insignificante
Thursday, January 28, 2010
 
Faz agora dois anos morreu o meu amigo Humberto da Cruz, agora no mesmo mês morreu o meu querido amigo José Januário, na altura fui a Roma em social, agora vou aos Açores em trabalho.
O mesmo Karma a acompanhar-me... neste tempo triste como dizia R.Chandler, "dizei o que sentis e não o que tendes que dizer"...
as palavras são todas escassas e a sua lógica e organização tem que ver com sistemas de poder, a estruturação e o assumir deste. nenhuma tem virtude de transformação de "per si". Todas as palavras se podem inventar, re-inventar.
A felicidade é a infelicidade como dizia o Orwell na desestruturação da linguagem que re-construiu nos seus épicos/romances sociais.
Amanhã vou aos Açores.
Duas conferências e uma reunião de agentes de Educação Ambiental, com os quais os meus amigos mencionados estavam em total empatia, e uma investigação sobre o vulcanismo e os processos de recuperação energética dos seus produtos (a geotermia) vão-me perder no meio do Atlântico.
Que os seus remotos e fantásmicos epígones me lembrem o passado e me levem com esse aos futuros.
Aqui voltarei no dia 3 ou 4 de Fevereiro....

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Hoje dei uma entrevista sobre o orçamento de Estado.
Para além de coisas de bom senso, como a crítica à lógica de investimentos insustentáveis em grandes infraestruturas e a necessidade de recentramento na re-abilitação urbana e novas lógicas de ordenamento do território, da crítica ao congelamento de salários na função pública, como restringindo a economia de proximidade e todo o seu ciclo, e uma referência às medidas de Obama em relação às auto-propinas dos gestores bancários deixei uma nota, penso que inovadora, sobre os impostos e o sistema destes.
Penso que a discussão do seu aumento é uma falsa questão, e tomando os casos da Grécia e da Islândia, referi e também mencionando o absurdo que é a nossa relação com Espanha, a necessidade de se criarem estruturas e metodologias unficadas no sistema de impostos na zona euro e também na União Europeia.
Fiz uma forte crítica ao apagamento da UE em qualquer crise internacional e o pavonismo sem sentido dos seus "avatares" em vez de se lançarem com visão na construção de uma lógica de financiamento global e unificada.
Deixei, nos minutos que me coube com veemência alguns tópicos que deveriam ser meditados e desenvolvidos por quem de responsabilidade.
Também referi que o grande problema do orçamento é a incapacidade de estabelecer regras claras e metodos que com objectividade impulsionem o mercado e a economia real, e esses passam claramente por combater também o despesismo e as tais obras faraonicas no "presupuesto".
Mas o grande problema vai continuar a ser a pequena chicana e estatura dos nossos representantes...

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Diz Henrique Pereira dos Santos, cujas opiniões retenho como das mais bem estruturadas na área do ambiente nacional, independentemente de nem sempre as subscrever,
em www.ambio.blogspot.com
que a dívida do Estado é o maior problema ambiental nacional.
O artigo é auto-evidente e de uma clareza cristalina.
Já houve tempos em que o problema era outro.
Neste momento estamos a caminho de um Estado refém dos interesses, dos interesses das corporações, das empresas e dos vigaristas ou sucateiros.
Sem saúde na economia, e sem uma ideia clara da regulamentação adequada, procedimentos claros e transparentes, regras eficazes, e lógicas economicas também balizadas por uma estrutura da justiça igual para todos, célere e prestigiada, e tudo isso são elementos obvios de um Estado capaz, não existe ambiente que resista.
Os exemplos que ele dá são excelentes, e poderia acrescentar os favores dos PIN.s ou golpaças com o tráfico de resíduos (e não é só o tal sucateiro).
Noutro dia como aqui referi mencionei num debate as situações das Câmaras, outras que reflectem a ausência de autoridade de Estado (para já não falar do que se passa na Madeira "Nostra"). Tudo é decorrente de não sermos o Haiti porque temos passado, história e U.E., mas a caminho da Grécia e da Islândia já estamos.
E o ambiente, onde se podem gerar negociatas várias (os Sopranos são, como o controle real dos lixos pelas Mafias, um exemplo).
Estado falido, falta de visão, colapso da estrutura regulamentar, incapacidade do sistema judicial, também capturado por lógicas de perversão, sociedade anestesiada pelos médias e suas lógicas (LSD/TV a cores...) e tudo isso favorecendo delírios messiânicos, com base nos populismos mais abjectos.
O ambiente é o parente mais pobre e o saco onde se vão descarregar os lixos ou as lógicas de especulação e desvario dos pseudo-projectos que permitem a alguns rentabilidade.
No fim é um processo globar e articulado.
E sobre o qual, também neste caso, só posso dar toda a razão ao H.P.S.
Sem Estado, ou com este em inacção, não há ambiente. A dívida pública é o seu maior problema.
 
