Monisme, não é uma nova seita, mas um filme sobre a vida do vulcão Merapi e as populações que vivem ao seu redor, as suas lutas e o espírito do vulcão que as acompanha.
https://www.imdb.com/title/tt28632197/
um filme de culto.
Este livro, antes de mais remeteu-me para outro escrito de juventude os #manuscritos de 1844# de Karl Marx, que são o seu melhor texto, renegado por todos os que o transformam em profeta de uma nova religião. São textos profundos e que questionam o homem e os seus sentimentos, de forma magistral e integrada. Poucos marxistas o interpretaram em linha com estes, anamatizados por todos os leninistas desde logo.
Pois estes escritos de juventude de Ellul e Charbonneau têm a mesma e outra vivacidade e equacionam o mundo criticamente, e neste caso prosseguiram e aprofundaram esta linha ao longo da vida. São, com alguns outros referentes que aqui tenho mencionado fundadores da ecologia política, da sobriedade na sociedade, da entropia na economia e de uma crítica directa às estruturas de poder socio-cultural e às suas bases económicas, a hegemonia.
críticos do progresso e da técnica que lhe basa a estrutura, cultores do sentimento da natureza, radicais sobre a publicidade e o turismo, dois dos cancros dos nossos dias, sempre contra o cientificismo sem enquadramento e a sua lógica de mais. E "que significam as lutas pelas liberdades democráticas se antes de mais o problema da imprensa (não havia televisão!) não for resolvido", parece que é de hoje, quando vivemos um pensamento único, alinhado igual em todos os telejornais, e uniformizado em todos os jornais.Labels: Charbonneau, Ecologia política, Ellul, hegemonia
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Uma conversa com utilidade histórica e importante para os nossos dias:
https://www.youtube.com/watch?v=AThReYDI5ZU
e em linha com muito pensamento, partilhado.
Isto foi muito antes da fundação deste partido que todos os presentes neste vídeo, uns antes e outros depois abandonámos. Eu, talvez, o primeiro.
Labels: Ecologia política, G.R.T., Movimento Alfacinha
Um filme bem interessante sobre um dos nossos maiores!
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Labels: Ecologia política, Livros, Quentin Bérard
Foi uma sessão deliciosa. Um grande comunicador. Um grande Homem.
um velho camarada e amigo. Que saudades dos sinais, que ora ficam, também, neste registo.
P.S. As crónicas são de alta qualidade. Mas falta-lhes a voz e respiração do Fernando.
Labels: Fernando Alves, Livros, Sinais, TSF
Não tenho grande apreço nem pela trajectória política nem pelo trabalho intelectual de Manuel Sacristán, talvez o livro que o meu querido amigo Manzanera lhe dedica, que está na minha pilha, altere alguns dados.
É um pensador religioso, que tem leituras incompletas sobre ecologia política e articula mal o que ele designa por eco-socialismo que não é senão um leninismo recauchutado.
E tenho que dizer, apesar disso tinha grande expectativa neste:
ainda tenho estima pelo pensamento e conceitos que António Gramsci desenvolveu, mas este livro além de uma desilusão enfraqueceu esses conceitos.
Os textos recolhidos, por ordem cronológica não têm enquadramento nenhum e não percebo a utilidade (mesmo algumas tendo alguma valia) de publicar as cartas pessoais e íntimas que ocupam, talvez, metade das quase 500 páginas deste "magnus".
"Editore traditore" o livro deixa na sombra grande parte da melhor produção de Gramsci e dá relevo a alguma, certamente menos pensada, além de alguns apartes desnecessários.
Os textos sobre hegemonia, um dos meus grandes interesses no filólogo, estão quase totalmente omissos....
Uma foto histórica:
A Teresa e João Cabral Fernandes, a Dulce Pascoal e de perfil vê-se o Cláudio Cavaco. A gesticular um desconhecido. Isso faz uma foto histórica.Um filme que remete para outros grandes filmes sobre comidas e para estórias de gastronomia. Com grandes actores e uma excelente direcção e cenários, além da comida que é de fazer crescer água na boca.
Uma tarde de deleite.
