Citação, em jeito de haiku, adaptada de artigo de F.Savater #Uniformes#, de hoje no El Pais.
"Gosto de vacas
mas não devemos exagerar
são iguais ao resto"
seja com seja sem... uniforme.
O artigo é sobre a política, os políticos e a cidadania!
tudo depende do olhar, como nos mostra Sebastião Salgado.
o Tejo é um rio muito maltratado. As nossas autoridades, o nosso governo assobio para o lado, errado.
Embora a Convenção de Albufeira, que limita o caudal a mínimos irrisórios, que só por brincadeira se designa por caudal ecológico..., não tenha menção da qualidade há directivas europeias que se podem usar...
Aqui, muito mais informação:http://www.redtajo.es/
O futebol, como a política transformou-se num negócio, num grande negócio, onde além das vaidades e a sua feira, está presente o grande guignol, o cifrão que tudo pode.
Os interesses desenvolvem-se em teia e como todos mamam é muito difícil dar dele conta.
A verdade desportiva cada vez conta menos, como cada vez conta menos a nossa vontade, o nosso voto, a nossa intervenção.
As estórias de manigâncias nas federações, nos clubes, nos orgãos de Estado, nos partidos são de encher livros de terror, do mais sinistro.
Hoje, nada que não se soubesse e já tem barbas longas, muito longas, que recuam ao tempo do anterior ditador da FIFA, do qual este era secretário, João Havelange, foram presos uns. Mas ficaram ainda muitos, e a grande aranha.
No Libé uma 1ª página fantástica dá-nos força para um sorriso:
mas a vida irá continuar, igual, por estas bandas...
Hoje, entre os enredos habituais e uma ida, também para falar de política, ao médico amigo, li este soberbo livro/album que relata o desenvolvimento de uma mentalidade e o seu processo construtivo, as pressões socio-culturais e etc...
Entre reuniões, viagens, produções e correcções de trabalhos, lembrei-me hoje das "ovas de Saboga", aqui:
um petisco de alta, altíssima qualidade.
Delas falámos no Molhó Bico, em Serpa e as procurámos em Mértola, sem sucesso que o pescador, dono do restaurante, nestes dias, não pode ir pescar.
Aqui fica o registo e a imagem!!!
Falar de Mértola, falar de formas de perceber a História e a arte que é uma expressão socio-cultural dos povos nesta, e da sua individualidade é para mim, para todos que o conheçem e lhe tem amizade, falar do Claúdio Torres,
aqui como o encontrei agora mesmo. Sempre empenhado, sempre militante das Arábias e essas são onde o levam, nos leva os pensamentos e a dinâmica social.
Foram dias cheios, um almoço que acabou pelas 18 horas, quando já estavam os primeiros jantares a anunciar-se, cheio de debate e ideias, o souk cheio de cores e cheiros, e gentes, loucas e desvairadas, claro. E Mértola a magnífica com o muezdin a apelar à oração, com em tempos, como noutro e neste tempo.
Outros encontros, outros amigos se vão por aqui chocando. É isto, aquilo e acolá, aqueloutro.
Hoje no El Pais, além do interesse habitual e artigos de opinião de qualidade, um de análise sobre a nulidade do Podemos, brilhante, temos esta perola:
carregar para poder ler, sobre as palavras e quem as domina e quando:
Ontem também estive num interessante colóquio sobre novas expressões literárias, no caso as BDs, quadrinhos, charges, ou como queiram, na Fundação Gulbenkian:
ocasião também para falar da solidão do autor e do processo criativo...
que embora goste muito dos textos e tenha amizade com o autor aqui, aqui se perde...
apesar da excelente capa isto é uma vigarice, os textos mesmo quando aprimorados já estavam publicados por aí... excelentes uns, assim assim outros, mas todos já lidos...
Hoje foi dia de leituras de jornais e também do Charlie Hebdo, que deveria dar a alma ao criador... desenxabido, sem grande graça e com muito ressabiamento, normal dir-me-ão, mas esse não faz um jornal!
E aqui excelentes fotos no World Press Photo, no Museu da Electricidade:
estas duas da poluição, da economia industrial produtivista e sem consideração pela humanidade nem pelo que a sustenta da China comunista/capitalista, selvagem.
onde os direitos só existem para a minoria oligárquica que a governa e detém os meios de produção (onde é que eu já ouvi isto?)
