidente que isto está tudo em processos de degradação acelerada, mas transformar animais que proliferam como pragas em tema de promoção de uma pseudo-consciência ambiental é de bradar aos céus.
Aqui: https://www.dn.pt/vida-e-futuro/interior/proibicao-da-caca-a-raposa-chumbada-por-psd-ps-cds-pp-e-pcp-9950604.html
felizmente mais este disparate foi chumbado.
As raposas e os saca-rabos são animais proliferantes, poder-me-ão dizer porque os seus predadores (os lobos, por ex.) desapareceram, mas o facto é que essa proliferação vai dando cabo dos ecossistemas e dos suportes biológicos de outras espécies que assim desaparecem, também.
A caça, controlada, e com regras, destas espécies é muito importante e ambientalmente justificada.
Mas, são os mesmos que propõem a esterilização de todos, todos os animais de companhia...e dizem-se amigos desses...só no canil é que não se podem eutanasiar, os animais, nem velhos terminais, doentes incuráveis ou com taras ....
E, depois de um dia cheio de idas à gráfica, onde acabo mais uma produção, ainda tive tempo para ler:
onde há alguns artigos interessantes e referências de livros, que o são igualmente.
Faz falta uma revista em Portugal sobre livros, leituras, debates, e situações culturais sem cheiro a mofo. Faz muita falta, as críticas nos jornais, também envelhecidas desde logo, não chegam.
Acordei com uma dor de cabeça(fígado) e a pensar neste filme...
talvez ligado à morte de Aznavour. Vi-o duas ou três vezes, vou ver se encontro o dvd.
Já não recordo quando o vi a 1ª, talvez nas sessões do Monumental antes do 25, talvez noutras, mas recordo que modificou a minha relação com o protagonista, que desconsiderava.
Uma voz e um talento que se me tornou incontornável. Um dos filmes culto da nouvelle vague e do cinema.