insignificante
Tuesday, February 28, 2012
 
Solidariedade com Paca Blanco e a sua luta


Informados dos dramáticos eventos (*) que têm atingido a activista Paca Blanco, bem conhecida de muitos de nós pelo seu envolvimento na luta pelo encerramento de Almaraz, luta pela protecção dos recursos do Tejo, e manutenção dos espaços em condições de sustentabilidade social e usufruto ecológico, vem os abaixo assinados manifestar por este meio a sua solidariedade pessoal, independentemente de outros envolvimentos que venham a desenvolver, e desta dar informação aos órgãos de comunicação social nacionais e do Estado espanhol.

É intolerável que a infracção da lei seja paralela ao ataque pessoal e espezinhamento dos direitos individuais de cidadania, num Estado democrático de Direito.

António Eloy, coordenador G.E.M.
António Regedor, docente Universitário/ecologista
António Serzedelo Presidente Opus Gay
Carlos Pimenta, ex secretario Estado do Ambiente
Emília Araújo, economista/direcção FAPAS
Fernando Santos Pessoa, Arquitecto paisagista
Helena Roseta, arquitecta, vereadora da CML
José Carlos Costa Marques, Presidente da Campo Aberto
José Janela, professor/presidente núcleo Quercus Portalegre
José Luiz Almeida Silva, director da Gazeta das Caldas
José Maria Moura, direcção do Movimento Urânio em Nisa Não
Luís Silva, engenheiro/activista conservação energia
Maria Teresa Nogueira, Coordenadora do G.T. sobre a China da Amnistia Internacional-Portugal
Miguel Duarte, Presidente do Movimento Liberal Social
Nuno Nabais, docente Universitário/Director da Fábrica de Braço de Prata
Nuno Quental, gestor de apoio a projectos (U.E.)
Nuno Sequeira, Presidente Quercus
Paulo Constantino, porta–voz do proTejo – Movimento pelo Tejo
Paulo Bagulho, empresário da restauração/ direcção do M.U.N.N.
Paulo Trancoso, produtor cinema/ecologista
Paulo Talhadas Santos, presidente FAPAS
Rui Cunha, empresário de Imagem e Comunicação
Serafim Riem, empresário de arboricultura
Teofilo Braga,professor/ecologista
Vítor Nogueira, economista/activista direitos humanos
Zé Justino, docente Universitária/activista dos direitos humanos

(*)

http://www.elperiodicoextremadura.com/noticias/extremadura/la-ecologista-paca-blanco-cede-ante-acoso_555666.html

http://www.elpais.com/fotografia/sociedad/Paca/Blanco/elpepisoc/20110319elpepisoc_5/Ies/

e aqui:
http://www.ecologistasenaccion.org/article22142.html

esta última que levou a que as perseguições redobrassem.

(Quem quiser o acordão pode pedir-mo)


Porque razão o apoio a Paca Blanco?

A máfia do ladrillo tenta subverter a lei e o direito e ameaça os activistas que se lhe opõem.
É um caso exemplar.
Numa área de Rede Natura projecta-se uma cidade de veraneio, marina, campos de golfe, vivendas, 550, equipamentos hoteleiros (em Portugal conhecemos bem o processo!!!)
Tudo ilegal, sem licenças nem autorizações..
Mas com a conivência de poderes instalados, poderes coniventes com essa máfia, a construção começa.
É posto um processo em tribunal e mesmo após a condenação, em 1ª instância, condenação à reposição da situação de referência, o projecto continua a marinar.

Começam entretanto as ameaças e ataques a uma activista local (que é uma mulher valente, mas,,, o alvo mais frágil), a Paca Blanco, bem conhecida dos portugueses pelo seu empenho permanente nas lutas pelo ambiente e sustentabilidade económica e bem estar social, militante de todas as causas anti-nucleares, “cerar Almaraz”, contra o cemitério nuclear de Cuenca e presente em Nisa e na Urgeiriça quando o seu empenho foi requerido.
Isto foi no ano passado, e na altura mereceu denuncia generalizada e apoio de organizações e personalidades do Estado Espanhol.

Este ano, em 13 de Janeiro o Tribunal Superior dá execução à acção cautelar:

Cito:

“A imediata paralização das obras de edificações e instalações da Urbanização Marina Isla de Valdecañas (...) e a proibição de ocupação ou utilização das instalações.”

Com insídia os mesmos meios mafiosos espalham uma série de calúnias e os ataques que nunca se suspenderam, retomam em força, um cocktail molotov chega a ser lançado pela chaminé da sua casa ,,, neste momento Paca Blanco está refugiada numa auto-caravana e colocou a sua própria casa à venda.
Em vez de criticarem os mafiosos que infringem as leis e beneficiam dessa infracção para realizarem laudas mais valias (de Pirro como sabemos) é sobre Paca Blanco que agora se procura fazer cair o onús da culpa, por vender a sua casa, onde não pode viver!.
Por mais este ataque agora também ao carácter da nossa amiga vimos erguer a nossa voz e dar este testemunho.