Labels: Filmes, Gastronomias, Sabor da vida
Hoje uma querida amiga ofereceu-me esta fotografia, talvez de 1980 ou 81....
estou eu ladeado pelo António Cândido Franco e o Sérgio da Cruz.
Labels: Amigos da Terra, Ecologia política
Hoje seria, certamente, um profeta do decrescimento e talvez também um crítico do produtivismo e de outras, não todas, as cabeças da hidra. A sua religiosidade tem os formalismos da época e é um visionário da não violência, nessa lógica. Hoje não teria a menor dúvida em inclui-lo no pensamento libertário, contra a violência, a ordem económica e o governo.
Uma crítica a outros pensamentos dogmáticos, como o socialismo, é registo, bem assim como, claro, ao capitalismo, defendendo um regresso a uma sociedade idílica que nunca existiu....
falta-lhe o tempo, a crítica da obsolescência, os conceitos da bio-economia e a percepção do peso da hegemonia, no mundo dos nossos tempos. A Energia da Pachamama.Labels: anarquia, Livros, Não Violência, Tolstói
Hoje acabei este, que desaconselho fortemente. Uma autêntica fraude.
o que é correcto não é novo e as incorrecções e falsas interpretações são mato, inclusivé algumas estão em linha com seja o pensamento do "criacionismo" seja do mais boçal materialismo histórico.
Desvaloriza completamente as relações de produção no desenvolvimento social, ignora totalmente as dinâmicas sociais com essas relacionada e dá um lugar chave ao acaso, como se esse, qual criador (Eloyn) fosse o fazedor da história e das sociedades. Disfarçado pelo meio com discurso para "epater" e disfarçar os seus verdadeiros propósitos.
Um livro com grandes promoções da hegemonia, mas que dissecado não vale dez reis de mel coado.
Labels: hegemonia, História, manipulação
É um museu que merece visita, o Museu da Farmácia, onde hoje foi apresentado este livro:
fundamental para quem quer saber mais sobre a "planta".Sala cheia, talvez 50 pessoas, e um bom ambiente, sem fumos...
Não o Afonso Cautela não foi poeta:
https://aleph.pt/livros/o-nariz-diario-ii-afonso-cautela/
recordo que nos anos 70 li este livro e o considerei, como o continuo a considerar inano.
E procurar fazer de um obrador de más, e mesmo muito más, poesias, o maior poeta português do século XX é mero delírio que só se pode compreender por amizade e até devoção.
Ora pela mão do incansável José Carlos Marques temos mais um tomo de papeis (ditos poesia) do Afonso.
Fui ao lançamento e coibi-me de intervir.
- O que faz falta é a edição (e recolha) dos notáveis trabalhos políticos e jornalísticos sobre ambiente que ele produziu, mesmo aqueles polémicos, pois todos são base para a nossa ecologia política, área, essa sim, onde o Afonso foi uma referência incontornável
Labels: Afonso Cautela
Duas viagens de comboio e lá marchou mais um delicioso livrinho:
já conhecia a cozinheira e ainda estou a lamber as beiçolas.Labels: comidas, Gastronomia
Palestina, do rio até ao mar!
defendo um único país, secular, laico, que defenda todos os direitos de todos, judeus, muçulmanos, e cristãos de qualquer tipo. Uma democracia total, na, para a Palestina.
O que os nazis dos dois lados não querem.
Labels: Palestina
Um querido amigo, que sabe da minha "aficion" por estes envia-me esta foto, com uma pergunta que também coloco.
para quem está a olhar?Labels: Burros
A propósito da conferência de ontem, onde só se perderam as que se evaporaram no ar:
que, talvez, já tenha tido uma traseira assim...
mas que tem os espaços, onde se come de excelência com serviço de 1ª, bem fornido/forrado da cultura local:
comemos torricado de bacalhau, de chorar e nacos de toiro de alta qualidade.Labels: Apocalipse (in)certo, Gastronomia, Poesia
Estava com alguma expectativa para com este:
mas ainda estando a meio tenho que dizer que é uma grande desilusão, além de erros factuais, aqui e ali, é um livro sem pensamento crítico, sem um enquadramento social.
