insignificante
Para a semana:
é aqui que se come do bom e se vive bonito.
Labels: Barrancos, Presunto
Desde o fim da ditadura o Brasil só teve um governo com merecimento.
O de Collor de Melo, seja ele próprio culpado de prevaricações que deram pretexto para a sua demissão.
Desde logo não tinha um partido e interesses no seu entorno e procurou romper com o Estado da contra-insurgência, o domínio militar e industrial ligado à grande burguesia, que desde então tem tido todos os governos (salvo o de Fernando Henriques que lhes escapou um pouco) na mãozinha, e a beber do seu suco.
Collor de Melo teve os melhores ministros que alguma vez dirigiram ministérios no Brasil.
Lutzenberg no Ambiente e Goldenberg na Indústria e Energia semearam o pânico no sector acima referido, e também no seu aliado dos grandes agrários e ganadeiros.
O Brasil está de há muito condenado ao "jeitinho" e estes novos "parvenus" do P.T. mostraram ser a face mais negra desse, com espiche a pingar-lhes dos bolsos.
Ai Brasil, Brasil...
só uma reforma radical do sistema político e eleitoral que rompesse com estas subserviências poderia pôr cobro a esta patifaria toda...
Labels: Brasil, Clientelismo
Não gosto, acho de péssimo gosto e raiando a maior insensibilidade da capa do Charlie Hebdo sobre os atentados de Bruxelas (que adoro).
É uma capa mesquinha e dado o passado, também de sofrimento, deste jornal, intolerante.
Mas achando-o desprezível defendo todo o direito a sê-lo. Como defendo o direito do Mein Kampf ser publicado ou a legalização de organizações fascistas ou que emitem opiniões anti-semitas, racistas ou outras.
No limite e observando a lei e respeitando o Estado de Direito todas, todas as opiniões se devem poder expressar.
Contrariar as inanidades, essas ou outras é o dever de que se empenha por uma sociedade livre, liberal nos costumes, democrática na formatação e sob o domínio da lei e do direito.
Je suis Charlie é isso. E poder dizer hoje que a capa do Charlie... não o é! Para mim.
Labels: Charlie, Estado de Direito, Liberdade opinião
28 de Março, não esquecemos!
Há 38 anos... o mundo em risco!
15 de Março de 1976, o povo de Ferrel, ainda que com muita
desinformação e manipulação sobre as suas gentes, mas também com amigos, de que
destaco o Prof. Delgado Domingos e o jornalista Afonso Cautela, marchou contra
central nuclear ( e para esta estava previsto o reactor Westhingouse B...) e acabou com a ilusão de uma central nuclear,
perto de uma falha sísmica (recordemos Fukushima , em 12 de Março de 2011!).
Em final de Janeiro de 1978, quando o 1º governo constitucional se
empenhava, ainda e a fundo, nessa construção, alguns milhares foram também a
Ferrel, organizados informalmente pela Gazeta das Caldas e incipientes grupos
ecologistas.
A batalha de Ferrel foi ganha, mas ainda custou muito empenho, suor e
cérebro! E a nuclear, apesar de tentativas insistentes, e muitas aventuras e
tentativas de corrupção dos seus opositores, que um dia verão a luz, é um
projecto defundo.
E em 28 de Março de 1978 a nuclear, enterrou-se nos Estados Unidos. Um
reactor Westhingouse B (o mesmo que hoje
nos assombra, em Almaraz!) entrou em processo de fusão (na altura o chamado
síndroma da China)
Chernobyl em 26 Abril de 1986, mostrou que a tecnologia não tem
ideologia, mas que o risco está lá sempre, a imprevisibilidade de uma
tecnologia não dominada nem segura, articulada com o factor humano, pode
provocar as maiores catástrofes (e hoje os riscos com o terrorismo
decuplicam-no!).
E, entretanto em Almaraz...
Os últimos incidentes (dos quais o nosso ministro do Ambiente terá
sido mal informado) revelam falta de uma cultura de segurança e mostram falhas
humanas evidentes e sem controlo, apesar da longa trajectória de acidentes e
incidentes desde 1979, que continuam a provocar inquietude e desconfiança na
população (apesar da recomendação que pastilhas de iodo sejam distribuídas num
raio de 20 Kms!, feita pelas instituições internacionais).
Os últimos incidentes tem um perfil idêntico ao ocorrido em Fukushima e
Chernobyl (cada uma com o seu enquadramento). O Conselho de Segurança Nuclear
deveria ter parado esta central até ser desenvolvido um novo modelo de bombas
de refrigeração, o que ocorreu noutras centrais com este problema.
Desde 1979, e das lutas contra o
programa nuclear espanhol, e a moratória na construção de mais centrais
nucleares, ou do empenho contra o cemitério nuclear de AldeaVila, que sabemos
que um acidente nuclear não tem fronteiras nacionais e que no caso de Almaraz o Tejo, em Portugal,
seria grandemente afectado, como já foi num ou noutro caso (o referimos na
Comissão Parlamentar do Ambiente) e sobretudo Portugal seria seriamente
afectado e algumas zonas estariam em área de evacuação.
Mobilizando activistas e militantes
da 1ª hora da luta anti-nuclear ibérica, por novas energias e pela
sustentabilidade o Movimento Ibérico Antinuclear vem lembrar hoje Harrisburgo,
o acidente de Three Mile Island
No dia 4 de Abril teremos uma
reunião com a Comissão Parlamentar do Ambiente a quem remeteremos um dossier
sobre a central de Almaraz, os seus acidentes, os seus riscos e o impacte do
prolongamento do seu tempo de vida.
António Eloy,
Pelo M.I.A.
Labels: Almaraz, nuclear, Tejo
"Heloyin, heloyin, lama sabactini", em arameu, hebraico clássico são as palavras que supostamente, o suposto (nunca identificado em textos coevos) Cristo teria pronunciado antes de morrer, ou não segundo outras fontes (igualmente apócrifas) teria saído dessa, igualmente suposta, para a Índia onde há isso sim, registos de sua presença, posterior a estes improváveis eventos (a tal morte e ressureição).
Estes são os factos e a sua literacia real.
Claro que a construção da, das estruturas de poder civil e político, que a coberto de uma suposta espiritualidade, de facto um instrumento social, se foi construindo, dá a volta a tudo (seja no quadro do nacionalismo, ou das religiões).
Os rituais e as continuidades destes, devidamente adaptados e integrados socialmente, no quadro da ruptura entre a igreja (em qualquer das suas formas) e o Estado são elementos importantes para a identidade e continuidade, não mais, dos povos.
Os dragos continuarão, em qualquer caso, a crescer...
Labels: Deus, Drago, Eloyin, religião
Por distracção ( e precipitação) noutro blog onde escrevo saudei a hora de Verão.
Erro, a hora de verão, como aqui tenho repetidamente referido, afasta-nos da hora solar:
http://www.heure-ete.net/
lá vamos entrar novamente em derrapagem física e espiritual.
E poucos são os que dão atenção a esta situação.
Não há nenhuma, nenhuma razão mesmo para nos afastarmos dos ritmos biológicos.
Labels: hora, Hora solar, mudança de hora
Ainda com umas leituras sobre termalismo (dia 23 de Abril falaremos do tema, em Obidos), pelo meio, essas comentadas noutro blog, acabo a leitura, grande parte no ar entre o continente a e Macaronésia...
desta simpática revista:
onde, além de outras informações interessantes, se destaca o notável dossier sobre jardins, no sentido que Cheikh Nefzâwa lhes dá, espaço de e com eros, no seu "perfumado jardim", que seria alvo de uma fatwa pelos islamitas de hoje.
http://www.imarabe.org/au-sommaire-du-dossier-qantara-98
um dossier cheio de revisões de temas em arquivo, e onde também aprendi que o Paraíso só é criado na tradução da Bíblia para o greco e só depois de muitas controvérsias se transformou numa promessa para os justos após a sua morte.
O que é um justo?
E esta, excelente revista, estórias completas,
na maioria, qualidade superlativa, e inovação:
Labels: Aaarg!, BD, Jardim, Qantara
Deixei a versão em acordês da revista (rara, rarissimamente compro seja o que for escrito, mal escrito segundo o tal aborto ortográfico, e traduções nunca!) e compro o original, que é muito, muito melhor!
este número de Março, já com quase um mês, que só agora pode ler, tem excelentes reportagens e penso que está a ficar mais combativo.
O mundo precisa de informação comprometida!
Labels: Desperdício alimentar, National Geographic
Hoje é dia de arrumos e de colocar algumas leituras penduradas em dia.
O livrinho editado pela Gazeta das Caldas do cartonista Bruno Prates:
albúm, desta exposição:
http://www.gazetacaldas.com/56119/cartoons-de-bruno-prates-na-gazeta-em-exposicao-no-ccc/
que aprecio embora, do meu ponto de vista seja pouco ousado na acutilância, muito longe de grandes mestres, desde logo o próprio Bordalo ou Sam, para só mencionar dois já históricos. Falta-lhe garra, mais garra.
E esta revista que comprei por curiosidade e pela entrevista (excelente) da minha ex-colega Irene Pimentel (devemos-nos ter cruzado no liceu francês e em História, e também na pertença à Amnistia Internacional!)
Interessante, também, o artigo sobre os caminhos de Santiago e um ou outro apontamento.
Refiro a inacreditável notícia sobre a venda de património classificado como Monumento de Interesse Público, as Minas de S.Pedro da Cova, de carvão mineral.
O nosso país continua a saque, do seu património, história e memórias funcionais.
Labels: Gazeta das Caldas, Irene Pimentel, Revistas, Santiago de Compostela
Em mais um excelente artigo, hoje no Público, Pacheco Pereira, segue na linha que já tenho aqui desenvolvido, veja-se a posta que coloquei a propósito do livro #Reformemos El Islam# de Hirsi Ali.
Os islamitas, sim os islamitas, que atacam as nossas sociedades bebem as palavras do Corão,
e os ensinamentos de Mahoma, que não escreveu uma única linha, sabemos porquê, nem mesmo se ditadas por Alá...seja o que seja.
Tiveram que ser os seus sequazes, mais eruditos, a fazé-lo.
Mas isso são os factos, distorcidos pelo fanatismo, que é de facto toda esta idolatria e crença, mesmo quando contraditória com os seus próprios escritos.
Todo o pensamento religioso, no quadro do seu poder temporal, é um ditadura e um fanatismo, mesmo quando se reformou, como o Islão não foi capaz de o fazer.
O artigo de hoje do P.P. é exemplar na análise e parco na metodologia para contrariar a progressão deste extremismo nas nossas sociedades, parco na forma de contrariar o seu espelho invertido que são os Trumps, os Pegidas, os Le Pen, os Grillos, e toda essa corja igual ao islamismo.
Só mais democracia, mais direitos, todos os direitos, podem impedir o avanço das sombras, o crescer da serpente.
Labels: Fanatismos, Intolerância, Islão, populismo
Não há neste momento nenhuma fonte de informação, regular e idonea sobre ambiente em Portugal pela rede.
Há todavia uma fonte de informação sobre a nuclear e as energias em geral, com incidência na sustentabilidade, e desde logo podendo abarcar outros temas.
Ainda hoje são vários os temas de interesse.
Para entrar nessa lista, aqui fica o contacto:
Para assinar a lista envie mensagem sem assunto para:
non_pt-subscribe@yahoogrupos.com.br
com o corpo da mensagem vazio.
Labels: ambiente, Listas, nuclear
Embora tenha sido conduzido de pequeno ao e pelo futebol, o meu desporto é o rugby, e também o basquetebol.
