este totem é um dos momentos do grandioso Museu de Arqueologia, onde passei três horas rodeado por inúmeros escolares e outros visitantes.
Um museu exemplar, muito bem organizado, com um espólio riquíssimo e muito acertivo, num tempo em que a verdade e a mentira da história fazem muito mal às nossas sociedades nada como confrontar-nos com nós mesmos e o que fomos, sem invenções...
Encontrei, outro dos meus fascínios, um registo fantástico de antigas termas...
mais não digo, há que visitar este espaço sagrado!
por cá, entretidos com folhetins lamentáveis nem sei se foi falado, mas mostra a degradação a que chegámos, estamos no fundo do poço e continuamos a escavar...
E encontrei numa montra em Madrid este mapa notável:
No Carmo e Trindade falo de espectáculos, aqui vou referir exposições e museus...
1º o Prado, em mudanças ou mudado e com duas excepcionais exposições, sobre Clara Peeters, pintura naturalista da melhor. Outra que me surpreendeu foi a Jornada pela ideia de arte, com excelentes quadros e orientação.
No 2º dia estive na Fundação Canal, numa fabulosa exposição de Robert Doisneau....
foi ontem apresentado, com a presença de 18 amigos, tive ocasião de a todos enviar um mail de agradecimento, o livrinho # Comendo Ambientes#.
Sem ser dissociativo penso que foi, na linha do habitual, uma excelente conversa, para o que é um excelente pretexto para as mesmas, um livrinho que apetece.
Falámos de autores, de Almaraz, de direitos humanos, de comidas e de hominização e claro de cogumelos nesse âmbito.
DE momentos de iluminação como este se vai fazendo a vida. Que começou no mastigar, como com o mastigar de uma formiga, numa contracção do espaço e tempo, num tropeção desses.
Alguém achou que isso foi uma explosão, big bang.
Claro no meio do silêncio, de todo o silêncio...
Obrigado a todos e todas que estiveram presentes e ao carinho que se continua.
Tive recentemente um problema com a Amazon. Mais um.
Tenho que reconhecer que das duas vezes, além de uma enorme perda de tempo e consumo de energias, os problemas foram resolvidos a contento, mas com a tal irritação e consumo.
Tudo por problemas da empresa, seja no emalamento, seja com o sistema informático.
Das duas vezes me disseram que iriam corrigir os erros.
Bom, não voltarei a cometé-los, pelo menos estes.
Hoje o problema é com o blogger. Desapareceram as minhas pastas. As inovações, desnecessárias conduzem sempre a maiores problemas do que aqueles que querem resolver....
Hoje tenho 3 notícias:
1- the announcement by the US government that they will bring down cost of solar to a stunning 3 ct/kWh 2- the announcement of “the largest gas and oil discovery ever” in the USA
3- the announcement of French regulator RTE that France may be in for rolling blackouts this winter as a third of its nuclear reactors have been ordered closed for safety checks
e um quadro:
Não há Raquéis nem Camargos que tenham o realismo de pôr os butos em terra e ver que se continuarem a castigar as eólicas, se continuarem a não favorecer a entrada do solar, seja em micro seja em centrais, se não se apostar decididamente e empresarialmente em baterias e novos sistemas de redes, se não se fizer mais, mais eficiência e poupança, isto vai arder.
Nenhuma destas fantasias, travestidas de cenários tem a mínima prospectiva ou integração de novos dados que a realidade irá, infelizmente, trazer-nos, como por exemplo o 3º anúncio ( e juntem-lhe o apoio do Trump ao carvão e o nuclear acabou!, o que não é linearmente bom, mas pelo menos tiramos um problema dos cabeças!) ou os novos e ciclonicos ( pena não se poderem aproveitar esses ventos!) desenvolvimentos, muitos forçados por catastrofes climáticas iminentes nos iráo trazer.
Mas os burocratas da agências internacionais gostam muito, com ecologistas sempre a fazerem a pála, dos Paris e Marrakech, embora estes sejam de Viena.
