Um jogo é o pretexto para uma estória e caracterização humana fantástica. Personagens que parece que conhecemos, alienação, angústias, e sentimentos, com um pano de fundo de decadência, e os jogos de guerra, como se a vida fosse isso...
Um livro de leitura frenética.
Pois, a memória histórica, como todas as memórias é, em grande parte uma invenção ou deturpação escrita posteriormente dos factos, ou analise ideológica deses, mesmo quando retrocedemos ao nível da pesquisa arqueológica, que ainda assim é a mais exacta ou aproximada à realidade, vista com milhares de anos de espaçamento.
as leituras da realidade, do passado e também do presente são todas dependentes...
Conheço 5 das 9 ilhas, e neste livro fica a vontade de conhecer outras, e a vontade de voltar à Graciosa, re-visitar o vulcão, voltar ás termas, ver os burros e o Franco, e as gentes, e as paisagens.
Um excelente acompanhante pelas viagens da vida...
É, talvez, um dos melhores filmes de conservação da natureza e da humanidade, optimos actores e excelente produção e realização.
O livro, enredo ou guião é fabuloso e finalmente encontrei uma edição online, de boa qualidade: http://sockshare.icu/watch/eGLqzMdV-the-roots-of-heaven.html
Todos os discursos deveriam ser feitos à temperatura da sua própria destruição.
Não há ficção que resista ao ridículo.
Comprei, a preço estapafúrdio, este livrinho,
Uma obra absolutamente menor a não ser e no auto-convencimento é editada por uma Fundação que é certo tem editado do melhor e do piorio.
Alguns empenhos a rastejar...
Cerca de 30 páginas de texto, onde é certo passam grande parte dos fazedores culturais ( com muitas, muitas omissões), que para o autor desde os anos 80 desapareceram ( claro talvez com a ressalva do próprio!), o que é uma afirmação completamente falsa e absolutamente lamentável, e outras 30, de excelentes essas na maior parte ilustrações, não valem os 11 euros que me roubaram e a desilusão que tive nesta leitura.
Já estive em Igrejas transformadas em bares, outras em livrarias e uma até em discoteca.
Esta onde se realizou este espectáculo deixou há alguns anos de estar em uso religioso e foi profanisada, ou seja é hoje um local não religioso, propriedade da Misericórdia de Leiria, onde se pode fazer o que for.
Os vereadores do PSD, entre os quais um tal Costa, de triste, muito triste memória, agora decidiram, porque há quem lhes dê média, protestar.
Mas contra o quê?
Terá sido em 1977, ou talvez antes que estive à beira de me matricular nas aulas de Yves Lacoste, julgo que em Vincennes. Fica para outra estória.
Hoje leio com prazer a sua autobiografia (e da mulher Camille)
A História, análise de documentos, incluindo nesses a arqueologia, interpretação de dados, elaboração de pensamento sobre esses, integração e justaposição comparada de elementos, nova análise e finalmente abordagem de tudo isso em forma de grafia é fascinante.
E fugir às mitologias nazionalistas ou comunistas e totalitárias, como é feito em livro que aqui mencionei em posta anterior, que mais não é senão propaganda e populismo.
Este é um livro sensato, de um verdadeiro historiador, com alguns erros é certo e omissões, mas dá-nos uma ideia geral da Europa que somos.
Quando a abertura dos arquivos soviéticos nos descobre que Lenine foi um ditador implacável e um torcionário, não menor que o seu sucessor, é intolerável continuar a louvá-lo... esse é o papel dos escribas da tal propaganda.
Este vale a pena.
Hoje comprei 7 livros e livrinhos... na excelente Livraria Francesa, em Lisboa.
Um já li, que é um apetite...
Perec é uma descoberta recente, mas um deslumbre.
Neste livro inventa um quadro, um coleccionador, com requintes ( de malvadez!?) numa escrita envolvente, até ao desenlace, esperado.
É um livro magnifico, imponente.
As ilustrações são fantásticas e o texto sem rodriguinhos, factual, exacto nos factos e escorreito na análise.
Muitos dados novos e interessantes, diversas abordagens, e testemunhos curiosos.
Vontade de café...
