É mais um livro de um grande mestre da nossa língua, cheia de momentos caros, muitos caros, e de palavras gordas, de peso.
o terminei, em edição comprada em alfarrábio, que preserva o bom português, adulterado em novas edições em acordês.
O povo no seu esplendor, intrigas e maldizeres, vigarices e golpes tudo envelopado com mão grande.
Pouco sobre o volfrâmio, todavia. Duas ou três observações e um incidente num processo de recolha do minério. E " o volfro só deu pão a meia dúzia de trtafulhas. Que houve gente que aproveitou, si, houve; olhe, só lhes serviu psara ganhar vócios e maus costumes. Como havia de dar pão uma coisa que é para matar...?!"
Labels: Aquilino Ribeiro, mineria, Volfrâmio
É um filme que não é mau visto na televisão numa noite de grande borrasca:
Um livrinho para papar com o pequeno almoço, uma hora de leitura e três estórias deliciosas, com espessura e uma a última aventura de Maigret.
Vejo os antigos Halles e revejo o mundo dos cafés de Paris...
aqui, a nossa história:
Labels: colonialismo
Um livro caro de muita informação e uma recolha de dados notável em linha com os dois anteriores. Espreitando por todos os lados sobre a ditadura, totalitária e mesmo fascista F.P.M. faz um trabalho de registo, onde não são poucas asa novas informações, grandes ou pequenas descobertas, mesmo para quem conhece bem estas estórias da história.
Um livro que encheu umas tardes sombrias, de um tempo que é cada vez mais escuro, e não estou a falar de metereologia.
Um livro também fundamental para lutar contra a mentira, que é o apagamento e mesmo a deturpação da memória e dar-nos alento.
É que o Estado Novo não era uma sociedade fechada. Não era, simplesmente não era, sociedade. E o conceito de sociedade aberta tem, também, muito que se lhe diga.
E tenho ainda que referir os pormenores das "lutas" internas são um relevo fantástico, e desde logo mostra que não há senão um monólito, o próprio.
Labels: Estado Novo, fascismo, Pereira Marques
Um livro que nos revela dados "engraçados" sobre esse ano 1971, referido como decisivo da nossa música, claro mergulhando noutros. Muitas estórias nos são reveladas, ou simplesmente trazidas à luz.
Leitura agradável, de um autor certamente parente de um estimado ex-colega, que é um grande conhecedor do meio musical.
Não posso passar sem deixar registo da morte de um HOMEM grande, com o qual estive várias vezes e com quem colaborei em diversos momento de defesa dos direitos cívicos e políticos.
Moisés Espírito Santo, que tinha acabado de encontrar num livro sobre música portuguesa, foi um personagem de excepção, mesmo quando com ele tive grandes divergências etno-sociológicas.
Esteve connosco em defesa dos direitos socio-religiosos de Barrancos!
Aqui encontro uma referência exemplar:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mois%C3%A9s_Esp%C3%ADrito_Santo
a que acrescento, também picado de outro in memorium:
Distinguiu-se ainda como uma das vozes a favor do direito à eutanásia e do casamento entre pessoas do mesmo sexo que considerava projetos que visam o "bem-estar social". Defendendo que "se as igrejas se reclamam de humanismo cristão deviam apoiar essas instituições civis nessas questões que não prejudicam em nada a sociedade e trazem benefício a quem for visado por elas".
Ainda recentemente dele falávamos com carinho, que continua.
Labels: Barrancos, Moisés Espirito Santo, religião
Queixa contra a Generali
Venho apresentar queixa pelo mau tratamento de que fui vítima por essa
companhia.
Desde o atendimento só tive má vontade que foi desde logo evidente ao demorarem
cerca de 20 dias a certificarem a peritagem do meu veículo, que estando
estacionando devidamente foi abalroado por um fulano em condições deficientes e
que já não deveria ter carta de condução. Depois de insultar a minha mulher
acabou por assinar a declaração amigável,,,isto no dia 12 ou 13 de Novembro.
No dia seguinte (13 ou 14 Novembro) fiz a peritagem na oficina a que fui #obrigado# por essa
seguradora, com o argumento da rapidez. Pois viu-se. Ao fim de 20 dias, com o
meu carro em condições lamentáveis, ruídos dilacerantes que me obrigaram a
tomar ansiolíticos, voltei à oficina (onde tenho que referir a delicadeza e bom
trato), para tentar obter um veículo de substituição, dado que o meu não estava em condições.