Ela, pessoalmente, já recebeu o nosso apoio (e de dezenas de activistas e dirigentes de organizações ambientalistas) e a disponibilidade de amplificar a sua luta e de todas as organizações cívicas e ecologistas da Extremadura.

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Monday, February 27, 2012
 


Já o Botas tinha batido a dita, mas ainda me lembro de por um beijo de despedida da namorada (lingua na língua) ter passado uma tarde na esquadra...

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Saturday, February 25, 2012
 


A Paca Blanco é uma mulher valente.
É um exemplo, pela sua actividade militante, em defesa de causas, e pelo seu contágio. A sua boa disposição e energia são como que um vírus que se infiltra e não pára.
A Paca é uma mulher desarmada mas com as armas da razão, da amizade e de toda a valentia do mundo.
Hoje está, falei com ela ontem, ameaçada. Por interesses ignóbeis, por gente que não respeita a natureza, as instituições democráticas e o primado do Estado de Direito.
Ameaçada na sua vida e nos valores que defende, que defendemos.
Transcrevo um comunicado de Ecologistas en Accion, a quem, igualmente transmito toda a solidariedade.
Continuaremos o combate!

22 de febrero de 2012
Ecologistas en Acción contra la operación de acoso a la activista Paca
Blanco por haber denunciado el Proyecto “Marina Isla de Valdecañas”

La organización ecologista denuncia la campaña de acoso político y
empresarial, así como la manipulación mediática de algunos medios contra la
activista Paca Blanco, perteneciente a Ecologistas en Acción, y reclama el
amparo de la sociedad y de todos aquellos estamentos de defensa de los
derechos humanos y la libertad de expresión.

Ecologistas en Acción subrayar, en primer lugar, que quien ha denunciado el
proyecto ilegal de “Marina Isla de Valdecañas” es la Confederación de
Ecologistas en Acción, una agrupación estatal integrada por más de 300
grupos Ecologistas, más de 30.000 personas socias y con presencia
prácticamente en todo el estado, y no sólo una de sus activistas.

A su vez, los ecologistas recuerdan que, la urbanización “Marina Isla
Valdecañas” es un proyecto que contempla la construcción de más de 550
viviendas, equipamientos hoteleros, un campo de golf de 18 hoyos y puerto
deportivo, en un terreno protegido. Hace pocos días se concedía la ejecución
provisional de la sentencia que estimaba la demanda presentada por
Ecologistas en Acción y ordenaba la restitución de espacio protegido a su
estado anterior.

Para Ecologistas en Acción resulta cobarde, desajustado e indigno que se
aliente una campaña de difamación y linchamiento personal a alguien por el
hecho de ser la persona que vive más cerca del lugar en el que se ha
cometido la ilegalidad. Esta represión constante a Paca Blanco busca a
través de la falsedad, juzgar a quien, precisamente, a buscado el amparo de
la justicia.

Las declaraciones del alcalde de El Gordo, Elías Correas, son, para la organización ecologista, profundamente indignantes, cuando dice que “han
pillado a Paca Blanco vendiendo la casa que tiene en el pueblo
aprovechándose de la urbanización de la Isla de Valdecañas”.
La terrible realidad es, que Paca Blanco, ha tenido que marcharse del pueblo ante el
acoso, las agresiones y la presión que está recibiendo desde que se denunció
el proyecto, ante la complicidad de la autoridad local.

A Ecologistas en acción le parece una aberración que en algunos medios se
hagan eco de quienes denuncian a Paca Blanco por intentar beneficiarse de la
urbanización ilegal de Valdecaña, cuando es evidente que quienes sí
pretenden sacar beneficio de la urbanización Marina de Valdecañas son
aquellos que promueven, realizan y tratan de vender el producto de este
proyecto ilegal.

Sostiene Ecologistas en Acción que su compañera se ve acusada en los medios
de comunicación de cosas absurdas. Dónde aparca, si tira escombros, si se le
escapa una gota del riego o qué texto tiene el anuncio de venta de su casa
pasan a ser noticias de interés regional. La organización ecologista señala
que, mientras se lincha en los medios a una mujer de 63 años, activista
voluntaria de nuestra organización, parece que se le concede menos
importancia al hecho de que los tribunales hayan dado la razón a Ecologistas
en Acción y otras organizaciones ciudadanas, sentenciando que la
macrourbanización es una operación urbanística ilegal.