Tuesday, January 26, 2010
 
Os biltres, reisinhos, reis, duques ou quejandos,,, (afinal só três, os outros ter-se-ão acobardado ou visto a insanidade de todo o processo) da Amnistia Internacional de Matosinhos levaram-me a uma simpática reunião ao Tribunal em Moura (onde o julgamento, a ter lugar, se deverá realizar).
Não devo entrar em comentários sobre a conversa.
São uns velhacos, e eventualmente terei que levar um dicionário, e uma professora primária para lhes explicar o significado das palavras.
Um dos reisinhos tem insistido, repetidamente, para que eu seja seu amigo...é que nem sabem como funciona a internet, ou os preceitos legais que regulamentam o uso desta...
Mas os machotes de Matosinhos vão ter uma grande, grande surpresa...Ver o tal Artigo 240....
E ainda não sabem o que os espera...
P.S.
Sei muito bem quem é esta gente. É a pior escória social e encontraram na A.I. poiso depois de andarem a cheirar tudo quanto lhes pudesse dar tacho ou tachinho. É gente doente física e psicológicamente que procura com as sucessivas guerras que tem comprado com os orgãos sociais da A.I. ter o seu momento de fama ou aliviar a cabeça dos seus problemas. Nada disto é pessoal, porque como digo tenho, com discrição, dispensado subscrever a amizade com que um destes fulanos me tem procurado brindar, e recordo bem chamadas para o telemóvel de cerca de uma hora de algum deles a laudar-me.
Agora, e em verdade nunca, não tenho é o mínimo de respeito com gente deste jaez... Imaginem que a queixa foi apresentada alguns meses depois de eu lhes ter dito algumas verdades e descrito factos que aqui, neste blog pessoal se encontram,... alguns meses depois... na altura em que eu era candidato a uma posição política executiva... imaginem a dor de cotovelo que para ali vai...ou será de outro orgão???
Haja deus, que com esta escória social e também política eh, eh,eh isto só pode piorar...
Como dizia o Eça... bengalada com eles...

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Monday, January 25, 2010
 
Foi há 30 anos que conheci o José Januário.
Na altura era ele colega do meu irmão e de vez em quando aparecia lá por casa. Era baterista numa banda e um estudante aplicado.
Quando precisei de um advogado para um projecto de estruturação de um quadro normativo para a implementação das leis na área da organização do território foi a ele que me socorri.
Com o José Eduardo Agualusa povoámos uma sala no Ministério do Ambiente, onde na altura pontificava o Carlos Pimenta.

Posso dizer que criámos amizades, que se prosseguiram de diversas formas, sempre com muitas estórias.
O Zé tornou-se um especialista em direito, na vertente de ambiente e energia, e com um percurso sempre ligado aos expoentes do P.S.D. dessa área.
Continuámos a colaborar, regularmente vinha dar umas aulas aos meus cursos, e a cultivar uma amizade sem tempo.
Com outros amigos acompanhámos vários desenlaces familiares, particularmente doloroso o da irmã, e sempre com carinho procurámos que ele superasse as angústias, também da morte da Carla, resultantes.
Recentemente, há 4/5 dias tinhamos almoçado e ele estava muito feliz, tinha pela 1ª vez a sua "tribo" toda e em termos profissionais tinha-se empenhado na nova proposta de lei de bases do ambiente, que o grupo parlamentar do PSD e o Zé Eduardo Martins tinham apresentado, um excelente documento tenho que referir, pese a confidencialidade que na altura me solicitou.
há dois dias falámos e trocámos uns emails a propósito da ASAE e de problemas jurídicos relacionados com essa autoridade policial.
No último almoço falámos de uma visita, com a família, a Barrancos, onde no nosso último jantar liquidámos uma "Ceia Velha"...
em Barrancos recebi ontem da Nicole e do nosso comum amigo Tomáz a noticia.
Demorei 5 horas para chegar a Lisboa, enevoado com o Karma.
Hoje é dia de tristeza, que vai ficar, parada, no tempo e na memória.

