insignificante
Tuesday, September 29, 2009
 
Hoje ouvimos ás 20 horas um Presidente da Republica travestido de polichinelo.
Disse tudo e o seu contrário, meteu os pés pelas mãos, confessou segredos íntimos e sonhos ou pesadelos, ameaçou cidadãos e criou condições de ingovernabilidade total, e mostrou que não está em condições, sociais e políticas mas também de saúde para continuar a exercer o cargo.
Um Presidente polichinelo, é o que temos,,, por enquanto.

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Monday, September 28, 2009
 
Legislativas,
penso que em todos os campos foi o melhor resultado possível, por razões que dificilmente caberiam numa posta.
Abstive-me activamente (não votei nulo que é outro dos derrotados deste magazine!) e dei algum apoio aqui e ali ao Bloco para tirar a a maioria absoluta ao P.S.
Tive pena que o Bloco não se tivesse empenhado mais no interior pela eleição do António Minhoto (Viseu), mas outros tempos virão...
Os próximos tempos agora serão de autarquias e em Lisboa e Barrancos, com o PS e a CDU respectivamente, irei dar o litro, além de uma eventual saltada a Caldas para apoiar o BE.
As autárquicas são eleições sem o peso da carga ideologica e onde o factor pessoal e das equipas é fundamental, além de um travejamento de principios que não deixa de ser o sustentáculo da pessoalização.

Irei andar por aqui e darei uma saltada a Alvaiazere no próximo sábado (dia 3) para em representação da Confraria Gastronómica do Toiro Bravo apresentar uma reflexão sobre a ligação entre a comida, as ervas, as plantas e o que delas é processado e a hominização e cultura.
O tempo não se reproduz mas os signos sim.

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Friday, September 25, 2009
 

Fui hoje informado da morte no passado mês de Agosto (a 22) de Pierre Samuel (nascido em 1921).
Acompanhei o "velho" durante cerca de 12 anos, de 1981/2 a 1992/3, partilhei com ele castelos na Escócia, centros de férias em Portugal ou Itália, sítios nenhuns na Polónia, estive com ele em muitas reuniões por todo o lado, em que o seu inevitável cigarro motivava sempre protestos fundamentalistas.
Era um homem notável. Matemático emérito, estudioso meticuloso das questões ligadas à energia nuclear e um contemporizador incansável, e sei-o porque acompanhei conflitos muitos na organização que ele presidiu 1º no executivo e depois na honra, os Ami/es de La Terre.
Era com o David Brower, o Humberto da Cruz e mais uns poucos uma referência incontornável da globalização do pensamento e da acção ecologista, e tal como eles afastado e maltratado pela organização que formou na hora da sua morte.
Com outros que também conheci e com quem privei em França, o Brice Lalonde, o Alain Hervé, a Dominique Martin-Ferreri, o Vincent Richet, a Eleonore Gabarain, o Guy Aznar, e tantos outros cujo nome esqueço formaram um espaço de activismo e transformação que permitiu a criação de pensamento e acção política, na qual não posso deixar de mencionar o René Dumont que me trouxe num período complicado até aqui, a estes convívios e emoções.
Em sua memória e também para o filho Laurent Samuel, que lhe seguiu as pisadas no ecologismo, aqui deixo este tributo a um homem bom.

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Thursday, September 24, 2009
 

Estava a simpática livraria/espaço do Círculo das Letras cheio, talvez 60/70 pessoas para o lançamento da nova colecção da VEGA, dedicada a estudos sobre a tradição sefardita e as suas articulações no quadro da nossa identidade.
Foi apresentado o Livro "A Tormenta dos Mogadouro na Inquisição de Lisboa" pelo Prof. António Marques de Almeida e a mim coube-me apresentar ou comentar o #Breve#, já aqui mencionado.
Embora com problemas de leitura e tom, não fugi muito ao texto que a seguir aqui posto, a não ser para expressar a minha maior indignação pela vandalização por parte do actual governo do monumento Memorial ao nosso passado negro e de esperança a um futuro diverso no Largo de S.Domingos, que consisdtiu na reles barganha sem moral nem príncipios do voto nacional nas eleições para director geral da UNESCO.
Dar um voto (e louve-se o Embaixador Manuel Maria Carrilho que recusou dá-lo!) a seja quem for que referiu que queimaria todos os livros israelitas é uma ofensa, uma ofensa a todos os que lutam pela compreensão, a todos os que não esquecem.