Do Back to Back Theatre fui hoje ver a fabulosa peça: Ganesh contra o Terceiro Reich
uma obra de grande categoria, seja pela estória, que é a do poder e das suas mitologias, seja pela estória que é do homem e das suas fraquezas. Com um grupo de 5 actores, dos quais três portadores de deficiências, mas nem por isso com menor qualidade e integração no quadro da peça, durante mais de hora e meia podemos rir-nos e pensar nas coisas que fazem o mundo e a vida.
Notável.
Notável também, embora o livro embora seja ele próprio uma ficção, as 218 páginas podiam ser convertidas em muito menos de 100 se não houvesse o espaço enorme entre as linhas e as palavras não fossem num tipo de letra gigante, último de Umberto Eco:
também com uma capa excelente. A história entre a ficção e a análise da actual realidade, os seus mitos, efabulações, teorias da conspiração, construção/reconstrução da realidade também pelos médias é sobretudo sobre como se controla a imprensa e os seus produtos, os discursos, as notícias.
Como se manipula o texto e se dá a volta ao conteúdo.
Voltamos ao Ganesh e à sua busca pela suástica, e à luta contra a sua adulteração.
O número zero nunca verá a impressão, mas marca a vida...
Engraçados estes livrinhos, para ler no comboio. Este sobre Berlim com textos simpáticos e uma boa análise:
conduto para um almoço/reunião, onde debatemos o porquê do fiasco da esquerda da esquerda, o acumular de erros que levam ao funeral do Livre de Avançar, como já levaram à cova o BE. As restantes inutilidades também foram faladas de cruz, e a incapacidade do P.S. se afirmar como alternativa à direita.
A impossibilidade de representação no actual sistema eleitoral, o absurdo dos distritos e porque não as CCDRs base de eleição? porque razão a ausência de um círculo nacional que desse sentido aos votos perdidos, porque razão a não agrupação dos votos se os partidos o proclamassem antes das eleições?
Bom conversa para horas, depois de um saboroso chili com carne e guiness a acompanhar.
Outras se seguirão!
Mário Beja Santos,
velho amigo, e durante muito tempo colaborador da Gazeta, com os seus textos
luminosos, lançou no dia 27 de Abril no Instituto do Consumidor, no velho
edifício onde durante tantos anos se pontificou o Eng. Correia da Cunha,
pioneiro da Comissão Nacional do Ambiente, e outro querido amigo.
A sessão esteve
composta e desde já não posso deixar de agradecer a amabilidade do Mário para
comigo.Nesta foram apresentados
os sustentáculos do livro. A actividade, o activismo de Beja Santos nestes 40
anos na politica do consumidor e a vasta envergadura teórica e conhecimentos
que o torna no referente principal da nossa defesa do consumidor.
O livro é denso, e aqui
e ali temos estórias deliciosas, como a greve dos cobradores da Carris (a dos
anos 60!) impulsionada por Silva Pais (que viria a ser chefe da PIDE) a mando
de Salazar, para obrigar a Carris a
estabelecer uma tarifa económica (no quadro do corporativismo e controle de
preços então vigente) ou da criação, incapacidade de afirmação e insipiência
dos actuais movimentos de defesa dos consumidores, entre nós.
Este livro, a que
faltou uma melhor revisão, para evitar as muitas repetições, conta a aventura da defesa do
consumidor e o seu enquadramento cultural e político e interliga-o aos
problemas de ambiente e da economia global.
Não hesita Beja
Santos em apontar o definhamento associativo actual, e as perversões dos
actuais média, assim como refere instrumentos inúteis para a defesa do
consumidor, como, do meu ponto de vista, os livros de reclamações e os
tribunais arbitrais, “comprados” pelo sector comercial de que deveriam ser
controle.
Uma recensão de
livros importantes para formação de opinião constitui um dos capítulos mais
densos em teoria, que ilumina sobremaneira todas as páginas deste livro sobre
as estórias do nosso consumo.
Finalmente titula o
nosso colaborador como Glossário Fundamental o último capítulo onde nos faz uma
súmula do que é a cidadania, o consumeirismo e o passado e presente das lutas
pelos direitos, o direito à saúde e segurança e o direito à informação.