A História a ser descredibilizada.
Inventar factos, introduzir versões adulteradas desses, colocar como novidade aquilo que é sabido há muito tempo e extrair conclusões falsas da pseudo omissão, e com isso ganhar uns títulos académicos, umas consultorias em Universidades que gostam de gente dessa igualha, e uns créditos por aqui e por ali, enganar o povo iletrado, e continuar, essa autora de uma breve, como todas as brevíssimas também malíssima, história da dita Europa, que nem aqui menciono para não lhe dar qualquer abébia, é uma das estrelas rutilantes do firmamento de alguns encartados historiadores ditos de esquerda.
É triste que depois das falsidades do fascismo e do comunismo, depois das construções e fake dos nazionalismos, em vez de se fazer com seriedade a reconstrução da história agora estes senhores da extrema esquerda militante ( e marxista-leninista) nos dêem outra reinvenção, outro populismo.
Continuamos entregues ao piorio, que seja breve.
Nota:
Só folheei o livro, mas a apresentação detalhada que foi feita por uma amiga da autora foi clara.
É mau, muito mau, mas mesmo do piorio! Nem o Hobsbawm ou o Saraiva...
a A.I. ainda gatinhava, a Gazeta engana-se no dia ( Domingo foi dia 11!, em 1981) mas já estava na vanguarda da luta anti-nuclear, e pelos direitos!
Outros lutavam em defesa do mítico lince, que na Malcata já só existia em auto-colante....
mas, também nesses tempos, havia quem lutasse pelos direitos fundamentais e básicos da cidadania e das mulheres desde logo...
recordo bem, foi, talvez uma das minhas primeiras, ou décima quinta..., intervençao para um público de algumas centenas, muitas, de pessoas, homens e muitas, muitas mulheres, e recordo que comecei por levar uma valente assobiadela de desagrado, mas continuei e fui subindo a voz, até que o aplauso me calou.
Viva a luta feminista!
É um calhamaço, 700 páginas, mas que se lê rapidamente, ontem numa hora li 100. Uma história de culturas, de ideias de civilização, de psicologia social e também de linguagem e comunicação. Tudo no grande círculo, que é o mundo.
É um dos meus grandes amigos, que a amizade se continua, no carinho e na memória das coisas.
E também na continuidade.
Aqui a Nicole e a Helena, filha do meu querido amigo José Januário, que continua em minha companhia.
Licenciou-se (Bsc) em psicologia e ciências da linguagem.
Um livro fundamental para perceber, também os talibãs e o daesh, e todo o lixo do mesmo género.
A ascensão do cristianismo tem na base os maiores e piores crimes, comparados com os quais o fundamentalismo islâmico é uma brincadeira. A intolerância, o ódio à cultura e aos livros, a pavor ao sexo, à homosexualidade desde logo, mas a toda a sexualidade, a reclusão das mulheres, o barbarismo, tudo, tudo isso comparado com o qual a Arábia Saudita, o wabismo, o fundamentalismo mais radical até passa.
Aqui:
não esqueçamos a história, que se repete como tragédia, como mais tragédia.
Foi uma hora divina! De sublime prazer!
Ouvir Miguel Poveda #Enlorquecido#
Este é um dos poemas magistralmente a nós trazido, pela voz e sons deste CD e livro do outro mundo.
“…Tierra para todo lo que huye de la tierra…”
FGL
“Canción de la muerte pequeña”
Prado mortal de lunas
y sangre bajo tierra.
Prado de sangre vieja.
Luz de ayer y mañana.
Cielo mortal de hierba.
Luz y noche de arena.
Me encontré con la Muerte.
Prado mortal de tierra.
Una muerte pequeña.
El perro en el tejado.
Sola mi mano izquierda
atravesaba montes sin fin
de flores secas.
Catedral de ceniza.
Luz y noche de arena.
Una muerte pequeña.
Una muerte y yo un hombre.
Un hombre solo, y ella
una muerte pequeña.
Prado mortal de lunas.
La nieve gime y tiembla
por detrás de la puerta.
Un hombre, ¿y qué? Lo dicho.
Un hombre solo y ella.
