Um livro fundamental para a crítica ao agro-negócio e ao extractivismo, sendo este também o roubo da água. Uma discussão importante e difícil sobre a violência, a não violência e os diversos conceitos nesta nebulosa, tenho que dizer pela 1ª vez faz-me oscilar, como no conto maya (nota 89)
uma leitura importante para todas as organizações do "movimento" pelas questões que levanta, pela seriedade das discussões que pode suscitar de um dos grupos de activistas, disperso, organizado, desorganizado, e altamente eficaz nos seus propósitos e com objectivos directos, e de acção directa, sempre que possível, sempre que possível não violenta.
Também importante embora só aflorado pela rama, o conceito de propriedade e desta pela grande capital, contra a vida.
Labels: Agro-negócio, Betão, extractivismo, Violência
Momentos que devemos enquadrar, no tempo, na sua ligação à ruralidade, na sua articulação com a magia, na lógica do cultivo dos animais, na humanidade que deles resulta:
Labels: Ruralidade, Tauromaquia, toiros
O princípio da incerteza, Heisenberg, uma obra de Simon Stephens, magnificamente adaptada e representada no Teatro Aberto, em Lisboa:
sala cheia, e um prazer, o teatro.
Que pena este viver em casulos....e sem os apoios adequados.
Labels: Heisenberg, Teatro Aberto
+ um Orsenna:
é uma crítica veraz ao poder económico e claro à sua ligação aos média (a televisão torna-nos loucos e a televisão total completamente!, mas poderia aplicar-se aos outros médias, dominados pelo mesmo poder), e ao poder político, que é dele serventuário.
Hoje, por acaso vi um programa com 4, quatro comentadores, que se bajulavam uns aos outros,
Autênticos ogres....certamente todos pagos!
Labels: Erik Orsenna, hegemonia, Livro
Hoje vi o excelente, excelente mesmo, novo, sim também novo mesmo, documentário da minha querida amiga Raquel Hermínio #O Sino de Ferrel#, que reputo, sem a mínima, o melhor filme feito em Portugal sobre temas ambientais.
Aguardo autorização para o trazer aqui, se possível!
E o dedo, aparentemente desaparecido em combate, vai evoluindo, ora sem metal envolvente:
Labels: ambiente, documentário Raquel Hermínio, Filme, nuclear
Tenho alguns livros guardados e em expectativa. E irei hoje comprar esta:
com uma capa futurista, e certamente com contéudo nessa linha de futuro.Labels: comboios, Manière de Voir, transportes
Com grande expectativa e alguma emoção começo a leitura desta ficção histórica, que com 200 páginas lidas, das quase 500 tenho que registar a minha grande satisfação. É um livro sedutor, sobre o Al-Andalus, e sobre a tolerância e a intolerância, sobre o conhecimento.
Fim. É um livro delicioso, uma obra contra a intolerância.Labels: Al-Andalus, islamismo
Não tem classificação.
Não é um muro no estômago, é um espancamento total. É um livro brutal. Nada do que pior tivéssemos no nosso registo chega às unhas dos pés.
A história da formação do Estado de Israel é do maior e mais asqueroso terrorrismo e barbárie, a limpeza étnica de milhões de palestinos só se pode comparar ao extermínio dos judeus pelo nazismo. O sionismo é a outra face, fanática, nazionalista, intolerante desse.
Os métodos foram os mesmos, a terra queimada, assassínios em massa, violações a esmo, brutalidade contra mulheres e crianças, que aliás é prosseguida hoje, agora mesmo em Gaza, em nome de uma suposta impunidade que é dada aos judeus pelo nazismo.
Ben-Gurion é um autêntico Hitler, neste livro temos os seus diários que mostram um facínora do mesmo calibre do outro. Um assassino bárbaro e sanguinário.
O livro, escrito por um judeu, tem centenas de registos documentais. É impossível desmenti-lo. A Nakba, o genocídio étnico ocorreu, ocorre.
um livro que deveria ser obrigatório para todos os decisores, para todos os que se agitam na área pública.
Voltei hoje ao Quintal da Festa, do meu amigo Paulo Bagulho, em Nisa.
Depois de uns excelentes "papa-ratos"
uma açorda de ovas, com peixes (vários) de rio (muito bem fritinhos!):\e à saída até um ouriço pedrado sorriu:
Labels: Nisa, Quintal da Festa
Esta zona está cheia de azulejaria de grande qualidade, seja nas estações de comboios, infelizmente ao abandono, seja por aqui, ali e acolá.