Um artigo optimista de Vargas Llosa: http://elpais.com/elpais/2016/11/17/opinion/1479401071_337582.html
que não tem em conta que mais, julgo que bastante mais de metade do norte-americanos não sabe ler e quase tantos nem sequer sabem o nome, o seu nome em escrita.
Não vamos melhorar, os pesos e contra-pesos, em que ele aliás não acredita, não existem neste momento.
Os sinais são no sentido de qualificar como total fiasco económico qualquer investimento no petróleo no nosso país:
a economia do minério continua pelas ruas da amargura, embora tenha aparecido um novo aliado desta prospecções e da sua exploração, aliado que em palavras tem sido dela opositor., mas na prática...
... já vimos este filme, na prática, o Bloco da Esquerda:
é um aliado dos prospectores, aliás ao ler os últimos artigos do João Camargo ( contra o gás) percebe-se isso perfeitamente... contra tudo... gato escondido...
Pois então, agora, em vez de lutarem pelo reforço das alternativas ao petróleo, depois de já terem afundado o solar, agora continuam a sua saga contra as eólicas... sector onde há mais de dois anos... não há senão investimentos de processo.
O Bloco da Esquerda é na prática um aliado das petrolíferas... quem diria...
É um livro caudaloso e com muita informação, bem alicerçada em dados e referências.
A identidade espanhola é um processo, nem sempre paralelo à construção do Estado e menos em sintonia com a nação, nações.
Falta-me o último capítulo*, que os restantes foram digeridos na viagem...
mas não ficou sózinho, li com agrado e a propósito...
* As conclusões valem e mais o peso do livro. Deviam ser lidas, obrigatóriamente, a todos os nacionalistas, de pacotilha!
Em fraterna e familiar companhia estive 4 dias em Edimburgo.
Antes de mais para ver, ao vivo!, este notável jogo, Escócia Austrália, ganho ao soar do gongo por 23-22 pelos Wallabies!
aqui, talvez se ouça...
mas Edimburgo é uma cidade cheia de vida e maravilhas....
esta gravada no chão. poderia recuar mais e éramos zooplancton!
E esta igreja, encimada por cornos de veado!!!
é claro que há vida nocturna, mas atenção que aqui à meia noite, ou até antes... fechou tudo!
numa cidade de inspiração para muitos escritores e cientistas....
É já este sábado, não sei se ainda haverá lugar, mas esta é fundamental para manter o equilíbrio e eliminar espécies que se tornam, também neste espaço daninhas e predadoras da natureza. http://estadodebarrancos.blogspot.pt/2016/11/parque-natureza-de-noudar-montaria-12.html
Na Coitadinha, monte que foi da minha família directa e, hoje é um espaço correctamente gerido!
Enquanto me preparo para outra viagem leio um excelente e suculento número do Lire sobre o Lucky Luke, com análises interessantes e documentos importantes, além de historietas inéditas...
Os burros perderam, uma enorme derrota, nos E.U.A.
E infelizmente, por erros vários, por culpa das esquerdas imbecis, porefeitos do populismo e do $, por lógicas de comunicação, pela pobreza da Hilária e passado acumulado, vamos ter um Trump, que é o meu vatícinio nos vai conduzir ao Armagedão.
Mas enquanto ele não chega...
Durante as 16 horas que durou, cortesia da SATA, o voo de Lisboa à Horta ( ida e volta, ida 6 horas e volta 10!, sem qualquer ressarcimento além de uma sandes mal amanhada) pelo menos tive a felicidade desta companhia:
uma excelente biografia de Von Humboldt e de alguns dos seus pares, na ciência, no ambiente e no sentimento.
Tenho que admitir que era-me quase desconhecido, este brilhante naturalista, fundamental para todo o desenvolvimento do envolvimento social do cientista e para o compromisso ético.
Um livro suave e que deveria ser obrigatório em filosofia e em todas as outras disciplinas.
Escrevi, e estava no baú... esta prosa a propósito da minha visão de uma excelente peça, no: http://www.teatro-da-rainha.com,
o texto foi publicado ontem na Gazeta das Caldas.