Logo aí me disseram que dado o atraso da peritagem e o facto do meu ainda andar
não o podiam fazer a não se com autorização da seguradora,
Passados 2 meses e meio é que o veiculo foi arranjado.
E entretanto tive que me zangar seriamente com uma inútil funcionária que me
garantia que não poderia ter veículo de substituição durante o concerto.
Tratei de tudo com a oficina, que foi obrigada a mais um dia de trabalho e
informou a seguradora. Qual não é a minha surpresa quando vou devolver o
veículo de substituição essa tinha sido novamente relapsa, em linha com os bons
comportamentos anteriores, e mesmo com vários telefonemas, só ao fim de hora e
meia e com intervenção do meu mediador e amigo, a quem tive que recorrer várias
vezes é que chegou a autorização.
Gastei 15 € nos táxis para recuperar e entregar o veiculo de cortesia e espero
que Vexa me possa tratar do ressarcimento dessa importâncias ou cuidar que essa
despesa passe a ser suportado pela companhia em futuros casos.
Outras situações pouco abonatórias da empresa ocorreram, sendo que sobre uma irei
proceder a queixa junto da autoridade tributária.
Ao dispor para outros esclarecimentos que encontre necessários, e já fiz saber
que não tenciono renovar o meu contrato com esta companhia,
Este o teor de carta que enviei ao provedor do cliente, já lhe conheço o destino.
É um energúmeno: boçal, bronco, ignorante.
Pavoneia-se exibindo um crachá da P.S.P. que já não tem direito a usar, pois já não pertence aos quadros, mas o usa para intimidar. Comigo não fez farinha.
Já não tem, manifestamente, condições para conduzir, em 6 meses, dizem teve 3 ou 4 acidentes, num dos quais trepou para cima do meu carro, devidamente estacionado.
Depois de rebentar o meu carro disse logo que queria fazer tudo amigávelmente. Pois isso para ele era irmos os dois ao bate chapa. Não, preenchi a declaração do seguro e ele, entretanto tinha chamado a GNR, lá a assinou, não sem antes referir à minha mulher que "não falava com mulheres" (ela é que a preencheu porque eu fiquei em estado catatónico) e disse ainda textual que" já me basta em casa ter um filho paneleiro e outro drogado". A minha mulher diz que foi ao contrário, é igual, mostra a boçalidade do senhor.
Isso todavia ainda tem só a ver com as duas características boçais. O pior foi que tendo a obrigação legal de comunicar ao seu seguro (que deve apertar!, apertar muito!) deixou transcorrer o prazo legal (15 dias) sem ter levantado um dedo, pelo que tive que andar mais 15 dias até a peritagem ser oficial e marcar o arranjo. Um delinquente, primário, ainda mais por tendo sido agente da PSP deve saber que a ignorância da lei não o desculpa.
E aqui fica a identificação desse: Manuel Marina. E ainda não está livre de responder em tribunal.
Andei hoje por Alcantara, pela Ler Devagar e pelo excelente restaurante que nela confina, o Malaca, onde almocei com um velho amigo.
Comprei alguns livrinhos, vício, droga, a que sou adito.
Este:
que nos dá conta de um misto de naturistas, veganistas e anartistas. Interessante que já no século XIX se pudesse imaginar, se escrevesse que " com este regime a terra será lavada, pilhada, seca e infértil e em breve impotente para alimentar os seus habitantes. A terra será então vingada".
E a denúncia das falsas necessidades veiculadas pelas modas e o consumismo, que rompem os limites .
Labels: anarquia, anartistas, decrescimento
O Cinema-fora-dos Leões e A IDEIA - revista de cultura libertária com o apoio de
Universidade de Évora, Fundação Eugénio de Almeida,CCDR-Alentejo
apresentam Quinta-feira . 23 de Janeiro
O SINO CONTRA O NUCLEAR / 2024, Raquel Hermínio, 60 min
SINOPSE
Na senda do ciclo de cinema intitulado A Ideia. Cinquentenário da revista de cultura libertária (1974-2024), organizado entre Abril e Maio de 2024, será exibido o documentário O Sino contra o Nuclear que narra a luta dos habitantes de Ferrel, na década de 70, contra o projeto de instalação de uma central nuclear no concelho de Peniche.