Esta encontrei inopinadamente numa parede em Vaiamonte:
um excelente documento sobre uma antiga ceifa.Dois templos:
um espectacular gaspacho no Páteo Real, em Alter
e
e uma divina feijoada de pato, na Taberna Tintos e Petiscos, em Vaiamonte.
Talvez seja o"distrito" do país onde se come melhor, e com excelente atendimento!
Labels: catedrais, Gastronomia, Páteo Real, Vaiamonte
Apreciei este mapa, sensivelmente a meio de um calhamaço notável:
este, abaixo, é o livro, já em 3ª edição.
É com regozijo que aprecio o êxito de um excelente documento que arrasa a história oficial, que bem necessário é, seria também, no nosso caso, cheia de manipulações grosseiras e invenções absurdas, que muitas tenho por aqui denunciado.
Com alguns pequenos "erros" de pouca envergadura, este livro é um registo excelente e sintético do acontecimento que forma o título. E saliento, deu-me muito, muito prazer o Epílogo titulado "Desnacionalizar la História", todo um programa que comparto!Labels: História, Ibéria, Invenções da história
Edgar Morin é um figura do templo. A sua palavra conta. A sua visão situa. Só quem tem palas pode ignorar que é dos poucos que, com racionalidade, mesmo que com lapsos dos seus 102 anos, se opõe à guerra infinita em que estamos mergulhados.
este um um livrinho colher de sopa, mas chama a nossa atenção para o ódio. O ódio e a irracionalidade que nos invade através dos média da hegemonia, através dos partidos da hegemonia, através da hegemonia, ela mesma.
Alguns ainda resistimos.
Labels: Edgar Morin, guerra, Morin
A Marginal é, talvez, das avenidas com mais dragoeiros a bordejá-la. Se estivessem agrupados seriam mais que a floresta dos mesmos de S.Nicolau (Cabo Verde), que por aqui também deve estar.
Ontem uma passeata (e atenção a quem deve exercer a lei, as bicicletas, em barda, atropelam os peões pelos passeios!) por essa, em boa companhia, retive uns quantos.
Aqui um deles:
Aqui, outro:
Só hoje, após 4 dias a tomar umas bombas, este dedo partido na quinta feira dia 4 e entalado na quarta 10, passou de dores desmaiantes para uma moinha e comichão intenso:
curiosamente é o mesmo que parti em 90 ou 91...já estava torto...
E ontem iniciei a leitura deste:
nada melhor para esquecer a moinha. Sou apreciador de biografias e conheci pessoal o J.C.P. e tenho estima com a sua filha Ana. Uma obra notável, cheia de pormenores e detalhes...mas...
1- não posso deixar de salientar a página 538, o melhor libelo em favor da eutanásia que tenho lido!
2- e lamentar, pelo menos duas falhas, graves para mim.
A omissão do desenho da capa do notável "De Profundis-Valsa Lenta" do meu tio/padrinho Mário Eloy Filho, que ignoro se conheceu pessoalmente, mas terá certamente conhecido a sua (ex) mulher, minha tia Orquídea, companheira dos últimos tempos de Alves Redol.
E a subscrição por ele (depois de conversa comigo) de uma texto, publicado e pago pelos proponentes, no Expresso pela discussão da estratégia energética nacional, o que desde logo implicava o não ao nuclear
Mas é um tijolo, no melhor desse, excelente, sobre/de um homem maior que a vida.
Labels: biografia, Cardoso Pires, Dedo, dor
O tempo fica
A vida passa
A Lua move-se
Tinha esse haiku guardado, há algum tempo. Há muitas variantes desta criatura.
Dedo esmagado
Dores atrozes
Tempo parado
Este acima não é um haiku. Mas se for assim:
Flor murcha
Falta água
Amanhã pode chover
Esse já. Mas todos o mesmo.
Mais um Mancuso:
que vou lendo, devagar, por entre dores lancinantes, do dedo partido. Hoje não consegui ler nada, coloquei uma tala no dito e comecei a tomar umas bombas. Nem fui a um lançamento de mais um livro de Ilan Pappe, sobre a Palestina, previsto para a Casa do Comum. Mas tenho outro dele aqui e irá comigo para as termas.
P.S.
Um livro com muito interesse, embora com pouca novidade, talvez a ideia de Gaia aplicada às cidades seja o ponto mais invador:
Aqui:
"las ciudades son equiparables a organismos complejos cuyo comportamiento adap-ativo evoluciona y se adecua al entorno de manera autónoma y, en gran medida, ajena al control de quienes las proyectan; y de que el espacio urbano influye y puede actuar sobre la evolución social y cultural de sus habitantes."
