É um livro com muita informação, tratada em lógica produtivista e extractivista, embora com matizes.
interessante as referências sobre a China e o processos com ela articulados, que devem estar presentes.Leitura de mais de uma semana, durante a qual não me entusiasmou, nada.
Labels: extractivismo, mineria, Pitron
Já aqui tenho escrito sobre os animalistas, inimigos do ambiente e da sustentabilidade. Encontram por aqui múltiplas razões. E ora aqui outra:
reparem bem na enorme quantidade de porcarias que alimentam alguns animais,o enorme desperdício e gasto de energia. Até nas farmácias agora há uma enorme área para estes. Estará tudo maluco, maluco mesmo?
Eu tive vários animais, que foram muito bem tratados mas, mas nada, nada disto.
Labels: Animais, Animalismo, sustentabilidade
Hoje são instrumentos do poder que os controla. E os jornalistas, quase todos, meros opinadores que nem se dão ao trabalho (ou não podem) dar os factos e as evidências. E então os locutores dos noticiários televisivos só ignorando-os, todos.
que não têm a mínima qualidade, só um microfone atrás da orelha.A Hegemonia e a Obsolescência dominam os média. Que fazer? Debates por aqui e ali, ontem com Isabel Lindim foi um notável e dar mais vida ao Observatório... e continuar a falar, a gritar mesmo.
Labels: El Roto, hegemonia, média, Obsolescência
Uma aldraba, eventualmente já aqui mostrada:
um mocho, das minhas referências, na porta de meus queridos tios e primos.Labels: Aldrabas, Encinasola, Mocho
Um filme notável que mostra a manipulação, e tudo o que ela acarreta:
Um filme notável que mostra a manipulação e tudo o que ela acarreta.
Labels: Fanatismos, Intolerância, Misticismos, Rocio, Vergara
Aqui ainda com o saxofone, delicioso:
Épicuro foi tema de troca de impressões com o grande Alfredo Saramago, cultor maior da nossa gastronomia. Tenho que dizer que então tinha vagas ideias que ficaram mais e melhor alicerçadas também com este simpático livrinho:
embora ache um exagero colocá-lo como percursor do decrescimento é um pensamento à altura.Labels: Alfredo Saramago, decrescimento, Epicurismo, Épicuro
No seguimento do notável concerto recupero esta, em linha com esse!
Labels: Rão Kyao
Irei, salvo novo adiamento, estar esta 5ª feira nesta conversa. Tive contactos estimosos com o padrasto, Carlos Antunes, aqui contei a última vez com compartilhámos almoço, e aprecio muito a sua mãe Isabel do Carmo, uma notável anti-fascista e militante de causas, com ela partilho a Livraria de Fundos, conhecida também por Ler Devagar ou Casa Comum.
Será, certamente, um bom momento:
Labels: Isabel Lindim, Memórias
Um teatro a abarrotar e uma sessão de maravilha:
https://teatrotrindade.inatel.pt/espetaculo/rao-kyao/
foi ontem isso.
Não há palavras para a música!
Labels: Rão Kyao
Um quadro "encontrado" do meu tio avô:
https://www.cml.pt/leiloes/2025/231-leilao/1-sessao/189/sem-titulo
de relevo!
Labels: Mário Eloy
Neste país temos muita gente ateimada. Entre eles estão os do jacarandá.
Esteticamente essa árvore exótica, EXÓTICA, ou seja estranha ao nosso ambiente até parece interessante.Nada mais errado. Hoje temos uma petição de ateimados dirigida à Assembleia Municipal, para "proteger" estes...
Recordo conversas com G.R.T. que nunca os plantou nos seus jardins...
Estes além dos pulgões e outros insectos proliferantes neles, indutores de alergias e de maus cheiros, os tapetes de flores caídas são propiciadores de acidentes, escorregadelas e mesmo quedas, além de se colarem aos sapatos e degradarem também, com os seus ácidos veículos e outros que estejam debaixo deles.
Mas dir-me-ão são bonitos... pois meia dúzia bastavam, isoladamente. Os outros deveriam ser substítuidos por árvores autóctenes.
