Aqui, os termos da contestação que todos devem enviar!:
#
Referente ao projecto de construção de um
Armazem Temporário Individualizado para combustível usado na central nuclear de
Almaraz (Caceres) vimos
( nome e
dados de identificação)
Enviar
para Agência Portuguesa do Ambiente
apresentar as objecções que seguem:
Desde logo não encontramos a necessidade desta
construção, dado que só em 2020 se satura a piscina da Unidade I, enquanto que
a da Unidade II só se satura em 2021.
Concluímos, portanto sobre a não necessidade
da sua construção a não ser no quadro da continuidade do funcionamento dos 2
reactores mais do que os 40 anos, esses já acima da lógica inicial da sua
colocação em base.
E nas alternativas especificadas no Projecto
não se especifica a de proceder ao encerramento da exploração, quando as
piscinas actuais atinjam a saturação, com a subsequente tomada de outras
medidas para a sua gestão.
Embora no Projecto esteja mencionado que a
Unidade I estará saturada em 2018, os cálculos dizem-nos que só o estará em
2020, dado que as recargas na actualidade são feitas cada 18 meses.
O Projecto de ATI esta previsto para a
proximidade da barragem de Arrocampo, pelo que uma hipotética fuga radioactiva
contaminá-la-ia e propagar-se-ia ao Tejo, com repercussões para Portugal
incalculáveis, além do impacto na flora e fauna.
De igual forma não se avalia o efeito de
qualquer fuga radioactiva na população, sobretudo no âmbito das simulações
realizadas realizadas após os acidentes de Chernobyl e Fukushima.
Consideramos insuficientes os planos de
Emergência e sobretudo não há qualquer menção da população portuguesa, que
seria claramente afectada.
Registamos ainda a existência de Zonas de
Protecção de Aves e de três habitats de elevado valor ambiental, que serão
altamente afectadas pelo movimento de veículos com materiais para a construção
e o movimento de terras assim como ruídos que o processo de construção
provocará.
As máquinas pesadas utilizadas terão
consequências imprevisíveis sobre esta zona, protegida no âmbito europeu.
A segurança do armazém é também desvalorizada,
dado que não há referência a possíveis intrusões via aérea, e a possibilidade
de algum atentado, também esses por via terrestre não são considerados
A possibilidade, hoje real face às alterações
meteorológicas de uma ruptura na barragem de Valdecañas, com as consequências
na nova construção.
O limite radioactivo estabelecido para a zona
controlada é demasiado alto. Está fixado em 3 microSv/h muito superior aos 1,25
microSv/h para o público em geral.
Consideramos também o limite da dose de 0,5
microSv/h na zona vigiada é demasiado alto, especialmente quando é necessário
fazer rondas entre os contentores.
Analisar os impactos na saúde humana é um
dever absoluto e um estudo epidemiológico prévio parece-nos imprescindível.
Também não são questões menores as
relacionadas com os veículos para transportar os contentores. Seria
imprescindível contar com pelo menos 3 caso seja necessário actuar em caso de
acidente, assim como ter mais um grupo gerador de emergência, caso falha do
previsto.
Finalmente é com consternação que vemos a
total omissão de relacionamento do ATI com a central e as suas interacções, em
particular uma avaliação de algum incidente na central no funcionamento deste.
#
Este é o documento base, que cada um poderá adaptar à sua vontade disponibilizado pelo Movimento Ibérico Anti-nuclear: movimentoibericoantinuclear.pt@gmail.com
Labels: Contestação ao ATI de Almaraz