Para Ecologistas en Acción, resulta escandaloso que las personas que han
infringido la ley y siguen profundizando el modelo urbanístico especulativo
que ha generado la crisis económica- financiera actual, sean mejor tratadas
en estos medios de comunicación que aquellas que denunciaron la
irregularidad.

prensa@ecologistasenaccion.org
http://www.ecologistasenaccion.org/

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Thursday, February 23, 2012
 


A pedrar, a alinhavar, a queijar, a termalizar, a passear, a percorrer o tempo e os espaço, em Nisa também tenho passado e nas Marias comi uns maranhos em tomate de altissimo gabarito.
Hoje encontrei esta foto, a pedrar.

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Tuesday, February 21, 2012
 
http://www.youtube.com/watch_popup?v=H4IF8OmLOMw

TUMBALALAIKA

Canto na Sinagoga portuguesa de Amsterdão.
 
 


Para os que conhecem se entreterem a procurar o "Wally", isto é "moi" e a minha casinha no povo.

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Do Publico:
Parlamento rejeita beber água da torneira porque sai 30% mais cara do que a engarrafada
21.02.2012 - 16:19 Por Ricardo Garcia

Sem comentários, a não ser que não sendo 1 de Abril, só pode ser palhaçada de Carnaval esta brincadeira!

Nota:
E para ver os charlatães e tontos que nos governam, ou melhor nos "representam":
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article1360563.ece

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A cultura, que se mantém viva, contra a xenofobia e o nacionalismo bacocos.

Reescrever a história?

Parece ser o objectivo dos deputados do PS, que na linha do pior pensamento político do século XX, acham que se pode apagar o passado, rasurar a história e talvez dar-lhe fotografias novas.
Tudo é de esperar dessa gente... que agora protesta contra uma peça de teatro, qual inquisidores ou apagadores de retratos.
A Guerra das Laranjas existiu, queiram eles ou não, na sequência dessa criou-se um imbróglio que tem que ver com a territorialidade e o património do espaço de Olivenza.
Que deveria ter sido resolvido à muito, não fora o seu estatuto híbrido servir às mil maravilhas os regimes convulsos durante todo o século XIX dos dois lados da fronteira e ter sido um dos pontos de um nacionalismo presporrente de Oliveira Salazar que assim afirmava o seu face ao do franquismo.
Depois do 25 de Abril aparece o "tonto" do Almirante Pinheiro de Azevedo (recordam-se que queria invadir Espanha?) a dar a mão a outros ditos "amigos de Olivenza" mas de facto amigos da onça, pois não foram eles e já os direitos culturais e patrimoniais dos oliventinos estariam hoje reconhecidos com as memórias e a sua dignificação.
Temos que referir claramente que Olivenza nunca foi portuguesa, era um lugar onde se misturavam povos de Portugal e Espanha, que na altura ainda não eram pátrias, mas lugares, só a partir da construção do Estado central (que é trazido pelas invasões napoleonicas se começa a estruturar esse e a língua de comunicação a estabelecer também na zona fronteira).
Hoje ninguém, quase ninguém, em Olivenza quer ser português (e isso também graças aos ditos amigos) e nem sequer a perservação dos laços culturais e linguisticos faz caminho.
Cinco gerações são o que leva à formação ou esquecimento e por aqui já vamos a chegar à oitava ou nona, já não há senão tenues vestígios desse passado que nunca foi nacional.
Como iberista lamento mais esta canhonada no desenvolvimento da harmonia e da recuperação socio-cultural de elementos que fazem, que tecem a história dos dois lados do que foi outrora fronteira e que só por vergonhosa cisma e incapacidade dos governos dos dois países não está já resolvida.
Agora os senhores deputados não quererem que se teatralize as história e os factos que nesta ocorreram é que mostra ou grande desinformação (no que não creio dado hoje bastar um toque na net e ter o historial todo) ou por estalinismo subliminar o que desde logo não os favorece.
Tenha o ministro dos Negócios Estrangeiros a ousadia de dar a este disparate o destino que merece e procure resolver esta situação caricata no interesse dos povos de Portugal e Espanha, no quadro da vontade dos Oliventinos e com espírito europeu.

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A actividade ecologista já tem muitos anos, vem desde as primeiras intervenções do homem na paisagem...

Com o tempo alterámos, melhorámos, mas também piorámos o ambiente.

Desde o século XIX, face por um lado a degradação e por outro lado ao reconhecimento de valores imperecíveis que se estabeleceram áreas protegidas e se estruturam leis de protecção dos recursos.

Hoje temos legislação a que na maioria dos casos só falta dar eficácia, e temos um grande poder.

O poder do conhecimento, e para desenvolver esse e uma cidadania activa hoje temos um instrumento fundamental.
A informação e educação ambiental.

(...)