Esses são uma das
bases do nosso Estado Social e da política de freguês a consumidor.
Como já denunciei no meu último livro, no capítulo em que defendo o fim do proibicionismo, a "esquerda" nacionalista (nonsense! porque todo o nacionalismo é de extrema direita) e comunista é do piorio no que toca os direitos individuais e a liberdade social que lhe deve ser intransigentemente associada.
Agora a propósito de camisetas, sensacionais!, com a branca de neve (nome porque é designada também a coca) a snifar a dita,)vem os Podemos e os nacionalistas agitar o seu pior conservadorismo, queixar-se às multinacionais (é verdade o Podemos apresentou queixa.. à Walt Disney!) e mostrar que não compreendem a democracia liberal e a fundamental luta pelos direitos, todos.
Aqui a camiseta:
junta com a madrasta a snifarem!
Como se o Podemos não tivesse recebido dinheiros, ilegais, dos bolivarianos, que já legalizaram a folha, de coca!
Vão-me caindo no mail, das mais desvairadas gentes pedidos, solicitações. Daqui e dali, da esquerda e da direita.
Devo dizer que não me recordo de estar tão pouco entusiasmado com a "coisa pública".
As presidenciais já foram, não julgo que vá haver novidade, um candidato que tenho por medíocre politicamente, embora estimável pessoalmente, Sampaio da Novoa, irá, a não ser que Marcelo seja o adversário passear pela passadeira.
Mas tudo dependerá das legislativas, onde segundo o meu palpite, com base na sociologia eleitoral o PCP terá mais dois ou três deputados, os outros todos terão talvez o mesmo ou menos um ou dois do que os actuais deputados do BE, incluindo os 2 ou 3 desse, e tudo será decidido entre os dois blocos abaixo, com abstenções e brancos e nulos em crescendo, aí estarei eu, salvo alguma alteração inopinada.
Nenhum dos blocos (PS e AD) terá maioria e por isso lá voltaremos às urnas, depois do período de nojo e eventualmente com uma nova lei eleitoral...
Não apostaria em quem ficará na frente, depende de muitos factores, desde logo a situação internacional, a economia global, e as respostas e também os protagonistas destas.
Hoje, todavia, no meio da canícula do pensamento político há um notável artigo de Helena Roseta no Público. É por aqui que se tem que refazer a política, pelo pensamento articulado, pelas opções claras e pela crítica intransigente.
Afinal pode ser que ainda haja esperança...
a tecnologia evolui e a ciência ao seu serviço vai proporcionando alterações radicais na nossa percepção da realidade.
Este é o novo acumulador de energia que a Tesla apresentou esta semana.
A verdadeira revolução que se anuncia. Nunca foi os sovietes mais a electricidade!
Hoje além de três reuniões, para discutir projectos de animação socio-cultural e os... baldios, acabei de ler este livrinho, delicioso, que me levou de volta a Budapeste, e às suas muitas delícias.
Num país à deriva, este cidade que já resistiu a tantos poderes terá o sortilégio de conjurar as suas belezas, os seus cafés, as suas águas, o seu espaço e gentes para enfrentar o fascismo que larvar se desenvolve na Hungria, lutar contra a limitação das liberdades públicas e o direito das suas comunidades?
Que o gosto, o prazer de Budapeste se possam continuar além da língua e das suas sonoridades e que a alma que fez esta cidade, única, possa continuar viva!
Ficou sem espaço político e sem margem de manobra. A névoa que envolve Sampaio da Novoa englutiu tudo e todos os que querem aparecer ao lado do poder, futuro hipotético, mas certo salvo se Marcelo rebelo de Sousa for o candidato da oposição a esta situação de pensamento único.
Carvalho da Silva, com quem tenho muitos conflitos, nada de pessoal, no passado seria certamente meu candidato, porque acho que tem perfil, passado e traquejo. Tem postura e dignidade.
Assim ficarei sem candidato, com alta probabilidade, que os toscos que por aí andam são só folclore e contra S.N. tenho todas as reservas, sabidas.
A política nacional está triste, ainda que aprecie o esforço de António Costa, de que o exercício de macro-economia é um exemplo, mas execro a maior parte dos que o rodeiam.