Sessão às 21h30
AUDITÓRIO SOROR MARIANA
Universidade de Évora
Rua Diogo Cão, 8 | 7000-872 Évora | Portugal
Labels: Debate, O SINO CONTRA O NUCLEAR
Um dia cheio de trabalhos e conclui a 2ª versão do texto sobre as ditas S.M.R.s.
Várias coisas em atraso e o início de uma leitura um pouco desilusão:
Labels: Bebedeira, coisas e loisas, El Roto
vale o custo e mais:
desde o boneco da capa, às muitas e variadas notícias do que vai ocorrendo pelo mundo, incidentes, acidentes e notoriedades ligadas às drogas e sobretudo à cannabis, e sabemos que a linguagem é um vírus, e temos critica de filmes e livros, relatos biográficos, uma entrevista a Mike Jay, autror dos Psiconautas, já aqui referido.
Excelentes as imagens/quadros de Helena Toraño.
E também de relevar o grande artigo sobre o trabalho de Carles Viñas, sobre a formação de identidades, nas suas várias formas, com incidência nos skinhead, cabeças vazias, e nas claques do futebol
Descubro esta imagem deliciosa, mostrada pelos adeptos do Celtic aos fanáticos nazis da Lazio:
Mussolini, enforcado e pendurado pelos pés.
Disperso-me entre a lareira e este opúsculo:
em linha com o que tenho escrito sobre os media e o poder da "multidão" e as suas estruturas e lógicas produtivas da hegemonia. Arendt é uma grande e aqui mais uma vez desmascara os poderes, a sua burocracia e falta de sentimentos.
E a propósito da 2ª parte do livro, que se concentra nos Pentagon
Papers, sobre a guerra no Vietnam:
Labels: Ecologia política, El Roto, Hannah Arendt, hegemonia
Mais um número da Quercus cheio de aliciantes.
Desde logo os artigos de opinião desta vez são bons. O artigo sobre os linces colheu-me de surpresa, com os inconvenientes em termos das cadeias tróficas destes, ao diminuirem as espécies portadoras de sementes.
E muitas notícias das quais relevo a sentença judicial que proibiu, em Almeria, um parque fotovoltaico por estar na área de uma espécie ameaçada, o cortiçol-de-barriga-preta!
E outro referindo que matar lobos aumenta os ataques ao gado, no artigo explica!
Também de grande interesse as novas páginas sobre paleontologia.
Labels: Lince, revista Quercus
Recuperei também de um arquivo morto este exemplar, que sumiu da minha biblioteca, de uma revista excepcional:
e se tem alguns textos datados e hoje irrelevantes, tem outros que continuam na crista da onda, mesmo estando afastados do pensamento da hegemonia, ou por isso mesmo.
Notável o programa autárquico para Paris dos Amis de la Terre em 1976. Recuperámos algumas destas ideias no programa Alfacinha para Lisboa com Gonçalo Ribeiro Telles
Também muito interessante o debate sobre a nuclear, em que assistimos a alguns dos seus defensores dizerem coisas que hoje subscrevemos, ora contra a nuclear e o nosso amigo J.C.M. dizer que " opto por queimar urãnio português, (...) a energia é menos cara do que a energia conseguida a partir do fuel". E lemos muitos totais delírios, felizmente o tempo sepultou, fundo, este debate.
Um dos muitos heróis que se passaram da nuclear para a realidade (noutro dia falávamos que poucos e normalmente comprados fizeram o percurso inverso) é tema de algumas páginas. John W. Gofman, o seu nome merece honra.
E algumas noticias sobre o nosso movimento, por aqui e ali.
Ainda me merece menção dois livros que são analisados, os tenho na minha biblioteca,"Energia e Equidade" de Ivan Illitch e " Para uma tecnologia libertadora" de Murray Bookchin
Labels: Ecologia política, Raiz & Utopia, Revistas
Encontrei perdido algures no Dodo esta foto do poeta da Ilha Brava, tirada nesta, onde visitei a sua casa e me apaixonei na e pela ilha.
Labels: Brava, Cabo Verde, Eugénio Tavares
Há muita mentira por aí, e gente que acredita em tudo o que lhe vendem.
No Sábado apareceu um fulano que no meio de uma verborreia inaudível referiu que a Nigéria estaria a construir uma central nuclear. Não ouvi nada mas tive que esclarecer que era mentira. A Nigéria não vai, nem irá, construir nenhuma nuclear. Mas terá lá um centro de estudos, financiado pela EDF? para tal...