Não há uma única menção aos processos de industrialização e intensivismo agrícola, nem aos agro-tóxicos, assim como passa de raspão sobre as alterações dos sistemas produtivos autóctonos.
Leviandade no tratamento do açucar, assim como de outros produtos nocivos, que são irrelevantes para os escritores.
Sei que está traduzido, o que prova o sucesso e o peso da publicidade, mas tenho que dizer não o merece.
Aqui, sim:
Nota:
Aqui e ali há alguns bons artigos, e até com algumas novidades e pontos de interresse, mas não é suficiente para lhe dar mais que medíocre. Há outros, muitos outros melhores sobre o tema que não tem fim.
Labels: Alimentação, Gastronomias, Livro
"Peço desculpa pelo tamanho desta carta mas não tive tempo para escrevé-la mais curta" é um dos momentos deste livro pequeno, como uma carta justa.
Leonardo Sciascia é um escritor, personagem muito dimenticato por outros notáveis e mais mediáticos italianos, Calvino, Eco, Levi e até Camilleri, como ele siciliano, sendo que foi, também, um notável cidadão e político.
Tenho-o, igualmente, pouco lido, mas este:
que me tem acompanhado, com viagens e outros livros pelo meio, desde o início de Maio é uma pequena ( cerca de 100 páginas de bolso) maravilha.Nele por ele passa toda a Sícilia, a família, a mafia, as relações e ralações, com tiradas cirúrgicas e momentos.
O meu dicionário é velho e pouco credible, não encontrei algumas palavras, mas não me faltou espírito.
Sobre a propaganda I
“1-Nós não queremos a guerra
2-O campo adversário é o responsável pela guerra
3-O inimigo é o diabo, tem cara de diabo
4- Defendemos uma causa nobre e não interesses particulares
5- O inimigo provoca conscientemente atrocidades, se nós as cometemos é involuntariamente
6-O inimigo usa armas proibidas
7- Nós temos poucas perdas as do inimigo são enormes
8-Os artistas e intelectuais defendem a nossa causa
9- A nossa causa é sagrada
10- Os que duvidam dela são traidores. “
Anne Morelli, citada por David Colon
1- Vivemos imersos em propagandas. E não há polígrafos que separem a verdade da mentira, temos que ser nós as escavar a informação para saber, conhecer os factos e perceber que os ditos comentadores não são senão meros opinadores sobre tudo e nada, bem pagos pela hegemonia*, pelo discurso dominante (há excepções) e mesmo quando com titulares são meros ilusionistas.
Não há informação neutra, os locutores têm o editor atrás da orelha e os jornais têm um censor ora denominado editor, quando não mesmo o director, que impõem a linha. Só alguns regionais e algumas rádios vão escapando ao garrote.
Vejam bem que não há (ou quase não há!) um único ecologista, pacifista, não violento ou objector de consciência ao serviço militar em nenhum, nenhum
órgão de comunicação do estabelecimento.
2- Vejamos as guerras, todos os contra-generais, especialistas do mesmo (do tal) instituto, capitães-coronéis, ou borra-botas partilham a mesma cartilha. Guerra, mais guerra os nossos são bons os outros maus, aqui já publicámos muitas crónicas a desmistificar o discurso pátrio e egrégio. Eles até quando em aparente conflito estão sempre do mesmo lado, da guerra. E tenho que referir o meu maior lamento, fui amigo dos fundadores, que até os Grünen sejam hoje dos maiores militantes da guerra, como outros em bloco na esquerda.
3- Recordemos a citação inicial: Tudo o que vemos (nas T.V.) e lemos (nos jornais) está completamente em linha com esses 10 Manda. De um lado monstros do outro anjos, e não vale a pena discutir quem matou quem, os alemães foram todos (quase todos) nazis banais, como nos diz Hannah Arendt, e hoje expiam essa culpa apoiando outros também banais, porque eles estão todos ao serviço dos complexos militar-industriais que dominam os discursos, imperantes.
É o espelho invertido, Putin/Zelenski, Netanyau/Sinwar, sionismo/nazismo, simétricos/idênticos. E nós, a esmagadora maioria temos, ouvimos e lemos esse discurso da propaganda, da hegemonia, do consenso a manipular-nos as cabeças.
4- Aqui, ali e acolá vamos romper esse consenso e continuar a dar-lhes cana.
Nota: Este é o primeiro vários artigos sobre Propaganda, iremos continuar pela Obsolescência da mesma e pela publicidade (incompreensível como ninguém, ninguém se lembra de uma taxa de 15 a 20% como se propõe em França sobre essa) como instrumento da dita e, claro, sobre a sua base.
*Antologia de António Gramsci, trad. Manuel Sacristan, Ed.Akal, 2013
Labels: agit/prop, Gazeta da Beira, propaganda
Leio numa revista que ora se dimensiona contra o decrescimento ( La Décroissance*) um artigo, entrevista de um apicultor interessante, em que ele revela os problemas deste importante sector, um dos quais, como em quase todos os outros é a China. A produção de mel artificial, a partir de xaropes de açucares e com inúmeros contaminantes químicos, sejam os neocortinóides que são usados nos campos por lá, e com a mão de obra escrava são colocados no ocidente tirando mercado ao bosns e biológicos nossos.
Comprar só mel de produção local é um imperativao de saúde e sustentabilidade.
* quem conhece o pensamento não violento, exemplo de Ivan Ilitch sabe que o direito a uma morte digna é fundamental no quadro do pensamento que sai do quadro da medicina convencional, a nemesis médica. E assim a eutanásia não pode ser analisada com a leviandade e manipulações grosseiras deste último número dessa revista. O prolongamento artificial da vida, a recusa do direito de morrer são momentos de crescimento, mais, mais e incompatíveis com o pensamento ecologista e por outra lógica social. Mal influenciados pelo pior pensamento religioso esta revista caí na fossa, que aproveite para alguma bio-energia.Labels: Ilitch, La Décroissance, mel, nemesis médica
Hoje no fisioterapeuta descobri que padeço de fascite, um problema resultante de uma entorse, num buraco municipal, o meu voto não irá mais para esse!. Lá terei que passar as passas, e enquanto as passo, sem contar, leio a excelente Quercus deste mês (que assinei sem dores! assim não as falharei):
um número cheio de curiosidades, desde logo a da hibridização de abutres (mistura e reprodução de espécies diferentes) aos sempre notáveis artigos de opinião e notas de livros, e outros como o que me levou de volta à Malásia e ao meu amigo Walter Rosen, em defesa dos zoos, com estórias.
Destaco também um sobre os "malandros" da ALTRI, que querem dar mais um passo no caminho da destruição da natureza, ora na Galiza, em Ulloa, onde querem implantar mais uma papeleira articulada com plantações a esmo de eucaliptos. E uma tomada de posição das principais ONGAs de Estado espanhol com este apoio do Cuaderno.
Lamento que em Portugal se continue a não ver esta excelente revista (quando há tanta, tanta porcaria!) nas bancas.
Labels: abutres, Fascite, revista Quercus
Hoje dei uma entrevista ou melhor tive uma conversa com Alexandre Santos de uma rádio cultura do Brasil, de mais de uma hora
Aconteceu ele mencionar a sua ligação ao PSOL e lembrei logo o meu colega Valério Arcary
E encontrei este texto que me gostou:
https://esquerdaonline.com.br/2024/04/22/25-de-abril-50-anos-da-revolucao-dos-cravos/
Labels: 25 de Abril, Brasil, Rádio
Um texto muito bonito, que regista o meu grande agrado:
num dia de viagem em que voltei (lá não ia há anos, e está muito renovado) a almoçar na Barraca de Pau, em Évora e conclui mais uma estadia e compras no Alentejo e Extremadura.
Fascinante. Sobretudo o conto que me motivou, sobre o "efeito borboleta", #Um grande estrondo# de Bradbury, mas também os outros são suculentos.
Também simpáticos os textos da recolha assim como a análise do quadro de Cezanne em capa.
quando se modifica o passado altera-se o futuro.....