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Friday, January 22, 2010
 
Como referi, na Sociedade de Geografia, acabei por improvisar a partir de umas notas.
e embora tenha referido a situação na CML (e o papel de Helena Roseta na moralização e implementação de normas para atribuição de casas camarárias) e o caso abdominável dos paquetes de luxo no Haiti (com a concordância e conhecimento pessoal do Mira),
deixei o caso do anti-proibicionismo para outra ocasião, sendo que no caso me interessa seja a motivação liberal (direitos individuais) seja a economica (offshores, economia negra, Ziegler,etc),
assim como deixei para outra ocasião a questão do direito de compensação aos ex.trabalhadores do urânio, tema em que sou recorrente...
Foquei-me nestas notas:

Democracia é auto-controle
Liberal/libertário

Justiça justa //
Direitos todos

Direito à vida do direito,
transformação do direito em mais direito

Procedimentos claros
Regras e formas transparentes

Respeito pela palavra dada
Politica...

Ser verdadeiro para a com a consciência
Eu

até que o Mário Parra me pediu para concluir nos 1ºs 18 minutos pode dar um enquadramento da ética.
como nos diz o Fernando Savater, com Jonathan Littel os meus autores ontem de citação, a ética é um "enquadramento".

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A Sala da Sociedade de Geografia estava cheia, cerca de 80 pessoas contagem a olho vivo.
Irei trazer aqui algumas considerações que fiz (completamente fora do que tinha planeado...mas penso que pertinentes e que focaram pelo menos o discurso do António José Seguro).
Para além dele com quem compartilho décadas de debates e com que estive muito de acordo, gostei das intervenções da Teresa Caeiro (do CDS). O Mira Amaral é o Mira e pronto. Deu uma lição magister de economia, com a qual se pode em grande parte concordar, e outra não.
O Mário Parra, presidente da APEE, que se deve felicitar percebeu que ao Manifesto “Ética Global na Economia” faltam algumas vistas...embora seja, desde logo há que referi-lo, muito bom...

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Sunday, January 17, 2010
 
Merece comentário a notícia de hoje do Correio da Manha.
E também o teor dos comentários abaixo do asco que enxameiam a notícia no online. Sobre esses escarro.
Sobre a notícia, com todas as reservas de só ter acesso no online e de saber a, eventual,diferença entre os factos e a sua difusão:
(...)
Droga adulterada faz nove mortos

Toxicodependentes dizem que andam a misturar gesso ou cal na heroína traficada na Baixa.

(...)
Esta deveria ser a notícia que devia motivar o legislador a estudar as formas de legalização, e portanto controle do processo de comercialização e sanitário de todas as drogas.
Como tenho referido repetidamente para romper com o ciclo de dependencias é necessária coragem política e caspacidades no terrenos.
9 mortos, e outros que se anunciam, deviam levar a uma profunda reflexão.

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Friday, January 15, 2010
 
Não sei se o Velez também irá ao vergonhoso acto, em que com total desvario (dizem-me que está com demência) o sr. Presidente da Republica vai condecorar o famigerado Santana Lopes (por altos serviços prestados à nação... só contado pra você!).
De facto o maior biltre da política portuguesa só podia ser condecorado por um presidente neste estado.
Não há palavras, é que não há mesmo palavras.