O Livre já foi, chão salgado e improdutivo e nunca dará uvas, ao sentar-se em cima do BE, que esse irá de vitória em vitória até ao apagamento total...e os outros parvenus só contado pra você, seja o partido unipessoal do egocentrico Marinho, sejam o de outras criaturas com grandes umbigos e alguns cabelos loiros. Zero, zero, zero. Á esquerda ou até mais à direita como o caso do Nós.
A propósito de cidadãos é com satisfação que vejo, em Espanha, que o balão que foi o Podemos se esvazia, já está nos 16%, de 24% que tinha à um mês, e nos calcanhares, numa subida firme e sustentada com 14% já tem os Cidadanos, esquerda liberal e anti-nacionalista, moderna e intransigente. Vamos a ver!
E em Inglaterra hoje teremos surpresas, estou convencido, embora a perversidade do sistema só permita uma representação distorcida da vontade eleitoral...
Mas burro... burro sou:
Engraçado, embora os textos sejam de menor qualidade e falte muito "crescimento" nos bonecos, este livro, recolha de estórias de jovens em Bds, que li hoje,
... depois do Freguês a Consumidor...
Aqui de um artigo para a Gazeta das Caldas:
(...)
Mário Beja Santos,
velho amigo, e durante muito tempo colaborador da Gazeta, com os seus textos
luminosos, lançou no dia 27 de Abril no Instituto do Consumidor, no velho
edifício onde durante tantos anos se pontificou o Eng. Correia da Cunha,
pioneiro da Comissão Nacional do Ambiente, e outro querido amigo.
A sessão esteve
composta e desde já não posso deixar de agradecer a amabilidade do Mário para
comigo.Nesta foram apresentados
os sustentáculos do livro. A actividade, o activismo de Beja Santos nestes 40
anos na politica do consumidor e a vasta envergadura teórica e conhecimentos
que o torna no referente principal da nossa defesa do consumidor.
O livro é denso, e aqui
e ali temos estórias deliciosas, como a greve dos cobradores da Carris (a dos
anos 60!) impulsionada por Silva Pais (que viria a ser chefe da PIDE) a mando
de Salazar, para a obrigar a estabelecer uma tarifa económica (no quadro do
corporativismo e controle de preços então vigente) ou da criação, incapacidade
de afirmação e insipiência dos actuais movimentos de defesa dos consumidores,
entre nós.
Este livro, a que
faltou uma melhor revisão, para evitaras muitas repetições, conta a aventura da defesa do consumidor e o seu
enquadramento cultural e político e interliga-o aos problemas de ambiente e da
economia global.
Não hesita Beja
Santos em apontar o definhamento associativo actual, e as perversões dos
actuais média, assim como refere instrumentos inúteis para a defesa do
consumidor, como, do meu ponto de vista, os livros de reclamações e os
tribunais arbitrais, “comprados” pelo sector comercial de que deveriam ser
controle.
Uma recensão de
livros importantes para formação de opinião constitui um dos capítulos mais
densos em teoria, que ilumina sobremaneira todas as páginas deste livro sobre
as estórias do nosso consumo.
Finalmente titula o
nosso colaborador como Glossário Fundamental o último capítulo onde nos faz uma
súmula do que é a cidadania, o consumerismo e o passado e presente das lutas
pelos direitos, o direito à saúde e segurança e o direito à informação.
Esses são uma das
bases do nosso Estado Social e da politica de freguês a consumidor.
Entre 300 e 400 pessoas desfilaram hoje pela legalização da Maria, aqui a cauda da manif:
aqui noutro ângulo:
no Jardim de S.Pedro de Alcantara, com animação musical poderão ter aparecido mais 100 ou 200,
a manifestação foi organizada com grande improviso, praticamente sem comunicação e nenhuma difusão, mas foi um momento distendido e sem qualquer problemas ou conflitos, com boa ligação às forças da ordem, que se portaram muito bem.
Os manifestantes eram poucos mas sabiam ao que vinham e o que defendiam.
O movimento precisa de estratégia e de quem lhe possa dar direcção, mas cresceu e apesar de tudo saíu à rua, na data internacional da Marcha pela Maria.
Vamos ver o que dá. Um baseado para a mesa do canto não se desperdiçou: