Foi lamentável o que se passou hoje no Parlamento, onde os conservadorismos mais reaccionários conluiados, de comunistas e outros anti-liberais de direita, se juntaram, animados por uma pequena turba de ignorantes e construtores de inverdades e manipulações grosseiras que se uivavam fora do mesmo, foi lamentável que em nome de nada, seja esse deus, e em nome do Estado-papá, por pouco é certo chumbaram os projectos para uma morte digna poder ser despenalizada, como acontece em cada vez mais mundo e sobretudo nos países fora do domínio do pensamento integrista.
Aqui uma notícia que retenho: https://leitor.expresso.pt/diario/29-05-2018/html/caderno-1/temas-principais/nao-deixei-de-ter-huntington-por-a-lei-nao-ter-passado
conheço bem essa doença, o meu tio-avô, o meu tio e o meu primo, os três morreram cerca dos 40, 45 anos com ela a impedir-lhes a autonomia, grandes artistas que eram, Mário Eloy, Mário Eloy Filho e Sérgio Eloy viram a sua mobilidade, domínio do gesto e da palavra, e até do próprio corpo serem derrotados por uma doença hereditária, genética e sem cura.
Talvez tivessem preferido uma morte digna, em vez do Telhal, de um incêndio doméstico ou de uma morte sofrida, talvez.
Mas esse desiderato continua a ser criminalizado. Faz lembrar a penalização da católica do suicídio...
Os absurdos da vida e da morte.
um europeista e um democrata, dois conceitos que vivi com muitos amigos e camaradas italianos, radicais e outros que transitavam da esquerda e da direita, pelo Partito.
Hoje infelizmente, erros meus, má fortuna, e a fuga da realidade submersa pela palhaçada encosta, o que foi uma das bases do discurso e projecto europeu, ao regresso do Duce, disfarçado, de grilo, xenófobo e populista e nazista/liguista e racista primário e excluiente.
Os tempos estão cada vez mais difíceis, a ética, a cultura, as leituras desta, o discurso ancorado nos factos e não na invenção destes tem cada vez menos poder.
Vamos ver se não arquivamos o tempo!
Estarei no dia 30, das 17 ás 20 h., no Pavilhão da COLIBRI, para dois dedos de conversa e para assinar alguns documentos.
Espero-, que como habitual seja um bom momento, e -vos.
Não é preciso, neste blog em várias ocasiões o fiz, escrever sobre o tema para que a minha posição seja conhecida.
Sempre fui contra a intromissão de qualquer sagrado no direito e da lei refém de qualquer pensamento religioso. Sempre me bati pelos direitos individuais absolutos, no quadro do Estado de Direito, que regulamenta, e só pode, a vida social.
O direito à morte, como o direito a verdadeira vida é um direito básico.
O direito ao meu corpo, à minha autonomia, seja qual seja a minha identidade é, deve ser absoluto.
Só quem defende, até contraditoriamente com o seu "munús" ideológico ( mas não será que esse é afinal outro?) o Estado papá, o domínio desse sobre a cidadania, julgada sempre atrasada e incapaz é que pode impedir o direito a uma morte digna e à eutanásia.
E atenção é evidente que estamos a falar do direito de uma minoria, que a maioria da população nos países desenvolvidos morre de civilização a mais sem o saber, e com isso parece que a preocupação é nula...
Legalizar o direito a morrer é retirar a morte do seu sagrado, ilusório. E respeitar o individuo.
E aqui, um excelente artigo, contra o pensamento fanático: https://elpais.com/elpais/2018/05/21/eps/1526902652_415445.html
Não me encheu de satisfação, muitos textos desnecessários, outros a precisar de editor, outros de maior exploração.
Não será um livro para memória futura, mas sendo uma recolha de artigos...
com as repetições e mordomias que tal implica...
O Zédu pode mais e escreve melhor que este.
É um dos meus favoritos, não são é certo só uma mão cheia...,
este estava há alguns anos em espera, e sendo embora um livro de recolhas tem textos fundamentais e... visionários, como quando vaticina ainda era imperador Mitterand que o PS seria ultrapassado por Le Pen ( foi até esmagado!) ou quando em 1990 antecipa... Trump...
Mas notáveis, além da argúcia de pensamento, os textos sobre educação e... o mercado.
Um grande homem, o Devant la Guerre antecipou o fim da URSS... e a desmontagem que faz do finalismo marxista é notável...
Javier Pradera deixou em vida, para ser publicado pós-mortem um livro excepcional # Corrupcion y política# que deveria ser de leitura obrigatória nas escolas, para os políticos e toda a teia que os envolve.
Leio um livro, que estabelece como que uma auto-biografia deste editor.
Algumas das estórias são-nos compartidas, quem não se recorda dos livros debaixo da mesa e com autores ditirâmbicos, outras são partilhadas por editores que conhecemos, o Manuel Hermínio, entre outros falecidos ou o Fernando Mão de Ferro, o Francisco Abreu, o João Cotrim, ou o João Rodrigues, o Manuel Fonseca ou o Manuel Rosa, com todos tive relações pessoais ou profissionais.
Neste livro temos também estórias do tempo negro do franquismo e da resistência e também preceitos sobre a edição.
Um livro curioso...
Hoje a vontade de comentar é muita.