Teatro da Rainha, à procura de (+) público
Com este piscar de olho a Pirandello inicio esta nota sobre o excelente
espectáculo que um dos melhores grupos de teatro do nosso país, sedeado em
Caldas, proporcionou a muito poucos felizardos.
Na tripla qualidade de dramaturgo, falhado é certo, a peça de teatro
que escrevi jaz no fundo do baú e no arquivo de um concurso, de actor principal
quase chumbado (no fim do curso ousei interpretar o actor principal numa peça
que criticava usos e costumes dos professores de Letras... pois um deles
assistiu e enfiou a carapuça, ia-me chumbando!) e amante e crítico ocasional de
teatro, o venho aqui referir.
No dia 20, cerca de 25/30 pessoas (dentro da média do espectáculo, como
me disseram), a grande maioria jovens alunos de teatro da ESAD, assistiram a
excepcionais monólogos, soberbamente interpretados, e todos eles (textos)
remetendo-nos para nós e o tempo que vivemos, o do curto-prazismo, fantasma que
percorre a Europa e o nosso mundo.
Com cenários de grande sobriedade e um excelente programa (e volto a
referir aqui o programa miserável do Teatro Nacional, na também excelente peça
de Ibsen, “ O Pato Selvagem”, e o desafio que deixei ao Teatro da Rainha para
uma adaptação do ”Inimigo Público” também de Ibsen, que remete para...as nossas
termas!).
A seguir à peça, no dia 20, houve um interessante e útil debate com os
actores, que se prolongou por quase uma hora, onde se falou de algumas ligações
dos textos, que rompem com o tal curto-prazismo e a lógica do momento e nos
remetem para a densidade da vida e da sua realidade e entorno, e foi comentada
a alta qualidade dos textos, nem todos
fáceis é certo, e nalguns momentos a
requererem esta explicação ou a serem melhor iluminados por este debate.
Tenho que verberar o público nas Caldas, e até a “élite” local, que não
está a dar a atenção devida e merecida ao nosso grupo de teatro. Bem sei que os
monólogos (passamos a vida a ouvi-los, normalmente de políticos sem prazo de
validade e já fora dele! E sem qualidade, esses) poderão ter assustado alguns,
que optam por novelas deslavadas ou caça a piratas, palitos ou pilotos, ou até
ao alienante zapping, em vez de ver arte e a sua ouvidoria e se empenharem na discussão ou conversas que
pode suscitar, além, para além do tal imediatismo.
Quem não viu este espectáculo, e sabe que “penso o que escrevo e
escrevo o que sinto”, e me empenho no que julgo justo, perdeu um tempo de pausa
e reflexão sobre o presente e o futuro e mais um momento em que se juntaram os
vários tempos que fazem teatro. Cenários, textos, actores, direcção e
inteligência.
O Teatro da Rainha continua em busca de Godot, agora a piscar para
Beckett, seja ele o, ou mais, público.
Uma espécie de Viriato, que só existiu em papel 4 séculos depois da sua suposta, e claro inventada, vida.
De J.C. não há qualquer, qualquer registo da sua vida que seja conteporrâneo. Outro Viriato...
"Los evangelios fueron, sin embargo, escritos casi cien años después de la muerte de Cristo, y lo que aconteció en aquel sábado de pasión pasó por muchas versiones, como lo revelan las muchas diferencias entre los cuatro evangelistas. Para entonces, Jesús ya había sido glorificado, y la leyenda de su resurrección física había tomado cuerpo. Hoy la nueva teología es más prudente y prefiere defender la tesis de la resurrección simbólica."
De hoje no El Pais. E este é escrito por um seguidor da seita, que procura evitar as consequências da descoberta de um corpo no sepulcro de J.C. Esteja descansado que a existir não é dele, certamente!
As ficções não tem corpo.
Vi ontem: https://www.youtube.com/watch?v=90CkXVF-Q8M
a que se seguiu um lamentável debate, não pelos debatentes convidados, embora houvesse melhores, mas pela total impreparação, má criação e leviandade irresponsável daquela senhora que faz a moderação desses. Como de costume não deu uma para a caixa.