Esteve bonita a cerimónia e com os agradecimentos ao homem, ao historiador, ao cidadão e ao amigo Jorge Martins aqui deixo o que teria sido o documento, na sua melhor leitura:

“Que as palavras que o vento leva arrastem as cinzas sobre as quais temos alicerçado passado, que no futuro não queremos repetir, que as palavras carreguem a realidade com o sofrimento e os heroísmos de que é feita a história e nunca esqueçamos quem somos e donde vimos.”

Eu, nesta apresentação, neto de marrano, tetraneto de judeus retornados de Marrocos, que se estabeleceram em Lisboa como ourives e que não deixaram de procurar comunidade e alegria, estou grato.
Antes de mais por podermos partilhar este momento.
Esta apresentação não tem inocência, tem um lugar.
Um lugar de quem pensa que a história é também a transformação desse lugar, em mais conhecimento, compreensão e cidadania.

É com todo o gosto que venho apresentar este precioso livro de Jorge Martins, para o qual julgo ter empenhado algum “ar”, no seguimento de comentário que lhe fiz sobre a edição em 3 tomos do que foi substancialmente a tese de doutoramento que defendeu, e que me mereceu alem de uma avaliação pela espessura e densidade, aliada há que dizê-lo à qualidade e cidadania, que prestigiam o historiador, uma nota sobre a necessidade de transformá-la em documento mais leve na leitura, que servisse para introduzir os nossos jovens a esta importante dimensão da nossa história, de nós mesmos.

Aqui temos esta #Breve História dos Judeus em Portugal# a preencher a lacuna, a tornar incontornável, esta parte de nós no ensino.
Nesta #Breve# vamos dos 1ºs povoamentos judaicos que chegaram até a Ibéria/Sefarad com populações fenícias, passando pela especificação profissional que tipificava a organização social e que conduziu ao #racismo# /religioso e à Inquisição, como momento que além de ideológico é baseado numa lógica económica, do orgulhosamente sós,,,.
A história complexa do retorno no seguimento do fim da Inquisição, à solidão das comunidades perdidas, e aos detalhes de que também é feita a história e às estórias que essas sim honram uma parte de nós.
E, não quero deixar de lançar aqui mais um desafio ao Jorge, de completar em novo documento o pensamento que nos deixa com água na boca, e que é sintetizado:
# perdemos a nossa plena identidade a partir do inicio do século XVI e nunca mais a recuperámos até hoje.#
Fala-nos da perda da nossa identidade que também é, como sabemos muito bem, judaica, e com mais este e outros trabalhos começamos a recuperar.

Não se pode compreender o atraso sócio-cultural, das nossas estruturas produtivas, o bloqueio das ideias sem conhecer e desenvolver o notável ensaio de Antero de Quental, #As causas da Decadência....#, e sem agora que está estabelecido este documento #Breve# desenvolver trabalho e investigação sobre as articulações que daqui decorrem e que o Jorge tão bem nos “apetiza” nestas conclusões.

Mas apresentar um livro, este livro é, para mim, também uma ocasião e oportunidade para abordar três pontos:

1-A História.

Cito:
#Uma palavra, em suma, domina e ilumina os nossos estudos: “compreender”.
Não afirmemos que o bom historiador é alheio às paixões; tem aquela, pelo menos.
Palavra essa, não tenhamos ilusões, cheia de dificuldades, mas também de esperança.
Palavra cheia, sobretudo, de amizade.
Até na acção julgamos de mais.
É tão cómodo gritar “à forca”!

Nunca compreendemos bastante.
Quem difere de nós – estrangeiro, adversário político – passa, quase necessariamente, por mau.
Mesmo para orientar as lutas inevitáveis, seria necessário um pouco mais de inteligência das almas; com mais forte razão se as queremos evitar, quando ainda é tempo.
A história, se renunciar ela mesma aos seus falsos ares de arcanjo, deve ajudar a curar-nos desta mania.
Ela é uma vasta experiência da diversidade humana, um longo encontro dos homens.
A vida, como a ciência, tem tudo a ganhar se o encontro for fraternal.#

De Marc Bloch, historiador, resistente, torturado e fuzilado pela Gestapo em 1944

A história, ciência dos homens no tempo, é conhecimento do passado a progredir no tempo.
Conhecimento filtrado pelos autores, detentores do discurso, filtradores de todos os elementos da vida e continuidade do, de um povo, de todos os elementos da sua existência.
A leitura, a busca dessa leitura que nos é dada da história tem instrumentos, que são determinados pelas bases da investigação, e aqui quero mencionar o Homem, o meu velho conhecimento do Jorge.

