insignificante
Tuesday, October 30, 2012
 
Estamos a entrar em Novembro.
O feriado de todos os santos mortos (vivos não há nenhum) anuncia o S. Martinho, em que se assam as castanhas e se prova o vinho.


 A feira do cavalo, na Golegã, está a chegar, a feira de gastronomia de Santarém está a chegar ao fim.
Entretanto temos umas bicicletadas em Benfica.
O ano começa a parecer mais pequeno, agora que voltámos à hora solar, de onde nunca deveríamos sair...e o tempo chuvoso deixa a terra a transpirar de odores.

Ontem fiz 700 e tal Kms, estive em Nisa, onde almocei, após uma longa e amistosa reunião, e depois em Castelo de Vide, tendo visitado a antiga sinagoga, hoje um local onde essa memoria é pouca mas o registo da comunidade significativo, na Beirã estive na estação de comboios, linda e abandonada também pelos hippies, e fui visitar as antigas Thermas da Fadagosa da Beirã
(mais fotos em proxima posta).




A viagem por Espanha é mais rápida, por excelentes estradas, salvo a má sinalização (a que também já nos habituámos...).
Em Jerez de los Caballeros fui jantar ao Restaurante Sta. Maria, dos concessionários do antigo Bar la Ermita, onde ainda recordam o velho Jeremias.
Hoje por Barrancos um programa de rádio feito, conversas com o povo, e um desbaste para o papelão de vários quilos de papel da biblioteca pessoal, que o mundo avança muito depressa e o passado vai-se acumulando, para reciclar.
Mails em cascata, alguns comentários ao texto do Público (posta anterior), e também 15 minutos de siesta fizeram o dia.
Também com meia dúzia de telefonemas de trabalho.
Estamos no fim de Outubro.

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Gato escondido...

Uma das decisões mais surpreendentes dos nossos representantes, abdicando do poder que lhes outorgámos, fazendo tábua rasa da eficiência na condução da gestão, da simplificação dos processos democráticos e claro mandando ás malvas a poupança e a economia de muitos e os meios dessa, e muitos milhares de euros,
uma das decisões mais surpreendentes (e ainda mais surpreendente é ninguém falar dela e ninguém se ter mostrado surpreendido!) é a recusa, por birra, picuinhices e claro defesa dos interesses da sua nomenclatura e interesses partidocráticos da revisão da legislação eleitoral autárquica.
E dado que estamos a falar de cerca de 50.000 eleitos, sim cerca de cinquenta mil eleitos (mais do que os membros activos de todos os partidos políticos juntos) e mais 3 ou 4 mil assessores, com senhas de presença, ajudas de custo, prebendas e ofertas muitas, pequenos poderes por aí, e nalguns casos (dos assessores) salários acima de 1º ministro, e se juntarmos as famílias e etc., pois então, estamos a falar de 1% da população portuguesa (2 a 3% da que vota) com cargos autárquicos.
E vamos lá a ver, temos um sistema que julgo não existe em mais lugar nenhum do mundo habitado.
 (não sendo tema deste artigo registo que é responsabilidade do poder local algum do melhor que temos no país, mas também quase todo o pior dispilfário de recursos e degradação do território,  local e  regional! Juntamente com as conhecidas obras impúdicas.) .

Resultado do 25 de Abril, a eleição para os municípios (recordemos que antes o Presidente da Câmara era nomeado pelo Governo de entre notáveis locais ou amigos), com objectivo do maior controle da gestão e para propiciar o envolvimento do maior número de membros dos partidos nos processos de decisão, sem qualquer referência que sustenta-se essa peregrina ideia (e recordemos até há bem pouco excluindo os independentes, que ainda sofrem as passas do Algarve devido à absurda legislação que os implica!), decidiram os deputados da nação (pressionados como sabemos por uma ideia louca chamada... poder popular) eleger o Executivo Municipal (presidente e vereadores) o que não faz qualquer sentido e é uma novidade revolucionária que mantemos ainda nos dias de hoje, e uma Assembleia que é um centro de aprendizagem para outros cargos na vida política (uma espécie de jotinhas) que não serve absolutamente para nada, embora tenha o que é o primeiro poder das assembleias eleitas que é aprovar, e/ou quase nunca, chumbar o orçamento que o tal Executivo (eleito!) lhe propõe (com outro caso único no mundo, desta Assembleia fazem parte membros que para ela não foram eleitos, mais uma senha de presença prá mesa do canto!, que são os Presidentes de Junta, que assim apresentam, quando é o caso o seu caderno de encargos para venderem o seu voto!).

Temos, de facto um sistema eleitoral autárquico único (e não esqueçam os 50.000, sendo que por lá já passaram todos os que conhecemos e não conhecemos, multipliquem por 12 eleições!!! e são 600.000 eleitos, embora claro muitos tirem senha até morrerem! No cargo).
Não admira que ninguém se manifeste contra este absurdo. Todos estão em torno da malga! Ora o Zé Povo é que  a paga e nunca a prova.
Pois é preciso que alguém diga o rei vai nú.
Mudar o sistema é a coisa mais simples e não é preciso inventar receitas.
Mas e essa é, eis outra surpresa, ao mesmo tempo que criaram estas originalidades para os Municípios os senhores deputados criaram um sistema simples, prático e funcional para as Freguesias.
Elege-se uma Assembleia (de Freguesia), o partido ou grupo de cidadãos mais votado fica com a Presidência (da Junta) e constitui o Executivo no âmbito da Assembleia tendo em conta os resultados eleitorais e a sua vontade.
Os escolhidos saiem da Assembleia e são substituídos pelo seguinte da sua lista.
O Executivo gere e a Assembleia, com mais poderes, controla!
Porque razão é tão difícil reformar o anquilosado sistema eleitoral Municipal?
A resposta está dada, o rabo do gato está bem à vista...


