Por vezes o discurso dominante tenta esquematizar a realidade e colocar-nos perante dilemas, falsos dilemas desde logo há que salientá-lo. Como aqui:
e isto a propósito de uma intervenção imbecil, que foi desmoderada, durou 37 minutos, quando era suposto ser de 15 minutos, e como é habitual não permitiu questões, pois o protagonista (que usou mais 22 minutos a repetir uma ladainha que teria bastado 5 minutos!) tinha... uma festarola à sua espera.
Há que dizé-lo que era um desses jotas que gravitam agora o P.S. em espera de continuarem a dar cabo do país, da economia, da Europa, da sociedade.
Pois dizia ele que ou saímos do Euro ou passamos o poder para Bruxelas, e desde logo qualquer das opções tem um infinitude de gradientes e alternativas nelas mesmas.
Mas claro que há várias, diversas outras alternativas. A divisão do Euro em dois, muito mais adequado ao que temos actualmente na economia espartilhada por Estados "nacionais" e que podia estabelecer dinamicas de superação da recessão. A mutualização da dívida e/ou os euro bonds que criaria um oco no processo de austeridade. A convocação das próximas eleições europeias como constituintes de uma federação.
E mais tantas, tantas alternativas.
Mas infelizmente seja por incapacidade do moderador e presporrência, seja por esses serem os atributos do tal jota ficámos assim.
Uma farpa envenenada num processo de ouvidoria, discussão e proposituras locais.
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