Percorremos a licenciatura cruzando-nos ocasionalmente, numa Faculdade de Letras em efervescência, nos anos pós 25 de Abril em que a descoberta da cidadania se fazia na história, com notáveis “facilitadores” que muitas vezes eram, noutros momentos, camaradas, como António Borges Coelho, Cláudio Torres, Isabel Castro Henriques, Vítor Gonçalves, Manuel Maia, Mª José Trindade, Jorge Custódio meia dúzia que me vem à memoria de tantos que criaram uma dinâmica de aprendizagem que entroncava numa cidadania recuperada e num sentido para a história. Por estas Letras conheci o “Galinheiras” que era um tributo ao que penso era ou tinha sido o seu local de residência ou militância politica.
Em Letras penso que construímos um entendimento que motivou o re-encontro, com a magna História que o Jorge, continuador da busca, transformação do passado em conhecimento no presente, prosseguiu.

2-A Cidadania

# A medo vivo, a medo escrevo e falo,
hei medo do que falo só comigo;
mas inda a medo cuido, a medo calo#
Cavaleiro de Oliveira, citado em “O Judeu” de Bernardo Santareno

Não é possível identificar Portugal sem lhe reconhecermos a alma judaica,
mas também sem analisarmos a alma negra do medo da inquisição e do fanatismo, a alma megera da maldade, que tem que ver com o espírito da massa, manipulada sabiamente pela ignorância ao serviço da cupidez, e de interesses sócio-económicos específicos, de manutenção ou consolidação de privilégios.
A Inquisição, à qual como nos diz o Cavaleiro de Oliveira, agora pela palavra de Santareno “ se deve o empobrecimento do Reino, porque para substituir o Santo Ofício inventa judeus como outros fabricam moeda...! “
Mas o empobrecimento do Reino, ontem como hoje não é o empobrecimento de todos:

Uma economia fechada ao desenvolvimento comercial e industrial e à internacionalização e,
a mais cidadania que com essa mobilidade se gera,
uma classe dominante anquilosada em lógicas de poder familiar e de bens em meia dúzia, uma indústria incapaz de consolidação e sustentação no mercado,
um sistema politico bloqueado, dominado por castas e manipulado por instituições acima do crivo democrático, onde os cargos resultam de compra, e relações familiares,

não, não estou a falar dos dias de hoje, embora pudesse, mas das trevas que desde a Inquisição parecem toldar um Portugal que continua a arredar-se da sua história e a não aprender com a compreensão desta.

Defender a História toda, a sua melhor compreensão, é um acto da maior relevância politica e esta Breve História dos Judeus em Portugal é um marco incontornável para o direito dos jovens, de todos os portugueses ao seu passado.
Devia ser indispensável nos curricula escolares.

3- O Homem,
Já aqui referi algum passado que partilho com o Jorge.
Referi que nos reencontrámos no âmbito da publicação dos 3 volumes da magna História # Portugal e os Judeus#, e por esta me ter agradado e surpreendido, pela densidade, informação e envolvimento do historiador.
Penso, e isso já ficou claro, que o sujeito da história, aquele que nela pega, a constrói e re-constrói, nela procura os elementos que explicam outros elementos, a continuidade que busca outra continuidade, esse sujeito da história não pode ser um esbracejador de novelas rascas de figuras de pamplina, mas deve sim ser um cultor de responsabilidade cívica e social.
Cruzei-me, também, com o Jorge na realização, no quadro da concretização, num espaço carregado de história, no Largo de S.Domingos, do Memorial ao Massacre de 1506.
Esse Memorial regista, num espaço que é hoje na zona do novo “marranismo” que são os cruzamentos de populações de origens diversas, de diferentes religiões, dos mais vários costumes, que é a diversidade e o respeito por essa, perpetua o que queremos um elemento de referencia de direitos humanos e cidadania.
O Jorge é um historiador e um cultor da responsabilidade cívica, a quem agradeço mais este #Breve# que espero atinja,,, outras almas e outras gentes...
Obrigado Jorge, pela tua compreensão.