Hoje venho falar de três questões:

1-
Vão-se realizar agora em Fevereiro as 19ª jornadas da ASPEA, Associação que reúnem os professores mais envolvidos em projectos de ligação da escola à comunidade e ao ambiente, e que tem desenvolvido projectos e actividades nesta área, desde há mais de 2 décadas.

As jornadas são um momento de reflexão e criação de mais valias e um momento para os colegas adquirirem novos materiais e elementos de reflexão.
Nestas irei animar grupos de trabalho e apresentar ajudas curriculares que no âmbito também da Eólica da Cabreira tenho produzido, power points, livros, dvds, e a minha disponibilidade para animar sessões nas escolas, que aqui também tenho referido, para a zona da nossa Rádio (Montemuro).

No âmbito das jornadas iremos ver o estado de saúde, o muito mau estado de saúde ambiental da Ilha da Madeira, onde estas se realizam, e colaborar com associações locais em projectos de reflorestação e recuperação ambiental.

E aqui chego ao segundo ponto que quero abordar.

A Madeira é um exemplo de nepotismo na gestão e danosa acção sobre o ambiente local, projectos inúteis, construção desregrada, desperdícios inúmeros, degradação das belezas naturais, e hoje obviamente a bancarrota, que todos pagamos.

Denunciei “in loco”, no Funchal, desde os anos 80 este processo de destruição do património e delapidação dos valores naturais, seja por abertura de estradas e túneis sem avaliação adequada, construção nas linhas de água (que aumentaram o desastre das cheias),
florestações de espécies daninhas ao habitat local, desregramento urbanístico e falta de planeamento e ordenamento.

Na Madeira temos em grande e exponencial todos, mas todos os malefícios de in-gestão de algumas câmaras municipais geminados com o pior, mas o piorio, dos projectos de destruição da urbe e do seu entorno natural, e com as mais negativas intervenções na paisagem das autoridades nacionais.
Talvez por isso estamos onde estamos.

E chego á terceira menção:

Ontem mesmo 20 vencedores do Prémio PlanetaAzul – o chamado prémio Nobel do Ambiente publlcaram um relatório intitulado:
“A Humanidade enfrenta uma enorme tempestade de problemas ecológicos e sociais”
Cito:
“O mito do crescimento promove a ideia, impossível que o crescimento indiscriminado é possivel e é a cura para os problemas mundiais,mas ele é a doença que está na base das actuais políticas insustentáveis”
dizem-nos também que:

A rápida destruição biofisica a que estamos a ser sujeitos não é reconhecida pelas sociedades infectadas pela irracionalidade das economias monetárias que pensam que podem continuar a expandir-se, não obstante a evidência que os ricos e os países ricos são cada vez mais ricos e os pobres e os países pobres cada vez mais pobres, as piramides invertidas cairão, como todos os impérios da história.

Nós também somos responsáveis por alterar o ciclo vicioso em que estamos.

Nota:
A foto, os sapatinhos de judias, é do Raimundo Quintal, um dos homens bons da Madeira e lutadar pela sustentabilidade deste espaço.

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Monday, February 20, 2012
 
Hoje recebo este documento que aconcelho a ver, para meditar e agir sobre a meditação:
http://www.greenpeace.org/international/en/campaigns/nuclear/safety/accidents/Fukushima-nuclear-disaster/Shadowlands/
Fukushima é também onde não agimos, onde não vemos, onde não ouvimos.

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Sunday, February 19, 2012
 
Hoje no blog:
http://jornaldenisa.blogspot.com/search/label/gato%20escondido,
com um abraço ao seu animador, Mário Mendes, que a pena continue a não lhe secar.

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Fui ver #Millennium 1 – Os Homens Que Odeiam As Mulheres# de David Fincher, que penso corresponde ao livro de Stieg Larsson.
Não li o livro, mas pelo filme fica em espera, o tema é complexo, mas junta com notável precisão o pensamento fechado/totalitário, como o nazismo e o cristianismo (medieval), com patologias e taras sexuais que bebem da mesma lógica de poder e de domínio.
É um filme que deveria ser discutido, para além do seu caracter cinematográfico, por isso o livro fica em espera.
Temas e tópicos de discussão vários, e pontas saídas que talvez sejam cerzidas nas sequelas, mas desde já um bom momento.
Que hoje encontra também continuação num excelente artigo, no El Pais, "Las vírgines suicidas" de Gustavo Martin Garzo, artigo denso sobre a formatação do pensamento e sobre o tempo, os dois tempos o cronológico e o momento (articulados com dois deuses que os gregos nos deram em herança, também a crédito deles!) Cronos e Kairós, num artigo tributário de Walter Benjamim, mas que também nos convoca Proust.
Tudo coisas que nas cabeças ocas do nazismo não cabem e que é preciso manter vivas.
E imaginar, como um cordeiro numa caixinha, com respiradoiros...