O populismo e nazionalismo a tomar o poder em Itália, os nazionalistas a continuarem a fazer pouco da lei e do Estado de direito na Catalunha, o louco do Bruno e os seus bois da Juve Leo, os assassinos da ETA que continuam activos nos discursos, os sionistas que continuam as atrocidades bárbaras na Palestina, o maluco do Maduro a incitar o caos, a falta de coerência do Podemos e dos seus líderes, e também os temas que apresento no http://carmoeatrindade.blogspot.pt/
mas é sobre este optimista artigo que chamo a vossa atenção: http://www.futurosostenible.elmundo.es/mitigacion/asi-se-relacionan-los-desastres-naturales-con-el-cambio-climatico
é que imaginar que a temperatura só vai crescer 2 graus até 2050 é não contar com tudo o que não comento hoje e com o outro, o Trump, e a China e o Putin...
Li, ou melhor tresli, esta recolha, muito desigual, de textos de Ruy Duarte de Carvalho, alguns para encher outros interessantes, outros registos socio-etnográficos de um etnografo, cheio de prosápia, mas com alguns dados relevantes e uma escrita escorreita.
"Viagem e literatura andam juntas (...) e a etnografia é da viagem que nasce." Como a vida....
Um livro, cuja leitura, creio que em 1973 ou 74 me deixou muitas dúvidas e perplexidades, e que julgo ao contrário de outros do, dos mesmos autores tem uma fama indevida, talvez devido ao título.
É um panfleto, que não desenvolve os temas que salpica, cria confusões e está cheio de contradições.
Nesta BD apercebemos-nos delas com total claridade, e do tempo que o encheu de ranço.
o proletariado, conceito vago, já não existe ( terá existido?), as relações de produção é certo continuam em conflito com as forças produtivas mas nas nossas sociedades, infelizmente o mercado deu lugar a lógicas oligopolistas e monopolistas de Estado e o espectro que assola a Europa, o mundo é o do populismo, alimentado por intervencionismo nas redes sociais e o controle, quase total dos médias pela classe dominante, ligada ao oligpólios e ao tal populismo.
Infelizmente, como ontem, os pensamentos que se opõem a este estado de coisas são minoritários e esparcidos por aí...
Devo dizer que fiquei completamente rendido a esta obra prima, julgo que o 1º romance claramente ecologista, além de um humanismo sem paralelo.
E uma estória envolvente, cheia de ternuras e afectos.
E premonitória sobre o desenvolvimento das independências africanas e a evolução deste nosso mundo e o (des) respeito pela natureza e recursos.
Penso que piquei deste livro uma afirmação, verdadeira, da maior importância...
Uma zebra, para sobreviver, não tem que correr mais que o leão...para bom entendedor....
Fui ontem, pela 2ª vez ao espectro da antiga Aldeia da Luz, www.museuda luz.org.pt
visitei o museu. Fiquei estarrecido, embora ao atravessar novamente, agora de dia o espectro, onde ainda vivem talvez 200 pessoas, desenraizadas e sem ligações, o meu constrangimento fosse total.
Ver a forma como "entaiparam" o Castelo da Louza, quando bastava tere reduzido a cota de enchimento e poderíamos ter o património vivo, e também a velha e legitima aldeia, ver o destrato, aliás total ausência do histórico, pelas suas características únicas, a única heresia , com a Tomina dos mesmos frades, que mereceu situação conventual e confronto com Roma e a igreja oficial, a ausência de pessoas, de pessoas em registo de lugar de vida, o total menosprezo pelas alternativas ao actual produtivismo agro-industrial destruidor dos solos, das culturas (que no museu aparecem em registo etnográfico escasso) e de qualquer possibilidade de sustentabilidade, um museu, de facto, inútil, sem qualquer inter-actividade, sem qualquer lógica, a não ser empregar meia dúzia de pessoas e justificar a destruição do espaço por uma empresa que deveria ser auditada na sua gestão.
Leiam os meu lábios, auditada na sua gestão, onde têm cabido todos os desempregados e incompetentes alijados da política.
Felizmente na Coitadinha colocámos freio na dita empresa EDIA.
Uma divertida iniciativa da AEPGA. Não sei, seria um interessante trabalho socio-antropológico porque razão um animal particularmente inteligente ficou conotado com a falta escolar ( que não é ele mesma símbolo de estupidez!).
Mas vamos lá usar as nossas orelhas de burro!
O fim de semana, calmo este, de leituras, jornais e revistas, esta:
com artigos muito interessantes, e propiciadores de pensamentos, e entre telefonemas de trabalho, começo a ler este livro que me acompanhará durante bastante tempo, 500 páginas em letra miúda, sobre o massacre de elefantes e a situação de dependência colonial:
um título fabuloso e uma escrita aconchegante. Voltarei a comentá-lo...
Temos estado activos, embora para dar respiração ao lançamento de amanhã menos presentes aqui.
Recomendo uma visita à notável exposição no Museu da Cidade ( Palácio Pimenta, ao Campo Grande) sobre a genial obra # Lisboa, Cidade Triste e Alegre# de Vítor Palla e Costa Martins.
Aqui um excelente artigo do meu velho conhecido e ex-vizinho Vasco Rosa: https://observador.pt/especiais/lisboa-cidade-triste-e-alegre-o-retrato-em-movimento-que-de-livro-passou-a-exposicao/
E o activismo não pára, hoje solicitei a um deputado:
(...)
fazer um requerimento ou alguma pergunta parlamentar sobre este caso:https://mobile.twitter.com/hashtag/Cedillo?src=hashtag_click
nem que fora para ir juntando pressão sobre a Iberdrola.
É um assunto lamentável onde uma posição nacional poderia dar alguns frutos.
(...)
É mais uma mostra do desprezo dos oligópolios pela cidadania e o ambiente.
E tenho ido ao nimas, vi o filme sobre o patife e infame Béria, mas de facto de toda a corte de miseráveis do torcionário psicopata Staline, todos eles iguais ao dito, e dois ou três filmes do Indie, que merece a pena.
Por aqui, por ali e acolá vamos seguindo...