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Saturday, September 19, 2009
 
A campanha só existe nalgumas cabeças e orgãos de comunicação, o país está longe desta disputa, em que não se discutem ideias mas se trocam inanidades e espectáculo e peixeiradas.
Não há grandes emoções, nem grande preocupação com o cenário do dia seguinte, pelo país. Nalguns sítios as autárquicas geram mais emoção e tensão que umas legislativas em que só falta decidir os acertos. As sondagens são penso eu imbatíveis, estas últimas sinto que estão na mouche.
Espero uma surpresa em Viseu com a merecida eleição do António Minhoto e pouco mais que não seja uma ainda maior votação no Bloco, que deve levar muita gente a pensar e o próprio Bloco a entrar em mais um caminho de transformação e de abandono de algum lastro seródio que o manieta, de mais algum, que ainda lá há muito.
O país vai ficar dois anos em banho-maria, com a crise a continuar e a recuperação a não vir, até que as presidenciais redistribuam as cartas e em novas eleições, possivelmente, novos protagonistas possam tomar lugar. Se...
Se devia discutir a criação, em sede de revisão constitucional, que agora se inicia, de um sistema eleitoral que introduzisse neste lógicas de circulos uninominais e um círculo de compensação, que compensasse e corrigisse o voto nesses, mas nada será feito nesse sentido.
Deviamos discutir as formas de integração do país na União Europeia e a re-organização do nosso território, devíamos focar a economia nos valores que remetem para a produção local e regional a rehabilitação, nichos agrícolas e especializações industrias, novas tecnologias e desenvolvimentos emergentes, no quadro de uma economia global, mas nada disso foi, é discutido, assim como não se discute a justiça, o ambiente, a educação e a sua, as suas necessidades.
Estou fora destas eleições. Nenhum dos partidos me motiva senão pequenas simpatias e alguns localizados afectos. Se votasse nalguns círculos eleitorais até votaria nesses, mas já decidi, não irei votar, assumindo assim uma atitude, que é também de protesto em relação à nulidade que está a ser esta campanha, ou à nulidade que a maioria das propostas apresentadas configuram, a incapacidade de perceber o país e a crise global em que vivemos.
Tudo muda, tudo é provisório, o não voto é também a expressão de um sentimento, e desde já a vontade de construir, como em tantos outros momentos em que exerci esse direito a não votar, uma nova alternativa cívica.
Veremos...


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Friday, September 18, 2009
 

Já li, rascunhei, enchi de posts, dobrei as folhas, sublinhei. Reli partes.
Já tenho 6 páginas, cerca de 9000 caracteres, que com as alterações do tempo, que também é história, procurarei apresentar nos 15/20 minutos que combinei com o Jorge, que desde já saudo, com gratidão por mais este trabalho para a "compreensão", agora publicado.
Da obra, da história, da cidadania, e do autor talvez, ou não, por essa ordem, falarei na 5ª, com muito gosto.
E, eu, marrano, me confesso, e o resto da ladainha, porque palavras, como referirei leva-as o vento...

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Wednesday, September 16, 2009
 
Penso que o que assistimos hoje na reunião do Executivo da C.M.L. é a primeira vez na já longa história da democracia portuguesa, se excluirmos a "greve" do governo de Pinheiro de Azevedo no período constitucional, que ocorre.
Penso que além da ordinarice em si,
o fazer pouco de quem lhes deu o voto e a manifesta ilegalidade do acto,
só justificável em prenúncio da suspensão da democracia por...6 meses?...(anunciada pela Dra Ferreira Leite) e das já constantes tontices de Santana Lopes, que ainda não começou e só o beneplácito ou distracção dos jornalistas é que não o põe ao nível das patadas de quando foi 1º ministro (diz, desdiz-se, põe, tira, faz, não faz, diz, não diz, túnel para aqui, túnel para ali, e agora a nova ofensa aos seus amiguinhos...),
a ausência de hoje dos eleitos pelo P.S.D. da reunião do Executivo Municipal, em protesto por futilidades e nulidades corriqueiras, é um acto absolutamente lastimável.
O P.S.D. não vai por bom caminho, nesta senda santanista de alterar as condições democráticas de exercício do mandato por órgãos legitimados eleitoralmente,
de deslegitimação dos próprios eleitos, convertidos em capacho do sr.(como se viu também na inenarrável sessão de ontem da Assembleia Municipal, pois se se julga sem poderes não devia sequer votar e os seus membros receberem a senha de presença!), pese a atitude digna da sua Presidente, Dra Paula Teixeira da Cruz.
Hoje na reunião do Executivo não houve consternação, porque já nos habituámos a quase tudo, nem sequer pena, porque para tal há que merecé-la.
Crítica frontal e dura de todos, porque não é forma de fazer política degradar o significado da representação, desrespeitar a democracia e o seu sentido.
Foi único na já longa história da democracia portuguesa.