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Monday, October 29, 2012
 




http://www.commondreams.org/Marijuana-2012

e quase sem darmos por isso nos Estados Unidos a Maria vai sendo paulatinamente... legalizada.

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Sunday, October 28, 2012
 




Parece do Escher, picado do blog do Pacheco Pereira, que parece ir no caminho de se tornar um velho do Restelo, com honra e consideração.
Hoje foi um dia idiota.
A abstrusa mudança de hora ( não esta mas a outra que nos afasta da hora solar!), os jornais de Domingo (e o artigo, quase sempre notável, de Nuno Pacheco mas que hoje parece não perceber que é pelo facto dos jornais diminuirem de qualidade que vão deixando de ser comprados e o ciclo vicioso dessa perda de qualidade/perda de leitores não tem saída continuando a perder qualidade, despedindo jornalistas e no caso acabando com o P2 que fazia vender, mais, o Público).
Notável neste ( no meio de uma opinião cada vez mais, tirando os notáveis, mais sem sentido) o artigo sobre as traduções e a novilíngua em que pretendem uniformizar o que não pode, nem faz sentido ser "acordado".
E à tarde uma ida ao cinema de "entertainement" ver o Skyfall, sobre o 007 e a  matar a M.
Um filme idiota, uma história sem nexo nem chavelho, mas com imagens notáveis de Istambul, sempre notável!, e Xangai, além de vistas de Macau e cheiro de Londres.
Um filme de transição que poria os cabelos em pé a Fleming ( a nova invenção de MoneyPenny é desastrada!).
Mas são duas horas sem pensar, a cheirar a naftalina e a pipocas, e pronto.
De volta à notícias, preparar o programa da semana e a mala, que vamos para a estrada.
 
 




De hoje em editorial no El Pais (e interessante artigo no suplemento).
O caminho vai-se fazendo, com dificuldades e problemas na estrada, mas aqui e ali vão-se desenvolvendo novas visões, novas formas de tratar esta questão, o proibicionismo inventado em meados do século passado tem os dias contados!

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Saturday, October 27, 2012
 

Hoje estive no Museu de Riachos (que recomendo, pelo levantamento etnográfico que procura manter vivo, de que o envento sobre o canhamo foi exemplar), não de bicicleta mas nele fizemos um bom caminho.
Cerca de 20 pessoas discutiram os problemas, além de uma apresentação informada de factos histórico/agro-industriais desta planta até aos anos 70 em Portugal, e do actual sistema desde a plantação, hoje área sem espinhas à mais complexa recolta  (aí sim se verificam dificuldades com a ceifa) e depois também a questão da maceração até ao momento da comercialização (com várias linhas do papel ao tecido, da construção ao biodiesel, ou a diversas formas alimentares) esta planta parece o maná dos deuses, seja na sua produção agrícola de hidridos para uso industrial seja na outra que também foi falada mas que é útil não trazer aqui à colação.


Na reunião muito informada também se falou de apoios da U.E. e de linhas de crédito industrial e claro da importância da informação pública e publicada que altere as percepções e comportamentos sociais que sem conhecimento desenvolve prejudício.
Temos que continuar a pedalar, e, desde já aqui deixo, a recomendação para o B.F.F.
Nesse entendimento e equilíbrio se estrutura o futuro.


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Friday, October 26, 2012
 


Este notável filme passou ontem no Doc a anteceder outros que deviam ter aprendido com ele.
Embora documentos interessantes (escusado o do cão!) falta-lhes perspectiva e até em muitos caso enquadramento, sendo que nalguns casos saíem mal, muito mal até os manifestantes, ou bandidos (e depois dizem que eram "infiltrados") face à polícia (quer nalguns casos mostra a sua barbarie!).
Uma sessão de qualquer modo bem tecida, parecia um "origami".
E por este ano finito.
Sobre o filme de ontem (desculpas pela foto, que é da pior parte, aliás completamente inútil e irrelevante, do filme) tenho que referir que este é uma cópia não-arrependida do notável Sicário, sendo que como referi por ele passa o pior da humanidade, sem arrependimento, sem remorsos, sem uma pinga de sentimento.


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Thursday, October 25, 2012
 
Ontem fiquei todo esmurrado, no sentido figurado.
Um documentário que só por si vale todo este festival de documentários (e sobre outros eventualmente ainda falarei).
No ano passado ou talvez há dois, vi um parecido sobre um assassino de um dos cartéis mexicanos, só que embuscado num "passa-montes".
Este assassino dá a cara, talvez já "encenando" a sua morte final.
A crueldade e desumanidade sem limites, descrições do mais macabros e frio, um total desprezo pela vida e uma vileza sem qualquer adjectivo.
Um filme que também tem política, porque a política também é a maldade e/ou a humanidade e a empatia.
Um filme de que se saí com o estomago na boca e sede de um toque, um gesto, um olhar, de dignidade para enfrentar o terro.
Um simpático trabalho de Salomé Lamas.

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Tem sido uma excelente descoberta o Eric-Emmanuel Schmtt.
Este livro de contos é outra pequena maravilha. Uma linguagem cheia de poesia, uma estrutura narrativa cheia de "teatros" e uma "estória" de fundo moral e plena de construção de humanidade.
Este belga de horizontes largos, de forte cultura literária (nos seus livros estão evidentes outras das minhas leituras e fantasmas...) é sem sombra de dúvida o meu autor do ano!

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Wednesday, October 24, 2012
 
Está na altura da boleta e do seu outro fruto, o porco preto medrarem.
Uma está relacionada com a qualidade do outro.
Boa boleta e o feliz 1º contemplado será de melhor estrutura e classificação, assim como no prato onde será divino manjar.
Este ano a boleta está razoável, vamos lá a ver se com alguma chuva se põe viçosas.
Estas são de Barrancos, e também, em breve serão saborosas...
O tempo passa,,, o tempo fica.