Prado, amor, luz y arena.
Mas tenho que dizer que por vezes só com algumas palavras se chega ao divino...
Lorca que escreve com premonição do seu bárbaro assassinato pela canalha fascista.
Aqui:
Oye, hijo mío, el silencio.
Es un silencio ondulado,
un silencio,
donde resbalan valles y ecos
y que inclina las frentes
hacia el suelo.
Finalmente tive tempo para apreciar este filme etnológico: http://www.chusdominguez.com/carea-careando
interessante documentário sobre o papel fundamental dos cães no pastoreio.
e folhei este menos interessante, o tempo é de crescimento das plantas e de interregno das notícias:
e leio, esta com a habitual qualidade, a que talvez volte...
Além de um interessante artigo de Teresa Ribera, ainda não Ministra da Transição Ecologica, os habituais artigos de grande prazer e um de maior sobre a descendência dos dinossáurios (as aves) e a sua parentela (os crocodilos).
Estava na direcção da secção portuguesa da Amnistia Internacional ( que hoje deve estar sem memória) quando colaborámos em diversas iniciativas e pude travar com ele conhecimento.
Era um homem notável que hoje no momento do seu passamento merece, também, esta menção.
uma trama de 4 personagens, que se entrelaça, não para salvar o mundo, são todas do nosso quotidiano, mas para romper com estereótipos e lutar contra a solidão.
Talvez seja essa a instrução.
Hoje irão os "bonecos" para a administração, faltam só as últimas correcções....
E, finalmente, comecei a ler este interessante, pela caracterização psicológica e pela trama da maior actualidade, mais este:
o terrorismo evoluiu muito, mas os "serviços secretos" ainda estão por detrás de talvez 50% dos ataques terroristas. Alguém imagina uns beduínos no meio do deserto a mandar aviões contra arranha-céus, ou a fazer atentados com o grau de sofisticação de alguns? Claro que não refiro os malucos com as facas ou os camiões, que esses relevam da mais pura psicopatia, aliás bem analisada neste livro.
Esta semana numa apresentação referi a insuficiência do Acordo de Paris para contrariar as alterações climáticas, já adivinhava que mais cedo que mais tarde isto: https://www.nature.com/articles/s41561-018-0146-0
a previsão de aumento de 6, mas não serão 10? metros de aumento do nível do mar, mesmo com os tais 2º, que é agora a revisão de credenciados cientistas nem sequer me parece ousada tendo em conta as interligações de tudo isto.
Nada do que possamos fazer vai ser suficiente, mas se não fizermos nada vamos arrepender-nos, mais!
Sou, cada vez mais, embora veja cada vez menos disto...
tenho pena que os grandes jogos tenham desaparecido de canal aberto e as notícias sobre este desporto democrático sejam quase nulas e só de nota de rodapé.
E estou a ficar farto, completamente farto do futebol. Ontem vi de passagem, esteve talvez uma hora uma senhora dondocas a insultar uma jovem que mostrou um papelucho ao contrário, sem culpa nenhuma que o erro estava no dito. A culpa foi da tal senhora!e dos seus capangas.
E vejo de esguelha o campeonato do mundo, onde o tal Neymar passou 20 minutos no chão a fazer fota durante os jogos e me dizem que isso vale milhões... um campeonato da maior mediocridade onde equipas como a Bélgica ou a Suécia podem ser campeães, embora aposte na França.
Uma feira de vaidades, ontem o que não era uma equipa e um palhaço ( o do chão) foram e muito bem eliminados.
E sobre o Sporting, risquei-me de sócio ao fim de 35 anos quando um fulano da estirpe do actual provisório foi presidente. Agora aparece, novamente, a substituir um sujeito, esse, abaixo de qualquer classificação, vai acabar como o tal Vale! E vejo uns pavões candidatos (esse Ferreira é só para rir, à gargalhada). Agora risco-me de tudo, até da simpatia que ainda me suscitava.
Já não há paciência, para este ópio do povo. E dizem-me que umas apostas estão a dar cabo de muitas famílias...
Não há quem proponha a proibicão disto?
e isto: https://elpais.com/deportes/2018/07/06/mundial_futbol/1530911803_045897.html
e esta brincadeira, apropriada!