Mas há gente ateimada....
P.S.
Lembram-se que até houve "uns" que festejavam e defendiam em Portugal a Mimosa?
Há ateimados para tudo....
Labels: árvores, G.R.T., jacarandás
Encontro um excelente documento sobre o Toiro!!!:
https://www.touradas.pt/tauromaquia/otouro
que só se continua na sua ruralidade graças ás actividades sociais com ele interligadas.Labels: Ruralidade, Tauromaquia, toiros
Calisto (será marido da Calista?) Elói (nada a ver com a nossa parentela que vimos dos Eloyin) é o personagem chave deste, que antecipa o Conde d'Abranhos, do Eça, com a linguagem gorda do Camilo:
Labels: Calisto, Camilo Castelo Branco, de putados
Aqui voltaremos, antes de dia 29:
1-
ENERGIA
A nuclear é dispensável no nosso sistema electrico e pode ser substituída, com
benefícios económicos, sociais e ambientais por novos sistemas de
produção/consumo, baseados em novas lógicas económicas e sistemas de produção
energética renovável, criadores de novos empregos e bem estar social.
2-
RISCO
O acidente de Three Mile Island e as centenas de milhar de mortes resultantes
de acidentes ou problemas com a fissão nuclear mostram que esta tecnologia é um
risco social e ambiental, tanto mais quando novas situações requerem novos
planos de emergência, inexistentes.
3-
ECONOMIA
A economia da nuclear é o maior desastre financeiro da história e as suas
contas estão em colapso total, veja-se o caso francês com os sobrecustos e
perda pela manutenção de centrais obsoletas e o fracasso dos novos modelos, com
atrasos de construção que rondam as duas dezenas de anos e geram dívidas
descomunais, que nem o programa nuclear consegue amenizar.
Encontrei no Cineteatro da Mina de S.Domingos este livro, auto-biográfico, de grande valia, sobre um personagem de elevado nível:
Uma actriz, cantora, escritora e militante feminista final do século XIX e até meados de século XX e depois ostracizada pela vida. Aqui fica, também, uma homenagem:https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Blasco
Labels: Auto-biografia, feminismos, Mercedes Blasco, Teatro
Achei exacto, e accurate, este boneco:
as forças "improdutivas" controlam o poder político, dado o seu controle sobre a comunicação social que faz a massa que por sua vez faz o eleito, que é controlado pelos poderes económicos, que domina o consumo e a sua massificação, tudo numa charada sem fim.
Labels: hegemonia, marionetas, Obsolescência, Rebelião das massas
Hoje, por ser mencionado num dos documentos que coloquei no
https://obseribericoenergia.pt/index.php
lembrei de ir buscar o Platero. Estes abaixo são da AEPGA!
https://pt.wikipedia.org/wiki/Platero_e_Eu
Juan Ramón Jiménez foi por esse e também com esse prémio Nobel.Labels: AEPGA, Burros, Platero, Ramón Jiménez
Só o conheci de raspão, mas tenho-o em grande consideração e muito, muito Mértola lhe deve.
este livro, biografia, escrito por uma irmã sua é um documento para a HISTÓRIA! Fundamental!
Labels: Mertola, Serrão Martins
Aqui, com agradecimentos ao António Marujo que anima um excelente orgão de informação, mesmo, mesmo independente!
https://setemargens.com/verdades-sobre-o-nuclear-e-os-imaginarios-s-m-r-s/
Labels: nuclear, S.M.R.s, setemargens
Uma capa ao nível habitual:
e artigos de espessura, como o sobre os "drogados" que rodeiam Trump e os seus delírios resultantes da tal pastilha associada a ideias negras. Muito interessante o artigo sobre a Síria e as notícias e estórias habituais.Um número globalmente medíocre:
nem consigo referir nenhuma opinião nem tema. Acontece. Uma estória curiosa a do Convénio.
Labels: revista Quercus
Fui camarada do avô, Jacinto e o recordo, professor catedrático, a solicitar aos restantes que o tratássemos informalmente, como camaradas.