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Tuesday, October 23, 2012
 




Hoje descobri, estava noutra, que afinal temos três grupos nucleares no Tejo, além dos dois de Almaraz também um de Trillo.
Deixo aqui o mapa da nuclear em Espanha.

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Monday, October 22, 2012
 
Esta prancha ganhadora do prémio espanhol dos comics tem o humor do Snoopy.
Hoje é mais um dia em que temos que lutar contra o pensamento basura, em espanhol soa muito melhor, o pensamento lixo que nos invade.
Na nossa comunicação social não há senão balbuceios sobre o aumento, inevitável como sabemos os que temos a antiga instrução primária, do défice, não há qualquer análise sobre o impacto das eleições em duas importantes autonomias em Espanha e sua repercussão também por cá,  e continuamos (mas quem é responsável por essas tretas?) entretidos com a não notícia que foi ouvido em escutas Passos Coelho, e agora também o Sporting a ajudar.
Fait divers enchem os noticiários e os jornais, (hoje voltei ao El Pais) mas leiu de empréstimos os nacionais,  só para embrulhar castanhas (ops a ASAE até isso proibiu!).
Na SIC Miguel Sousa Tavares tenta dizer alguma coisa mas uma senhora que faz de quê?, de conta de ordinária, não o deixa acabar uma frase. Não sei o que está lá a fazer. O pai levantava-se e ia-se embora! Ele ainda tenta meter alguma bucha...

O povo quererá circo e pão? 

Ou também precisamos de mais que a basura, o lixo que a comunicação do império nos despeja em cima, certamente para nos entreter,,, e agora com a crise (e não me merece comentários adicionais aos que já aqui fiz à aquisição do resto, de quase todo o resto da comunicação social portuguesa,,, pela democradura angolana, ou ditacracia) bem podiam tentar outra coisa?

Ao ver o nível de imbecilidade dos últimos cartazes da esquerda (de uma coisa chamada MAS que julgo deve ser o grupo de jarretas do congresso das alternativas, do Berloque da Esquerda e da cassete habitual dos pró-soviéticos) vejo que a desconsideração pela nossa capacidade de pensamento, dos epígones desta esquerda sem sentido não tem comparação, ou melhor só tem comparação com a dos Gaspares e Borges desta vida.
Simplificar ao nível da boçalidade, com duas ou três frases feitas e força que lá vai disto. Hoje até ressuscitaram o Fazenda. Não há paciencia para este circo.
Nesse circo, desaparecido em combate, ou na estratégia de não dizer nada que lhe caí a menina no colo, temos o PS, iluminado por vezes por um tal Zorrinho, que melhor fora ficar nas suas terras...
E depois ( já pareço o Vasco que não é pulido nem valente) temos outras aventesmas (velhas muito velhas) que atordoam os ares, mas que parece que nunca tiveram nada que ver com isto, com uns bolsamentos do mais idiota e impraticável possível.
Salvam-se meia dúzia de esforçados "almeidas" que ainda procuram pensar, reflectir, agir.


Hoje ao almoço comemos autárquicas, por onde deveria começar a reforma do sistema político que os partidos, a actual partididocracia não quer fazer. Morrerão asfixiados num sistema obsoleto e fartos. Mas sózinhos.
Voltarei a este tema.

Actualizado e com foto em 23/10

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Hoje herdei uma obra de grande valor, estimativo desde logo e no mercado.


Num primeiro folheio os textos prendem a vista e as imagens, de notáveis artistas os sentidos.
Roque Gameiro o director artistico acompanha esta produção de peso, real e literário.






Já fica reservado para as leituras natalícias, que esta pede lareira e disponibilidade.
E enquadramento.
Irá para lugar digno.


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Somos todos, todas malianos/as

Numa altura em que recebemos notícias de crescente presença islamita no Mali, em que sabemos que membros de grupos jidhaistas do Sudão entram no norte do Mali e, na zona de Tombuctu, com coragem mulheres manifestam-se pelos direitos, foi com emoção que ouvimos Rokia Traoré falar sobre a situação das mulheres e a destruição que estes senhoritos tentam estabelecer sobre um povo, a sua memória e o seu futuro.
Inch Allah que enquanto se ouvir o canto mandingue  e vozes como a Rokia o presente lutará pelo passado e o futuro.

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Sunday, October 21, 2012
 


Hoje, na Gulbenkian.

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O estertor dos jornais diários

Ultimamente mudei-me para o El Pais, embora ocasionalmente compre algum diário nacional, sobretudo o Público.
Tenho que hoje vaticinar que talvez daqui a 3 ou 4 anos já não haja nenhum nacional em papel (e abro uma excepção para o J.N. que é um jornal regional e também para o Correio da Manha que é isso).
Os restantes hoje, não foram as aquisições públicas não vendem juntos 20.000 exemplares (sendo que as aquisições públicas podem talvez multiplicar quase por 2 esse nº).

E não vendem porque não há quem compre jornais de notícias sem notícias ou com elas requentadas.
A internet mudou o perfil da comunicação e os diários parecem não ter percebido nada.
Não perceberam que os diários hoje para venderem ( e o erro monumental que foi o Público terminar o P2...) devem não ter as últimas ou o resultado requentado dessas mas análise sobre a realidade, comentário, reportagem e opinião séria e não a muitas vezes miserável e encomendada que albergam.
O público com minúscula não é idiota e deixa, abandona uma informação que serve alguns interesses, que se arvora em feira de vaidades (inacreditável como cronistas que não tem nada para dizer e até fazem plágios descarados continuam a ter guarida em jornais diários!), e que nos diz o que todos já sabemos ( parece os sms da Vodafone que me dão sempre notícias de última hora... que já conheço...  há horas, não haverá meio de pôr fim a isto?).