PostScriptum
Será sobre a palavra e o seu significado (bastou-me brandir o significante para arquivar processos...) que irei falar na próxima 5ª na Sociedade de Geografia

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Thursday, January 14, 2010
 
Ai Haiti...
Já enviei a minha solidariedade possível para a A.M.I.
Não quero deixar de mostrar o meu maior constrangimento.
Mas,,, não devemos esquecer, agora que se gera uma solidariedade maciça, as responsabilidades. O sismo 7.0 da escala de Richter não seria suposto causar esta destruição (relembro para comparação que tivemos um recentemente que atingiu 6.0 e não provocou estragos e que em 2008 na China passou os 8.0 e tendo sido numa zona densamente povoada provocou cerca de 60.000 mortos e na altura 25.000 desaparecidos).
O Haiti é governado, em regime de tutela pelos Tonton Macoute (tropa de choque da familia Duvalier, que organizações internacionais, como a Transparency, referem que roubaram metade do tesouro nacional) e desde o ínicio do século XX tem sido devastado pelo capital financeiro norte-americano e destruída a floresta tropical e exauridas as terras agriculturadas (além de que depuseram duas vezes o presidente democráticamente eleito Jean Aristide).
Ao ver as construções (em ferro e palha...) sem quaisquer sistemas de protecção articulada só podemos culpar quem tem tido a gestão deste país que é um dos Estados falhados do planeta.
Não adianta chorar sobre o leite derramado, mas as carpideiras do costume fariam melhor assumir as suas responsabilidades e coordenar com processos claros e transparentes a ajuda internacional, ou lá irá para o bolso de algum Macoute...

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Tuesday, January 12, 2010
 
Hoje foi um dia cheio.
Estruturar a produção do filme e organizar os contactos.
Estabelecer o percurso da página/rede.
Tratar problemas com a instalações de paineis.
Contactos vários com a CML.
E burocracias diversas.
Choveu muito e o dia esteve cinzento.
Entretanto vamos retomando, também, as ligações...
Amanhã, outro dia.
 
Sunday, January 10, 2010
 
Estive detido três noites no Governo Civil de Pamplona, na altura em que ia participar no clandestino, ou pelo menos ilegal, Aberri Eguna, dia da pátria Basca.
Embora já fosse pessoalmente contra todas as pátrias, as condições de repressão, era 1º ministro penso que o Arias Navarro e o PCE ainda estava ilegalizado, o que tornava a oposição nacional/regional e os direitos culturais que lhe estavam associados um motivo de envolvimento.
Ainda estava também na memória o assassinato pelo Estado franquista de Garmendia e Ortaegui e a luta pela liberdade e os direitos era absoluta.
Passei nesses anos 70 várias vezes pelo país basco e Navarra (que não é a mesma coisa!) e recordo de um ano, já com mais radicalismo liberal incorporado ter comprado numa banca em Vitória uma revista(que tinha sido retirada do mercado pelo Estado) do entorno da ETA que tinha uma página que me dissociou, completamente tenho que referi-lo, da simpatia que ainda mitigadamente o nacionalismo político e cultural me motivava.
Dizia a propósito de dois assassinatos protagonizados pelos seus esbirros "los nuestros son errores los otros son crimenes". Achei que este nível de trogloditismo absolutamente infame, e nunca mais me mereceu a mínima simpatia qualquer discurso desta gente, nem dos seus sequazes ou desculpabilizadores. Já se vivia então em democracia política.
As minhas referências já solidificadas eram o pensamento liberal/libertário e não violento e encontrei nalguns bascos (como Savater) uma escola de pensamento.
Sinto que a agonia desta escumalha não vai ser pacífica e eu que acompanhei a viagem nas instituições dos Verdes alemães e de expoentes destes que bordejaram a guerrilha urbana julgo que dado o que conheço do pensamento racista e religioso em que se baseia o nazi-basquismo que não será sem alguma dor que se porá fim a este banditismo sem política ou moral.
Hoje chegaram a Portugal. Devem ser rapidamente extraditados e presentes a tribunal em Espanha, e não me venham os capangas do costume fazer campanhas pela sua não extradição (*).
São bandidos de delito comum, sem ética nem sentimentos. São só a pior escória que a humanidade produziu.

P.S.
Hoje uns pândegos lançaram a ideia de um referendo sobre a estrutura normativa do Estado (Republica ou Monarquia). E o que é notável é que mereceram notícia. Isso é que é absolutamente motivo de galhofa...