E também conheci bem o pai, também fomos camaradas embora, ao contrário do Jacinto, o Eduardo nunca apareceu nas reuniões da célula...
A filha escreve bem e sobre temas de grande interesse:
sei que esta só assinantes ou "outros" podem ler. Quem quiser basta pedir....
Labels: Alter, matanças, Páteo Real, Porco preto
Aqui a edição impressa:
mais pequena que a que já aqui publicámos.Labels: alterações climáticas, Gazeta da Beira, nuclear
É a única cabidela que como:
e está em vias de extinção, seja porque as lampreias o estão, seja porque as que há são uma verdadeira fortuna. Hoje no Atlântico.Labels: Atlântico, Gastronomia, lampreia
Lynn Margulis tem um lugar único na história e evolução do darwinismo, além de papel central sobre a célula e é importante, com Lovelock, na teoria de Gaia, a Terra Viva.
este é um fime fundamental para as áreas de biologia e ciências humanas, mesmo com necessidade de discussão, é um obra de grande valor.Voltamos à nuclear, o artigo publicado teve, por razões de espaço, alguns cortes cirúrgicos! (feitos por mim) aqui está na íntegra.
Sobre tretas (radioactivas) que o vento espalha (I)
“É um erro confundir opinião com conhecimento. Há antagonismo entre opinião e verdade.”
Hannah Arendt
“A tarefa intelectual é aclarar as coisas enquanto a do político/ opinador consiste em confundi-las mais do o que estavam”
Ortega y Gasset
Somos inundados com opinião. O jornalismo já quase não existe, e o pouco que existe é manipulado por editorias, quase todo. Nos jornais só lemos mentiras de factos ou pseudo-factos cobertos ou disfarçados como opinião. Mas a que título é que foram jornalistas despromovidos a opinadores sobre tudo e nada, e nem sequer menciono, o que penso dos locutores das televisões...
Nos últimos tempos os jornais titulados por cadeias de hipermercados têm-se entretido, pagos, a promover a nuclear na opinião pública. Uma treta.
Sempre escritos por gente desqualificada, pseudo-cientistas e arrivistas do piorio.
Vou hoje e em próximo artigo desmascarar esses titulares, e devo referir que apesar de alguns desses jornais darem uma ilusão de transparência, tendo sido desmentidos esses artigos e dado a conhecer a um putativo provedor não publicaram qualquer desmentido ou contraditório. É assim a nossa informação controlada.
Vamos aos factos:
Dizem que a reacção/fissão nuclear (para aquecer água!) produz electricidade sem emissão de gases de efeito de estufa. Pois tenho que dizer-vos que é falso, é uma mentira que começou a ser propalada quando do 25º renascimento nuclear, que nunca mais acaba de nascer. Sem combustível nuclear um reactor é totalmente inútil e esse é resultado de uma cadeia de produção que nas suas diversas etapas da mineração de urânio às centrais de enriquecimento deste aos depósitos de resíduos finais emite gases de estufa, muitos.
Durante o fabrico do combustível e o transporte grandes quantidades de gases de estufa são emitidos e um reactor nuclear também os emite no processo de produção de electricidade como veremos:
- O urânio é o combustível mas os reactores necessitam um urânio especial, enriquecido, dado que se não o for não gera calor. E cada 18 meses têm que ser recarregados (nas colunas) em um terço de combustível, e as centrais mais usuais (PWRs) têm que recarregar 30 toneladas de óxido de urânio de cada vez.
-Para extrair o urânio, e para ter as tais 30 toneladas têm que ser movimentadas só! 380.000 toneladas de rochas das quais serão extraídos 210.000 de urânio bruto (antes de enriquecido). Para a extracção é necessária maquinaria pesada vária e todo este trabalho emite largas quantidades de gases de efeito estufa (e não refiro as centenas, muitas de trabalhadores e população local contaminada). E mais para o processar para as centrais de enriquecimento, a milhares, milhares de kilómetros de distância, camiões, barcos e mais camiões, e toneladas de gases de estufa.