O leitor quer reflexão sobre os factos, logo jornalista seniores, quer opinião independente (está farto das vozes dos donos e infelizmente é isso que abunda), quer análise e reportagem sobre o que acontece e não os discurso oficiais e dominantes.
Claro que é necessário uma reformulação do quadro de funcionalidade dos jornais (e estou também envolvido nessa no âmbito de um importante órgão de imprensa local a Gazeta das Caldas), mas cortar nas gorduras é repensar a globalidade do média, e só essa os pode salvar para o futuro e inverter o 2º paragrafo deste texto. Infelizmente o que se vé é ao arrepio disso, novamente o caso do P2 e agora o novo despedimento em massa do Público, onde notícias sobre o joelho e trabalho (que é meritório mas deve ser acompanhado) de estagiários abunda de erros, omissões e lógicas de não notícia.
Apostar em histórias próprias ( e há tantas, tantas por aí!) reportagens informativas e deixar cair a notícia, a conferência de imprensa, o bolsar do político de ontem, a não ser no quadro da tal análise é o que é preciso.
Perceber as articulações com a internet, os novos tempos de comunicação e nesses encontrar também bases de rentabilidade é caminho que infelizmente não se vé ser seguido.
Recordo uma pós graduação em comunicação social onde fui colega de notáveis jornalistas da nossa praça e onde Soares Louro, entre outros, nos deu magistrais sessões e também práticas sobre os novos tempos e alterações nos/dos média.
Hoje gostaria de o ouvir, acompanhado pelo seu charuto e bonomia, assim como outros convidados que durante esse semestre nos trouxeram pensamento, cultura e novidades.
Tudo o que parece também continuar a escapar aos nossos média, que não articulam outros tempos e outras formas de comunicar...
Voltarei ao tema.

 Aqui uma proposta inovadora da Gazeta das Caldas, que juntamente com outras lógicas e sinergias, iniciativas e empenhos poderá manter este importante referente da imprensa local (onde colaboro e de que sou parte empenhada) no trilho do centenário.
Também sobre a Gazeta desenvolverei pensamento.

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Ontem iniciei o meu culto, anual, do documentário.
Este ano mais complicado devido a trabalho e coisas por aqui e por ali.
Fui à curtas no S. Jorge. Trabalhos jornalisticos muito razoáveis na generalidade e um muito bom apontamento "Cantores do Submundo" de Fernando Miguel Moreira sobre o rap e uma visão da comunidade luso-africana nos/dos arredores de Lisboa.
Um tema que merece mais exploração e apoios.
(..)
Vamos para aqui
vamos para ali
não sabemos nada
estamos bem
não fazemos nada
(..)
estala os dedos da mão
mão fechada
curtição.
(..)

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Friday, October 19, 2012
 

Dizia Karl Marx, julgo que no 18 Brumário que a história se repete, como tragédia.
Por entre a minha memória, sem pátria, julgo que se refere à tomada de poder por Luis Bonaparte e faz a comparação com Napoleão.
Pois hoje ao ler a posta de Pacheco Pereira, de onde pico a pintura, lembrei-me deste evento, que nos remete para o sem-fim da estória que se transforma em História, onde continuamos a carregar a nossa rocha, e a carregar a nossa rocha, e a carregar a nossa rocha...
Tenho usado a imagem do poço, onde continuamos a escavar sem objectivo, sem estratégia, sem parar, mas esta também serve...
Por todo o lado a insatisfação está larvar e prestes a... qualquer coisa.
Será que vamos entrar na tal concretização da história?
Hoje leio que estamos nas mãos de lacaios, sem honra, sem ideias, sem horizontes.
Ainda podemos desabafar. Po quanto tempo?

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Thursday, October 18, 2012
 
Há talvez 50 anos comecei as minhas contas num espaço do então novo liceu, depois passei pelo anexo e pelo edíficio principal.
Conservo estórias e recordações, algumas desenvolvidas com o tempo, outras esquecidas debaixo do esquecimento. Conservo cerca de meia dúzia de contactos que aqueles tempos não permitiram muita continuidade, ou houve outros momentos que os dividiram.
Há 10 anos no jantar do cinquentenário estava fora, julgo que no Brasil ou Argentina, e não estive no repasto, do qual já me contaram também estórias, que todos as inventamos no real.
Neste tempo de crise é com empatia que encaro alguns hipotéticos re-encontros e certamente outro momento na continuidade.

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Passei a manhã a ver o mar e a chuva, e a ler, nos intervalos este livro:


que tenho que referir merece o meu acordo e entusiasmo. 
Desde o final dos anos 70 que escrevo e defendo o federalismo como opção política para a Europa, e seja em inúmeros artigos, conferências, capítulo de livro, e/ou na minha adesão ao Partito Radicale, federalista e europeu, tenho defendido algumas das ideias aqui explanadas.
Com grande relevância, desde logo pelo facto de serem dois titulares das famílias ideológicas que me pertencem, ecologista e liberal, seja pela clareza do argumentário este livrinho já me motivou para acção.
Constituir em Portugal uma ligação a este projecto político, na linha da proposta enunciada, com vista às eleições europeias de 2014.

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Wednesday, October 17, 2012
 
Picado do blog da ambio venho aqui concordar com uma curta reflexão de Henrique Pereira dos Santos, sobre a incapacidade de dar mercado à energia, mercado balisado numa lógica de transparência e que obviamente seja incentivadora de poupança e conservação, assim como de mais eficiência.
Sou defensor de um preço da electricidade que corresponda aos custos de produção, integrando nestes os custos da manutenção dos equílibrios que geram o "mix" da produção e tendo em conta os parametros ambientais que devem, também, ser repercutidos no preço final.
O aumento da electricidade pode, inclusivé, ser gerador de mais economia e valor na/da energia e da sua rentabilidade.

E aproveito, a talhe de foice, para registar o meu protesto, o meu maior protesto ( e lamento não ter ainda ouvido ninguém a assobiar...) contra esta novidade que é o combustível "low cost". Será que lhe vão acrescentar água? será que lhe vão acrescentar aditivos? ou será chumbo? ou será outra porcaria qualquer? o que será?
Inadmíssivel que neste momenro de crise se baixem os preços, integrem sub-produtos nos combustíveis, com custos incalculáveis para o ambiente e sobretudo para a saúde humana.