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Sunday, September 13, 2009
 
Com uma rodinha minha a dar-lhe andamento realizou-se o 1º Bicycle Film Festival, em Lisboa.
Tive ocasião de assistir a algumas demonstrações e a um notável filme "Where are you go", que traduziria por um "Onde é que vais" de Benny Zenga e Brian Vernor.
O filme sintetiza da melhor forma o que entendo que deve ser o espírito dos utilizadores e o objectivo do festival.
A bicicleta como elento de reflexão sobre a vida e as suas ligações, reflectida nesta viagem do Cairo ao Cabo, que é um momento sublime de Zen e de introspecção, e de vivências, e de imprevistos.
A bicicleta, instrumento de mobilidade, aqui assumida como mais que isso, como forma de estar e de cultivar a relação consigo e com o mundo.
Este Festival que com a tal rodinha teve algum apoio da C.M.L. merece um maior envolvimento da autarquia, pois ajuda a equacionar a forma como a mobilidade e os transportes não poluentes são importantes para novos paradigmas e novos horizontes.
E foram momentos importantes para a malta das bicicletas e empresas que destas fazem lógicas de economia se encontrarem e criarem sinergias e simpatias.
Parabéns aos esforçados organizadores e que continuem a pedalar.
Diz-nos um pensamento Zen: #A vida é como uma bicicleta#, para bom entendedor...

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Friday, September 11, 2009
 


Hoje fiquei logo de manhã a #Navegar#, com o magnífico produto final, que com as artes do Nuno Farinha, o simpático prefácio do Carlos Pimenta e o sempre atento olho do Fernando Mão de Ferro, já vé a luz.
"Navegar é Preciso" é talvez um dos mais bonitos produtos que foi produzido com a minha mão, e já são vários, e estou certo será um precioso auxiliar para ajudar a consciencializar para a cidadania e a sustentabilidade.

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Wednesday, September 09, 2009
 
Sou pouco de medalhas e prebendas.
Pela primeira vez na vida, fui a uma cerimónia de atribuição dessas.
As medalhas de Ouro da Junta da Extremadura obedecem a um complexo processo.
Anos houve em que só houve um galardoado ou dois.
Este ano, na véspera do Dia da Extremadura (dia 8) e entrando por ele adentro, no espectacular teatro romano de Mérida, com um calor tropical foram atribuídas dez medalhas de Ouro, o máximo galardão extremenho.
O cerimonial deste processo é envolvente e cada medalhado tem uns minutos (entorno de 3... ou mais) para os agradecimentos, as declarações de intenções e também para a explicação, útil e com-envolvente.
Estive presente por Barrancos, que foi medalhado.

Pelo que é e tem, temos sido, terra de muitos acolhimentos que também a fizeram e lhe estruturaram a identidade e o ser, a fala, assim como os usos e tradições culturais.
Pela sua gente, que passa e se presenta com um Hagá grande de HUMANIDADE, de solidariedade, de afectos e de tolerância.
E pelos maiores de que ressalvo hoje porque ligados ao evento que nos medalhou o tenente Seixas e o capitão Soares, o meu primo Pelicano Fernandes, homem bom verdadeiro João Semana de Barrancos, ou o bom cónego Almeida, cuja memória o padre Agostinho também honrou na comunidade.
E os meus vizinhos e amigos Ti Marujo e Tia Remédios que ainda cantam, e o meu bom e recordado amigo Zé Barralha, todos presentes no filme "Refugiados em Barancos".
Mas não quero deixar de referir com saudosa memoria o meu saudoso tio André Garcia que albergou e salvou muitos refugiados anónimos nas Taipas, em história que só as pedras contam ou o primo José Augusto Fialho que manteve a honra e a integridade no momento em que por terras de Espanha soavam gritos e vivas a La Muerte, qual Unanamo, magnífico, a desafiar o general Yanés.
E tantos, tantos outros que por acá acolhemos, alimentámos e tratámos, todos, sem olhar a quem.
Quem salva um homem, uma mulher salva a humanidade, e aqui, nesta Terra Única a conhecemos, com todas as dificuldades e espinhos, mas com a honra e a dignidade toda.
Em representação e também honrando o povo de que é filho com um belo e adequado discurso esteve o Presidente da Câmara António Pica Tereno, e meu querido amigo.
As palavras lhe soaram sentidos e belas na resposta que deu, em nome do nosso povo, pelo nosso povo, a quem agora nos retribui o afecto e nos medalha com agradecimento.