Curitiba,Porto Alegre e Jaime Lerner são alguns apoios deste livrinho merecedor de valoração.
Labels: cidades sustentáveis, Dedo, Ilan Pappe, Palestina, Stefano Mancuso
Labels: Dedo, Dedo de Deus
Mas a casa do peixe-morcego-panqueca – e das milhares de criaturas que habitam as águas profundas – está ameaçada! Empresas de mineração e governos estão pressionando a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês) para que ela conceda licenças para a mineração em águas profundas internacionais.
Labels: Greenpeace, Oceanos, Peixe
Devo dizer que sou um leitor ocasional, assim a encontre... o que é difícil.
Estava na Casa do Comum quando chega o Gui, fazendo a distribuição. E tenho que referir a minha simpatia, pelas boas entrevistas e o dossier sobre Sines, além de artigo excelente sobre os "Soulèvements de la terre".
e pico este trecho:
é a isto que chamam transição energética. Mais do mesmo!Labels: agroecologia, mapa, transição energética
Vivi debaixo do original até ao final da adolescência. É um dos fabulosos desenhos do meu tio-avô, ora nas catacumbas da Gulbenkian*:
* minha mãe, na lógica da preservação, também, vendeu/doou uma grande quantidade de desenhos únicos....Labels: Mário Eloy
Uma grande desilusão e um embuste. A questão do Islão é tratada com os pés e a ideia que esse é compatível com os direitos das mulheres só pode ser uma confusão deliberada. E não aborda questões fundamentais como a da transexualidade (um trans não é uma mulher!). E confunde tudo. Um livro que alinha com o discurso dominante...com a ideologia dominante, disfarçada.
Vamos descobrindo estudiosos interessantes, este historiador e escritor de temas que fazem história:
quando, com alívio, vemos que a extrema direita fascista (que alguns não lhe querem chamar assim) ficou muito, muito aquém dos seus desideratos, em França. Continuons le combat....Vale sempre a compra:
embora este número de Julho não tenha grande matéria de substância. E mesmo os cronistas habituais desiludem um pouco. Mas identificamos naturalistas e espécies desconhecidas. É suficiente.Labels: espécies, Naturalistas, revista Quercus
Lá estivemos, é bom que o passado não fique só no papel, mesmo quando a sua recordação nos deixa amargurados:
fomos destruindo a ruralidade, os animais e a produção de qualidade.Acabámos num restaurante de caminho, numa agradável conversa, entre amigos:
Labels: restaurantes, Ruralidade, tempo
Outro mundo, a ruralidade....
uma tapa, talvez do melhor presunto do mundo num espaço de culto o Bar Nito, com uma imperial que se bebe em dúzias, um tomate só com sal (estamos nas terras onde se fazem concursos desses), e as conversas a fazer o tempo.
Logo aqui estarei, com camaradas:
os animais e os seus cultos fazem o tempo no campo, e articulam a estrutura social.Labels: Cavalo, cultura, Presunto, Ruralidade
Uma revistinha simpática, com bons pensamentos e uma excelente BD.
Em linha, ou melhor coloca em linha, com o bom pensamento e escalpeliza o mundo:
Labels: Ecologia, Ecologia política, Revistas
Obsolescência, programada
“é a produção de mercadorias sem vida económica útil (com depreciação rápida) para forçar os consumidores a comprarem novos produtos. (num ciclo alienante e vicioso)”
Jeremy Bulow “Teoria Económica da Obsolescência Programada”, parênteses meus
1-Gunther Anders, é um genial pensador judeu/alemão criador, com Hannah Arendt, do conceito “da banalidade do mal”, tão em linha com o seu pensamento, com inúmeros livros, artigos e participação cívica, e o grande teórico deste conceito, obsolescência que tem tudo que ver com o taylorismo ou stakanovismo, a produção alienada, capitalista ou marxista, que se opõe ao ludismo e ao poder de viver.
2-Hoje vivemos imersos e dominados por essa articulados com a lógica económica dominante, do P.I.B. (um absurdo económico), e o crescimento do produto (para onde e para quê), e a omnipresente publicidade (para quando estabelecer limites e punir as mentiras grosseiras que nos impingem?). E claro a produção de mais valias no ar, do ar.