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Tuesday, October 16, 2012
 
Compromissos já marcados levam-me a não poder estar presente nestas excelentes jornadas (ver mais aqui:http://www.taurodromo.com/) com muita mágoa e votos do melhor sucesso.
A cultura, o estabelecimento de relações, o estudo e divulgação da tauromaquia vão, organizada e paulatinamente fazendo caminho.
Enquanto houver toiros e gente para os cultuar, a ruralidade continuará a ter alma.

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Hoje croniquei na Rádio Montemuro.
Sobre Marvão, sobre os Açores e sobre o ministro Gaspar.

Cultura, foi por onde comecei. O trabalho do homem sobre, no ambiente e a forma como a sociedade constrói o seu agros e nesse a espiritualidade, o conhecimento e o belo.
Falei do passado islâmico e como esse, no seu período de excelência, antes de se fechar ao mundo, ao comercio e à inovação, que conduziu aos piores tormentos da actualidade, encheu de esplendor a Ibéria, o Al Andaluz, como nos têm também ensinado e aprendido os meus queridos amigos António Borges Coelho e Claúdio Torres, que em Mértola tem um trabalho incomparável.
Falei da farsa em que estive, em Marvão, da inqualificável gestão municipal e da falta de perspectiva com que se arruína as memorias, o passado e se transforma o presente num alçapão do futuro. Sem alma, sem projecto, sem ideias.
E referi também, em oposição a essa gestão cavernícola,  Castelo de Vide.


Aqui a recuperação estruturada da alma, dessa nossa alma também de Sefarad, da Ibéria judia, que nos faz, vai de par com um desenvolvimento sustentado.


E falei dos Açores, das eleições na linha que já aqui referi.
E da excelência do ExpoLAB e das suas energias criativas
E finalmente tive que referir o que me parece, para além do erro de toda a lógica de combater o défice com mais défice e mais défice, o inaceitável comentário do ministro Gaspar de que não há alternativa a este orçamento.
Pois tenho que lhe dizer que é inadmissível essa afirmação. 
Em democracia há sempre, sempre alternativas.
Podemos parar, podemos pensar (o que parece que não foi feito, o Excel não o permite!), alterar, retroceder, avançar, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo é melhor que o buraco sem fundo onde o sr, quer continuar a escavar.
Hoje falei na Rádio Montemuro.
Limpei a alma.

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Monday, October 15, 2012
 

Gosto de romãs.
Associo-as a um momento religioso difuso (serão os Reis?) e a um ritual, da minha infância.


Mas este post não tem nada que ver com esse 1º período, mas com as eleições nos Açores.
A abstenção foi, para usar um adjectivo muito em voga, foi enorme, embora ligeiramente menor que há 4 anos, e houve um aumento muito, muito significativo, escamoteado em toda a comunicação sócial dos votos brancos (que elegeriam 2 deputados, tanto quanto o PCP e o Bloco juntos, tendo estes descido também enormemente, mas como de costume ganharam...).
O total do voto de protesto (inútil mas significativo) supera todos os mini partidos com deputados (CDS, BE, PCP, PPM).
E o resultado foi o esperado, embora com todas as condições para ganhar, apesar do PSD nacional, o do Açores desbaratou todas as hipoteses, seja pela vil traição, o PSD não constava, até à última hora dos cartazes da candidata!, seja porque ainda por cima a candidata fez promessas bacocas do mais total irealismo e demagogia, que cheiravam demais o pinóquio ( e que dizer da sua proposta em desespero de um governo de bloco central?).
O PS bastou-lhe a sombra do patriarca, ou do césar, pois como os outros não tinha senão uma garatuja de programa, mas bastou-lhe estar...
Pobres, pobres de nós, e dos açorianos...ao sabor do tempo que passa.

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Não diria que fiquei com uma tristeza "sem-fim" que essa se reserva para outras coisas na vida, mas hoje quando cheguei a casa as minhas plantinhas tinham morrido, antes de eu ter podido colher o seu precioso fruto.
Quase chorei, talvez o Outono, ou a crise, ou a vida nos estejam a envelhecer e a sentimentalizar.
Fiquei muito triste, porque as tinha tratado com carinho e porque deveria ter-lhes colhido os frutos da última vez que estive em casa, mas afazeres vários, e também expectativa de melhor amadurecimento, conduziram ao fanamento destas.

Já não uso mortalhas, passei para o cachimbo, tenho vários, mas recordo que usava, na época dos 70 as Sem-Fim.
Na altura as mortalhas tinham um design já fabuloso.
Desta índia não tenho recordação...

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Sunday, October 14, 2012
 

Hoje trago aqui este notável mapa do ínicio dos anos 60, nele encontramos identificado em baixo à direita, o posto da PIDE, o que acho notável, o regime ainda não se deparava com as fugas muitas à guerra colonial e o posto lá estava assinalado como monumento.
Na anterior entrada/posta de Marvão foram agora colocadas várias fotos que tornam o texto mais explicito, e para isso, também aqui trago este cartaz à colação.

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Regressado dos Açores, onde certamente re-voltarei, tenho que referir que foi um excelente seminário (ver cartaz em post anterior), de alto gabarito, obviamente sendo a minha intervençao discreta face à qualidade das restantes, de que quero salientar a habitual do Viriato Soromenho-Marques e a energia (e geotermia!) do Victor Hugo Forjaz, num participado encontro onde não se esconderam as palavras sobre as pedras da calçada, e ninguém esteve com cerimónia de chamar os nomes às coisas.
Neste dia que é outra das insanidades (os legisladores devem pensar que somos estúpidos!) remanescentes de outros tempos e sistemas de comunicação, designado por "de reflexão", alguns (todos!) políticos locais devem ter tido as orelhas a doer *.
Já aqui referi o ExpoLAB e quero também realçar a Sociedade Afonso Chaves que o "cauciona".
Visitei-o detalhadamente:
e animei duas charlas com jovens atentos, e tanto quanto me pareceu empenhados.
E tenho, e os leitores e amigos sabem que sou um crítico impenitente e um avaliador justo, que deixar aqui os maiores elogios a todos os que trabalham neste projecto, pela alma e empenho que transbordam no sentir e nos olhares, pela juventude, seja de facto, seja a que o tempo acumula, de todos.
Fiquei "cliente" e a todos quero deixar, também pelo optimo acolhimento, um grande OBRIGADO:
Saravah!