(*) Os capangas do costume já se fizeram ouvir.
E invocam, mal, um relatório da Amnistia Internacional, que refere casos de tortura e tropelias policiais em toda, toda a Espanha, que se tem registado. É claro que é inaceitável tal situação, que tem sido pontualizada e que merece total censura. Mas tal não impede a extradição, dado que não é uma atitude recorrente e nada na legislação e prática normalizada do Estado Espanhol obstucaliza que a extradição já deva ter sido, a esta hora, concretizada... E dito isto não respondo, nem tenho nenhum mandato para dar opinião, pela AI a não ser a minha capacidade de interpretar os textos e sobre eles dar a minha opinião. Em relação ao nazi-basquismo todos os cuidados são poucos...

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Faz um frio gelado.Se fossem necessárias mais evidências para que vivemos, de facto, um tempo de alterações climáticas não precisávamos de mais (aquecimento, arrefecimento resultante das águas de degelo polar terem entrado nas correntes maritimas provicando este frio chuvoso e gelado) , retirei a ovelhinha do armário.
Almoço no café Império e leituras de jornais.
Artigo notável de Vargas Llosa, no El Pais, sobre a luta contra a droga e o anti-proibicionismo.
Não há volta a dar. No mesmo jornal um artigo sobre a mafia calabresa, a confirmar o desenvolvimento referido.
Só políticas de coragem é que podem pôr um fim ao flagelo, respeitar o direito individual e dar expressão a uma sociedade informada.
E outro artigo notável de Paul Krugan (Nobel da Economia) a explicar que os sinais de retoma são mera ilusão e que 2010 vai continuar a afundar a economia sem fim à vista.
Reformular os quadros de investimento e priviligear as economias locais, alterando padrões e desenvolvendo lógicas de proximidade é o único caminho para nos mantermos à superfície. Produzir, consumir, viver no local, e penalizar os custos energéticos da produção através de sistemas de impostos (incluindo os transportes) é um dos elementos para a sociedade e o planeta sobreviver.
Vamos ver se não enregelamos todos...

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Friday, January 08, 2010
 
Instalaram-me um novo móvel e já instalei, mais ou menos organizados cerca de dois mil livros, que devem ser pouco menos de metade dos que tenho dispersos por dois locais e 5 móveis.
Ao organizá-los, por autores ou géneros redecobrem-se muitos livros esquecidos, e fazem-se descobertas interessantes, por exemplo sobre os meus favoritos, Savater, Eco, livros sobre religião e gastronomia, romances também Eça, Sena, Agualusa, Mia, Sepulveda, Montalban, e outros embora poucos autores com mais que 2 ou 3 obras.
Muita história também e alguma sociologia. Economia dispersa, mais no andar de baixo, que hoje a disciplina tem que se interligar com a sociedade e o ambiente. E também muito ambiente disperso pelos diversos sectores.
É díficil organizar uma biblioteca, e lembro sempre livros que tive que deixar, nalguma das casas por onde passei, ou por relações que tive, e normalmente é sempre o tal que faz falta...
Bom, é a vida...

Hoje foi aprovado um projecto lei do governo, do meu ponto de vista inconstitucional por restringir direitos, nomeadamente o de adopção, aos cidadãos que pretendam juntar-se no quadro da lei.
Pensei nos homofobos de Matosinhos (e não é que um dos tais me tem escrito...a pretender que eu seja "amigo" dele!, fantástico. Escolho as minhas amizades criteriosamente e só as mantenho se o padrão de exigência que me imponho for cumprido...talvez por isso vou ficando cada vez mais a ver o lume...é também a vida) e no que penso que foi o erro da A.I. de não lhes colocar um processo, que conduzisse à sua expulsão, por manifestamente não respeitarem os príncipios que devem enformar a organização.
Não há direitos de 1ª e de 2ª, não pode haver preconceito no quadro da luta pelos direitos, todos.
Não há caminhos sem regresso, não há pegadas que não sigam pegadas.

Também não tenho tido notícias de outras políticas, a não ser a minha re-filiação no comité nacional do Tribunal Russell e reparei, a propósito, que Israel, o judaísmo, teorias sobre o tempo e o modo desse, a história, o Holocausto são talvez, sem que tal seja uma "mania" os que mais abundam na parte re-organizada da biblioteca.
Para a semana retomo a labuta mantida, do gelo que invade Barrancos, virtualmente.
O mundo segue, duvido que à procura de seja quem seja.