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Saturday, February 18, 2012
 


Saber o Norte é um dos fundamentos da acção (e o sul, e o este e o oeste, este últimos mais fáceis, excepto ao romper da aurora na minha cozinha). Num momento em que só se veêm disparates e acções sem norte, nem sentido nenhum (como de mais uma semi-greve geral, anunciada) e incapacidades de formulação de discursos envolventes do social, de diagnóstico e propositura; o PCP já foi, há muito, e o BE continua pelo caminho, sem ideias novas, preso a velhos estalinismos, ou troskismos que é mais do mesmo, e discursos da pedra lascada, sem tento nem qualquer sentido; os partidos do arco do poder (e isso também diz tudo sobre a inutilidade dos outros) seguindo uma cábula conhecida contracção economica, redução do defice, redução da actividade económica, diminuição do emprego e da renda,mais contracção económica, mais défice, mais de desemprego e falências, menos impostos, mais defice, mais contração economica, redução do defice (por morte do artista), etc,etc.
E isto sem remédio ou alternativas.
Incipientemente por aqui e por ali surge algum pensamento em procura de norte, mas sem capacidade de organização cívica, o sistema auto-blindou-se nos interesses de casta e não permite, no quadro da partidocracia dominante (toda ela, o BE é um caso dramático de regresso da pior burocracia organizativa, e todos os outros estão cooptados por mafias locais ou gangrenas), não permite alternativas (ou neutraliza-as).
Julgo que só acção individual, articulada com outros buscadores de sentido, pode manter viva a esperança de alteração dos paradigmas e criação de sinergias para superar este tempo.
Ou isso ou a guerra, que nunca esteve tão iminente.

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Friday, February 17, 2012
 

Envia-me o velho Jeremias um desenho de uma matança de rinocerontes, em que terá participado e ilustrado.
A ilustração é memória de um tempo em que os pratos da balança entre a vida selvagem e as actividades humanas (produção de café) levavam a que se matasse o prejuízo.
Hoje esse são os rino à beira da extinção e a economia no colapso, total.
O assunto merecia muita e longa conversa...
Para o Jeremias entre o Canadá e, os sonhos e, os mau-mau, um abraço,

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Thursday, February 16, 2012
 

Trabalho concluido, contas fechadas, o Festival dos Filmes de Urânio, pese ainda a extensão a Peniche, e outros pormenores, realizou-se, e recomenda-se.
Terei um tempo, para organizar as outras coisas que ficaram em espera, e depois também um tempo para conversar com os criadores deste Festival e decidir o futuro.

Entretanto voltei a outros dos temas da vida, a sustentabilidade local e os seus produtos,um almoço no Al-Andaluz, onde caíu a 1ª lampreia do ano, e com o Zé Manuel Morgado e Joaquim Grave falámos de tauromaquias e do tempo. E também de energias.

Em Lisboa novamente pilhas de mails (parece que não mas empilham!!!) e documentos, papeladas. A tratar, ir tratando.
Amanhã outras actividades, até voltarmos a estas energias, sem-fim.

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Wednesday, February 15, 2012
 



Amieira do Tejo, como toda a zona de Nisa e sua área circundante, foi ponto de domínio Templário, depois reconvertida noutras ordens, que lhe sucederam, ou a substituiram mantendo estruturas de poder e acolhimento. O acolhimento dos cátaros, fugidos da 1ª cruzada da cristandade, contra a sua heresia, e se estabeleceram por aqui, montalvão, arez, tolosa e tantas outras terras emuladas das de origem dos povoadores.
Com eles, também com eles,terá vindo o culto de João Baptista e da pecadora Madalena, que perduraram na capela, em honra desse e homenagem aquela.
Vaginas e pénis, seios e fellatios, e penetrações diversas honram o tecto da capela.
Tem que se carregar nas fotos e olhar com atenção, o nirvana também é no céu...

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Sunday, February 12, 2012
 


A sessão de amanhã será às 14.30, a pedido da Escola.
 
 


Ao almoço na Taverna da Vila, do amigo Paulo Bagulho, seguiu-se uma agradável sessão no cineteatro municipal, de Nisa, com cerca de 50 pessoas e um debate, troca de ideias a seguir.
Depois de um tempo à Lareira, um jantar na Regata, em Alpalhão, concluíu mais uma jornada do Festival de filmes sobre o ciclo do urânio.
Amanhã há mais.