Fui abandonando o futebol por perceber que é uma vigarice acéfala, dinheiro, corrupção, gente sem qualidade, falta de estatura moral e cívica, aldrabices em barda, e como sabemos muito bem e hoje está desmascarado grandes bandidos a dominarem os jogos. E nem refiro os árbitros e a sua conhecida parcialidade "envelopada" e que não pretendem modificar (veja-se por exemplo as arbitragens no/do rugby).
É, talvez, um dos maiores futebolistas de sempre, mas também um intelectual, que reflectiu sobre o futebol jogo, que teve uma atitude em relação ao futebol social (Mundial na ditadura Argentina e o despaupério que esse foi!) e pensou o futebol táctica e estratégica.
Ele é um símbolo de uma nova lógica de jogar, que ainda hoje perdura, seja no Barcelona, seja em grandes treinadores e algumas outras equipas.
Johan Cruyff, fica aqui o registo.
Por momentos esta laranja produziu dos melhores jogos da história.
Labels: Futebóis, Johan Cruyff
Escrevi este haiku:
O sol parado
A Terra gira
A sombra cresce
e lembrei-me de Paul Éluard...
Au bout du chagrin une fenêtre ouverte, une fenêtre eclairée!
Estes bandidos islamitas não vão fazer parar a Terra, não vão roubar-nos a sombra nem o sonho, das nossas lágrimas faremos rios que derrotarão a intolerância e o ódio.
Labels: Bruxelas
Do Rui Cunha:
E de hoje:
Realizou-se hoje uma audição na comissão Parlamentar de Ambiente, de vários grupos de ecologistas ou ligados ao ambiente.
O tema da comissão é o Tejo, e embora o Movimento Ibérico Antinuclear
tenha solicitado uma reunião para expôr o tema de Almaraz e apresentar
um dossier sobre a mesma, aceitámos, com a perspectiva de a curto prazo
fazermos a entrega desse documento, estar presentes.
Foi muito positiva a nossa apresentação.
Apresentámos o M.I.A. e decidimos introduzir o tema pela questão da
água, dos transvazes do Tejo e da falta de água , que já se verificou
para o funcionamento do sistema de arrefecimento da central,
mencionámos a questão da Convenção de Albufeira (a que conseguimos
perceber a comissão está atenta!) e da necessidade da sua modificação,
questionámos o conceito de caudal ecológico e a falha desta no que se
refere a qualquer outro tema que não a quantidade de água.
A questão das análises radiológicas da água foi também abordada e dado
azo a dialogo com um deputado. A Comissão irá investigar, assim como
foi-lhe sugerido contacto com a Protecção Civil, dadas declarações de
presidente deste Serviço, segunda as quais 50.000 portugueses seriam
afectados por acidente ( de que grau?) numa central (como e de que forma?).
Foi comentada a esdrúxula posição do Ministro do Ambiente, e referido as
últimas vivências da central e para grande surpresa e contentamento
nosso o P.S.D. referiu que era favorável ao encerramento da central (o
que foi motivo para pequena chicana política...).
Introduzi ainda a minha preocupação com a prospecção e eventual exploração de petróleo em Portugal e concretamente no Algarve.
Labels: Almaraz, nuclear, Tejo/Tajo
E, para não me repetir, que tenho outra sessão na manga:
http://carmoeatrindade.blogspot.pt/search/label/Beato
isto está a ficar animado!
Labels: Energias e Sustentabilidade, Petróleo
O Movimento Ibérico Antinuclear (M.I.A.) esclarece um ministro
mal-informado!
No dia 28 de Janeiro foi divulgada a notícia, por fuga de informação no
El Pais, de uma vistoria de 4 inspectores do Conselho de Segurança Nuclear (C.S.N.)
a Almaraz que identificou um problema no funcionamento das válvulas do circuito
terciário de refrigeração (uma das peças , um”corta-óleo”, sofre desgaste com o
uso e pode provocar paragem das bombas, sendo verdade que cada unidade de
Almaraz tem 2 bombas e ainda uma de segurança)
Mas uma falha no circuito terciário pode provocar um grave problema no
núcleo do reactor ao evitar que o calor
procedente do núcleo seja extraído.