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Sunday, September 06, 2009
 
Realizou-se ontem a 1ª Conferência Ibérica das Zonas Uraníferas, em Mangualde, iniciativa da A.Z.U., com o apoio da Quercus, dos ex-trabalhadores das minas de urânio, do Movimento Urânio em Nisa Não, e da ADENEX e Ecologistas en Accion.

Estiveram presentes mais de 50 pessoas, numa conferência particularmente rica de conteúdos e com intervenções da maior qualidade, de que destaco especialmente as que foram apresentadas pelos convidados estrangeiros Francisco Castejon (Paco) e José Maria Gonzalez (Chema), bem como a de Marisa Matias, por nos terem apresentado dados novos e análises enquadradoras dos diversos aspectos desta problemática, além das intervenções da Mª Lurdes Cravo e do Paulo Bagulho nos terem problematizados as questões nacionais com sobriedade.
Mto bem também esteve o José Luís Cardoso em representação dos ex-trabalhadores, que cumpriu o papel de substituição do António Minhoto, que esteve na conferência noutra qualidade.
De assinalar ainda as palavras iniciais do Presidente da Câmara (Soares Marques) e do Presidente da Mesa da Assembleia Geral da A.Z.U. (Américo Borges).
Estiveram presentes e no final intervieram os candidatos a deputados Miguel Esteves (MMS) e António Minhoto (independente pelo BE).

Foi uma conferencia de grande densidade de reflexão esta a que tive a honra de presidir.
A articulação entre a mineração de urânio e todo o ciclo deste, o processamento, o enriquecimento, e a produção de energia ou o poder da bomba, foi com detalhes referido pelos convidados do Estado Espanhol, para além dos problemas das terras devastadas pela mineração, a saúde das populações em risco e as questões das compensações aos ex-trabalhadores ser cópia a papel químico dos problemas nacionais. Foi mencionada a economia de casino associada à exploração de urânio e as flutuações dos mercados, tudo mais uma vez interligado a todo o ciclo.
A articulação inseparável entre a saúde das populações e os problemas das terras, assim como os direitos dos trabalhadores foi tópico desenvolvido com detalhe de estudo de doutoramento por Marisa Matias, que embora estivesse na qualidade de especialista não deixou de comentar as politicas europeias como eurodeputada.

Numa súmula da reflexão desta Conferência foram os candidatos a representantes da nação em sede legislativa inquiridos sobre o que pensam:
A) sobre os processos de recuperação paisagística, de cofinamento dos resíduos e retenção e tratamento das escorrências e lixiviados das águas
B) as formas de acompanhamento da monitorização das populações, e nestas sobretudo dos ex-trabalhadores e famílias, do ponto de vista de saúde
C) qual a sensibilidade que têm para resolver a situação de constragimento económico e social dos ex-trabalhadores discriminados por arbítrio legislativo e, finalmente
D) qual a posição que defendem em relação ao eventual desenvolvimento de novas áreas de mineração, concretamente em Nisa.
Se o candidato do MMS mostrou boa vontade, mas viu-se que manifestamente que os assuntos escapavam ao seu conhecimento e possibilidade, sendo de realçar a sua presença e empenho em informar-se, e se não devem ser esquecidas as ausências, graves e significativas dos restantes, do António Minhoto não houve surpresa, para além da emoção que colocou no compromisso que assumiu, que continua, e essa para quem o conhece também não foi surpresa.
Penso que ele será, se conseguir superar a dura luta que enfrentará, uma voz, a voz que levará ao Parlamento as questões, as reivindicações da recuperação destes espaços devastados, do direito dos ex-trabalhadores, a defesa da saúde dos homens e mulheres destas terras ofendidas, e também a defesa intransigente da sustentabilidade.