Mas também por cá os jornais da hegemonia, ou seja quase todos, continuam a dar voz aos funcionários ou pagados por essa indústria, como se não houvesse amanhã, como se as renováveis e novos paradigmas não esmagassem a nuclear, como o fizemos em Ferrel.
Hoje, do meu amigo Chema, a quem eu dei uma pequena colaboração e amizade sincera, escreve, escrevemos isto:
https://www.elsaltodiario.com/centrales-nucleares/sirven-trolas-radiactivas
que também responde aos tontos da Quercus que querem continuar com Almaraz até que haja uma solução definitiva para os resíduos, ou seja querem continuá-la para sempre....
Disponível para o que for preciso....
Ao cabo de 5 ou 6 dias termino este útil livro:
de um adepto de Maimõnides. Útil para conhecer o pensamento de uma das estrelas da filosofia aristotélica e medieval, que com Avicena e Averrois, desenvolve a relação entre a razão e a fé/religião.
Interessante dado tempo ( e o espaço desse), mas claro não atinge o notável Spinoza, outro judeu anti-judeu, no sentido do crítico do pensamento absoluto, que é imanente de qualquer das doutrinas do Livro, ou seja as religiões abrâmicas.
Um tempo útil, e também inútil esta leitura, if you know what I mean.
Labels: Maimõnides, Manguel, religião
Hoje, só um grande, grande poema:
C.P. Cavafy - À Espera dos Bárbaros (Trad. Jorge de Sena)
Os Bárbaros, que chegam hoje.
Dentro
do Senado, porque tanta inacção?
Se não estão legislando, que fazem lá dentro os senadores?
É que os
Bárbaros chegam hoje.
Que leis haveriam de fazer agora os senadores?
Os Bárbaros, quando vierem, ditarão as leis.
Porque
é que o Imperador se levantou de manhã cedo?
E às portas da cidade está sentado,
no seu trono, com toda a pompa, de coroa na cabeça?
Porque
os Bárbaros chegam hoje.
E o Imperador está à espera do seu Chefe
para recebê-lo. E até já preparou
um discurso de boas-vindas, em que pôs,
dirigidos a ele, toda a casta de títulos.
E
porque saíram os dois Cônsules, e os Pretores,
hoje, de toga vermelha, as suas togas bordadas?
E porque levavam braceletes, e tantas ametistas,
e os dedos cheios de anéis de esmeraldas magníficas?
E porque levavam hoje os preciosos bastões,
com pegas de prata e as pontas de ouro em filigrana?
Porque
os Bárbaros chegam hoje,
e coisas dessas maravilham os Bárbaros.
E
porque não vieram hoje aqui, como é costume, os oradores
para discursar, para dizer o que eles sabem dizer?
Porque
os Bárbaros é hoje que aparecem,
e aborrecem-se com eloquências e retóricas.
Porque,
subitamente, começa um mal-estar,
e esta confusão? Como os rostos se tornaram sérios!
E porque se esvaziam tão depressa as ruas e as praças,
e todos voltam para casa tão apreensivos?
Porque
a noite caiu e os Bárbaros não vieram.
E umas pessoas que chegaram da fronteira
dizem que não há lá sinal de Bárbaros.
E
agora, que vai ser de nós sem os Bárbaros?
Essa gente era uma espécie de solução.
Um grande cozido à portuguesa no Pombalino e um enorme Charlie Hebdo preencheram o dia:
Labels: Charlie, Charlie Hebdo, Je suis Charlie
Hoje estive em mais uma apresentação do "O Sino contra o Nuclear"*, na Biblioteca Nacional. Muitos amigos e gente do movimento encheram a sala 40/50 lugares e deitaram por fora. O debate a seguir foi engraçado.
De uma exposição na B.N. piquei a capa do livro do Jacinto Rodrigues sobre o gigante Padre Himalaya, daí o seu nome. Mas também era gigante no conhecimento:
E entre os materiais ofertados pelo nosso amigo Mota Redol para o arquivo do CEEETA encontro estes dois documentos históricos (15/19/77) que li com muito gosto e considero de grande importância:
* Muito OBRIGADO RAQUEL HERMÍNIO!!!!!
Labels: documentário Raquel Hermínio, Energia Solar, Himalaya, nuclear, O SINO CONTRA O NUCLEAR
Estou a ser julgado num julgamento que se parece uma palhaçada. Sou o arguido acusado de difamação por um sujeito responsável por crimes contra a saúde pública e violência doméstica, conforme tem vindo também, e claramente, a ser provado no decorrer deste.