O C.S.N. deliberou, todavia, que a central poderia continuar a
funcionar, tendo embora referido que ao falhar uma bomba ordenará a sua
paragem.
Isto foi o que foi transmitido às autoridades portuguesas (mantidas
tantas vezes na ignorância dos inúmeros incidentes, percalços e paragens
forçadas desta central ao longo de 35 anos de funcionamento e até de emissões
radioactivas da mesma!) e extremenhas.
Parece-nos (M.I.A.) evidente que a central está a funcionar em
condições deficientes, o que passados 35 anos e com o historial que só pessoas
fora do meio podem desconhecer não será novidade.
Sendo embora pouco provável uma falha nas duas bombas de arrefecimento,
dadas as actuais circunstâncias da central, o risco de acidente é muito maior.
A paragem da central, seja para resolver este problema é
fundamental. Não podemos andar a brincar com o fogo!
O governo português, que já foi contactado pelo M.I.A. no
ano passado para receber toda a informação relevante e verdadeira sobre Almaraz
não pode fazer de Pilatos, ou manifestar a “credulidade” do sr. Ministro, na
entrevista ao Público de 16 deste mês.
A 22 de Abril de 1986 o então
director da Serviços Nucleares portugueses dizia-nos que era impossível, nunca iria
acontecer, um acidente nuclear com explosão do reactor. Dia 26 do mesmo mês o
reactor 4 de Chernobyl....há 5 anos no dia 15 de Março foi Fukushima...
O seguro para morrer de velho
requer acção do governo português, que se junte à do governo da Extremadura e
às preocupações da sociedade e exija toda a informação do governo espanhol, e
numa altura em que esta central já está em prolongamento do seu período de
vida, se considere desde já o seu encerramento.
Portugal, a Extremadura, a
Ibéria e o seu Tejo agradecem.
Para mais informações:
Paco Castejon 34. 639 104 233
António Eloy 351. 919289390
Labels: nuclear, Tejo
Aqui, para cábula e informação!:
Boa Energia.
Labels: Boa Energia, Fotovoltaico doméstico
A crença e a ingenuidade:
Do Ministro português do Ambiente (que repetidamente tem recusado receber uma delegação ibérica para lhe apresentar um dossier sobre os muitos, muitos incidentes e acidentes na central da Almaraz!)
Do jornal Público:
Já recebeu a informação que pediu a Espanha sobre as falhas na central nuclear de Almaraz?
As
falhas foram todas reportadas e, num grau de gravidade de um a sete,
foram de grau zero. O ministro que tutela a Energia respondeu-me dizendo
que está absolutamente seguro sobre o que Espanha tem feito neste
domínio.
Da parte do Governo português não há medidas a tomar?
A
central não está de todo sob a nossa responsabilidade, mas as
informações do Governo espanhol sobre as condições de segurança da
central são robustas.
E houve falhas de grau 1 e 2 e penso até 3 ao longo dos 35 anos de funcionamento, logo já o esclarecerei. Como pode vender-nos este peixe (contaminado!) é que me dá a volta ao estomago!
Quando elementos do próprio Conselho de Segurança Nuclear e o governo da Extremadura dizem o contrário...
Demissão deste ingénuo?
Labels: Almaraz, nuclear
Hoje, com o salão improvisado ao pé da igreja, onde há 40 anos se
ouviram os sinos tocar a rebate, completamente cheio realizou-se uma
sessão evocativa dessa luta do povo de Ferrel, que assim fez Portugal!
Foram lembrados históricos, o falecido Delgado Domingos, por todos os
intervenientes, e por mim, partilhado com outros, Afonso Cautela,
José Carlos Marques, Ribeiro Telles e Carlos Pimenta, que de um modo
ou outro são inconformáveis na luta anti-nuclear, em Portugal.
Esta pintura esteve durante
muitos anos em Ferrel.
A Gazeta das Caldas e o José Luís, também foram motivo de muita evocação.