Acabou a jornada na Cunha Baixa, com um cordão humano. Enquanto passeava pela aldeia cruzei-me com duas simpáticas velhotas que me perguntaram o que era aquilo.
Disse-lhes e logo me disseram da sua satisfação, por alguém se preocupar com aquele lixo, mesmo em cima da aldeia.
Por vezes pequenas coisas deixam-nos felizes por lutarmos....

Post Scriptum:
Não quero deixar registado que esta 1ª Conferência terá continuidade, eventualmente nas Cortes em Madrid, organizada agora pelos nossos amigos do Estado Espanhol, para alem de, dos contactos e simpatia construída resultar uma melhor circulação de informação e de empenhos

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Thursday, September 03, 2009
 
Sou um defensor de:
Pagar a política que queremos.
E desde 1976 que sou, com muitas interrupções anuais, membro de um Partido, mesmo quando o fui, também, de outros….
Um Partido “não-partido”, internacional, não-violento, federalista, socialista, liberal, anti-proibicionista, ecologista, libertário, radical em suma.

Sou membro, agora pelo 3º ano consecutivo, do Partido Radicale, sediado em Itália mas com dispersão mundial.
É um partido que intervêm nas instituições e aproveita, todas as suas potencialidades, para defender causas e posições nestas e contra estas, e para modificar as leis em nome do direito.
Foi, é o “partito” central na luta pelo divórcio civil, pelo direito à vida do direito e ao aborto pelo direito da mulher, e agora pela legalização das drogas, de todas,,, e da eutanásia, pelas experiências com células estaminais.

Em Itália, como cá, os partidos são subvencionados se com representação parlamentar. O Partito recusava essa e subvencionava-se só com o dinheiro das cotas e doacções.
Muitas organizações e associações floresceram devido a isso.

Pagar a política que queremos levou os eleitos radicais, nas listas do Partido Democrático, entre os quais Ema Bonnino (hoje vice-presidente do senado), a publicitar as suas declarações fiscais e rendimentos.
Em Portugal também essas, de todos os titulares de cargos públicos que são obrigatórias deviam ser também publicitadas.
Voltarei a este tema, a propósito de ideias nulas….

O Estado Social e de Direito Democrático não deve deixar de pagar os custos da democracia política, mas os que nessa exercem cargos, de representação ou de escolha dessa, devem ser como a mulher de Cesar...

Nota:
Fiz um curioso inquérito que está em:
http://sic.sapo.pt/bussolaeleitoral
o resultado foi muito idêntico a outros inquéritos que já fiz a nível internacional em que normalmente fico: liberal/libertário ou socialista/liberal.
Devo dizer que gostei do resultado:
Libertário-cosmopolita, e fiquei na nebulosa do PS, e com proximidades ao Bloco. Certo.

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Wednesday, September 02, 2009
 
O tempo tem tendência a encolher, qual casa do Vian, Boris.
Ainda ontem estava na praça de Barrancos a pensar os rumos da identidade local,
e já estou a viajar para Mangualde para o Encontro Ibérico sobre Minas de Uranio,
e a pensar na ida a Mérida na próxima 2ª (dia 7), para com o meu povo e a sua representação receber da Junta da Extremadura a medalha de Ouro, pelos feitos heróicos da população de Barrancos, durante a Guerra Civel de Espanha, em que além dos 1020 recenseados e salvos pelo tenente Seixas e outros oficiais e militares que honraram o uniforme, salvou muito mais gente anónima com o seu apoio desinteressado e humano.
E regressarei a Lisboa, de onde irei ainda este mês a Caldas e a Viseu, em acção cívica e política.
Entretanto algum trabalho na prossecução de lógica de informação sobre Energias Suaves...
Tudo isso não me tem deixado tempo senão para detalhes cansativos e aborrecidos...e pouco tempo, lá está ele a encolher,,, para leituras do espaço e dos alinhamentos das palavras.
Cheguei a um terço, cerca de 300 páginas das "Bienvieillantes", livro fabuloso que é um sufoco e um lavar de sentidos.
E sem outro tempo para troca por aqui me fico, hoje.
 
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