-E mais energia, gases, são gastos a processar e separar o U235 e aumentar a sua concentração, que depois tem que ser novamente transportado, para as centrais, por camiões e barcos.
Salto partes deste processo, como a colocação nas colunas, mais emissões, e chegamos ao momento de aquecer a água (os brasileiros chamam às centrais “chaleiras” nucleares!).
-15 a 20 hectómetros cúbicos de água são necessários para arrefecimento por ano e dois terços do calor gerado pela fissão é perdido, só um terço é que é convertido em electricidade. O sistema de refrigeração é outro momento de emissões de gases de estufa, assim como os equipamentos auxiliares que consomem electricidade (recordem Fukushima quando os geradores pifaram)
-Depois de cada recarga os resíduos de pequena e média actividade/radiação têm que ser escoados para um cemitério nuclear, mais emissões. Os resíduos de alta actividade ficam no local da central até à mulher da fava rica, imaginária, e têm que ser arrefecidos em permanência, mais emissões.
Sobre a não produção de gases de estufa nas nucleares estamos falados. Gente ignorante o propagandeia.
Em próximo artigo escreverei sobre as grandes quantidades de partículas radioactivas emitidas para a água, ar e solo por estas, e os problemas destas resultantes, doenças, cancros e leucemias, sofrimento e mortes. E também dos acidentes, que são.... milhares, acreditem embora só se fale nos média de 15 ou 20 graves. E, ainda, em seguinte falarei de custos e de política energética.
E das mentiras sobre o número de mortos, segundo a Greenpeace
de Chernobyl já ultrapassam as 100.000, mas a O.M.S., estranhamente subordinada
à Agência Internacional de Energia Atômica (porque, porque será?) sobre/em
qualquer assunto relacionado com contaminação radioactiva ou mortes, só fala de
algumas dezenas. Pois essas foram as da hora! no segundo.
O Sol Sorridente é uma marca registada do movimento anti-nuclear, difundido em todas as línguas. Nuclear não, Obrigado!
Labels: alterações climáticas, Gazeta da Beira, nuclear, tretas
Só agora venho dar conta desta excelência:
As notas biográficas e as pequenas notícias acompanham, o nível, que é também muito bom nos artigos sobre fogos e eucaliptos ou sobre o mundo da energia e o Nobel. Só ainda não li as notas bibliográficas mas livros são sempre bem-vindos.
Uma excelente revista, se fora eu teria dispensado alguns artigos exdrúxulos e de menor qualidade assim como algumas das poesias, a meu ver, menores. Já os bonecos em compensação são excelentes.
Mas é opção do editor, que obviamente respeito. Já não posso deixar de referir que, embora me pareça que melhorou em relação a anteriores o tamanho continua a não ser o melhor e falta, embora no final alguns sejam identificados, em cada artigo uma apresentação do autor, sugiro um asterisco * e menção na 1ª página do artigo de cada.
E não posso deixar de mencionar que encontro intolerável (por razões parecidas deixei de assinar a revista Ecosocialismo, por esta ter publicado um artigo cientificista e produtivista e ainda por cima ignorante sobre o ludismo), intolerável e absurdo, embora com uma nota do director, a desclassificá-lo, a publicação de um artigo completamente ao arrepio dos nossos princípios, elitista, desenvolvimentista, e justificando o actual liberalismo dominante, de um personagem que conheço (nada pessoal contra) mas que é de outro tempo e modo.
Labels: A Ideia, anarquia, pensamento libertário
Este documento foi enviado a vários órgãos de comunicação social, hoje nas mãos ou de empresas ligadas à nuclear ou de cadeias de hipermercados articulados com todos os produtivismos, que há que dizé-lo despudoradamente publicam, recusando até o contraditório textos crivados de mentiras e manipulações a defender essa opção energética, que não tem ambiente, é contra a economia e não serve a sustentabilidade sequer energética.
O texto foi recusado sem, sequer, explicações, em dois ou três.
Vamos dar-lhe difusão massiva!