Não resisti a dar uma risada quando o sr. aparente advogado de acusação disse que o que estava a ser julgado era a difamação (obscuro como crime no código penal) e não a violência doméstica (essa sim existe e clara).
A juíza chamou-me a atenção e perguntou-me se achava que estava num circo ou se assistia a alguma palhaçada. Ia responder que sim mas o olhar do meu amigo e advogado de defesa deteve-me.
O nosso sistema judicial está a precisar de uma grande vassourada.
Continuamos....
Labels: Justiça, Sistema judicial
Oclocracia II
“O poder teme a palavra (...) a sua luta contra ela é atávica: o poder não gosta de ser discutido e a menor dúvida pode esboroar a sua autoridade como um balão furado”
R. Saviano
“É possível que alcançado um certo grau de saturação na unanimidade (...) nenhum membro da multidão possa subtraire.se a uma identificação plena com ela”
Munoz Molina
1-Vivemos sob o poder da multidão, mas a multidão é formatada pelo poder. Desde logo pela comunicação social que a ele pertence e que dele é um títere, em geral.
Já aqui temos denunciado vários casos. Não vale a pena voltar aos locutores da televisão que nos moldam o pensamento segundo as determinações de quem manda. Fazem lembrar o “Quem manda?” Feliz título de livro do meu querido amigo Fernando Pereira Marques sobre o Estado Novo e quem nesse mandava
Vou contar dois ou três casos sobre a ditadura que forja a multidão.
2- O novo aeroporto. Não se ouve nenhum argumento contra em nenhum órgão de comunicação social. E, no entanto, discute-se a introdução de novos impostos sobre o queroseno (combustível dos aviões), o que anuncia um encarecimento significativo dos transportes aéreos e com tal a redução dos voos e das companhias de aviação, também pela concentração. E não há, não há combustíveis alternativos! Voar vai ser um luxo dentro em breve*. Além de que o dito em Alcochete seria um crime ambiental. E desde logo mantê-lo em Lisboa não faz sentido, nas condições actuais.
Alternativas? Claro que as há, além de se ter que pensar, coisa que os políticos, como dizia Marx, G., que são “artistas em procurar problemas, encontrá-los. Fazer um falso diagnóstico e depois dar os remédios errados” não gostam. Temos um em Beja, temos outro em Madrid ou no Porto, que devem ser servidos por comboios em condições, e podemos usar diversos aeródromos hoje cativos para os tropas (inúteis) e no limite uma mini Portela, com restrições de horários.
3- Ninguém fala, e está relacionado com o tema anterior, do colapso do AMOC (sistema de circulação oceânica e regulador climático), da libertação de metano do permafrost (degelo) siberiano, da redução da floresta amazónica, do colapso dos gelos Antárticos, da destruição dos corais, da acidificação dos oceanos, da redução da biodiversidade, e claro, clarinho, não há uma, uma voz sequer que conteste a lógica do nosso governo, e claro desde logo a da oposição é igual, de crescer mais, mais, mais. Mas para onde e para quê?
Quando o que devíamos era cuidar dos verdadeiros problemas em vez de prever esburacar o país todo, quando, mas sobre isso também ninguém diz nada sobre os minerais que querem explorar, e que só vão degradar a terra, as águas, o ar, a saúde das populações e ... dizem os especialistas, não servem, leiam os meus lábios, não servem mesmo para nada, seja porque são irrisórios seja porque não haverá nenhuma produção para eles.
4-Vivemos sob a ditadura estabelecida pelos média, determinada pelos poderes económicos que controlam o poder político, e que faz o que denominamos a multidão, que controla e é controlada.
Poderíamos escrever por exemplo sobre o sistema de saúde e analisar porque razão tudo, tudo é centralizado e não há qualquer visão para sistemas alternativos à medicina oficial, ou são desvalorizados irresponsavelmente ou por arautos ditos cientistas, mas de facto imbecis, nos média, ou sobre as lógicas educativas, incapazes de responder aos desafios dos tempos, e ainda anquilosadas no século XIX, mas também aqui não há lugar para nenhuma opção que ponha em causa o sistema dominante, da massa.
Temas que iremos desenvolver proximamente.
E ainda ia falar do mitológico hidrogénio e do turismo*, que vai ao ar, mas fica, também, para próximo....