* A ausência de reflexão sobre energia e a superficialidade das referências ao ambiente e inclusivé a inexistência de qualquer ideia de sustentabilidade e de economia nos programas eleitorais de todos, todos os partidos, além de referências a apartes que levariam a chumbo na antiga 4ª classe por candidatos ao Governo Regional foi referida, sem que houvesse... contraditório!
Nestas eleições, o meu prognóstico é que a abstenção, e os votos de protestos serão os grandes ganhadores (e tal deveria levar a uma reflexão, ver artigo de Javier Cercas em post anterior!) e que o partido que se escondeu dos eleitores será castigado. Roma não paga a traidores...

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Foi a literatura de voo. Depois de ver a magnifica peça "O sr. Ibrahim e as Flores do Corão", fiquei curioso em conhecer mais do autor  Eric-Emmanuel Schmitt e este excelente livrinho, de uma ternura sem par, com letras que nos prendem à estória e aos sentimentos deste personagem, e do seu meio, ou ambiente.
Depois de ler e sentir este livro vou procurar mais deste autor, porque a humanidade é também a escrita nesta e desta.

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Hoje trago aqui, sem necessidade de qualquer comentário de tal forma o artigo assenta que nem uma luva ao que se passa em Portugal este excelente artigo de Javier Cercas (arregar para ampliar).
O assunto continuará a ser aqui tema.




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Friday, October 12, 2012
 




Hoje falei de empatia a dois grupos de jovens na ExpoLab, em Lagoa. Foi uma conversa agradável que acho deixará algum lastro.
E recebo de tarde este ramo de flores, este cabaz de mão amiga e aqui deixo também como testemunho de empatia.
Só com essa vencemos a morte.

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Thursday, October 11, 2012
 
Do Marina Atlântico fui à livraria Solmar de José Carlos Frias, onde me deparei com gentilieza e livros de qualidade, sobre o que me interessava, os Açores e Vulcões.
Depois de um almoço no histórico Alcides ( uns queijinhos e uma moreia frita...) estive no ExpoLAB, em Lagoa, onde vi um espaço bem ocupado, seja por jovens e escolas (1000 por mês) e excelentes materiais educativos e pedagógicos, seja a exposição "Refúgios da Biodeversidade", com a mão do meu colaborador e amigo Nuno Farinha, seja a de iniciação a jogos e experiências sobre os 4 elementos, ou a da casa domótica ou ainda a sobre a evolução.
Um espaço de excelência e gente simpática, brevemente com ilustrações,...aqui:



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Wednesday, October 10, 2012
 




Quem estiver pelos Açores, ou melhor por S.Miguel não irá perder certamente estas tertúlias, energéticas e suaves.

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Tuesday, October 09, 2012
 
picado de:
http://www.huffingtonpost.es/
852 millones de personas pasan hambre en el mundo,
1 em cada 8 pessoas no mundo passam fome, e entre nós, aqui em Espanha, já chegam ao meio milhão de bordejantes dessa situação ou mesmo de esfomeados.
Estes gatunos que nos governam, segundo Marques Mendes, não têm estratégia, não sabem o que andam a fazer, e pior que isso, não tem alma.



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Marvão e o seu entorno

Estive três dias pelos termos de Marvão, e aqui deixo umas notas, sobre esta, mais esta passagem.

1-Estive na aldrabice a que pomposamente  chamaram Festival Islâmico.
Uma vigarice de todos os pontos de vista, desde logo porque não tinha um mínimo de autenticidade, só esparsos vestígios de algo remotamente islâmico, umas tendas com vendas de produtos que só me lembraram a genuína e autêntica feira do Relógio, que não se arma ao que não é, e umas raparigas locais a dançarem e ondularem os membros, mais ou menos desnudos, que seriam lapidadas em qualquer pais islâmico e na idade média... nem digo nada. 
Pernis de porco e sandes de leitão, cerveja e vinho, numa praça de comes islâmicos que mais parecia um bordel medieval do mais rasca, sem um mínimo de higiene ou limpeza, e nem comento os produtos que arrepiariam qualquer prócere islâmico, para não falar da ora inexistente ASAE.
E, sobretudo, e quero sublinhar sobretudo, nenhum enquadramento, nenhuma cultura, sob que forma fora, nem um colóquio, nem uma publicação, nem nada que tivesse um mínimo, sublinho um mínimo que ver com a alma fundacional deste esplendoroso espaço que é Marvão que assim, haja ou não arame farpado na pradaria (e inacreditável, que depois do auto do SEPNA sobre essas armações a Câmara Municipal continue a dormir  em relação a essa ilegalidade e embarque nestas bagunças, sem sentido, inteligência ou vestígio de alma, que só desprestigiam o concelho e afastam a sua classificação patrimonial).
Ibn Marwan foi insultado e humilhado, numa rasquice que não honra nem o seu nome nem a nobre e linda vila de Marvão. Haja Deus ou Inch Allah.