Temas para próximos artigos, neste espaço onde temos só espaço para rama, que é fundamental para fazer as camas onde deitamos o nosso pensamento.
Aconselho a enorme bibliografia de Anders e volto a referir que “os meios de propaganda do poder dominante, que alguns se obstinam em chamar meios de comunicação social, assim como os supostos especialistas (vulgo comentadores) desenvolvem um mercado onde promovem e vendem produtos inúteis e dispensáveis para os consumidores e a qualquer preço”. E acrescento: e impõem ilusões e formatam o pensamento do poder.
3- Como no filme de Charlot que ilustra este texto, nas novas indústrias e nos sectores terciários trabalha-se cada vez mais para não produzir nada, absolutamente nada, a não ser mais mercados para o crédito e claro a produção de mais excreta, mais resíduos.
Devíamo-nos interrogar sobre a lógica por detrás de qualquer modesto electro-doméstico que para ser fabricado tem que dar duas vezes a volta ao mundo, vem de onde a extracção é mais barata, com trabalho infantil ou escravo, onde os impostos são usucapiados pelos bandidos ditos magnates, onde os campos são transformados em desertos ou lixeiras, muitas vezes, quase sempre, disfarçados de “economia de mercado”, e às vezes falha a bateria e lá somos aliciados (como os drogados!) a comprar outra fixe (outro chuto).
O consumo é a droga em que vivemos alienados, pela publicidade, pelos meios referidos, e pela hegemonia, todas ao serviço da Obsolescência. E como leremos no próximo artigo
na lógica da entropia económica, do desperdício.
4-Anders deu várias respostas (até tem um livro de ficção que antecipa o 1984 de Orwell), aqui no texto as partes em aspas ou são dele ou de amigos comuns. Recordo que foi também um militante, contra o crescimento, a nuclear e a guerra. Todas as guerras. Foi fundador dos Grünen dos quais saiu contra a guerra. Hoje nem os suportaria. ”A maioria tem a força mas não a razão e contra a força temos direito (e dever) de resistir.”
Labels: A Moral e a Política, Ecologia política, Gazeta da Beira, Obsolescência
Lisboa, Cidade Triste e Alegre....
https://www.rtp.pt/play/p10399/e623375/lisboa-cidade-triste-e-alegre
um documentário excelente sobre um livro maior que a sua fotografia.
Labels: cidade triste e alegre, documentários, Fotografias, Lisboa
Cabu foi um dos grandes. Um espírito indomável, um artista da palavra e do boneco, que não deixava uma ou um em pé.
Um ecologista brilhante, como tantos outros que fizeram o Charlie Hebdo.
ora é-lhe dedicado um especial, só dele. Um levantamento de uma vida, muitos bonecos bem datados no tempo, outros de total actualidade, porque as moscas não mudam e o entorno em que estas se mantêm também.
Vale a pena, recordar e pensar.
Labels: Bonecos, Cabu, Charlie, Charlie Hebdo, Ecologia política
Este mais no quadro de partilhas, conceptuais e políticas.....
em linha com o que defendo no meu último livro, e sobre cujo tenho perorado.Inma (Inmaculada) Lopez é um mulher valente. Alcaldesa de Campofrio enfrenta intersses gananciosos e também na sua vida pessoal luta por saúde e paz. É, sem sombra de dúvida, uma mulher valente e também cheia de sentimentos.
Tive uma reunião com ela e senti desde logo que era uma lutadora, esclarecida.
Ofertou-me este livro de sua lavra:
tenho que dizer desde logo que pela capa nunca o compraria.... mas liu com entusiasmo.
Uma escrita fluente e com requintes, e um capítulo (o 10º) que merece uma edição autónoma e a maior difusão. Todos, quase todos, os maiores problemas ambientais que enfrentamos estão nestas 16 páginas, de grande qualidade. O livro, remetendo-nos um pouco para o 1984 de Orwell, fala de uma guerra, uma guerra imensa, que poderá estar à nossa espreita e esse também é momento de referência.
Tenho que deixar a nota que na linha da capa o livro é, também, uma ficção religiosa/exotérica que, como sabem, tão pouco é da minha praia.
Mas é, sem hesitação, um livro maior.
Os "lobos", os nazis já estão por todo o lado. Resistir, resistir, resistir, é a única alternativa. Mentiras, manipulações, ignorância larvar, são os alimentos, certo que a hegemonia os fornece, a ideologia dominante é a que dá corpo a esses.
Vamos resistir, vamos resistir, vamos resistir.