Eu, além das referências e do seu enquadramento referidas fiz um
improviso na linha do artigo do Público:
https://www.publico.pt/ecosfera/noticia/nuclear-evocacao-e-futuro-1725882
Depois das intervenções houve tempo para um breve peça de teatro
(baseada no livro de Mariano Calado, que este presente) e um grupo de
talvez duas dezenas de pessoas deslocaram-se ao local, onde a central
chegou a estar implantada (no papel!) e em frente do qual há hoje uma
unidade de produção de electricidade a partir da energia das ondas.
Nota, amanha sairá no Público, além de na Gazeta das Caldas, notícia.
Foi exigido que o Governo se empenhasse em...Almaraz
Aqui os repórteres fotográficos, apanhados, junto ao que resta do projecto nuclear, uma estação meteorológica....
Labels: Ferrel, nuclear, Peniche
É já no Domingo, que nos juntamos para lembrar e continuar a luta.
Neste doc. o José Carlos Marques, que tem a minha estima, apesar de divergências, por vezes excessivamente ampliadas pelas nossas intransigências, dá conta da luta:
http://www.campoaberto.pt/?p=1712491
de que ele foi, com outros que são mencionados no texto, um dos mais eloquentes e empenhados arautos e cuidadoso divulgador de informação e notícias, além de infatigável formiga imprescindível para o continuar desta luta.
Em Ferrel lá para Peniche... como cantava Fausto... como cantámos e continuamos até que a voz nos doa a cantar, por aí, por aqui e acolá!
Rosalinda
se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia
em óleo sujo à beira-mar
a branca areia de ontem
está cheiinha de alcatrão
as dunas de vento batidas
são de plástico e carvão
e cheiram mal como avenidas
vieram para aqui fugidas
a lama a putrefacção
as aves já voam feridas
e outras caem ao chão
Mas na verdade Rosalinda
nas fábricas que ali vês
o operário respira ainda
envenenado a desmaiar
o que mais há desta aridez
pois os que mandam no mundo
só vivem querendo ganhar
mesmo matando aquele
que morrendo vive a trabalhar
tem cuidado...
Rosalinda
se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia
em óleo sujo à beira-mar
Em Ferrel lá p´ra Peniche
vão fazer uma central
que para alguns é nuclear
mas para muitos é mortal
os peixes hão-de vir à mão
um doente outro sem vida
não tem vida o pescador
morre o sável e o salmão
isto é civilização
assim falou um senhor
tem cuidado
Labels: Ferrel, nuclear, Peniche
Hoje entre as questões da burocracia e dos seguros(quando te batem no carro tens que ter um manual para escapar aos engulhos de toda a papelada...!) e organização de questões de trabalho, a preparação da sessão de Domingo, e outras., vi este interessante documento:
um documentário interessante e construido com base no crowdfunding:
http://www.verkami.com/projects/9869-islas-salvajes-las-olvidadas-del-atlantico
Este valeu!
Labels: Ilhas Selvagens, Madeira
A energia vai andar na baila nos próximos dias, semanas...
Aqui o resultado de tantas lutas...
Este é um gráfico da produção de Janeiro de 2015 a Fevereiro 2016. Em Portugal!
Labels: energia, energias renováveis
No meio da charca
Rompe um raio de sol
A rã
coaxa
Árvore Garoe ( ou o seu local!)
Labels: Arvores, Haikus
Morreu ontem Ferreira da Silva.
Um grande artista e um grande Homem. Tive um trato escasso com ele, meia duzia de almoços e sempre um obséquio quando nos cruzávamos. Mas a impressão que causava ficava, ficou.
Aqui uma notável peça, onde outro caldense de adopção, também, Luiz Pacheco o entrevista, ou melhor trocam conversa e certamente copos.
http://ceramicamodernistaemportugal.blogspot.pt/2013/04/luiz-pacheco-entrevista-luis-ferreira.html
As memórias existem no presente. Também para o ilustre escritor, vai acima, vai abaixo...
Labels: Caldas, Ferreira da Silva, Luiz Pacheco
A religiosidade das ilhas, desta de El Hierro em particular, é uma visão cosmopolita e integradora de mitologias, com a lógica formal.