2- Estive também nas ruínas romanas da Ammaia. Como escrevi num livro disponível para os incautos no local isto é o exemplo de delapidação dos dinheiros públicos; soube que estas ruínas são geridas por mais uma (daquelas...) Fundação que aumenta o défice do Estado e que todos a pagamos.
Um espaço miserável, desde o cheiro a mofo das pobres salas onde estão a enganar o turista uns cacos e uma merdocas,

há que dizê-lo com todas as letras, sem qualquer explicação, (o bago deve ir todo para pagar a administração e prebendas da tal Fundação...) até ao espaço já escavado, mal,  e muito mal estruturado e explicado, e onde até se atravessa uma estrada nacional sem qualquer sinalização!
Nunca vi nada assim!
Este espaço não tem dignidade para o estatuto que lhe é dado e bastariam dois funcionários municipais para o gerir. Acabem com esta Fundação já, e invistam nalguma informação, e também já agora também na formação dos funcionários de serviço a este esboço, esboço primário, de espaço cultural e histórico.

3- Não posso deixar de referir a riqueza, agora ao abandono que é a antiga estação da Beirã/Marvão, agora em risco sério, muito sério pelo que vi “in loco” (a antiga cantina, espaço onde já estive em excelentes jantares e outras ocasiões já está a ser vandalizada por um grupo de 20 ou 30 hare krisnas, ou qualquer outra comunidade de sem maneiras, que me disseram que limparam os pássaros mortos, e também limparam certamente o património da Cantina e que agora “aquilo era deles”) de total delapidação.
A minha alma que já divagava depois de não ter encontrado o tal Festival AL MOSSASA
(alguém diga em Badajoz que andam a ser enganados! nesta parceria) ainda ficou mais parva.
Os azulejos ainda, ainda, por lá estão!

4- Não posso deixar de dizer que me faz pena, muita pena Marvão estar, como tantos municípios no nosso pais, e nem quero saber qual a cor da bandeira, a ser gerida por um bando de incompetentes e incapazes, sem perfil sequer para controlar a entrada do balneário de Marraquexe,
Marvão uma terra onde a beleza do caos granítico, a maravilha da construção humana no território e da sobrevivência, onde vestígios dos tempos que aqui fizeram tempo é imortal, e onde as lendas e os espíritos se escondem atrás de cada arvore e em cada esquina ( e que dizer da destruição do casco urbano, onde até a casa com uma magnífica janela manuelina está... a cair!!!) estar entregue a gente deste gabarito.
Sei que há quem lute e procure desenvolver a terra, os seus valores, a sua memoria e com isso fazer futuro. Gostei muito do simpático hotel (O Poejo) onde fiquei, do trabalho feito pela TerriuS no moinho da Portagem e das suas iniciativas, fiquei com vontade de dar uns passeios a cavalo, e comemos esplendidamente no restaurante Sever.
E aqui e ali vi gente incomodada com a desgraça que referi, vi gente que luta contra um ambiente económico e sociopolítico agreste, e procura criar alternativa.
Conheço muita gente em Marvão, e julgo que agora depois desta visita sinto-o ainda mais é preciso fazer cidade aqui, é preciso dar uma vassourada nos interesses instalados em nome de uma ideia nova, em nome de uma alma, que hoje está daqui, desaparecida.


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Sunday, October 07, 2012
 
Nisa, Castelo de Vide, Marvão e o seu entorno e finalmente Urra foram os locais de mais uma peregrinação.
Sobre Marvão tenho um artigo em trânsito para jornais e orgãos de comunicação locais que aqui não deixarei de trazer ao conhecimento.
Correr com uma administração incapaz deve ser o leitmotiv de quem gosta da terra, do seu passado e de um presente com futuro.
Infelizmente este é mais um dos tantos munícipios geridos por incapazes e incompetentes, disso podemos testemunhar com dados e experiência.
Terminámos em Urra no Alvaro, não no também incapaz, embora desde já o tenha por boa alma e ingénuo, outro que assim quer ser tratado, mas no soberbo restaurante onde o sr. Alvaro e a esposa nos brindam com manjares dos e para deuses.
O cabrito de várias formas, frito ou em ensopado, os pezinhos de tomatada, as entradas, tantas, e em conversa com a mesa ao lado o leitãzinho frito deixaram-nos arrazados e cheios de nostalgia por recomeçar.
Um restaurante de se lhe tirar o chapéu.
Do resto aqui deixaremos registo, próximamente, e com fotos a acompanhar.

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Friday, October 05, 2012
 
Sou contra o labrostismo no debate político, vejo com pesar os insultos soezes, mesmo quando disfarçados de linguagem parlamentar, que acho que não contribuem para a política, gestão do social orientada por lógicas e interesses.
Não gosto de insultos e acho, ou melhor achava, que chamar gatunos a quem defende uma lógica de gestão do social, que sendo embora claro que tem como objectivo o empobrecimento social e a idolatração do fetiche défice, não é, ou era, sério dado que não considero ou considerava como o governo como um bando de mal-feitores ou bandidos.
Ontem, todavia, aqui o confesso e desde logo o invocarei em justiça ou não, o conselheiro de Estado e amigo pessoal de Pedro Passos Coelho, conhecedor da coisa pública como poucos fez afirmações  claras na TVI.
Luís Marques Mendes, fez  um cerrado ataque ao Governo, acusando-o de ter feito “um assalto à mão armada” aos portugueses e de estar “desorientado”.
Ora quem faz um assalto à mão armada, organizado em grupo, é um bando de gatunos, miseráveis e vis quando ainda por cima assaltam também indefesos e crianças (retiro as mulheres para não ser acusado de sexismo), é uma quadrilha selvagem.
Bandidos, GATUNOS.
A partir de ontem está justificado o uso do substantivo!
Sois uns larápios do piorio!
Aqui:

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Thursday, October 04, 2012
 
Hoje foi mais um dia para concluir processos em curso. E para renovar de velhos contactos. E conversas.
Têm sido uns dias calmos, também em preparação de umas próximas semanas mais agitadas, mas já preparadas.
O programa da rádio estruturado, neste novo modelo, que penso será de sucesso.
3 power points preparados e o filme organizado para as conferências nos Açores.
Reuniões várias agendadas para a semana e textos para rever no fim de semana,



e segue...