Labels: artigos, Gazeta da Beira, Oclocracia, Oclocracia II
|
Será no próximo sábado na Biblioteca Nacional, no âmbito
dos 50 anos da revista A Ideia que será exibido o filme Sino contra a
Nuclear de Raquel Hermínio. Seguir-se-à debate. |
Labels: O SINO CONTRA O NUCLEAR
A Amnistia Internacional Portugal transformou-se num projecto pessoal do sr. Pedro Neto. Mas já antes tinha deixado de ser, talvez com a mãozinha dele, uma organização de activistas e de campanhas e se tinha transformado numa burocracia, quando a fundámos, ou pouco depois só tínhamos meia funcionária, que era a hoje Presidente da Direcção Claúdia Pedra, que penso poderá retomar a organização, embora tenha as maiores dúvidas.
Hoje a secção portuguesa da AI, e sublinho secção, porque existem directivas internacionais, tive que lutar contra a homofobia nesta e também contra os direitos dos animais, nem uma nem o outro cabem no mandato internacional. Sendo que a AI evoluiu muito, da defesa da pena de morte a ser contra o mandato de deus, da oposição ao aborto a ser a favor dos direitos das mulheres, da oposição aos homossexuais à defesa de todos os direitos para estes. Animais não. Não têm direitos, nós sim temos deveres para com eles.
Mas saí da secção com uma longa declaração que deveria ter sido distribuída, pois foi apresentada como declaração de voto e não foi, o que mostra que até a democracia foi banida pelo sr. Neto.
Já na altura a secção empregava cerca de 30 funcionários, hoje dizem-me que bordeja ou passa dos 40. Campanhas zero, activismo dos voluntários zero, só angariação de fundos para pagar a burocracia, que hoje com os 40 faz menos que meia Claúdia Pedra.
Mudança de sede, dispendiosa. Viagens e estadias nacionais e internacionais, muitas (papadas pelo sr. Neto, em grande, apesar de estar de baixa psicológica) é para isso e para os generosos salários que vai o dinheiro das angariações e a percentagem do IRS.
Fui durante mais de 30 anos,
de fundador a membro de diversos órgãos sociais, e continuo com muitos e bons
amigos na organização.
Fico expectante com a nova gestão, que deveria começar por libertar a entidade de metade dos seus assalariados, e dinamizar os grupos e o activismo com o dinheiro assim libertado. Temo que qual comité central a organização expulse os que a querem libertar.
Ao contrário do habitual estou disponível para publicar um contraditório, aqui
Somos todos Charlie.
há 10 anos morreu alguma da fina flor do humor sarcasmo e da crítica social, política e religiosa.
Não o esquecemos e continuamos Charlie!
Labels: Charlie, Charlie Hebdo
Continuamos, ora com mais uma reformulação e também a eliminação de mails inúteis, com o OBSERVATÓRIO em pujança e à beira de novidades.
https://obseribericoenergia.pt/
se não está inscrito, ou se já esteve e saiu é onde se tem que inscrever, e embora tenhamos recebido sugestões * nesse sentido ainda, ainda, é gratuito.
Num mundo com notícias cada vez mais manipuladas aqui tem algumas das poucas ainda isentas, e mesmo essas com comentários.
* Estivemos a pensar colocar aos colaboradores a hipótese de fechar, mas 10 mails e alguns telefonemas deram-nos novas energias.....
Labels: O.I.E., Observatório Ibérico Energia, olho vivo
Sou um apreciador de alguma SF, desde que não meta extra-terrestres nem viagens lunáticas...
Nesta recolha de contos há alguns verdadeiramente excepcionais.
O Caminhante, O Assassino, Um som do trovão, que já conhecia e que emula o Voo da Borboleta a transformar o futuro.
Estes contos são uma denuncia dos problemas que vivemos seja socio-policiais, seja o domínio da AI, seja os problemas ambientais e não são, infelizmente, mera prospectiva.
Fabulosos.
Labels: Bradbury, contos, prospectiva
Este é um livro "para ligar nenhuma"!
e já vos tínhamos dito, já vos tínhamos dito.
Excepcional e hilariante. Muito bom!
Labels: Apocalipse (in)certo, Cabane, Livro, Quentin
Li ao pequeno almoço:
Labels: Revistas História, Visão
Um livrinho delicioso é o meu primeiro movimento de 2025, ano que se anuncia desastroso para o mundo.
Labels: Erri De Luca, Livro, Mikado