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Thursday, January 07, 2010
 
Codé di Dona não vai tocar mais.
Quem o ouviu se transportou, nas notas que o acordeão e a voz rouca, com uns pauzinhos a acompanhar, a outros tempos, a tempos longi, a tempos de outros tempos.
E se deixou ir na festa da nota solta ao ritmo da morabezza.
Aqui fica o registo no tube de um dos que fizeram o povo das ilhas.

http://www.youtube.com/watch?v=JOCVtXhSUII&feature=player_embedded#

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Numa das listas em que participo, articulada com o excelente blog: http://ambio.blogspot.com/, coloquei uma inserção que aqui parcialmente reproduzo:

No meu recente livro #Navegar é Preciso# aponto com detalhe o erro, gravíssimo, de Alqueva, no que continuo a reputar o mais grave crime ecológico e económico dos responsáveis políticos nacionais (e não esquecer que Sócrates era Ministro do “Ambiente”).
Alqueva continua a produzir quase zero de electricidade, regadio não existe senão nalgum olival intensivo e campos de golfe e marinas sem dar nenhum emprego local são diversos.
Não deixo de recordar polémica que tive, envolvendo MST, com jornalista falecida (Sanches Osório) em que referia isto mesmo, perante o despaupério dela, envolvida com industrial dos cimentos, que achava que isto iria ser uma delicia...

Escrevo esta nota no momento em que a cota 152 foi ultrapassada, sem que disso viessem senão mais desvantagens... pois imensa, imensa vegetação não foi arrancada e a eutrofização irá em aumento (para já não falar dos problemas dos barquinhos...).
Não sei se ainda há coelhinhos canibais nas ilhas ... mas a o ambiente de toda esta zona empobreceu enormemente e nem a Coitadinha (onde por pressões várias se articulou uma lógica sustentável) é compensação suficiente.

O Alqueva desapareceu da mitologia comunista que o prezava (e os Verdes que o apoiaram nunca mais se ouviram...) e hoje é só um ardil para de vez em quando alguém vir inaugurar mais um espantoso (como dizem o s espanhóis!) emprendimento fotovoltaico, além de sem qualquer nacionalismo referir que face aos limites da produção olivícola andaluza serem deles os Olivares (há saudoso Duque!).
Chove desalmadamente e o frio é intenso. No mencionado livro menciono, sem ser um especialista mas um generalista, que tal não é senão uma das faces das alterações climáticas (erosão dos glaciares, e alteração das correntes oceânicas).

Depois do congresso da ASPEA, nos Açores, onde irei animar uma oficina sobre outro livro, também já em livraria # Contrariando as Alterações Climáticas, Energias Sem Fim#, também da Colibri, estarei disponível para visitar escolas e colectividades para “missionar” sobre estes temas, sem custos para os organizadores.
O frio enregela os ossos, a cabeça ainda suporta os custos do lume de ontem ou será do Ceia Farta... o Alqueva, um dia, será implodido...
(...)