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O Snoopy ainda consegue tirar-nos um sorriso, embora já muito amarelo (a minha dentista passa a vida a querer à pala disso aumentar o seu IRS!).
Infelizmente já temos bem poucas razões para rir ou até sorrir.
Hoje as más notícias foram de jornais, o estado de vários é crítico e alguns já ligados a sistemas de ventilação, e muitos poderão fechar portas.
Estamos também num ciclo vicioso, piora a qualidade desses e são cada vez mais the master's voice, ou de artigos de encomenda, descem as vendas, desce a publicidade, piora a qualidade desses e são cada vez mais... até ao fecho definitivo. Nessa altura já não haverá ninguém para lhes chorar a ausência.
Cada vez mais no digital é que está a informação. Ao pequeno almoço ainda consumo papel, o do melhor, ou dos melhores, jornal do mundo.


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Wednesday, October 03, 2012
 
O quem tiuesse poder
Pera dizer.
Os sonhos que homem sonha,
Mas hei medo que se me ponha
Gram vergonha
De mos nam poderem crer.

Temos que voltar ao de Trancoso.

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Este livro de Jean Ziegler é um muro no estomago, e ideal para ler depois do #West and the Rest#, não que seja contraditório com ele, mas porque nos remete para outra dimensão do histórico social e da humanidade.
Tenho algumas leituras de Ziegler que muito estimo, nas abordagens, e neste livro qualifica-se como activista da humanidade, numa viagem pela genese do ódio, e pela sua actualidade.
Gaza, Nigéria, Bolívia, passando pela India e China, são documentadas com detalhe e pavor.
Pavor que se gera no Ocidente, na Civilização e nos seus avatares.
De reter a referência à forma como o fétiche do défice se torna o elemento da perda de autonomia de decisão e corrói as democracias...


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Do meu amigo, Paco Castejon, recebo este comentário ao extraordinário documento que a Comissão Europeia divulgou (quem estiver interessado posso enviar)



La Comisión Europea (CE) ha realizado un informe final sobre las “Pruebas de Stress” de las centrales nucleares europeas basado en los informes realizados por los organismos reguladores, asociados en el organismo europeo de reguladores ENSREG. Se trata, si finalmente se aprueba en su presente estado, de un informe más exigente con la seguridad nuclear que los propios Organismos Reguladores, incluido el Consejo de Seguridad Nuclear (CSN) español.

En el Informe se señalan las principales deficiencias de seguridad encontradas en las centrales nucleares europeas en general y españolas en particular. El informe reclama en todos los casos la adopción de medidas encaminadas a la instalación de medidores sísmicos que permitan detectar los terremotos; a la instalación de generadores de emergencia y equipos de trabajadores móviles que permitan actuar en la central tras la producción de la catástrofe; también reclaman la capacidad de refrigeración durante al menos una hora sin alimentación eléctirca exterior; denuncian

Este informe es un importante precedente en Seguridad Nuclear en la Unión europea. Por un lado la Comisión Europea entra en este escabroso y conflictivo tema por primera vez, lo cual puede dar lugar a una armonización de los puntos de vista de los diferentes reguladores europeos agrupados en ENSREG, por lo menos en cuanto a los efectos del accidente de Fukushima se refiere. La CE declara la necesidad de que los niveles de seguridad exigibles y los protocolos sean compartidos por todos los reguladores.

Por otro lado, las exigencias de la Comisión van más allá de lo que los Reguladores nacionales han preconizado. En particular, la CE da la razón a Ecologistas en Acción al quejarse de la tibieza de las acciones del CSN. De hecho la CE se queja de que las pruebas no han tenido en cuenta el posible choque de una avión contra la central.

Asimismo se analiza en le informe la necesidad de que las compensaciones a las víctimas de accidente nuclear estén reguladas en el marco de la UE y que se incluyan los daños ambientales en esas compensaciones. Se pide también revisar la legislación sobre los alimentos contaminados.

Finalmente, las inversiones necesarias para llegar a los niveles de seguridad reclamados por la Comisión son muy elevadas, hecho nada despreciable. El gasto podría rondar los 25.000 millones de euros, lo que supondría un notable encarecimiento del kWh nuclear. En el caso de reactores antiguos, añade incertidumbre a su continuidad. Tal es el caso de la central nuclear de Garoña, en que el monto de las inversiones relativas a las pruebas de stress ha contribuido, junto con otros factores, a precipitar su cierre.

No caso das centrais espanholas vários problemas são referidos, desde a ausência de protecção anti-sismica à de sistemas de contenção.
Temos que exigir ao governo português, que no relatório é referido estar completamente alheado destas questões uma posição!

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Acho inacreditável, e deve-se ao Eng. Sócrates, que o Estado Português, todos nós, estejamos a encher o bambúrio de quem sabemos, e não preciso de colocar nomes, porque bem sabemos, no ganhócio do B.P.N.
Hoje temos outra notícia:
#
"No limite", o custo do caso BPN para os contribuintes pode "atingir 6509 milhões de euros, mais juros e contingências", assinala o mesmo documento, mas esse é meramente um cenário teórico, porque para atingir tal valor todo o restante activo teria de valer zero, "o que, objectivamente, é impossível, na medida em que activos reais (moedas, obras de arte, imóveis) têm sempre valor superior a zero, em qualquer circunstância", frisa o relatório.
#
É, o tal activo vale menos de zero, porque a maior parte ou não existe ou está hipotecado, portanto somos exportelados em 6 milhões e meio de euros, ou mais...
Como é possível que um décimo do montante que recebemos da troika vá para os bolsos de uns conhecidos vigaristas, cujo único lugar devia ser na prisa ou prisa como dizem os brasileiros...
E não há responsáveis?


Nojo, nojo, nojo.
 
civetta.buho@gmail.com

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