Verdades sobre a nuclear e os imaginários S.M.R.s
Nos últimos tempos os promotores da nuclear e os seus afiliados têm promovido muitas estórias sobre os S.M.R.s, pequenos reactores modulares. Mas esse conceito é uma fraude para criar a impressão que há algo de novo na indústria nuclear. Estes são indiscerníveis dos reactores dos anos 50 e 60 muito antes desse conceito ser usado. Não existem S.M.R.s nem sequer como conceito utilizável. Na actualidade há cerca de 70 desenhos pelo mundo, nenhum em construção e a profusão só aumenta a dificuldade prática.
Por outro lado, a tecnologia nuclear tem cerca de 80 anos, e continua a não ser capaz de inovar de forma significativa.
Há de facto um pequeno número de projectos de demonstração que se poderiam classificar como S.M.R.s. São e serão demasiado caros e levarão muito tempo a construir, e de facto são simplesmente novas versões de velhos reactores, com os seus fiascos, falhas e técnicas falhadas. Não há qualquer economia de escala comparando com reactores maiores. Já nos anos 60 a indústria nuclear descobriu que os projectados S.M.R.s não eram económicos e continuou a desenvolver os maiores (as centrais de segunda geração, a maioria das que ainda funcionam).
E embora se fale dessa alternativa que seria milagrosa: a dos pequenos reactores nucleares (S.M.R.s) que são apresentados como capazes de resolver pelo menos alguns dos problemas apontados ao nuclear. Uma característica que se indica para eles é o de poderem vir a ser fabricados em ambiente industrial e em série, algo que poderia reduzir custos de produção, custos de funcionamento e tempo de implementação. Mas essa massificação da produção não se compadeceria com o rigor que há que ter na produção de equipamentos, nomeadamente os que obrigam a soldaduras sofisticadas controladas a Raios X, com uma elevada taxa de rejeições.
Mas há muitas tecnologias diferentes que estão a ser desenvolvidas e aí começa o seu problema. Os S.M.R.s que recorrem à tecnologia convencional (neutrões lentos) das centrais convencionais de grande dimensão de hoje, dificilmente se imaginam que possam reduzir custos, já que as centrais convencionais são grandes precisamente para permitir reduzir custos! Por outro lado, os que recorrem a outras tecnologias, de neutrões rápidos, por exemplo, propõem soluções muito diferentes (com moderação a metais líquidos – sódio por exemplo e outras, soluções para as quais a experiência existente é baixíssima em comparação com a do nuclear convencional), com exigências de segurança diferentes, produzindo lixo radioactivo diferente e a exigir rondas morosas de licenciamento.
Reactores rápidos com sistema de arrefecimento a sódio e altas temperaturas foram construídos como protótipos nos anos 60 mas as tentativas para passar desse nível fracassaram totalmente e tiveram de ser encerrados, como foi o caso do ruinoso Superfénix, em França Hoje não é previsível que ressuscitem dados os fracos resultados de então.
Além de que os novos desenhos terão que passar por licenciamentos e se aprovados levarão muitos anos até que sejam construídos.
Neste domínio do licenciamento e da fiscalização é necessário lembrar que os respectivos técnicos são de formação muito demorada, de rigorosa selecção, inclusivé no domínio do perfil psicológico e político. Semelhante para os técnicos de condução e os de manutenção das centrais. A disseminação de reactores torna tudo muito mais complicado e de difícil controlo.
Nos U.S.A. só uma tecnologia/tipo de reactor foi licenciada até agora (NuScale Power), mas nenhum foi ainda concluído, por ser muito caro. Entretanto, surgem interesses e vozes a querer simplificar processos e saltar etapas nestes processos de certificação, inclusivé estão a tentar reduzir as medidas de segurança e os Planos de Emergência. Algo mesmo muito perigoso!
Quanto ao fabrico em série e o impacte potencial sobre os custos, nada aconteceu até agora. Seriam necessárias series de pelo menos uma ou duas dezenas de reactores e isso não está em nenhum horizonte concreto, com licenças e planeamento adequados.