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Wednesday, January 06, 2010
 
Li muitos livros sobre bibliotecas...de Borges a Eco, de Montalban a Levi-Strauss. Esqueci muitos livros, que agora ao re-instalar a mesma agarro como se nunca tivesse lido, e muitos já estão esquecidos nas tormentas dos neurónios e das suas sinapses.
Encontro pequenos segredos e outras iguarias, que no tempo consumi.
Discursos e poder vertidos em palavras organizadas em proposições.É um cansaço imenso organizar os milhares de livros que se acumulam por diversos locais, as costas sentem o peso do conhecimento, e tal como esse dentro em pouco o esquecerão.
O tempo chuvoso não ajuda a tarefa herculea, que se estrutura em dois pisos e em muitos andares de referência, mas talvez fique mais organizado, talvez possa olhar para a vida que percorro ligado a discursos outros, e por vezes também meus que já ultrapassei a vintena de livros a sós ou com acompanhamento de ilustrações, fotos ou desenhos ou de outros autores...desde o perdido #excerto poético# ainda em 1975...
E embora chuvoso sinto que o regresso ao que compra o pão e o vinho aperta,a organização da ida aos Açores, a preparação do filme, o ponto da situação das informáticas e ha, ha a política...
Pensei sobre essa nestes dias, e além dos envolvimentos cívicos, com os companheiros da A.Z.U. e outras actividades pela paz e os direitos humanos, sinto-me em expectativa.
Na C.M.L. com duas vereações executivas e o trabalho organizado deixei de ter espaço e não me agrada a representação, por isso irei simplesmente manter o compromisso espiritual e pouco mais...
No país parece que alguma coisa se está a mexer,mas vamos deixar o tempo e a continuação da degradação do actual espaço público e dos seus representantes e esperar que essa em articulação com os tribunais também por cá possam dar cabo do regime usurpado pela "partidocracia mediocrática".
E embora não esteja certo que sejam as próximas já se fala nas presidenciais.
Também aí julgo que a chuva, ou a água fará o seu caminho.
Nunca foram eleições do meu agrado, sou por uma republica parlamentar com dois orgãos, e salvo um empenho comprometido com Mário Soares em 1985(?) e outros mais discretos sobretudo contra...nunca me envolvi sériamente nessas, o populismo e o culto napoleónico que a este acto/orgão está ligado, a sobranceria dos"eleitos" pessoais, mesmo antes de o serem nunca me agradou.
Não penso, ao contrário de ilusões em bloco, que as presidenciais tenham a mínima importância para mudar a política.
As dores de costas vão passando. Lembro-me que tenho ainda uma tonelada de sabedura para deslocar...
 
Monday, January 04, 2010
 
A caminho de acabar umas obras em casa, e arrumar finalmente parte da biblioteca, passo por uma pausa para re-organizar o corpo.
Amanhã novamente no imenso Alentejo irei estruturar o início do ano, os tempos e os modos deste, programar eventos e produções.
Tentar continuar a pensar o impasse em que o país se consome e nós sem lhe vermos caminho nele.
Tem sido um descanso, sem sms(cancelados), sem telefone (desligado) com poucos, mto poucos emails e a esmagadora a não ser de resposta.
Leituras e escritas, que novas épicas se abeiram e uma ou outra pausa, raras, gastronomica...
Lembro outros tempos, lembro um Natal com neve em Lisboa, nos anos 60, memória parada à janela...
Lembro outros natais,,, em Agadir e um quarto cheio de sombras e o Marais/Paris com um pequeno almoço luminoso depois de valente ressaca, no Quartier Latin.
E outros no lume em Barrancos, muitos, desde que descobri o futuro no fumo desse.
Este ano, como já referi, a coisa está má,,,vamos ver o que fazemos do bicho.
O tempo continua escuro, chuvoso e ventoso. Boas notícias para quem tem agora até ao fim de Janeiro que dar fim aos frutos do azinho que são os pata negra, que em forma de porco ainda vão digerindo a boleta.
As matanças vão-se formando ao sabor das famílias e amigos e apesar dos animalistas que vão proliferando por espaços acépticos de vida e natureza.
Escritas vão-se acumulando na secretária e memórias vão-se dissolvendo no tempo.
Amanhã será outra véspera.
 
Sunday, January 03, 2010
 
O Hotel Palace do Bussaco é um hotel a precisar de renovação...
Num espaço único falta-lhe a lareira e a sala de fumo, essenciais para dar um toque de charme a esse espaço, propicio a leituras (e acabei a "Invençao do povo Judeu" e as "Chegadas" do Sarmento de Matos, livro também de erudição e estudo, além da notável Banda Desenhada #Magneto#).
E também nos anexos um spa não seria má ideia...
O tempo nebuloso ainda me permitiu uma longa passeata pela Mata, onde pude referenciar, e deixar a nota à gerência, a péssima, ou melhor inexistente, sinalização dos caminhos e dos locais de referência destes/nestes.
Inexistência de sinalização e uns mapas toscos que são fornecidos no hotel são pouca obra para um hotel de 5 estrelas.
Espero ouvir melhoras deste hotel/palácio fantástico, onde nos berçamos com uma parte da nossa invenção da história.
E o tal 2010, último da 1º década, chegou.

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