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Saturday, February 11, 2012
 

Tem sido uma semana muito cheia. O Festival de cine do Urânio, que me levou a acompanhar os directores do mesmo a Peniche e Ferrel, onde localizarão um documentário, memória sobre o #enterramento da nuclear# aí, entrevistas, já a dois jornais, regionais e nacionais, encontro com as ONGAs (que não apareceram!), os filmes, quase só para amigos(poucos), na Fábrica do Braço de Prata, afazeres profissionais, mais profissionais, pelo meio, mails, muitos mails, também sobre o defundo manifesto da Nuclear, e burocracias, tem sido uma semana muito cheia.
Até meados da próxima, este blog estará com pouco tempo...
Agora vou filmar o memorial em memória e honra das vítimas do massacre de 1506, onde também tenho a minha pedra.
Depois a Fábrica, onde tenho um tijolo.
E sem parar já estou, depois da sessão de hoje, a ir a Nisa.
A continuação, dentro de momentos.

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Tuesday, February 07, 2012
 

Conheci Gonçalo Ribeiro Telles, pessoalmente no momento em que no âmbito da AD ele tinha acabado de ser eleito deputado, numa longa noite na Fundação Gulbenkian.
Embora estivéssemos na altura em grupos diferentes (eu acompanhava os saudosos António Lopes Cardoso e César Oliveira, entre outros, na FRS), já tínhamos contactos pessoais e empatia em relação a muitos pontos da agenda social, política e claro ambiental.

Tínhamos partilhado as lutas contra a nuclear em Ferrel e a denuncia do que hoje é um grande e moribundo elefante, negro, muito negro o pântano, como referem os espanhóis, o lago putrefacto de Alqueva.
Com ele partilhava, e partilho, a opção que a solução era, e continua a ser , pequenas barragens, estruturadas e articuladas com a ocupação agro pastoril do território.
Hoje sabemos, como sabíamos na altura Alqueva, como Sines, e outros elefantes bizarros, que deveriam fazer companhia a outros empreendimentos que felizmente nunca viram a luz do dia.

Conhecia o Gonçalo, o tio Gonçalo como em amizade lhe chamávamos, desde os tempos em que denunciou as causas, os erros humanos, que motivaram as centenas, centenas de mortes nas cheias do final dos anos 60, e da sua passagem pela 1ª estrutura política do ambiente, logo depois do 25 de Abril, onde deixou semente que viria a frutificar na política de organização e ordenamento do território, a Reserva Ecológica Nacional e a Reserva Agrícola Nacional.
As lógicas dos planos de ordenamento do território, desde os P.D.Ms, aos PROTs, a política de Parques e áreas protegidas e sobretudo uma ideia, uma lógica para um desenvolvimento equilibrado e uma economia sadia, num quadro de fruição de qualidade de vida são, todas estas referências, são herdeiras e tem uma impressão digital de Gonçalo Ribeiro Telles.

Acompanhei-o, na formação do movimento alfacinha, que conduziu à retirada da maioria absoluta ao Eng. Abecassis, que prosseguia uma saga de transformação de Lisboa numa cidade sem alma nem referências ao seu passado histórico-social.
Na vereação lutámos contra uma nova maioria, e conseguimos pela 1ª vez impôr a lógica das ligações e articulações entre espaços verdes, e o seu usufruto pelos cidadãos, assim com começámos, nesse momento a introduzir no discurso politico urbano ideias como a das Hortas sociais, lógicas de proximidade e até, vejam bem os projectos de separação de resíduos e reciclagem de materiais.
O Arquitecto Paisagista, Professor Gonçalo Ribeiro Telles foi ainda minha testemunha de defesa, num julgamento de opinião, acusado eu de ter dito umas verdades em relação a uma continuada politica de destruição do território, degradação do principal valor do concelho, a Lagoa de Óbidos, uma espécie de presidente 10%, permitindo toda a especulação urbana, ao arrepio de todas as regras de planeamento e ordenamento do território.
As Caldas da Rainha foram um dos últimos concelhos do pais a ter um PDM aprovado, numa altura em que grande parte do seu território já tinha sido destruído e soluções de equilíbrio e sustentabilidade se afiguravam difíceis.
Pois tinha no jornal local, Gazeta das Caldas, denunciado essas situações, e Gonçalo Ribeiro Telles, entre muitos, muitos outros referentes da politica de ambiente, do território e do foro judicial, testemunhou com o seu saber e a sua indiscutível autoridade em relação aos temas que eu tinha, levemente, abordado.
O julgamento transformou-se no julgamento e na derrota do acusador, que foi chamado à atenção pela meritíssima juiz para não conduzir ao Tribunal as criticas, as justas criticas segundo as testemunhas, que lhe eram feitas.
Recordo bem o tio Gonçalo nesse julgamento. Ó António, eu disse que te conhecia desde pequenino? Não menti, pois não?.

Gonçalo Ribeiro Telles é uma referência, e felizmente hoje a abordar os 90 anos, no nosso passado, no nosso presente, certamente continuará no futuro.
Saúde e a minha amizade, para ele também.