Os pequenos reactores e o recurso a tecnologias muito diferentes entre si, tem consequências sobre os resíduos radioactivos e a sua gestão/armazenamento (incluindo o desmantelamento). Esta é uma questão que está muito longe de estar cabalmente abordada, nem no contexto das grandes centrais, quanto mais no contexto dos S.M.R.s E o armazenamento definitivo dos resíduos altamente radioactivos continua por resolver, com a disseminação dos ditos ainda mais agravado.
Ora segundo a Agência Internacional de Energia Atômica em 2024 só havia dois reactores que se poderiam chamar assim a funcionar no mundo. E apoiados directamente pelo Estado ou fundos de investigação. Em lado nenhum estão em linha de se tornarem comerciais ou de estar disponíveis para empréstimos bancários ou fundos de investimento. A Agência pede que sejam os Estados a financiar os primeiros reactores (foak, first of a kind), o risco passa para o público, nós.
Além de que se eventualmente se viessem a desenvolver implicariam riscos muito maiores de acidentes além dos problemas da proliferação.
E estas variações das velhas técnicas de fissão nuclear não resolvem os problemas básicos dos custos nem os sérios problemas de segurança e ambientais, ou sequer o dos resíduos da produção ou da extracção. E também dado envolverem demasiado cimento e betão não estão em linha com lógicas de produção em série.
Outro tema muito preocupante é o da proliferação nuclear e das questões de insegurança ligadas ao nuclear, com S.M.R.s a poderem ser espalhados e utilizados em todo o mundo e em qualquer lado. E quando se coloca a hipótese de modelos transportáveis e susceptíveis de navegar os problemas de segurança e controle disparam.
Os S.M.R.s têm obtido uma “boa imprensa” porque são apresentados como um novo nuclear, livre de problemas e capaz de produzir energia eléctrica a baixo custo, algo que é uma pura ilusão, como se explicou, mas que estimula a imaginação dos consumidores em todo o mundo, já que energia barata, abundante e segura é o que todos querem. Mas, para além de partilhar com os grandes reactores muitos dos problemas referidos no início, vem acrescentar outros, próprios, agora noutra escala.
Os S.M.R.s são uma fantasia que, na melhor das hipóteses, aparece apenas alicerçada em avanços marginais da tecnologia nuclear. E como conceito os S.M.R.s não têm existência fora da fantasia pós-modernista da indústria nuclear.
Acácio Pires, acivista climático, membro de diversas associações cívicas
António Eloy, escritor, coordenador do Observatório Ibérico Energia
António Mota Redol, ex-técnico da Junta de Energia Nuclear, especialista em planeamento energético na EDP
José González Mason (Chema), engenheiro coordenador do grupo trabalho sobre energia da ADENEX
Henri Baguenier, professor universitário especialista em economia de energia
Manuel Collares Pereira, professor universitário especialista em renováveis e conservação de energia
E
António Cândido Franco, Professor do ensino público
Carlos Pessoa, jornalista
Carlos Pimenta, engenheiro ex. SEARN
Fernando Santos Pessoa, Arquitecto Paisagista
João Carlos Coelho, docente universitário e ex-Presidente do GEOTA
Jorge Leandro Rosa, filósofo, tradutor e editor
Jorge Paiva, Biólogo.
José de Almeida Serra, economista, ex-ministro do Mar do IX governo
José Carlos Costa Marques, tradutor e editor
Manuel Macaísta Malheiros, jurista
Mara Rosa, artista plástica
Paulo Eduardo Guimarães, professor universitário
Pedro Soares, geografo, Ex Pr. da C.P.Ambiente
Susana Fonseca, activista ambierntal
Teófilo Braga, mestre em educação ambiental, ex-diretor da A.R.E.A. da R.A.A.
Um livro interessante, e desenganem-se os que o pensam um guião para/do filme.
É muito mais, estórias da ditadura, estórias pessoais, estórias de outros. Bem escrito e com dados novos.
chove sobre a calçada.Labels: Brasil, contra-insurgência