Aqui da igreja de Valverde um altar, aparentemente clássico:
e abaixo, esta logo à entrada, surpreendentemente pela igreja duas pinturas iconoclastas, e integradoras de mitologias e diferentes protagonistas das lendas locais:
Labels: bimbaches, Canárias, El Hierro, Guanches, religião
As 2 ou três semanas que têm de vida não impedem que sejam dos mais lindos insectos e com uma genealogia fascinante.
A vida e a sua imanência são representadas pelo seu processo de transformação.
Neste espaço a paz e a tranquilidade do voo das centenas de diversas borboletas, e muitas dormem de dia, levam-nos a um sonho e todo o seu passado.
Aqui em Orotava este é um dos magnificos espaços de educação, conhecimento e borboletas:
http://www.mariposario.com/

Labels: Borboletas, Canárias, mariposas, Orotava
Organizar a documentação, preparar as fotos para os artigos e para aqui pró blog, organizar os materiais e num Domingo, que também passou por uma feira, medieva em tudo, no CCB e revistas para actualizar e abrir os olhos.
esta de excelente qualidade, como habitual, mas pouco sumo.
este AAARG! no 2º número continua a ser uma boa surpresa, histórias completas, desenhos com originalidade e bons argumentistas. Bravo!
E continua,
com clássicos e também novidades.
Labels: Revistas
É com base nisto, com as alterações que as lógicas das zonas metropolitanas deverão ter que se pode reformular a nossa política:
e que:
-->
A regionalização continue onde muito bem está, no papel, e que
sobretudo não voltem os absurdos que são divisões regionais nulas (como o
Baixo-Alentejo, que se pode ser, embora ache um diletantismo, defendido antropologicamente, tem que se ter em consideração a evolução das condições
sócio-económicas e culturais que nos deslocam no tempo, o que alguns estudiosos
não parecem reconhecer!), mas a regionalização como conceito de gestão
política é, num país como o nosso, um perfeito disparate. Mais burocracia, mais
tachos e tachinhos, menor funcionalidade e pior gestão.
A junção de municípios (na lógica acima), de forma a criarem maiores capacidades e
sinergias, e a criação de estruturas intermunicipais que curto-circuitem as
lógicas de poder e sejam pólos de acção positiva seria uma das formas de
respeitando a Constituição, no quadro da supressão das freguesias como órgãos
políticos, que não administrativos, dar sentido à sustentabilidade do
território.
Ouço todavia de novo o rufar dos tambores, do disparate e da invenção
descabelada....
Labels: Autarquias, política, regiões, regionalização
Para agenda!!!!
parece que foi ontem....
Labels: Ferrel, nuclear, Peniche
Estive 8 dias nas Canárias, 4 em Tenerife (Puerto de la Cruz) e 4 em El Hierro:
e irei escrever várias postas sobre estes dias e algumas das sensações que neles tive, visitas e observações.
Hoje vou só referir (enquanto não faço o download das fotos!) alguns livros que li, no caminho, no local, e por aí...
Desde logo no avião na ida:
a teoria da narrativa e sobretudo o "nó cego" da mesma, passando da "Anatomia de um Instante" por Cervantes, muito!, e outros como Kafka.
Um livro ilustrado pela sapiência e as palavras a construirem "estória".
E logo já nas ilhas (além de meia dúzia de revistas pelos caminhos...), este fabuloso "Drago":
narrativas e descrições da mitologia que faz viver o sonho das ilhas, pelas quais encontrei dragoeiros em abundância, aos quais regressarei.
E aqui:
com um desenho de qualidade e uma boa articulação, uma das estórias que nos é contada no livro acima, que tem a ver com as lendas do povo "bimbache" (os guanches herrenos) e a luta milenar pela água e contra a traição.
Outros livros foram lidos que merecerão comentário específico, do "El Balneario" de Vazquez Montalban (notável) ao "En la orilla" de Rafael Chirbes.
Labels: Canárias, El Hierro, Livros