As águas em Tavira tem estado pelos 15ºC o que é quase geladas:
a que se juntam fortes rajadas de vento...
ideal para leituras e outras iniciativas.
Avanço num livro simpático que ilustra uma parte do mundo (Balcãs)
e visito esta simpático projecto:http://www.aguamae.pt/
no entorno das salinas de Castro Marim.
Lembrou-me Frantz Fanon este livro, embora com menos acutilância política e algumas confusões.
Mas é uma obra interessante, que também remete para Bartolomeu de Las Casas....
António Escohotado é uma referência no e para o anti-proibicinismo. A sua #Historia General de las Drogas#, 3 ou 4 grossos volumes é o melhor tratado que já compulsei sobre essas, a sua história e estórias do seu entorno.
Encontro na simpática
cidade de Tavira, onde confraternizo com os 2 Dragoeiros,
um messias, sem crenças, a não ser na capacidade da vida e na vitalidade da domesticação (os ignorantes do Ministério da Educação duvidam, talvez por acreditarem na criação divina!) das plantas.
Um livro de verão, mas com estórias para todas as estações.
Saíu hoje no Público, mas aqui está o original....
A nuclear, por aqui, ali e acolá....
Almaraz está no lado sombra da Lua, depois de
há algum tempo ter estado cheia nas primeiras páginas.
E todavia “si muove...”
As empresas acordaram com o governo espanhol
um prolongamento com uma habilidade, mais 6 anos e meio e 7 e meio, com base na
contagem das paragens, ou forçadas por incidentes ou previstas para recargas e
outros detalhes que são de cerca de um mês por ano.
Mas é duvidoso que
essa descontagem não obrigue o Conselho de Segurança Nuclear a impor alterações
e novas medidas e materiais e reforço da segurança o que vai custar muitos,
muitos milhões. Veremos se as empresas querem assumir esses!!!
Mas entretanto somos surpreendidos por
notícias que nos referem que as empresas apresentaram uma petição para ampliar
o famigerado ATI. Pois se isso for para a frente, agora com mais razão temos que exigir uma avaliação de impacto
ambiental transfronteiriça, já que a que foi feita.... foi para outra
tonelagem! E outros resíduos.
Mas temos
que exigir do governo Espanhol ( e claro do nosso!) informação sobre o estado
preocupante da repressa de Arrocampo, que recebe as águas de Almaraz . Desde
logo inquieta-nos, nestes tempos de alterações climáticas a possibilidade (que
tem ocorrido em França!) do volume de
água desta não ser suficiente para os serviços básicos dos reactores... e
também gostávamos de saber a frequência
dos escorrimentos desta para o Tejo e quais são os controles desses feitos. Também nos preocupa a
dragagem dos lodos contaminados, dos seus fundos, quando será feita e o que se
pensa fazer com esses.
Incidindo sobre as centrais de Almaraz
gostaríamos de saber quais as medidas
previstas para a hipótese de roptura na barragem, a montante, de Valdecañas.
E havendo ainda outras questões pendentes
estamos curiosos sobre qual é a situação
(quando será feita ou já o terá sido, e quando é divulgado!) a obrigatória, nos
termos dos convénios internacionais, Revisão Periódica de Segurança e se o
governo português foi envolvido, como deveria, nessa.
Mais perto da nossa fronteira, quase em cima
está as minas de Retortillo-Santidad e a jazida de Alameda de Gardon ( a 5
km!). Embora os preços do
urânio no mercado internacional sejam dissuasores da sua exploração, gostaríamos de saber qual é o Estado actual dos licenciamentos, seja
para a exploração das jazidas seja para a fábrica de concentrados, e quais os
estudos de impacto previstos e mais uma vez se continuamos a ser só paisagem.
Gostaríamos de saber, se tanto quanto sabemos não estando autorizada nenhuma
destas situações, porque
razão já se aprovou um Plano de Vigilância Radiológica e mais uma vez qual foi
o papel que neste tiveram as nossas autoridades.