Texto base para crónica na Rádio Montemuro

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Sunday, February 05, 2012
 

Sou, como é sabido, contra o rídiculo acordo ortográfico, deixei de comprar livros num macarrónico que me dizem que é o novotuguês,só compro ou livros antigos ou originais em línguas decentes (mais barato que as más, muito más traduções, estou agora a ler entusiasmado o VIE ET DESTIN, em francês!e só custou 8 euros!!!) já deixei de ler as legendas da televisão, das poucas vezes que ainda a vejo. No cinema estou a tentar esquecer as legendas.
Já tenho idade e tronco para continuar a escrever como aprendi, e se alguém quiser retorcer a minha escrita publicada, que o faça por sua conta e risco, que eu não o farei, nem agora, nem nunca ( e escrevo no meu melhor brasileiro para jornais do Brasil, dos quais sou correspondente!).
Encontrei este naco que subscrevo inteiramente, dos activistas contra esta fraude contra o bem comum, a história e a cultura.
(...)
A língua portuguesa é um património não negociável.
Uma língua não se altera por decreto, vai-se modernizando com o tempo, juntando novas palavras e deixando cair outras.
As palavras tem uma origem que está gravada na sua etimologia; por ela se distinguem palavras com a mesma fonética.
Não consta que ao francês, ao inglês ou ao castelhano tenham sido impostas alterações ortográficas arbitrárias para ir de encontro aos países dos vários continentes que falam aquelas línguas; em Portugal uns iluminados que se julgam acima dos valores culturais que todos os portugueses devem defender decidiram , com o apoio de um Governo de fraca capacidade cultural, como todos sabemos, que se deviam introduzir alterações para "aproximar" o português de Lisboa ao que se fala no Brasil ou nos países africanos de língua portuguesa, quando a diversidade linguistica desses países face á matriz original é, em si, uma grande mais valia para a língua.
Espera-se de todos os quantos defendem a integridade da língua portuguesa assinem a petição que corre, para se pedir ao actual Governo que suspenda o Acordo Ortográfico, ainda não rectificado por alguns países da CPLP. A entrada oficial do AO está prevista para 2014. Não deixemos que isso se concretize!
(...)

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Thursday, February 02, 2012
 


A propósito de um manifesto:

GATO ESCONDIDO...

Neste mês de Janeiro deparámo-nos com acontecimentos que:
1 - acarretam sérios riscos para o ambiente e a sustentabilidade económica nacional, que
2 - poderiam alterar a política de desenvolvimento energético nacional, baseada nas nossas capacidades e potencialidades e entravar o sólido desenvolvimento de energias renováveis no nosso país e também nesta região, onde estes aproveitamentos tem melhorado a qualidade de vida e criado bem estar social.
Um Manifesto sobre Energia Nuclear foi divulgado pelo lobby da mesma, pelo lobby e pelos promotores/comissionistas dessa forma de energia, desta vez com alguns afastamentos significativos em relação a anteriores com a mesma origem, agora que se assume com toda a clareza como ponta de lança dessa, mas também com entradas de referência, como o ex-ministro Veiga Simão, que alterou despudoradamente os resultados técnicos dos Planos Energéticos, nos anos 80, em que participei (recordo dele afirmar Portugal ou tem 6, seis centrais nucleares em 2000 ou estará às escuras, isto em 1985), pois Veiga Simão nunca o esquecerei na última reunião do Grupo Consultivo, com o Plano Energético alterado por si… em favor da nuclear.
Este Manifesto não terá história e o seu destino será certamente motivo para estudos sócio-psicologicos sobre a grandeza e misérias, sobretudo misérias de alguns dos seus signatários.
Este documento desenvolve uma técnica conhecida, parecida à usada pelo regime colonial para cativar as populações africanas, os chamados Planos de Acção Psicológica.
Manipulações diversas, escamoteamento de dados, por exemplo, e engodo, muito engodo:
1- Manipulação:
continuam a confundir, ou deitar para o ar, os custos da energia eléctrica com os custos globais do sector energético
2- Escamoteamento de dados:
- não há uma linha sobre a redução dos custos do CO2 que as renováveis propiciam, nem sobre os ganhos para o país de tal, não recordo uma linha sobre as obrigações de Portugal no quadro das convenções sobre o clima
- não há qualquer referência à criação de emprego local e as exportações geradas pelo sector renovável, exportações de produto, tecnologia, e cérebros (neste momento inúmeros quadros e técnicos portugueses desta área seguiram o conselho do primeiro-ministro!)
- não referem o desenvolvimento local e a qualidade de vida que é mantida ou gerada, aliás julgo que a palavra ambiente aparece uma ou dos vezes, e sempre a despropósito
- não tem em conta, ou não fazem ideia, a projecção da evolução dos custos das fósseis ou tem a minima em relação aos custos de desmantelamento ou armazenamento dos resíduos nucleares

Mas claro que esta manipulação e escamoteamento tem como objectivo iludir as populações afirmando peremptoriamente, veja-se lá bem:
Aí vem o engodo:
São esses tais turras (lembrem-se da guerra psicológica) que, agora são as renováveis, que conduzem ao aumento dos custos que pagamos pela electricidade, e nos querem conduzir à miséria.
Os vossos amigos são pois os vossos inimigos, e nós (eles) só queremos uma ou duas termo-nucleares para então abolirmos os contadores de electricidade (é verdade este era um argumento da nuclear nos seus primeiros anos, mas depois, bom depois... não há quem a pague... aliás, este Manifesto já está... a esmolar-se ao Estado, aos nossos impostos!!!)
Neste documento, a favor da nuclear e sobretudo contra as renováveis não há uma análise global nem se articulam as diversas componentes da política energética, num quadro social e de protecção ambiental e de sustentabilidade da economia.
Mas os autores deste Manifesto fazem lembrar a formulação que se lhe aplica inteiramente.
O que tem de novo não é original, e o que parece original não é novo, e está marcado na história em 1979 em Three Mile Island, em 1986 em Chernobyl, em 2011 em Fukushima.
Isto para não referir as muitas centenas de acidentes que por boa sorte não tiveram nome aqui referido e os muitos milhares, milhões de mortos devido a uma tecnologia que apresenta riscos, riscos mortais em todo o seu ciclo.
Em Portugal o ano passado mais alguns ex-trabalhadores das minas de urânio morreram devido a doenças destas derivadas.
Continuaremos atentos, nunca se sabe, embora o objectivo agora seja a zona de Vila Velha de Ródão se em Ferrel não nos teremos que voltar a enterrar na areia.

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É única, estamos aqui, vive.

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Wednesday, February 01, 2012
 


Comunicado

Num momento em que os promotores da energia nuclear, lançam mais um manifesto a favor dessa energia e sobretudo contra o desenvolvimento sustentável da nossa economia e das energias renováveis nesta,
Num momento, hoje mesmo, em que mais uma central (sabe-se lá com que prejuízos e custos) na Califórnia tem que parar por grave fuga no sistema de refrigeração,
ainda sem informação sobre as suas consequências, que poderiam levar à evacuação de uma população igual à de Portugal continental, cerca de 9 milhões de habitantes:
http://www.commondreams.org/headline/2012/01/31-7

vamos organizar novas extensões do 1º Festival de filmes sobre energia nuclear, em Lisboa e Nisa, já a partir da próxima semana.

Em Março teremos uma outra em Peniche, que informaremos atempadamente
http://www.uraniumfilmfestival.org/


Agora em Lisboa:
http://www.bracodeprata.net/cinema.shtml

e em Nisa:

http://jornaldenisa.blogspot.com/2012/01/nisa-festival-de-cinema-uranio-em.html

e teremos connosco os realizadores do documentário #Urânio em Nisa Não# e promotores do festival:
Norbert G. Suchanek e Marcia Gomes de Oliveira, a convite da organização nacional.

Durante a estadia darão andamento ao projecto de documentário sobre o “enterramento da nuclear nacional em Ferrel e o desenvolvimento de alternativas locais, económicas, sociais e energéticas”, com a colaboração logística de responsáveis autárquicos locais.

No dia 8 de Fevereiro, 4ª feira, pelas 18 horas estarei com eles, na Fábrica do Braço de Prata, para tertúlia/ conversa com jornalistas, membros de ONGAs ou público em geral, sobre o Festival, a sua continuidade, o seu trabalho, e também obviamente estarei pessoalmente disponível para comentar situação mencionada da nossa política energética (esta semana, após crónica na Rádio Montemuro, sairá texto meu na GAZETA DAS CALDAS).

Estou disponível para, no caso de vosso interesse (ONGAs ou Orgãos de Comunicação), no quadro das disponibildades dos nossos convidados, e mediante contacto, fazer algum agendamento do vosso interesse.

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Voltou, se é que chegou a partir a insónia, agora acompanhada de dores na perna (será das quedas do Catatau?) e de um formigueiro no pé (que me faz lembrar borrachudo). Leiu mails, sites por aqui e por ali, à espera que esta nova aspirina mágica acalme a perna e o gel liquide a comichão.
Despacho assuntos que me deixam sem outros para daqui a pouco, hora de levantar, depois de mais uns momentos na deita, que não no sono. Compito com outros sem o mesmo, e até a sesta se limita a cinco minutos de calma.
Aproximam-se duas semanas on the road e devia afinar o corpo e sossegar o espírito, mas ,,, veremos?
Fui procurar um Vermeer para me acompanhar. O sono que dormimos é todo o mesmo sono? E o zen?

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