Começaram hoje as festas de S. Fermin. Gora S. Fermin! http://www.sanfermin.com/es/blog/chupinazo-2018-en-directo/
e nada melhor para marcar um dia, mais um em que os nossos deputados rejeitaram uma proposta de lei inconstitucional e que imporia uma ditadura, sabe-se lá com que custos sobre o país rural, as suas festas e a sua lógica socio-cultural e religiosa.
Mas o Parlamento está, também, a saque...
Ontem, depois do quase terminus do trabalho folheei ...
com excelentes estórias e grafismos...
e hoje, enquanto me aparavam a barba, e antes e depois...
um número do El Arte, que após um interregno, me atraí. Excelente dossier sobre o tempo de Viena, o inicio do século XX, em que esta decadente era o centro do universo que conhecemos....
Defender a natureza é também compreender o mundo rural, o que urbanitas e animalistas não conseguem fazer.
A relação com as espécies domesticadas e manuseadas pelo homem, a ligação destas à cultura e ao agros, integrando diferentes momentos e nesse a festa sempre foi e continua a ser um momento fundamental no tempo e no espaço de afirmação da continuidade, que remete inclusivé para momentos religiosos, o mitraismo fonte e origem das nossas religiões.
Já há muito que não escrevo sobre este tema, embora não abandone uma boa polémica sempre que posso.
Este artigo do meu estimado amigo Luís Capucha vai ao cerne da questão, que não é todavia só de democracia. A cultura, o mundo rural, não pode ser exterminado pela vontade da maioria... https://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/convidados/interior/defender-a-tauromaquia-e-defender-a-democracia-e-a-liberdade-9557839.html
Com um abraço ao Luís e a todos os que defendem a ruralidade, o ambiente que esta constrói e a continuidade.
Olé!
Nota
Infelizmente são alguns dos defensores da ruralidade, da sua continuidade, da natureza que construímos e da convivência que essa propicia os seus piores, inimigos.
Quando se mete tudo no mesmo saco, quando se coloca a tauromaquia onde ela não está, que é a defesa de valores conservadores cívica e moralmente, e assim se afasta desta a maioria dos seus defensores.... está-se, na prática do lado dos animalistas.
Eu sou defensor dos direitos da mulheres e da contracepção e aborto, do direito dos homosexuais e transexuais a todos os direitos, do direito à morte digna dita eutanásia, intolerante contra o racismo e os fanatismos, defensor intransigente da liberdade de expressão (incluindo a dos que a usam), da legalização da prostituição, e da legalização de todas, todas as drogas e também contra energias totalitárias e perigosas que estão a dar cabo do nosso planeta.
É, certamente, um relatório que deverá ser lido e analisado com toda a atenção, mas tem desde logo um defeito, que é pretender trazer a verdade aos néscios.
Muito do que diz já o dizemos há mais de 40 anos, muito do que acrescenta tem alguma verdade, mas enquadra-se na lógica do capitalismo florestal de mono-culturas industriais, que não são os eucaliptos e pinheiros que costumam arder, e esses são maioria e resultam de facto, no relatório tal não é desmentido de florestações absurdas e desordenamento do território e da sua gestão.
Infelizmente temos um país entregue a políticos incompetentes que são o reflexo de do Q.I. (10 ou 15, ou seja deficientes mentais profundos) da maior parte das aventesmas que comentam as notícias dos jornais.
Sorte os leitores neste blog, sem comentários visíveis, esses serem barrados. Não que não traga aqui de vez em quando algum comentário inteligente, pessoal e intransmissível. http://expresso.sapo.pt/sociedade/2018-07-05-Rui-Barreira-diretor-da-WWF-Os-superincendios-nao-se-apagam-com-hidroavioes#gs.ujDg5BU
Entraram em fase final de produção mais dois livros em que irei estar envolvido, hoje com a apresentação à entidade editora, a APREN.
Depois de dias de muita tensão e stress vemos finalmente, ainda com algum trabalho de conclusão e revisões "isto"em bom andamento...
Aproveitei a descompressão para ler este simpático e kafkiano livro...