Mas não é só em Salamanca que os riscos estão
presentes. Num afluente de Alqueva, o Alcarrache (já imaginaram o risco de um
azeite radioactivo?) a uma dezena de kms de Mourão prepara-se, também a
prospecção (para que se vai
prospectar? Só para saber quantas toneladas...)e se ameaça a “dehesa”, o nosso
montado, os presuntos, e os queijos, o mel e as oliveiras e sobreiros, além da
bolota das azinheiras que faz os produtos “enchidos”. Toda a raia extremenha
está em estado de choque, e também o Alentejo. O turismo de natureza, os
percursos de contrabando, as observações de espécies, as festas da região
estão, como mais a norte sob a Espada de Dámocles.
Nenhum investimento pode ser feito sob esta
ameaça, não se pode revitalizar estas zonas tão depauperadas quando sob elas
estão as escórrias radioactivas, os gases cancerígenos, os movimentos de
toneladas, muitas toneladas de terras carregados de produtos tóxicos e
altamente contaminantes.
Será
que as nossas autoridades foram informadas desta situação? Será que mais uma
vez somos tratados como se a Oeste da fronteira espanhola existisse o vazio
absoluto?
Aqui, ali e acolá
continuamos a esgravatar a terra, e como as minhocas temos muito, muitos
corações.
Em corpo maior as
partes que tivemos que cortar para caber no espaço de 4.200 caracteres.
Outras pequenas
alterações de estilo foram feitas!
António
Eloy. coordenador do O.I.E. (Observatório Ibérico Energia)
José
Mª. G. Mazón. Expresidente e coordenador de energia ADENEX (Associação Defesa
Natureza Extremadura)
Pedro
Soares. Deputado B.E. (Bloco Esquerda) e Presidente da comissão Parlamentar
Ambiente
É claro este estava há cerca de um mês por lá. Por razoes editoriais respeitáveis, mas incompreensível a tonelada de artigos a manifestar o anti-racismo nacional que tem sido publicados sem nada de novo,
só agora foi publicado, com outras alterações incompreensíveis ( não sei onde foram inventar que somos pelo tal Acordo, coisas do corrector...).
Hoje o último ponto está obsoleto, como os nossos leitores sabem!
Esta é dedicado ao Acordo dito Ortográfico, que de facto é uma impostura em todos os sentidos e um desvirtuar das bases linguísticas do português, de Portugal.
No Brasil, o português é brasileiro, e nos restantes países da lusofonia é 2ª ou até 3ª língua ou na feroz e sanguinária ditadura da Guiné Equatorial nem existe!
Perder as nossas raízes é dar cabo de tudo. https://elpais.com/elpais/2019/07/16/eps/1563284195_363202.html
A lusofonia não vale tudo, deve ser cultura e direitos civis, na diversidade....
De 1875 este curioso e informado livro de Ramalho Ortigão descreve-nos as que eram, na altura as principais termas do nosso país, muitas das quais continuam, modificadas e elaboradas.
Gosto de termas, da paz e espírito que geram as suas águas e espaços. E de livros sobre estas....
Estamos a entrar em ritmo de verão, como a cigarra...
Estou a acabar, o que fazer senão ler e ver... este da Fred Vargas, não, não é um policial, é mais género terror e realidade.
Tudo o que estamos a fazer é errado, temos que alterar e ontem o nosso paradigma. Comemos veneno, bebemos escórias, respiram,os químicos flutuantes, e a degenerescência e tido o que essa acarreta vem atrás.
Um livro que nos deixa sem respiração, mas sabendo as porcarias que inalamos...
a ler com calma, enquanto trinco a minha
cenoura, biológica, mas....
Cidades
Desenhar, redesenhar uma cidade é uma tarefa
que se articula com muitas áreas e totalmente com a biodiversidade nessa. Estou
a meio da leitura, que recomendo de #Darwin comes to Town#, de Menno
Schilthuizen, sobre a Evolução das espécies urbanas.
Tenho-o em relevo na minha biblioteca, mas tenho que dizer que está lá imobilizado há muito.
Mas,
este livrinho trouxe-mo de volta, um pensador aguerrido e culto, na linha de Ivan Ilitch, e criando a sua própria raão superando o marxismo com os tempos, ou melhor aproveitando algo de Marx com a percepção clara dos seus limites humanistas.
Recordo, está lá os "Adieux au Prolétariat" http://www.editions-galilee.fr/f/index.php?sp=liv&livre_id=2855
e o escândalo que foi na época, quando o marxismo ainda era para muitos doutrina sagrada, e seguiu com outras obras maestras. Aqui, um pouco de um seu texto de 1992: